Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROFESSOR:
BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS
(Rocha, 2012)
(Moro & Auras, 2007)
(ALTAN, S.OH, & H. GEGEL, 2012)
1.1.
O estudo será intensificado nos processos de conformação plástica porque mais de 80%
de todos os produtos metálicos produzidos são submetidos, em um ou mais estágios, a tais
processos. Os processos de conformação plástica dos metais permitem a obtenção de
peças em estado solido, com características controladas, através da aplicação de esforços
mecânicos em corpos metálicos iniciais que mantem o seu volume constante. De uma forma
resumida, os objetivos desses processos são a obtenção de produtos finais com
especificação de:
Temperatura de conformação
De outra forma, o trabalho a frio (TF) é a deformação realizada sob condições em que não
ocorre a recristalização do material. Já no trabalho a morno, ocorre uma recuperação2 do
material, sem recristalização.
É importante entender que a distinção básica entre TQ e TF não está na temperatura em si,
mas na temperatura de recristalização do material. Porque, dependendo da liga, podemos
ter TQ com conformações à temperatura ambiente, como no caso de Pb e Sn. Por outro
lado, a conformação a 1100°C é TF para o tungstênio, cuja temperatura de recristalização
é superior, embora tal temperatura seja TQ para o aço.
a) Trabalho a quente
O trabalho a quente é a etapa inicial na conformação mecânica da maioria dos metais e
ligas. Este trabalho não só requer menos energia para deformar o metal, como proporciona
o surgimento de menos discordâncias microestruturais e também ajuda a diminuir as
heterogeneidades da estrutura dos lingotes fundidos devido às rápidas taxas de difusão 3
presentes às temperaturas de trabalho a quente 4. Além disso, as variações microestruturais
proporcionam um aumento na dutilidade5 e na tenacidade6, comparado ao estado fundido.
Como desvantagem, geralmente, a estrutura e propriedades dos metais trabalhados a
quente não são tão uniformes ao longo da seção reta como nos metais trabalhados a frio e
recozidos, já que a deformação é sempre maior nas camadas superficiais. O metal possuirá
grãos recristalizados de menor tamanho nesta região. Como o interior do produto estará
submetido a temperaturas mais elevadas por um período de tempo maior durante o
resfriamento do que as superfícies externas, pode ocorrer crescimento de grão no interior
de peças de grandes dimensões, que resfriam vagarosamente a partir da temperatura de
trabalho.
b) Trabalho a frio
c) Trabalho a morno
Os processos de deformação a morno objetivam aliar as vantagens das conformações a
quente e a frio. Dos processos de conformação a morno um dos mais difundidos e com
maiores aplicações industriais é o forjamento. O trabalho a morno consiste na conformação
de peças numa faixa de temperatura onde ocorre o processo de recuperação do material,
não ocorrendo entretanto, a recristalização.
Com relação ao trabalho a quente, o processo morno apresenta melhor acabamento
superficial e precisão dimensional devido à diminuição da oxidação e da dilatação. Assim,
pode-se ter menores ângulos de saída e maior carga para a retirada da peça das matrizes
sem deformar o produto. A maior desvantagem é o aumento do limite de escoamento, sendo
necessário o emprego de prensas mais potentes e ferramentas mais resistentes.
Em relação ao trabalho a frio, o processo a morno apresenta redução dos esforços de
deformação, o que permite a conformação mais fácil de peças com formas complexas,
principalmente em materiais com alta resistência. A conformação a morno melhora ainda a
ductilidade do material e elimina a necessidade de recozimentos intermediários que
consomem muita energia e tempo.
Existe alguma controvérsia sobre a faixa de temperatura empregada na conformação a
morno dos aços, mas, certamente se torna importante entre 500 e 800°C. A temperatura
inferior de conformação é limitada em aproximadamente 500°C devido à possibilidade de
ocorrência da "fragilidade azul" em temperaturas mais baixas 8.
(LAMINAGEM, FORJAMENTO E EXTRUSÃO)- Retirado de (Rocha, 2012) e (Moro & Auras, 2007)
1.3.1. LAMINAGEM
1.3.1.1. Considerações
E depois da Fundição?
Panelas, fogões, geladeiras, fornos de microondas, microcomputadores, automóveis, máquinas
agrícolas, trens, navios, aviões, naves espaciais, satélites. Desde o produto mais simples até o
mais sofisticado, todos dependem de processos de fabricação mecânica para existir. E eles são
muitos. E se encadeiam para que o produto seja fabricado. Por mais simples que a peça seja, é
sempre necessário usar máquinas e realizar mais de uma operação para produzi-la. Começando
pela fundição, seguindo pelos processos de conformação mecânica como a laminagem e a
trefilação, passando pelo torneamento, pela usinagem, as peças vão sendo fabricadas e reunidas
para formar os conjuntos mecânicos sem os quais a vida moderna seria impensável. E pensando
na fundição como início dessa cadeia, a etapa seguinte é, na maioria dos casos, a laminagem, um
processo de conformação mecânica, que é o assunto do próximo parágrafo.
A laminagem é um processo de conformação que consiste na passagem de um corpo
sólido (peça) entre dois cilindros (ferramentas) que giram a mesma velocidade
periférica, mas em sentidos contrários, conforme mostra a Figura 1.5.
A laminação pode ser feita a quente ou a frio. Ela é feita a quente quando o material a ser
conformado é difícil de laminar a frio ou quando necessita de grandes reduções de espessura.
Assim, o aço, quando necessita de grandes reduções, é sempre laminado a quente porque, quando
aquecido, sua estrutura cristalina apresenta a configuração CFC..
A laminação a frio se aplica a metais de fácil conformação em temperatura ambiente, o que é mais
econômico. É o caso do cobre, do alumínio e de algumas de suas ligas. A laminação a frio também
pode ser feita mesmo em metais cuja resistência à deformação é maior. São passes rápidos e
brandos cuja finalidade é obter maior precisão nas dimensões das chapas. Em alguns casos, a
dureza e a resistência do material melhoram já que, nesse caso, ele fica "encruado". Quando se
necessita de precisão dimensional e ductilidade, a chapa laminada a frio passa por um tratamento
térmico chamado recozimento. Sendo a quente ou a frio, a laminação parte dos lingotes que,
Após fundição, os lingotes são laminados em três formas intermediárias chamadas blocos,
tarugos, e placas:
Blocos (Blooms) tem seção transversal 6” x 6” ou mais larga. Geralmente, eles são
laminados para obter perfis estruturais.
Tarugos (Billets) tem seção retangular 1.5” x 1.5” ou mais larga. Eles são laminados
para obter hastes, barras, vergalhões, etc.
Placas (Slabs) tem seção transversal retangular 10” x 1.5” ou mais larga. Eles são
laminados para obter placas grossas, chapas, chapas finas, tiras, fitas.
O processo mais simples é através do laminador duo, que pode ser reversível ou
não. Nos duos não reversíveis, figura “A”, o sentido de giro dos cilindros não pode
ser invertido, e o material só pode ser laminado em um sentido. Nos reversíveis,
figura “B”, a inversão da rotação dos cilindros permite que a laminação ocorra nos
dois sentidos de passagem entre os rolos.
No laminador trio, figura “C”, os cilindros sempre giram no mesmo sentido. Porém,
o material pode ser laminado nos dois sentidos, passando-o alternadamente entre
o cilindro superior e o intermediário e entre o intermediário e o inferior.
À medida que se laminam materiais cada vez mais finos, há interesse em utilizar
cilindros de trabalho de pequeno diâmetro. Estes cilindros podem flectir, e devem ser
apoiados em cilindros de encosto, figura “D”. Este tipo de laminador denomina-se
quádruo, podendo ser reversível ou não.
Quando os cilindros de trabalho são muito finos, podem flectir tanto na direção
vertical quanto na horizontal e devem ser apoiados em ambas direções; um
laminador que permite estes apoios é o Sendzimer, figura “E”.
Figura 1.13- Esquema de Laminador Tipo Gray para perfis H e de Laminação de perfil
Laminagem a quente
Figura 1.19- Imagens lingotamento contínuo para produção de chapas por laminação a quente
Laminagem a frio
A laminação a frio é empregada para produzir tiras e folhas (a tira difere da folha pelo
melhor controle dimensional) com acabamento superficial e tolerâncias dimensionais
superiores, quando comparadas com as tiras produzidas por laminação a quente. Além
disso, o encruamento resultante da redução a frio pode ser aproveitado para dar maior
resistência ao produto final.
Os materiais de partida para a produção de tiras de aço laminadas a frio são as bobinas
a quente decapadas, resultantes dos trens contínuos de laminação. A laminação a frio
de metais não ferrosos pode ser realizada a partir de tiras a quente ou, como no caso
de certas ligas de cobre, diretamente de peças fundidas.
Trens de laminadores quádruos de alta velocidade com três a cinco cadeiras
(laminadores) são utilizados para a laminação a frio do aço, alumínio e ligas de cobre.
A laminação contínua tem alta capacidade de produção, o que resulta num custo de
produção baixo.
A redução total atingida por laminação a frio geralmente varia de 50 a 90%. Quando se
estabelece o grau de redução em cada passe ou em cada cadeira de laminação, deseja-
se uma distribuição tão uniforme quanto possível nos diversos passes sem haver uma
queda acentuada em relação à redução máxima em cada passe. Normalmente, a
porcentagem de redução menor é feita no último passe para permitir um melhor controle
do aplainamento, bitola e acabamento superficial.
Alguns produtos obtidos por laminagem a frio são ilustrados na figura abaixo:
Processos termomecânicos
1.3.2. FORJAMENTO
Uma das profissões mais antigas do mundo é a do ferreiro. Quem não se lembra de já ter visto,
em filmes históricos ou de faroeste, um homem bem forte, todo suado, retirando com uma tenaz
um pedaço de metal incandescente do fogo, colocando-o sobre uma bigorna e martelando com
força para que o metal adquirisse a forma desejada? Podia ser uma espada, a parte de uma
armadura, ou uma ferradura. Não importa o que fosse produzido, tudo dependia da força e da arte
do homem, seu martelo e sua bigorna.
Hoje em dia, o martelo e a bigorna foram substituídos por máquinas e matrizes que permitem a
produção constante de milhares de peças.
Esse processo de conformação mecânica, tão antigo quanto o uso dos metais,é o forjamento.
Basicamente, o forjamento é um processo de conformação plástica através do qual se
obtém a forma desejada da peça ou objeto por martelamento ou aplicação gradativa de
uma pressão. A maioria das operações de forjamento é efetuada a quente, embora
certos metais possam ser forjados a frio, tais como os produtos obtidos por recalque a
frio (parafusos como exemplo).
No forjamento por martelamento são usados martelos de forja que aplicam golpes
rápidos e sucessivos ao metal por meio de uma massa de 200 a 3.000kg que cai
livremente ou é impulsionada de uma certa altura que varia entre 1 e 3,5 m.
(b) Prensas, que deformam o metal submetendo-o a uma compressão contínua com
velocidade relativamente baixa. Todas as camadas da estrutura são atingidas, dando
maior homegeneidade à estrutura da peça.
Matrizes de forjamento
As matrizes de forjamento normalmente possuem várias cavidades de impressão, sendo uma
para cada etapa de processamento do produto por forjamento.
Peças de formas complexas ou de precisão não podem ser obtidas por técnicas de
forjamento livre, exigindo matrizes especialmente preparadas que contenham o
negativo (ou contorno) da peça a ser produzida. Tais matrizes são caras, exigindo na
maioria das vezes, alta produção para justificar seu custo.
A obtenção de um formato complexo normalmente não é possível com uma única etapa
de trabalho, exigindo uma ou mais etapas de pré-forjamento.
As etapas de pré-forjamento são efetuadas em matrizes mais simples, ou geralmente
em matriz aberta.
1.3.3.1. Introdução
As primeiras experiências com extrusão foram feitas com chumbo no final do século
passado. O maior avanço aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, com a
produção de grandes quantidades de perfis de alumínio para serem usados na indústria
aeronáutica.
Atualmente, não só metais mais dúcteis, como o alumínio e suas ligas e o cobre e suas
ligas, podem passar pelo processo de extrusão. Também é possível fabricar produtos
de aço ao carbono e aço inoxidável por meio de extrusão. Produtos de plástico,
principalmente embalagens, também são fabricados por extrusão.
De acordo com o tipo de metal, que deve suportar rigorosas condições de atrito e
temperatura, e com a seção a ser obtida, a extrusão pode ser realizada a quente ou a
frio.
Por outro lado, (Moro & Auras, 2006) afirma que são basicamente dois tipos de extrusão,
a direta e a indireta. Mas há ainda duas variações: a lateral e a hidrostática.
Na extrusão direta, o pistão age sobre o tarugo, forçando sua passagem pela
ferramenta, colocada no lado oposto do recipiente e provocando uma intensa acção de
atrito entre o tarugo e o recipiente de extrusão.
Extrusão indirecta
Extrusão hidrostática
Extrusão a quente
É feita em temperatura elevada para ligas que não tenham suficiente ductilidade2 a
temperatura ambiente, de forma a reduzir as forças necessárias.
Extrusão a frio
Desenvolvida nos anos 40, é o processo que combina operações de extrusão direta,
indireta e forjamento. O processo foi aceito na indústria particularmente para
ferramentas e componentes de automóveis, motocicletas, bicicletas, acessórios e
equipamento agrícola.
O processo usa tarugos cortados de barras laminadas, fios ou chapas. Os tarugos
menores que 40 mm de diâmetro são cisalhados e tem suas bordas ajustadas por
retificação. Diâmetros maiores são usinados a partir de barras, com comprimentos
específicos.
Praticamente todos os materiais usados na extrusão a quente podem ser utilizados na
extrusão a frio, mesmo os aços. Entretanto, deve-se considerar que a extrusão de um
certo perfil pode ser realizada a quente, mas não a frio, tendo que ser alterado os
parâmetros de extrusão (velocidade, ângulo da matriz, etc).
Embora componentes extrudados a frio sejam em geral mais leves, fabricam-se
componentes de até 45 kg e com comprimentos de até 2m. Metais obtidos por
metalurgia do pó são também extrudados a frio.
1.3.4. TREFILAÇÃO
1.3.4.1. Introdução
Puxa e estica
Acender a luz, falar ao telefone, ligar o som, a televisão ou um outro eletrodoméstico
qualquer, andar de elevador. Nada disso seria possível sem a trefilação, pois os fios
elétricos de cobre ou alumínio, os cabos e arames de aço necessários para essas
atividades tão comuns do século vinte são fabricados por esse processo de
conformação mecânica.
Por esse processo, é possível obter produtos de grande comprimento contínuo, seções
pequenas, boa qualidade de superfície e excelente controle dimensional.
Existem bancos de tração de até 100 toneladas, capazes de trabalhar a uma velocidade
de até 100 metros por minuto, percorrendo distâncias de até 30 metros. Em alguns
casos, vários conjuntos desse tipo podem ser montados em série, a fim de produzir
arames e fios com diâmetros ainda menores.
A barra que deve ser trefilada é chamada de fio de máquina. Ela deve ser apontada,
para facilitar a passagem pela fieira, e presa por garras de tração que vão puxar o
material para que ele adquira o diâmetro desejado.
A fieira é uma ferramenta cilíndrica que contém um furo no centro por onde passa o fio,
e cujo diâmetro vai diminuindo. Assim seu perfil apresenta o formato de um funil.
- Trefilação;
- Tratamento térmico de recozimento, quando é necessário restabelecer o ductilidade
do material;
Para a trefilação propriamente dita, existem dois tipos básicos de máquinas de trefilar:
b) Com deslizamento
Essa máquina é usada para a trefilação de fios metálicos de pequeno diâmetro. Nela, o
fio parte de uma bobina, passa por uma roldana e segue alinhado até a primeira fieira.
Na saída da fieira, o fio é tracionado por um anel tirante e é enrolado nele com um
número de voltas que depende da força do atrito necessária para tracionar o fio através
da primeira fieira.
O movimento helicoidal do fio provoca seu deslizamento lateral pelo anele o sistema
prossegue dessa forrna para as demais fieiras e anéis.
Trefilação de tubos
Os tubos podem ser trefilados de quatro modos: sem apoio interno (rebaixamento ou
afundamento – figura a); com mandril passante (figura b); com bucha interna (figura c);
com bucha flutuante (figura d).
Um dos usos mais comuns da trefilação é a produção de arames de aço. Por esta razão
especificam-se abaixo algumas das principais características deste processo.
Etapas: A trefilação propriamente dita é precedida por várias etapas preparatórias que
eliminam todas as impurezas superficiais, por meios físicos e químicos. Os passos a
percorrer são discriminados no esquema abaixo.
- Fratura com risco lateral ao redor da marca de inclusão, Causada por partícula
dura inclusa no fio inicial proveniente da laminação ou extrusão.
- Fratura com trinca aberta em duas partes: causada por trincas de laminação.
- O material pode ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com
qualquer outro processo;
- A precisão dimensional que pode ser obtida é maior do que em qualquer outro
processo exceto a laminação a frio, que não é aplicável às bitolas comuns de arames;
- A superfície produzida é uniformemente limpa e polida;
- O processo influi nas propriedades mecânicas do material, permitindo, em combinação
com um tratamento térmico adequado, a obtenção de uma gama variada de
propriedades com a mesma composição química.
1.4.1. ESTAMPAGEM
1.4.1.1. Introdução
Se a família dos processos de fabricação fosse um objeto que se pudesse tocar, com
certeza, ela seria uma corrente na qual cada elo representaria um determinado processo
que estaria encadeado em outro, que, por sua vez, estaria encadeado em outro, e assim
por diante.
Senão, vejamos: alguns produtos da fundição como lingotes e tarugos podem ser
forjados e laminados; os produtos da laminação podem ser cortados, dobrados,
curvados, estampados. As peças resultantes podem passar por etapas de usinagem,
soldagem, rebitagem... e por aí vai.
Isso porque, quando alguma coisa é produzida, você nunca tem apenas uma operação
envolvida nessa fabricação. Geralmente, o que se tem são produtos intermediários,
como na laminação, em que as chapas laminadas, após bobinadas, são usadas na
fabricação de peças para a indústria automobilística, naval, eletroeletrônica e mecânica
em geral.
E para que as chapas adquiram o formato desejado, é necessário que elas passem por
um processo de conformação mecânica que visa dar-lhes forma final.
Os processos de conformação de chapas podem ser classificados em dois grandes
grupos: estampagem profunda ou embutimento e conformação geral, apresentados de
forma esquemática nas figuras abaixo:
Ferramentas de estampagem
As operações de estampagem são realizadas por meio de prensas que podem ser
mecânicas ou hidráulicas, dotadas ou não de dispositivos de alimentação automática
das chapas, tiras cortadas, ou bobinas.
A seleção de uma prensa depende do formato, tamanho e quantidade de peças a serem
produzidas e, consequentemente, do tipo de ferramental que será usado. Normalmente,
as prensas mecânicas são usadas nas operações de corte, dobramento e estampagem
rasa. As prensas hidráulicas são mais usadas na estampagem profunda.
a) Vantagens
b) Desvantagem
As peças obtidas por corte, podem, eventualmente, ser submetidas a uma operação
posterior de estampagem profunda.
O corte permite a produção de peças nos mais variados formatos. Estes são
determinados pelos formatos do punção e da matriz. A folga entre um e outra é muito
importante e deve ser controlada, já que o aspecto final da peça depende desse fator.
Ela está relacionada também com a espessura, a dureza e o tipo de material da chapa.
Dependendo da complexidade do perfil a ser cortado, o corte pode ser feito em uma
única etapa ou em várias etapas até chegar ao perfil final. Isso determina também os
vários tipos de corte que podem ser executados:
a) Corte (simples)
Produção de uma peça de um formato qualquer a partir de uma chapa:
- A operação de corte é usada para preparar o material para posterior
estampagem. A parte desejada é cortada (removida) da chapa original.
b) Entalhe
Corte de um entalhe no contorno da peça.
c) Puncionamento
Corte que produz furos de pequenas dimensões.
- A fabricação de furos em prensa (piercing ou punching) caracteriza uma operação de
corte em que o metal removido é descartado.
d) Corte parcial
Corte incompleto no qual uma parte da peça cortada fica presa à chapa
e) Recorte
Corte de excedentes de material de uma peça que já passou por um processo de
conformação.
- A rebarbação (trimming) é uma operação que consiste em aparar o material em
excesso (rebarbas) da borda de uma peça conformada. A remoção de rebarbas de
forjamento em matriz fechada é uma operação deste tipo.
Um corte, por mais perfeito que seja, sempre apresenta uma superfície de aparência
"rasgada". Por isso, é necessário fazer a rebarbação, que melhora o acabamento das
paredes do corte.
B) Folga entre punção e matriz: A aresta de corte apresenta em geral três regiões:
uma rugosa (correspondente à superfície da trinca da fratura), uma lisa (formada pelo
atrito da peça com as paredes da matriz) e uma região arredondada (formada pela
deformação plástica inicial). A qualidade das arestas cortadas não é a mesma das
usinadas, entretanto quando as lâminas são mantidas afiadas e ajustadas é possível
obter arestas aceitáveis para uma grande faixa de aplicações. A qualidade das bordas
cortadas geralmente melhora com a redução da espessura da chapa .
No corte por matriz e punção (“piercing” ou “blanking”) não existe uma regra geral para
selecionar o valor da folga, pois são vários os parâmetros de influência. A folga pode
ser estabelecida com base em atributos, como: aspecto superficial do corte,
imprecisões, operações posteriores e aspectos funcionais.
Se não houver nenhum atributo específico desejado para superfície da chapa, a folga é
selecionada em função da força mínima de corte.
5. Folga de corte é:
a) ( ) espaço adequado entre punção e matriz;
b) ( ) espaço entre a placa-guia e os punções;
c) ( ) tempo entre um corte e outro;
d) ( ) espaço deixado na tira entre uma peça e outra.
A Figura abaixo apresenta um desses estampos que se compõe de uma parte superior
(macho) e uma inferior (fêmea). As maquinas de conformação podem, nesse caso, ser
prensas excêntricas ou prensas viradeiras.
Procedimento de dobrar
Outro fator a considerar é a existência dos raios de curvatura. Cantos vivos ou raios
pequenos podem provocar a ruptura durante o dobramento. Em geral, a determinação
do raio de curvatura é função do projeto ou desenho da peça, do tipo de material usado,
da espessura da peça e do sentido da laminação d a chapa. Materiais mais dúcteis como
o alumínio, o cobre, o latão e o aço com baixo teor de carbono necessitam de raios
menores do que materiais mais duros como os aços de médio e alto teores de carbono,
aços ligados etc.
Até atingir o formato final, o produto pode ser dobrado com o auxílio de apenas um
estampo em uma única ou em mais fases ou, então, com mais de um estampo.
4- Linha neutra é a região a) ( ) da prensa que exerce menos força sobre o material;
b) ( ) do material onde há maior esforço e concentração de material; c) ( ) do punção
localizada nos lados direito e esquerdo; d) ( ) da peça dobrada onde não ocorre
deformação do material.
2.1. Introdução
O corte é um processo de fabricação em que uma ferramenta, com duas cunhas de corte,
que se movem uma contra a outra, provoca a separação de um material por
cisalhamento. Cisalhamento é a deformação que um corpo sofre devido à ação de forças
cortantes opostas.
As cunhas de corte são também chamadas de faca ou punção e matriz. O punção é
pressionado contra o material e a matriz, de tal modo que para efetuar o corte é preciso
aplicar uma certa força. A essa força se dá o nome de esforço de corte.
As cunhas de corte são também chamadas de faca ou punção e matriz. O punção é
pressionado contra o material e a matriz, de tal modo que para efetuar o corte é preciso
aplicar uma certa força. A essa força se dá o nome de esforço de corte.
Um corte perfeito, sem rebarbas, é obtido quando as trincas, que se iniciam nos fios de
corte, se encontram. Para que isso ocorra, é preciso haver uma folga adequada entre o
punção e a matriz, conhecida como folga de corte.
Ela é calculada conforme o material a ser trabalhado, sua espessura e sua resistência à
tração. Observe uma representação do corte de uma chapa.
2.3.1. Introdução
O corte de chapa por arrombamento vem no seguimento natural dos processos de deformação
plástica em chapa e em massa. O corte por arrombamento, que se executa sem arranque de apara,
pode fazer-se por meio de uma única operação ou por uma série de operações, realiza-se em toda
a espessura da peça e segundo o perímetro do contorno desejado. É utilizado no corte de chapas,
barras ou perfis de modo a obter peças ou furos. Na maioria das vezes, os processos de corte
por arrombamento e a estampagem são usados em sequência para o fabrico de peças. Por
exemplo, se queremos fabricar um copo cilíndrico por estampagem, teremos de obter um círculo
de chapa("esboço") antes de obtermos o copo cilíndrico por estampagem, a partir desse esboço.
Noutros casos, as peças em chapa possuem formas obtidas por estampagem, conjugadas com
furos obtidos por corte. Tal é muito frequente, tanto que as ferramentas mais comuns para o
fabrico de peças em chapa têm normalmente uma ou mais fases que envolvem corte.
O Corte por arrombamento processa-se por deformação plástica seguida de rotura por punção
(F), devido a tensões de corte distribuídas ao longo da espessura, segundo o perímetro de corte da
Chapa, Fig. 2.2.
Nos parágrafos anteriores deste capitulo, você aprendeu o que são cortes nos materiais
e os processos de corte, entre outros, denominados cortes mecânicos.
Nesses processos não se utiliza nenhuma fonte de calor. Eles têm a vantagem de não
provocar deformações na superfície do material nem alterações na estrutura da peça
cortada. Apresentam, também, uma grande limitação quanto ao tamanho das peças a
serem cortadas, à espessura de corte, à dificuldade de deslocamento do equipamento,
aos altos custos etc.
Os gases são fornecidos em cilindros produzidos para uso imediato, como no caso do
acetileno e do hidrogênio.
O acetileno é um gás que se destaca pela alta potência da sua chama e alta velocidade de
inflamação.
Todo metal capaz de reação química com o oxigênio e com ponto de fusão do óxido
inferior ao ponto de fusão do metal pode ser cortado pelo processo oxiacetilênico.