Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de Técnicos de Operação Jr
do Abastecimento
2ª edição
PROCESSOS
DE REFINO
DESTILAÇÃO DE PETRÓLEO
DESTILAÇÃO DE PETRÓLEO 53
(a) Curvas de destilação 53
(a.1) Curva de destilação PEV 54
(a.2) Curva de destilação ASTM 55
(a.3) Curva de destilação VEB 56
(b) Outros ensaios de laboratório 58
(b.1) Ponto de fulgor 58
(b.2) Ponto de fluidez 59
(b.3) Ponto de névoa 59
(b.4) Ponto de congelamento 59
(b.5) Ponto de fuligem 60
(b.6) Cor característica dos produtos 60
LISTA DE FIGURAS
PRE-TRATAMENTO DO PETRÓLEO BRUTO
Figura 1
Principais operações realizadas numa refinaria de petróleo 06
Figura 2a
Dessalgadora de baixa velocidade 24
Figura 2b
Dessalgadora de baixa velocidade (corte transversal) 24
Figura 3
Dessalgadora de alta velocidade 25
Figura 4
Distribuidor de petróleo 26
Figura 5
Coletor de petróleo 27
Figura 6
Amostrador variável 29
Figura 7
Controlador da interface 30
PETROBRAS ABASTECIMENTO 2008
QualificAbast 3
Figura 8
Aquecedor de regeneração de soda 32
Figura 9
Refervedor de torre de separação 33
Figura 10
Gerador de vapor da unidade de craqueamento catalítico 33
Figura 11
Resfriador de querosene 34
Figura 12
Condensador de torre de destilação atmosférica 35
Figura 13
Aquecimento de petróleo 35
DESTILAÇÃO DE PETRÓLEO
Figura 1
Comparação entre as curvas PEV, ASTM e VEB 58
TABELAS
PRÉ-TRATAMENTO DO PETRÓLEO BRUTO
Tabela 1
Principais etapas de processamento do petróleo cru 10
Tabela 2
Principais tipos e aplicações de permutadores de calor 36
GLP
Estabilização
Nafta leve
Nafta pesada
Petróleo
retificação
Querosene
Forno
Atmosférico Gasóleo leve de
vácuo
Destilação a
Forno a Gasóleo pesado de
vácuo vácuo
vácuo
Resíduo de vácuo
(asfalto)
14
10
PPEE TTRROOBBRRAASS AABBAASSTTEECCIIM
MEENNTTOO
⇒ torres de fracionamento;
⇒ torres de retificação;
⇒ fornos;
⇒ trocadores de calor;
⇒ tambores de acúmulo ou refluxo;
⇒ dessalinizadoras (ou dessalgadoras);
⇒ bombas;
⇒ tubulações;
⇒ instrumentos de medição e controle; e
⇒ compressores.
Água livre
Como a água e óleo são líquidos imiscíveis, há situações em que não há
tempo suficiente para um íntimo contato água-óleo, a água estará escoando
junto com o óleo, porém em fases distintas. Nessas condições, a separação
entre as fases é facilmente obtida por decantação.
Água emulsificada
Havendo uma mistura muito íntima entre a água e o óleo, devido ao
escoamento turbulento ou ao grande cisalhamento criado por bombas,
Água solúvel
Embora sejam considerados líquidos imiscíveis, existe uma pequena
solubilidade da água em óleo, a qual depende da temperatura, da estrutura
dos hidrocarbonetos presentes na fração e também das outras funções
químicas existentes no petróleo. A água sob essa forma só poderá ser separada
do petróleo através de destilação.
Todas essas par tículas têm alta energia super ficial, o que as torna
preferencialmente molháveis pela água. Esta é a razão por que tais partículas
são os contaminantes mais fáceis de serem removidos, desde que haja um
bom contato com a água de diluição (no caso do processo de dessalgação).
Os sedimentos podem ser encontrados em percentuais da ordem de 0,01 a
1%. Essas concentrações dependem da fase de produção em que se encontra
o poço, da sua idade e da quantidade de salmoura contida no óleo cru.
Os equipamentos que mais sofrem corrosão pelo HCl são aqueles nos quais
se observa a presença de água, seja pela condensação do seu vapor, seja
pelo arraste da água contida na corrente de hidrocarbonetos (refluxo). O
processo corrosivo se deve à reação do HCl com o aço que compõe os
equipamentos.
Fe + 2HCl FeCl2+ H2
Emulsões
Uma emulsão é formada quando dois líquidos imiscíveis são colocados em
contato íntimo por agitação. Esse processo causa a distribuição de uma das
fases sob a outra na forma de gotículas que se dispersam.
Com base nos itens acima, verifica-se a razão de se aplicar uma alta volta-
gem entre os eletrodos, os quais se encontram separados por uma pequena
distância (da ordem de 6 a 8 polegadas). Compreende-se também o fato de
ser necessária a injeção de água adicional no processo de dessalgação, pois
isso aumenta o tamanho das gotas e diminui a distância entre elas.
(b.1) Aquecimento
(b.2) Mistura
A água utilizada deve ser de boa qualidade e seu pH deve situar-se entre 6 a
8. Como parte da água utilizada é proveniente do condensado de
acumuladores que fornecem água ácida, normalmente injeta-se amônia no
topo das torres para corrigir o pH. Em alguns casos, essa correção também
pode ser feita pela adição de soda. A água com grande acidez produz corrosão
excessiva nos equipamentos, ao passo que uma água alcalina pode gerar
emulsões difíceis de serem separadas por meio da precipitação eletrostática.
(b.3) Separação
Distribuidores de entrada
Um distribuidor é composto por duas peças em formato de sino, as quais
são montadas uma dentro da outra. A mais externa é fixa e a interna pode
ser movimentada verticalmente, variando-se, assim, a abertura do distribuidor
por meio de um volante. O petróleo é distribuído horizontalmente como
mostrado na Figura 4.
Eletrodos
São duas grades metálicas dispostas horizontalmente, uma sobre a outra,
com espaçamento de 6 a 8 polegadas, localizadas no meio da dessalgadora
e penduradas no teto desta.
Chapa defletora
Placa metálica localizada acima dos eletrodos que tem a finalidade de evitar
correntes turbulentas do fluxo de petróleo na dessalgadora. Essa placa
possibilita a manutenção de fluxos preferenciais da massa líquida ao longo
Isoladores
Os eletrodos são suspensos por isoladores para alta voltagem, os quais são
fixados a suportes no topo do vaso.
Buchas de entrada
Têm a finalidade de transmitir a alta voltagem dos transformadores externos
aos eletrodos no interior do vaso, isolando o fio condutor de alta voltagem
do casco da dessalgadora.
Tubulação de vapor
Tem por finalidade fornecer vapor para a remoção de borra e sedimentos do
fundo da dessalgadora.
Amostradores
Permitem a retirada de amostras da dessalgadora, além de possibilitarem a
verificação do nível de água. Um esquema simplificado desse acessório
pode ser visto na Figura 6.
Acessórios externos
(c) Pré-aquecimento
Permutadores de calor
Permutador ou trocador de calor é o equipamento que permite a dois fluidos,
com temperaturas diferentes, trocar calor através de uma interface.
Permutadores de aquecimento
Um permutador é chamado de aquecedor quando é empregado no aqueci-
mento de uma das correntes de processo. O vapor d’água é o fluido mais
comumente utilizado, mas essa definição é válida para a utilização de qual-
quer outro tipo de fluido. A Figura 8 mostra uma representação de um
aquecedor usado na regeneração de soda.
Resfriador (cooler)
Chama-se de resfriador o permutador capaz de resfriar fluidos do processo.
Normalmente, utiliza-se água como fluido de resfriamento. O abaixamento
de temperatura dos líquidos que serão armazenados evita perdas por
volatilização dos produtos leves. Na Figura 11, encontra-se a representação
de um resfriador de querosene.
Condensador
Um condensador é o tipo de permutador empregado na condensação de
fluidos através da troca de calor do fluido com um meio refrigerante (geralmente
água). São utilizados para recuperação de vapores de colunas de destilação,
bem como para condensação do vapor exausto de turbinas, reduzindo a sua
pressão de descarga. O esquema de um condensador acoplado a uma coluna
de fracionamento pode ser visto na Figura 12.
Intercambiadores (exchangers)
O equipamento onde se efetua a troca de calor entre dois fluidos do processo
é chamado de intercambiador. O permutador executa uma dupla função, pois
aquece uma corrente de processo usando como fonte de aquecimento um
outro fluido mais quente oriundo da própria unidade produtiva que,
conseqüentemente, se resfria. Dessa forma, as perdas na transferência de
calor são minimizadas. Esse equipamento é muito empregado no aquecimento
do petróleo cru, o qual recebe calor oriundo de algumas de suas frações
destiladas do petróleo. Essa situação encontra-se representada na Figura 13.
aquece um fluido de um
aquecedor processo por meio de vapor
d’água ou através de outro
fluido apropriado.
vaporiza um líquido por meio
Aquecimento
refervedor de vapor d’água ou outro fluido
quente.
gera vapor d’água aproveitando
gerador de vapor calor de um líquido quente
proveniente do processo.
pré-aquecedores de ar
Especiais
resfriadores de ar
(a) Volatilidade
PA = PVA . xA
Considerando-se:
PA = pressão parcial de vapor do componente A na mistura líquida
PVA = pressão de vapor do componente A na temperatura do sistema
xA = fração molar do componente A no líquido
y
K=
x
PV PV
yA = A .xAe yB = B .x B
P P
logo:
yA PVA
KA xA P = P VA
αAB = =
y
=
KB B
xB P VB PVB
P
Deve-se chamar a atenção para a denominação desse método: ele não pode
ser chamado de destilação por arraste, como algumas vezes acontece, porque,
como vimos, a injeção de vapor não tem o objetivo de arrastar nenhum
composto da mistura, uma vez que, se ocorrer arraste, todos os componentes
da mistura poderão ser carreados, inclusive no estado líquido, o que trará
problemas sérios ao processo de separação.
A diretriz desse tipo de destilação é que o vapor d’água, por não se condensar
nas condições de operação, só estará presente na fase vapor, não se distribu-
indo, portanto, entre as duas fases.
onde:
P = pressão total do sistema
PA = pressão parcial exercida pelo produto vaporizado
PS = pressão parcial exercida pelo vapor d’água
Se for aplicável a lei de Dalton (válida para mistura de gases ideais), tem-se:
onde:
nA = mols do componente A na fase vapor
nS = mols do vapor d’água
Componentes da coluna
O vapor efluente da coluna, que sai pelo topo, passa pelo condensador de
topo, que o condensa total ou parcialmente. O condensado produzido mais
o vapor não condensado (no caso de condensação parcial) vai a um tambor
(ou vaso) chamado de tambor de topo ou de refluxo. O líquido mais frio que
retorna à torre através de uma bomba é chamado de refluxo, cuja vazão é
controlada por uma válvula. O restante da fase líquida constitui o produto
de topo, também chamado de destilado.
Por outro lado, o líquido que abandona o prato, além de ter temperatura
mais elevada, é mais rico nos componentes mais pesados do que o líquido
que chega ao prato, pois ele recebe maior quantidade de componentes mais
pesados e perde maior quantidade de componentes mais voláteis para o
vapor. Veja o quadro a seguir:
À medida que sobem na torre, os vapores tornam-se cada vez mais frios e
mais concentrados nos compostos mais voláteis.
À medida que descem na torre, os líquidos tornam-se cada vez mais quentes
e mais concentrados nos compostos mais pesados.
Simplificando:
Além das cur vas de destilação, há outros ensaios de laboratório que são
importantes para determinar a qualidade do petróleo e de seus derivados, os
parâmetros de segurança e as condições de manipulação e armazenagem.
Ponto de fluidez é a temperatura mais baixa na qual o óleo flui. Esse ensaio
serve para avaliar o teor de parafinas em um produto e seu conhecimento é
de grande importância para o caso de óleos combustíveis, pois está intima-
mente ligado ao problema de armazenagem, bombeamento e transporte.
Embora cada uma das torres possa ter finalidade distinta, os princípios bási-
cos do processo de destilação são os mesmos para todas e serão apresenta-
dos a seguir.
O GLP tem sua maior utilização como combustível doméstico, porém ele
também pode ser usado como combustível industrial, matéria-prima para
obtenção de gasolina de aviação e insumo para a indústria petroquímica.
(a.3) Nafta
(a.4) Querosene
Essa torre retira do petróleo, pelo topo e no estado líquido, os cortes mais
leves (GLP e nafta leve), operando na zona de flash com pressão absoluta
na faixa de 230 a 363kPa (2,35 a 3,70kgf/cm2), dependendo do petróleo
processado, ou seja, do teor de leves presentes. Do fundo da torre sai o
petróleo pré-vaporizado que será, então, carga da torre atmosférica.
Sistema de fundo
Sistema de topo
Como diz o próprio nome, este tipo de torre opera com pressão próxima da
atmosférica. Em unidades que não possuem a torre de pré-flash, pode-se ter
colunas com pressão absoluta no topo da torre de 118kPa (1,2kgf/cm2) e
178kPa (1,8kgf/cm2) na zona de flash. Quando a unidade tem torre de pré-
flash, as pressões da torre atmosférica são mais baixas, podendo até operar
sob ligeiro vácuo no tambor de topo. Por exemplo, no projeto da U-32 da
RLAM, a pressão absoluta prevista no tambor de topo é de 81,4kPa (0,83kgf/
cm2) e no topo da torre de 103kPa (1,05kgf/cm2). Veja o quadro abaixo:
Sistema de topo
Retiradas laterais
A temperatura de fundo da coluna deve ser controlada de tal forma que seja
inferior em 30 a 40ºC à temperatura da zona de flash.
Sistema de vácuo
A pressão na torre de vácuo deve ser mantida o mais baixa possível de modo
a permitir a retirada dos gasóleos da carga de RAT sem gerar o craqueamento
excessivo dos componentes do resíduo. A pressão de operação da torre de-
pende do sistema de vácuo adotado, ou seja, vácuo seco ou úmido.
Na operação com vácuo úmido, pelo topo da torre de vácuo sairão: vapor
d’água, ar, hidrocarbonetos não condensáveis e, eventualmente, gases não
condensados na temperatura de operação da torre.
Sistema de fundo
Pool de gasolina - nesse caso, a nafta leve vai para o tanque de armazenamento
de nafta DD para posterior mistura com nafta das seguintes unidades: FCC,
reforma catalítica, coqueamento retardado, etc., quando for o caso. Quando
o teste de corrosividade da nafta leve der positivo, ela deverá ser enviada
para tratamento cáustico (regenerativo ou não) antes do armazenamento
que pode ser feito em:
Sistema de topo
>0 “GAP”
GAP(5 - 95) =T( 5% ASTM) (mais pesado) - T ( 95% ASTM) (mais leve)
<0 “OVERLAP“
Conclusões do estudo
O tamanho do corte PEV da nafta pesada, ou seja, o rendimento da nafta
pesada, é muito importante no fracionamento NL-NP. Quanto menor o rendi-
mento de NP, pior o fracionamento NL-NP.
O vapor, após a sua passagem por um prato, torna-se mais leve e o líquido
que escoa através dos vertedores para o prato inferior fica mais pesado.
Como o líquido de um prato está no seu ponto de bolha e existe uma
diferença de temperatura entre dois pratos vizinhos, conclui-se que a com-
posição do líquido e do vapor que abandona cada prato varia ao longo da
torre desde o produto de ponto de ebulição mais baixo no topo até o do
mais alto no fundo da torre.
Quanto maior a va- menor a vazão do re- menor também será a va-
zão dos refluxos fluxo de topo zão de refluxo interno aci-
circulantes ma dos refluxos circu-
lantes, o que prejudicará
a separação dos produtos
laterais nessa região.
Por outro lado, uma grande redução nas vazões de refluxo circulante gera
vazões excessivas de vapor que podem causar “arraste” de gotículas líqui-
das pelos vapores ascendentes. Esse arraste prejudicará o fracionamento,
uma vez que mistura frações que foram separadas previamente. Essas ob-
servações encontram-se ressaltadas no quadro abaixo.
Conseqüência Efeitos
Refluxo de topo
Refluxo de topo ou refluxo externo de topo é aquela corrente líquida, produ-
zida pela condensação de parte dos vapores de topo que retorna para o topo
da torre. Ele pode ser de duas espécies: refluxo frio e refluxo quente.
Refluxo frio
É o refluxo de topo que retorna à coluna numa temperatura abaixo do seu ponto
de bolha. O calor total removido na condensação é igual à soma do calor
latente mais o calor sensível necessário para elevar a temperatura do refluxo frio
até a temperatura de topo da torre. Conseqüentemente, ao atingir a torre, o
refluxo é aquecido até a temperatura de controle de topo (calor sensível), é
vaporizado (calor latente) e sai com o produto de topo. Quanto mais baixa a
temperatura do refluxo frio, maior o volume do refluxo interno produzido.
Refluxo interno
É aquele que desce de prato a prato no interior da torre. É provocado pelo
refluxo de topo que, ao entrar na torre, absorve calor e condensa uma parte
dos vapores que nela sobem. O refluxo interno é essencialmente um refluxo
do tipo quente uma vez que se encontra no seu ponto de bolha e remove
unicamente calor latente e, assim, é novamente vaporizado e gera um outro
refluxo interno de composição e temperatura diferentes do anterior.
Refluxo circulante
O refluxo circulante difere dos dois tipos anteriores pelo fato de não ser
vaporizado. Remove unicamente a quantidade de calor sensível representa-
da pela diferença de temperatura na circulação. Esse refluxo é retirado da
torre como líquido saturado (no ponto de bolha) à alta temperatura e retorna
ao sistema após ter sido resfriado.
Este refluxo pode ser convenientemente usado para remover calor em pontos
abaixo do topo da torre, oferecendo vantagens e desvantagens.
As vantagens são:
· reduz o refluxo de topo e, portanto, a carga de vapores que sobem
pela torre. Isso possibilita que a torre possa ter um menor diâmetro e
um condensador de topo menor; e
· tem uma alta temperatura quando retirado da torre e, portanto,
pode ser usado como mais uma fonte de calor para aquecimento do
cru.
Temperatura
Embora as temperaturas dos diversos pratos da torre estejam relacionadas
com o ponto final de ebulição (PFE) da fração que se encontra naquele prato,
a única temperatura controlada diretamente é a do topo da torre. Esse
controle, normalmente, é feito através de um TRC que atua numa válvula
reguladora de vazão do refluxo de topo. Quanto maior a temperatura de
controle no topo da torre, maior o PFE do produto de topo e vice-versa.
Pressão
A pressão na torre não é uma variável utilizada para os ajustes normais. Ela
deve ser mantida constante para se ter uma operação estável.
É conveniente obser var que uma alteração nas faixas de destilação dos
produtos altera também outras propriedades como densidade, viscosidade,
ponto de fulgor, etc.
Diesel leve
Não Retificado Retificado
Destilação ASTM o
C C
o
5% 230 292
Temperatura
A temperatura de saída do forno deverá ser elevada para aumentar a produ-
ção de gasóleos, carga para FCC, e/ou acertar a penetração desejada no
CAP produzido no fundo da coluna. Deve-se lembrar que temperaturas
muito altas (ou baixas vazões de carga) poderão acarretar craqueamento
dos compostos asfálticos e coqueamento nos tubos do forno. Essa tempera-
tura é dependente do petróleo processado e das limitações do forno. Valores
de 420 a 425oC são praticados em algumas torres.
Pressão
A pressão de operação da torre deve ser a menor possível para que não haja
necessidade de menor carga térmica nos fornos de carga da torre de vácuo.
A circulação de GOP para a torre deve ser mantida numa vazão tal que
permita a condensação dos vapores quentes que passam pela panela de
GOP. Os vapores de hidrocarbonetos não condensados nessa seção chega-
rão à seção de GOL, incorporando-se a essa corrente que fornece calor ao
cru na bateria de preaquecimento e, portanto, quanto maior a vazão e a
temperatura do GOP, mais calor será recuperado pelo cru. Antes de retornar
à torre, o refluxo circulante de GOP sofre resfriamento adicional com água a
fim de alcançar-se o nível desejado de temperatura para a condensação dos
vapores de GOP no interior da seção.
o
API 14,9 Teor de níquel 28 ppm
Temperatura
Na seção de absorção, valores crescentes da relação L/V proporcionam um
maior grau de fracionamento, ocorrendo maior absorção dos componentes
pesados presentes na fase vapor. A relação L/V cresce com o aumento da
vazão de refluxo de topo, o que requer maior consumo de energia.
Pressão da torre
Um aumento da pressão vai acarretar um pior fracionamento na torre devido
à diminuição da volatilidade relativa dos componentes. Como conseqüên-
cia, todos os produtos ficarão mais leves.
Temperatura da carga
Se o sistema da torre estabilizadora dispuser de meio para controlar a
temperatura da carga, essa variável pode ser usada de modo a melhorar o
fracionamento na seção de absorção ou na seção de esgotamento.
Arraste excessivo
É caracterizado por arraste mecânico de gotas de líquido para o prato supe-
rior pela corrente de vapor em alta vazão. Provoca uma perda apreciável na
eficiência de operação da torre, além de uma elevada perda de carga naque-
la seção.
Blowing
Ocorre para baixas vazões de líquido e altas velocidades de vapor. Nessas
condições, as gotículas formadas são pequenas demais para haver a
coalescência e o arraste torna-se inevitável. Outras características dessa
situação são:
· o pequeno tempo de residência do vapor na massa aerada; e
· o pobre contato entre a fase vapor, que permanece contínua, e a
fase líquida, que é também contínua, neste caso.
Inundação – Flooding
Ocorre quando a vazão de líquido é excessiva, dificultando o escoamento do
líquido de prato a prato. É caracterizada pela elevação do nível de líquido
nos vertedores (downcomers), atingindo o prato superior. A partir daí, ocor-
rerá a inundação nos pratos superiores se nada for feito para evitá-la. À
medida que o nível do líquido sobre a bandeja se eleva, a diferença de
pressão também aumenta até que o líquido é também arrastado para o
prato superior pelos vapores ascendentes. Dessa forma, maior volume de
líquido é acumulado no prato superior e, se medidas apropriadas não forem
tomadas, seções inteiras da torre poderão ficar inundadas.
FOUST, Alan S.; WENZEL, Leonard A.; CLUMP, Curtis W.; MAUS, Louis;
ANDERSEN, L. Br yce. Princípios das operações unitárias. 2.ed. Rio
de Janeiro: LTC, 1982.