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Energia Solar

Energia Solar é a energia emitida pelo Sol e produzida pelas reações atômicas que ocorrem em seu interior.
Durante essas reações, o Sol transforma átomos de hidrogênio em átomos de hélio. Em cada segundo transforma
aproximadamente 596 milhões de toneladas de hidrogênio em aproximadamente 592 milhões de toneladas de
hélio. O total de quase quatro milhões de toneladas de matéria que restam é transformado em energia. O Sol
começou a emitir energia a cinco bilhões de anos e os cientistas crêem que ele continuará a emitir essa energia
por mais outros cinco bilhões de anos. É difícil imaginar a enorme quantidade de energia desprendida pelo Sol.
Suponhamos que ao invés de água fluísse gasolina nas cataratas do Niágara e no mesmo ritmo da água – 19
bilhões de litros por hora. Suponhamos ainda que toda gasolina, durante mais de 200 milhões de anos, pudesse
ser captada. A energia obtida com a combustão dessa gasolina seria igual a que o Sol emite durante uma hora.
Para medir a potencia é usada uma unidade chamada quilowatt. O Sol produz continuamente 390 sextilhões de
quilowatts. Como o Sol emite energia em todas as direções, apenas 1/2.000.000.000 de energia por ele
desprendida alcançará um dia a camada superior da atmosfera terrestre.
Mas mesmo assim a Terra recebe mais de 1.500 quatrilhões de quilowatts-hora de potencia por ano. Imaginemos
que um trem, carregado de carvão mineral e com um comprimento igual a cinco vezes a distancia de ida e volta
da Terra a Lua. Se queimássemos todo o carvão contido nesse trem, teríamos produzido a mesma quantidade de
energia que alcança a atmosfera da Terra, vinda do Sol em uma hora. Nem toda a energia que atinge a atmosfera
chega a superfície terrestre: 34% são difundidos no espaço pelos gases e poeira da atmosfera, ou então, são
refletidos pelas nuvens e voltam diretamente para o espaço; 19% são absorvidos pelas diferentes camadas da
atmosfera. É essa energia que dá origem as mudanças do tempo. Os restantes 47% finalmente chegam à Terra e
são absorvidos em forma de calor.
Mais de 700 quatrilhões de quilowatts-hora penetram na superfície terrestre por ano. O homem utiliza mais de
50 trilhões de quilowatts-hora, operando fabricas, acionando maquinas e veículos e aquecendo edifícios. Estas
cifras indicam que o Sol fornece à superfície terrestre em 40 minutos, tanta energia quanto o homem utiliza em
um ano.

Como a energia Solar afeta a Terra


As plantas e os animais existentes na Terra necessitam da energia do Sol para viver. As plantas verdes, através
de um processo denominado fotossíntese, armazenam energia Solar sob a forma de alimento.
Durante a fotossíntese, as células das plantas que contém clorofila transformam a energia Solar em energia
química. A energia química assim obtida é utilizada por estas células para fabricar os compostos que são
constituídos os ramos, as folhas, as raízes e outras partes das plantas. Os animais que se nutrem de plantas verdes
absorvem a energia nelas armazenada. Mesmo para os animais que não se alimentam de vegetais, a energia
alimentar neles contida é indispensável. Esses animais comem outros animais que se nutrem de plantas.
A energia do Sol provoca mudanças nas condições do tempo. Os raios Solares são mais intensos no equador do
que nos pólos. Nos trópicos, portanto, o ar se aquece e se eleva, enquanto o ar frio desce e toma lugar do ar
quente que ascendeu. Formam-se assim, correntes de ar, que circulam em torno da Terra. Seu movimento é
perturbado pela rotação da Terra e por modificações atmosféricas locais. As ações de todas essas reações dão
origem ao que chamamos de ventos. Cerca de 1/3 da energia do Sol que chega a Terra vaporiza a água dos rios,
lagos e oceanos. É graças a energia Solar que a água se eleva em forma de vapor. Grande parte desse vapor de
água se esfria e se condensa ao subir. E volta em forma de chuva, neve ou em outra forma de umidade. Cerca de
2/3 caem nos oceanos e 1/3 aproximadamente na terra. As usinas hidrelétricas utilizam uma pequena parte da
energia armazenada nas águas para poder gerar eletricidade.

Captação da energia Solar


O homem ainda não é capaz de aproveitar inteiramente a tremenda quantidade de energia Solar que atinge a
Terra porque essa energia se difunde numa área muito grande. O índice de energia Solar recebida em qualquer
lugar da Terra depende de diversas condições, entre as quais a hora do dia, as estações do ano, a latitude do lugar
e as condições do céu, claro ou nublado. Mesmo num dia claro com o Sol a pino, a potencia que pode ser
captada da superfície terrestre por metro quadrado é superior a mil watts.
Os engenheiros têm construído diversos dispositivos para captar a energia Solar. O mais simples é o coletor de
chapas planas, construídas por uma chapa de metal pintada de preto no lado voltado para o Sol. A cor preta
absorve melhor a luz do Sol do que qualquer outra cor. Ao absorver a luz Solar a chapa se aquece. Uma camada
formada por uma ou mais laminas de plástico ou vidro recobre a chapa para evitar que o calor se dissipe. Com
esse mesmo fim, as bordas e a parte posterior da chapa são também isoladas. O calor produzido pela energia
Solar é transmitido a uma certa quantidade de água ou a outro fluido qualquer em circulação por meio de
canalizações Soldadas na parte posterior da chapa.
Coletores de chapas planas vêm sido utilizados na calefação de habitações e na obtenção de água doce, pela
destilação da água do mar. É à energia Solar que se deve a força elétrica de todos os satélites artificiais.
Dispositivos conhecidos como células Solares ou baterias Solares, colocados na parte externa dos satélites,
produzem eletricidade quando a luz do Sol incide sobre eles. As células e baterias Solares são constituídas de
laminas finas de materiais semicondutores. Uma célula Solar tem eficiência de aproximadamente 10%. Assim,
apenas 1/10 da energia Solar que incide sobre a célula se converte em energia elétrica. Um satélite equipado com
células Solares dispõe de uma fonte de eletricidade que durará seguramente muitos anos.
No Brasil, com o incentivo do Conselho Nacional de Pesquisas, vêm-se desenvolvendo estudos sobre o
aproveitamento da energia Solar nas universidades de Campinas (SP) e da Paraíba, no Centro Técnico da
Aeronáutica e no Instituto de Pesquisas da Marinha. Na Paraíba foram construídos fornos Solares para secar
grãos; em Campinas muitas casas usam fornos Solares para aquecimento da água; as pesquisas da Marinha
orientam-se mais no sentido da dessalinização da água do mar.

Energia nuclear
Energia nuclear, ou energia atômica é a mais poderosa espécie de energia conhecida. É ela que produz a
tremenda quantidade de calor e luz desprendida pelo Sol, assim como a força destruidora da bomba atômica e da
bomba de hidrogênio. A energia nuclear provem das transformações que ocorrem no núcleo dos átomos. Se a
energia nuclear estivesse plenamente desenvolvida poderia atender todas as necessidades de eletricidade no
mundo por milhões de anos. Até o alvorecer do século vinte, os cientistas nada conheciam a respeito da energia
nuclear. Foi então que começaram as importantes descobertas sobre a matéria e a energia. Na verdade, já sabiam
que toda a matéria é constituída por átomos, e que cada átomo consiste fundamentalmente de seu núcleo e que o
núcleo se mantém unido por uma força extremamente poderosa. O primeiro desafio que tiveram de enfrentar, foi
liberar a energia formidável encerrada no núcleo. A primeira vez que os cientistas liberaram energia nuclear em
grande escala, foi na universidade de Chicago em 1942, três anos após o inicio da Segunda Guerra Mundial. Esta
realização levou ao surgimento da bomba atômica. A primeira bomba atômica detonou no deserto próximo a
Alamogordo, estado do Novo México, em 16 de julho de 1945. Quando a bomba explodiu nas trevas que
precedem o amanhecer, ergueu-se uma bola de fogo (ar-superaquecido, ou plasma) que poderia ser visto a
290km de distância. No centro da explosão, as temperaturas quase se igualaram as reinantes no interior do Sol.
No mês seguinte, aviões norte americanos lançaram bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasáqui, no Japão,
destruindo grande parte de ambas as cidades e provocando assim, o fim da segunda guerra mundial. A partir de
1945, os cientistas vêm aprendendo a controlar a energia nuclear para fins pacíficos. A utilidade da energia
nuclear resulta principalmente das grandes quantidades de calor que ela gera. O calor pode ser utilizado para
produzir vapor, e o vapor para gerar eletricidade. Os engenheiros inventaram dispositivos denominados reatores
nucleares para produzir e controlar a energia nuclear. Os reatores funcionam mais ou menos, como uma
fornalha, que utilizam em seu funcionamento o urânio. Os reatores dividem os núcleos do urânio em duas partes,
e quando um núcleo se divide, emite energia. A fissão de 500g aproximadamente, de urânio puro origina tanto
calor quanto a queima de 1.511 toneladas de carvão. A produção de força elétrica é de fato o uso mais
importante da energia nuclear. A energia nuclear também movimenta submarinos e navios. Quase toda a
eletricidade no mundo é produzida por usinas termelétricas e hidroelétricas. As usinas termelétricas utilizam a
força do vapor da água fervente para gerar eletricidade, e utilizam combustíveis fósseis como o carvão e
petróleo. As usinas hidrelétricas utilizam a força das águas que caem das barragens ou cachoeiras. As usinas
hidroelétricas têm custos de operação bem menores que as termelétricas e são bem mais limpas, mas nem todos
os paises se dispõem de recursos hídricos naturais suficientes para gerar grandes quantidades de energia elétrica.
As maiorias dos paises dependem, portanto, principalmente, de usinas movidas por combustíveis fosseis.
Atualmente as usinas nucleares produzem apenas cerca de 4% da energia gerada em todo o mundo.

Distribuição da energia nuclear no mundo


Estão em operação aproximadamente, em 22 paises cerca de 235 usinas nucleares produtoras de eletricidade.
Quinze outros paises projetam a construção de pelo menos, uma usina no decorrer da década de 1980. no entanto
em sua maioria os paises não tem condições de adquirir o dispendioso equipamento exigido por uma usina
elétrica acionada por energia nuclear. Os Estados Unidos possuem cerca de 75 usinas nucleares. Essas usinas
geram cerca de 11% de toda a energia no país. O Canadá possui 10 usinas nucleares, que geram cerca de 9% de
toda eletricidade do país. Os outros paises são: França, Inglaterra, Japão, Rússia, Suécia e Alemanha.

Desenvolvimento da energia nuclear


Muitos especialistas acreditam que os benefícios da força nuclear compensam quaisquer problemas que possam
decorrer de sua produção. Esses especialistas salientam que os recursos mundiais de petróleo poderão estar
quase esgotados dentro dos próximos 75 ou 100 anos. Com o pleno desenvolvimento da energia nuclear, ela
poderia substituir completamente o petróleo e o carvão como fonte de energia elétrica. Mas esse
desenvolvimento exige a resolução de muitos problemas. Por exemplo, quase todos os reatores usados
atualmente necessitam de um tipo de urânio conhecido como U-235, e esse recurso existente no mundo é muito
limitado e isso pode causar o esgotamento desse tipo de recurso. Os cientistas estão tentando desenvolver
energia nuclear sem utilizar o U-235 para evitar que esse tipo de esgotamento aconteça.

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