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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

UNIFOA

JOÃO DOMINGOS - 201810436


JOÃO PAULO - 201810437
YURI OLIVEIRA - 201810946
THIAGO BRAGA - 201810455

ENGENHARIA DE SOLDAGEM
SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO

VOLTA REDONDA
MARÇO/2022
Introdução
O conceito de uma soldagem em estado sólido pode ser definido como um método
no qual duas ou mais peças combinadas são unidas sem o uso de uma camada de interface
(sem a aplicação de um material entre as peças aplicado por chapeamento, deposição de
íons (sputtering), implantação de íons ou brasagem.)
Uma soldagem em estado sólido pode ser definida como um método no qual duas
ou mais peças combinadas são unidas sem o uso de uma camada de interface (sem a
aplicação de um material entre as peças aplicado por chapeamento, deposição de íons
(sputtering), implantação de íons ou brasagem, ou na forma de lâmina).
Para compreender melhor todo o processo executado durante o processo de
soldagem, é importante saber como funciona o conceito de intensidade de fonte de
energia. Por exemplo, quando o processo exige alta intensidade de energia, há redução
no tempo, o que evita ou minimiza efeitos desagradáveis, como a distorção, por exemplo.
Isso acontece porque a intensidade da energia transferida acontece de forma muito rápida,
dentro de uma área muito limitada, permitindo a fusão quase que instantaneamente. A
soldagem feita em estado sólido envolve energia mecânica para poder aproximar a
estrutura dos materiais, gerando uma atração atômica, podendo ser através de ação,
fricção, impacto, pressão ou fusão.
O processo de soldagem sólido por fricção visa unir partes metálicas através de
caldeamento, obtido pelo calor gerado, através do atrito provocado por movimento das
superfícies em contato, e aplicação de pressão. Imagem do processo a baixo:

Já a Soldagem por impacto, também chamada de soldagem a explosão, é um


processo de soldagem em estado sólido, que produz uma solda pelo impacto em alta
velocidade das peças em trabalho, como resultado de uma detonação controlada. A
explosão acelera o metal a uma velocidade que produz uma adesão metálica entre eles
após a colisão. Demonstrado na imagem a seguir:
Outro processo é a soldagem por pressão. A energia aplicada gera uma tensão no
material de base, produzindo a solubilização das partes ainda na fase sólida. Imagem a
baixo:

Esta técnica não depende do calor para alcançar seu resultado final e alterar o
estado dos itens a serem soldados, que permanecem em estado sólido durante todo o
processo. Porém, nem todos os metais permitem que este tipo de fusão ocorra devido à
suas propriedades e à quantidade de oxigênio dentro de suas camadas externas. Além
disso, para a conservação da solda resultante do processo a frio por pressão é necessário
que as peças não sejam expostas a ambientes ricos em oxigênio.
A soldagem pelo processo de fusão é onde há o aumento localizado da temperatura
do material, o aquecimento deve ultrapassar a temperatura de fusão do metal e,
posteriormente, as partes sofrem solidificação. Processo exemplificado no esquema e na
imagem a seguir:
A solda faz parte de muitos processos produtivos e construtivos da atualidade e
pode não parecer, mas ela está presente em nosso dia a dia mais do que você pensa. Por
exemplo, pequenas peças de um componente de computador, joias, maquinários pesados
e na construção.
Mas você sabe o que é e quais são os processos de soldagem?
A soldagem é um processo de união de materiais – principalmente metais –
bastante usada na indústria de fabricação e recuperação de peças, estruturas ou
equipamentos.
Soldar é, portanto, unir duas ou mais peças, conferindo uma junta de qualidade e
reforçada, além de manter as propriedades físicas e químicas do material.
Há vários tipos de soldagem, ou melhor, vários tipos de processos de soldagem e
o que vai indicar qual o melhor é a aplicação da solda ou o tipo de material – alumínio,
metal, chumbo etc. Veja o que você precisa levar em conta para aumentar a produtividade
da soldagem

História da Soldagem

É relevante saber que faz mais de quatro mil anos que a soldagem foi descoberta.
Porém, não se sabe exatamente a data. Os indícios dos primeiros forjamentos de metais
são da Era do Bronze entre 2000 AC e 3000 AC.

Temos indícios do uso desse processo no Egito Antigo, sendo utilizado em


ornamentos como máscaras e joias encontradas dentro das pirâmides. Portanto, é muito
provável que foi neste período que a história da soldagem teve início. Contudo, por exigir
muita força e técnica para ser executado, o processo de soldagem não era muito utilizado
nessa época.
Nos tempos atuais já foram desenvolvidas diversas formas de manuseamento de
metais. Liderando o grupo, temos a soldagem por arco elétrico – a pioneira dos processos
– e que foi criada ainda no século XIX. Depois, outros tipos foram surgindo, tais como:
TIG, MIG E MAG.

Uso da Soldagem
O uso da soldagem foi impulsionado pela indústria automobilística ainda no
século XX, permitindo rápida fabricação de carros, com custo reduzido. No entanto, hoje
em dia, a aplicação dela está bem mais ampla, visto que até na indústria aeronáutica ou
edificações ela é importante e usada.
Conjunto de processos onde a coalescência das superfícies é atingida por:
- Pressão sozinha, ou Calor e pressão.
- Se ambas são usadas, o calor não é suficiente para fundir as superfícies da junta.
Para alguns processos, o tempo também é um fator.
-Sem metal de adição.
-Cada processo tem seu próprio modo de criar ligação entre as superfícies
encostadas.
Fatores essenciais para uma solda no estado sólido realizada com sucesso são
relacionados às condições das superfícies da junta, que devem ser:
- Muito limpas.
- Em contato físico muito próximo entre si para permitir a ligação em nível atômico.

Vantagens da Soldagem no Estado Sólido sobre os Processos de Soldagem por


Fusão.
Sem fusão, não há zona termicamente afetada, então o metal ao redor das juntas
mantém as propriedades originais.
Muitos processos de soldagem no estado sólido produzem juntas onde há ligação
em toda a interface de contato entre as partes, diferente de pontos ou cordões distintos.
Alguns processos podem ser usados para unir metais bem distintos, sem se
preocupar as diferenças nos pontos de fusão, expansões térmicas e outros problemas que
surgem nos processos de soldagem por fusão.

Processos de Soldagem no Estado Sólido.


Falando agora sobre os tipos de soldagem, ou seja, os processos. Pode-se dividir
os processos de soldagem em dois grandes grupos: por fusão e por pressão.
Por fusão: Energia é aplicada para produzir calor capaz de fundir o material de
base. Diz-se neste caso que a solubilização ocorre na fase líquida que caracteriza o
processo de soldagem por fusão.
Assim, na fusão, a soldagem é obtida pela solubilização na fase líquida das partes
a unir, e subsequentemente, da solubilização da junção.
Por pressão: Energia é aplicada para provocar uma tensão no material de base,
capaz de produzir a solubilização na fase sólida, caracterizando a soldagem por pressão.
Soldagem no Estado Sólido
Mas não são só esses os processos existentes nas industrias atualmente. Quando
falamos de processos de soldagem no estado solido, estamos falando de inúmeras formas
de realizar a junção de duas superfícies. Listado a baixo, temos alguns exemplos que
estaremos abordando.
 Soldagem por Forjamento.
 Soldagem a Frio ou Soldagem por Contato.
 Soldagem por Laminação.
 Soldagem por Pressão a Quente.
 Soldagem por Difusão.
 Soldagem por Explosão.
 Soldagem por Fricção.
 Soldagem por Ultrassom.

Soldagem por Forjamento


Processo de soldagem onde os componentes a serem unidos são aquecidos na faixa
de temperaturas de trabalho a quente e então forjados juntos por martelamento ou meios
similares. Possui um significado histórico enorme no desenvolvimento de tecnologia de
manufatura, porém, hoje é de pouca importância comercial, exceto em suas variantes.
- Datam de cerca de 1000 a.C., quando forjadores aprenderam a soldar duas peças
metálicas.

Soldagem a Frio ou por Contato


Processo de soldagem no estado sólido feito pela aplicação de alta pressão entre
superfícies de contato limpas e à temperatura ambiente.
Limpeza usualmente feita por desengraxamento e escovamento por escovas de
arames, imediatamente antes de realizar a união. Não se aplica calor, mas a deformação
aumenta a temperatura das peças. Ao menos um dos metais, preferencialmente ambos,
devem ser bastantes dúcteis.
Alumínio macio e cobre servem.
Aplicações: elaboração de conexões elétricas Soldagem por Laminação Processo
de soldagem no estado sólido em que a pressão suficiente para causar a coalescência é
aplicada por cilindros, com ou sem calor externo.
Variação da soldagem por forjamento ou da soldagem a frio, dependendo de o
aquecimento das peças acontecer antes do processo ou não.
-Sem calor externo – soldagem por laminação a frio.
-Com fornecimento de calor – soldagem por laminação a quente.

Soldagem por Laminação.


Comumente usada na união para a produção de chapas bi metálicas através da
laminação conjunta de chapas de metais diferentes, normalmente em temperaturas
próximas a temperatura ambiente.

É utilizado na fabricação de chapas de alumínio e aço para a fabricação de


bronzinas.

Soldagem por Pressão a Quente.


O primeiro passo no processo é a aderência da soldagem. O objetivo é colocar as
peças no lugar, alinhá-las e evitar qualquer deslize do material durante o processo
estrutural de soldagem.
A aderência é feita com uma ponta bicuda igual a de sapato. O operador coloca a
ponta de aderência diretamente sobre o material a ser soldado e o desenha ao longo da
junta. O ar quente do soldador suaviza o material, e a pressão aplicada pelo operador na
ponta funde o material em conjunto. Uma aderência da soldagem contínua ou manual
pode ser utilizada conforme necessário. Estruturas maiores ou materiais de calibre grosso
podem requerer um aperto adicional.
Qualquer tanque deve ser soldado de forma contínua para obter uma conexão livre
de vazamentos. Isso previne que as soluções penetrem entre a parede do tanque e o fundo
em caso de problema com o preenchimento com a solda.

Os componentes desse processo podem ser soldados com ar quente dando


aproximadamente 80% da resistência à tensão da folha sólida. O desempenho atual
dependerá do equipamento utilizado, das condições de soldagem empregadas e da técnica
individual da pessoa que faz a soldagem.

Soldagem por difusão.


No método de soldagem por difusão, as superfícies a serem conectadas são
revestidas por um material sólido, tipicamente com um diâmetro atômico menor e uma
maior pressão de vapor do que a do material base. A ligação resultante é alcançada pela
presença da difusão/taxa de transporte de massa do material secundário.
O processo ocorre abaixo ou no ponto de fusão de cada material base ou de
qualquer resultante eutético que pode se formar (Tligação<Tsolubilidade do segundo
material).
A soldagem por difusão ativada é normalmente executada em materiais que
sofrem desvantagens em tensão devido ao crescimento de grão ou estruturas que não
podem ser extremamente deformadas. Peças que possuem acabamentos de superfície
inadequados, materiais que são degradados por crescimento de grão ou ligações que
exigem valores de selagem hermética extremamente baixos, são tipicamente ligados por
este método. Isto é particularmente verdade quando a estrutura contém passagens muito
pequenas embutidas que podem se conectar ou bloquear o método se baseando em líquido
gerado durante a operação.

Soldagem por Explosão.


No caso da Explosive Welding (EXW), o processo utiliza a energia da detonação
de um dispositivo explosivo que discorre na união das peças metálicas, sendo que uma é
lançada de encontro da outra através da explosão. Durante a colisão ocorre uma intensa
deformação nas superfícies que é capaz de remover as contaminações superficiais e
promover a união das peças.

O resultado da junta possui um aspecto típico ondulado devido ao forte choque


das peças, e este processo pode ser utilizado na maioria dos metais e ligas que possuam
alta ductilidade e não se rompam durante a explosão. É comumente utilizado na
fabricação de revestimentos de chapas bi metálicas e metais metalurgicamente
incompatíveis que não possam ser soldados através de fusão.

Soldagem por Fricção.


A Soldagem por Fricção é uma técnica relativamente recente que utiliza um
ferramental de soldagem não consumível para gerar calor através da fricção e deformação
plástica na junta a ser soldada, propiciando assim a formação da junta enquanto os
materiais ainda estão no estado sólido.

As principais vantagens da solda por fricção, sendo uma soldagem no estado


sólido, são baixa distorção, ausência de defeitos relacionados ao material fundido, e alta
força de ligação na junta soldada, mesmo naquelas ligas que são consideradas não
soldáveis pelas técnicas convencionais. Mais do que isso, as juntas soldadas por fricção
são caracterizadas pela ausência de defeitos ocasionados pelo material de adição, uma vez
que a técnica não requer material de adição, e pelo baixo hidrogênio retido nas juntas
soldadas, uma consideração importante quando soldando aços e outras ligas metálicas
susceptíveis à fragilização por hidrogênio.

Este processo está bem estabelecido como um dos mais econômicos e altamente
produtivos métodos de união de metais similares e dissimilares. É largamente empregado
na indústria automotiva e aeroespacial.

Soldagem por Ultrassom.

Antes de falar sobre o processo de soldagem, é importante explicar o que é o


ultrassom. O ultrassom é um exemplo do fato de que os humanos não conseguem ouvir
todos os tipos de som. Sem ruído, suas ondas de som de alta frequência são utilizadas na
indústria e na medicina. As ondas de som são classificadas conforme sua frequência. O
ultrassom, por exemplo, varia de 20 kHz a 1 GHz. A soldagem por ultrassom utiliza
frequências de 20 kHz a 70 kHz. Para o ouvido humano, isto é apenas perceptível na faixa
mais baixa. Isto porque o som auditivo varia apenas de 16 Hz a 20 kHz. Vibrações acima
disso são, na melhor das hipóteses, percebidas como vibrações.

Quando o ultrassom atinge um material, as cadeias moleculares que o compõem


são colocadas em vibração. As moléculas começam a se mover e a friccionar umas contra
as outras. Isto produz energia. No caso dos plásticos termoplásticos, isto faz com que eles
comecem a derreter. A soldagem por ultrassom faz uso deste princípio. Após um curto
tempo de retenção sob pressão adicional, diferentes materiais podem ser soldados a nível
molecular na área de união.
Para fundir os componentes com precisão exata, a energia vibratória deve ser
concentrada em um único ponto. Isso se chama focalização de energia. Neste ponto, em
particular, a produção de calor é mais forte e ocorre a fusão para um processo de soldagem
definido com baixo consumo de energia.
Em princípio, o ultrassom pode soldar a maioria dos termoplásticos. Além dos
plásticos, vários metais não ferrosos, como alumínio, níquel, bronze e cobre.
A soldagem por ultrassom pode ser feita em uma fração de segundo sem meios auxiliares
tais como adesivos ou parafusos. O ultrassom é usado para criar embalagens, peças de
automóveis, brinquedos e muito mais, por exemplo, para:
 Prender fibras de couro, não-tecidos e outros materiais têxteis (por ex., filtros de
ar em automóveis)
 Rebitar materiais de tipos diferentes (por ex., para airbags)
 Produzir conexões positivas usando uma técnica de moldagem (por ex., contatos
magnéticos em carregadores)
 Prensar buchas e ímãs (por ex., ímãs encapsulados para o acionamento de
sensores)

Conclusão
De fato, estamos falando de um dos processos mais importantes na história da
indústria. Desde a criação das primeiras ferramentas de trabalho ou armas de guerra, os
processos de soldagem ou fundição são critérios básicos. Sem eles nenhuma tecnologia
avançada atual existiria. Estudos sobre melhorias nas técnicas acontecem a todo instante.
Sempre há o que melhorar, por isso é importante olhar para o futuro aprendendo com o
passado.
Além das utilidades destes processos, é importante visar os riscos para o
trabalhador de soldagem, que são inúmeros. Desde queimaduras leves até surgimento de
doenças crônicas, alguns perigos rondam o profissional, perigos esses como: choques
elétricos, queimaduras, problemas de visão, inalação de gases, irritação de pele e outros.
Portanto, a prevenção desses tipos de acidentes é o melhor caminho e isso envolve,
principalmente, o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs). Para
resumir, o processo de soldagem oferece riscos aos trabalhadores. Por isso, eliminar
perigos, manter o ambiente favorável e utilizar equipamentos de proteção individual é
importante para garantir a integridade física do profissional.

Referencias
https://www.aquecimentoindustrial.com.br/soldagem-por-difusao-o-processo-
parte-
i/#:~:text=Uma%20soldagem%20em%20estado%20s%C3%B3lido,ou%20na%20
forma%20de%20l%C3%A2mina).
https://www.methallum.com/posts/?dt=processos-de-soldagem-i-
bzBUakpYZm94dFM4OHo1dVU5RXB6UT09#:~:text=A%20soldagem%20feita%
20em%20estado,%2C%20fric%C3%A7%C3%A3o%2C%20impacto%20ou%20
press%C3%A3o.
https://infosolda.com.br/wp-
content/uploads/Downloads/Artigos/processos_solda/soldagem-por-friccao.pdf
https://aventa.com.br/novidades/entenda-soldagem-frio-por-
press%C3%A3o#:~:text=A%20soldagem%20a%20frio%20por%20press%C3%
A3o%20nada%20mais%20%C3%A9%20do,sob%20condi%C3%A7%C3%B5es
%20normais%20do%20ambiente.

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