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São Carlos – SP
Novembro de 2016
Sumário
1 Introdução .............................................................................................................................. 3
2 Máquina de Indução.............................................................................................................. 3
6 METODOLOGIA................................................................................................................ 18
Anexo A ................................................................................................................................... 20
1 Introdução
Esta prática tem como objetivo simular um sistema de geração eólico a partir da
utilização de uma máquina de indução de rotor bobinado, construindo um sistema de geração
isolado e integrado à rede.
O relatório será dividido em X partes iniciando com uma explicação teórica a respeito
das máquinas assíncronas (ou de indução) e em seguida serão explicados métodos para a
determinação da curva de magnetização da máquina assíncrona bem como o esquema de
montagem e as condições necessárias para fazê-la funcionar como gerador. Por ultimo serão
construídos os esquemas das configurações para o sistema de geração isolada e para o sistema
integrado a rede, definido os componentes necessários para a construção e bom
funcionamento dos dois tipos de sistemas (como por exemplo a identificação dos capacitores
e inversores que deverão ser utilizados).
O sistema de turbina será simulado por um motor CC que irão ser o agente que
movimentará o eixo do gerador de indução. Sua configuração será apresentada ao longo do
desenvolvimento do relatório.
2 Máquina de Indução
Observando-se a Figura 1 vemos que a para um valor superior a zero, a máquina irá
trabalhar como motor, e para um valor inferior, como gerador. Esse tipo de máquina está
sendo muito utilizada como geradores de turbinas eólicas tanto em sistemas isolado (isto é,
não existe conexão com a rede elétrica e o fornecimento da energia é de forma direta para a
carga) bem como em sistemas interligados à rede (fornecimento de energia para a rede). Isso
se deve ao fato da sua característica de reversibilidade na conversão de energia bem como
apresentar um bom desempenho e baixo custo.
A presente prática tem por objetivo simular um sistema de geração eólica, dessa forma
precisamos entender o fluxo de potência que ocorre nesse sistema. Quando a máquina de
indução é operada como gerador, o seu eixo recebe torque mecânico e, consequentemente,
potência mecânica através de turbinas, hélices ou, até mesmo, de outras máquinas
funcionando como motores (que será o caso desta prática), sendo criado, assim, um grupo
motor-gerador. As mesmas perdas que ocorrem no funcionamento como motor (como as
perdas no cobre do estator e rotor, perdas no ferro do estator, as perdas por atrito e ventilação)
ocorrem na geração, entretanto devem ser subtraídas da potência mecânica de entrada. A
Figura 2 apresenta um esquema do fluxo de potência da máquina de indução operando como
gerador.
Sendo Prot (perdas rotacionais), PFe (perdas no núcleo) e Pcue e Pcur (perdas no cobre do
rotor e do estator).
Nesse caso, ns = 1800 rpm para a máquina de 4 polos presente no laboratório. Para
obter o mesmo valor em radianos por segundo aplicamos
O valor de nr será lido pelo tacômetro em rpm. Essas equações serão importantes para
determinar o escorregamento entre os campos.
Configuração
Neste item, busca-se obter a curva de magnetização através dos valores de tensão
terminal e corrente de excitação. Dessa forma será utilizada a máquina de indução presente no
laboratório na configuração estrela. Esse teste é dito em vazio pelo fato de não existir carga
no sistema o escorregamento é quase nulo.
Vale ressaltar que para determinar a curva será necessário configurar a máquina de
forma a funcionar como motor. Será necessário montar o circuito do estator na configuração
mostrada pela Figura 4. A partir daí, são impostas tensões ao estator da máquina de um valor
baixo de tensão a um valor um pouco maior que a tensão nominal da máquina (110%) já que
este valor é, possivelmente, admissível para o alcance da região de saturação. Não deve
esquecer de verificar constantemente a corrente para não ultrapassar a nominal (os valores
nominais de placa da máquina assíncrona estão presentes na Tabela 1).
Figura 4 - Configuração estrela do circuito do estator para o teste em vazio.
Assim, mede-se a tensão fase-neutro e corrente de excitação da fase em que está sendo
realizada a medida. É sugerido realizar as medidas para cada uma das fases, porém pelo fato
de serem semelhantes, é válido realizar uma estimativa da curva com base em apenas uma das
fases.
Figura 7: Processo de auto excitação do gerador de indução trifásico (VALADÃO, R. A. D., 2012).
Pela Figura 7, vemos a existência de uma iteração entre a corrente dos capacitores e a
tensão induzida no estator pelo fluxo residual do entreferro. Em suma:
1. No ponto P1, a tensão eficaz residual no gerador é Vinicial, e a corrente é igual a zero.
2. Inicia-se o processo de autoexcitação e, portanto, uma corrente de magnetização é
gerada devido à tensão Vinicial nos terminais do capacitor.
3. Em consequência dessa corrente, o fluxo aumentará no rotor, criando assim, uma
tensão maior que Vinicial nos terminais do estator.
4. Consequentemente para essa tensão no estator existirá uma corrente de magnetização
maior repetindo-se o processo até que exista o cruzamento entre a curva de
magnetização com a reta de carga P2.
[ ]
Para corrigir a frequência de saída da tensão, devem ser acoplados dois conversores de
potência. O primeiro seria um retificador, responsável por transformar a tensão de saída da
máquina em corrente contínua. Neste barramento CC deve ser inserido um inversor de
frequência, capaz de gerar o sinal em 60 Hz. Dessa maneira, a tensão de saída possuirá
frequência fixa.
Para aplicação em laboratório, a rede elétrica será substituída simplesmente por uma
fonte trifásica de tensão e uma carga resistiva trifásica em paralelo, representando a fonte e a
carga respectivamente. Um esquema do modelo a ser ligado em laboratório está descrito na
Figura 10.
Figura 10: Esquema para conexão do gerador com a rede. Fonte: HOMRICH (2013), adaptado.
Pra o correto funcionamento do modelo, o enrolamento de campo da máquina de
indução ficará em curto-circuito. O enrolamento de armadura, ligado em delta será conectado
a rede. A fonte trifásica, representativa da rede, deverá apresentar tensão de linha de 220V e a
carga o banco de resistores ligados em estrela.
Haja vista que o gerador de indução consome muito reativo da rede para sua excitação,
o mesmo pode apresentar fator de potência muito baixo. Dessa maneira, pode ser conectado
em paralelo ao mesmo um banco de capacitores. Lembrando que neste caso o banco de
capacitores desenvolve o papel de melhoria da qualidade de energia e é dispensável para a
prática em questão.
Assim, como em operação isolada, a potência gerada por este gerador pode ser
caracterizada como o produto entre a velocidade angular do eixo do gerador e o torque
aplicado sobre ele. Logo, supondo conjugado constante, o aumento da velocidade acarretará
em aumento da potência gerada.
Contudo, para conectar na rede o gerador de indução devem ser tomados alguns
cuidados.
6 METODOLOGIA
Será elencado abaixo o plano de trabalho do grupo, para alguns tópicos considerados
de suma importância para a continuidade dos trabalhos.
Etapa 1: Obtenção da curva de saturação de um motor de indução trifásico – Nesta etapa será
feito um ensaio em vazio da máquina operando como motor, de forma a obter a curva de
saturação do motor. Integrantes: Todos os membros do grupo.
Etapa 3: Operação em modo conectado à rede – Será tomado todos os cuidados necessários
para inserção do gerador de indução à rede, e medidos a resposta do mesmo. Integrantes:
Todos os membros do grupo.
.
7 CRONOGRAMA DE TRABALHO.
8 Bibliografia
A máquina primária que será responsável por girar o rotor do gerador de indução será
um motor de corrente contínua. Para o correto funcionamento de tal motor será aplicado
primeiramente uma corrente CC no enrolamento de campo de 150 mA, visto que a corrente
máxima suportada pelo mesmo será de 300 mA. O enrolamento de armadura também deve ser
alimentado com tensão contínua, sendo que neste caso a tensão será elevada até que seu rotor
gire a velocidade requisitada, no caso maior que 1800 rpm.