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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
ENGENHARIA ELÉCTRICA – LABORAL
CONTROLO DE ACCIONAMENTOS ELÉCTRICOS
RELATÓRIO Nr 3 - Grupo 5

ARRANQUE DE UM MOTOR DE INDUÇÃO


TRIFÁSICO

Discente: Docentes:
CHAÚQUE, Viriato Elísio Regente: Prof. Zacarias Chilengue
MAJOR, António Guilherme Assistente: Engo. Zefanias Mabote
Monitor: Beca, Titos

Maputo, outubro de 2023


Índice

Índice de Figuras.................................................................................................................II

Índice de Tabelas................................................................................................................ II

1. Introdução...................................................................................................................... 4

2. Objectivos.......................................................................................................................5

2.1. Objectivo geral.........................................................................................................5

2.2. Objectivos específicos..........................................................................................5

3. Metodologia....................................................................................................................5

4. Fundamentos teóricos....................................................................................................6

4.1. Motores de indução trifásico....................................................................................6

4.1.1. Características construtivas do Motor...............................................................6

4.1.2. Princípio de funcionamento de motor de indução.............................................6

4.1.3. Parâmetros comparativos entre rotor curo circuitado e bobinado.....................7

4.1.4. Arranque de motores de indução......................................................................7

4.1.4.1. Principais características de um sistema de arranque...............................8

5. Equipamentos e instrumentos a utilizar..........................................................................8

6. Medidas de segurança...................................................................................................9

7. Técnica de operação......................................................................................................9

7.1. Experiência 1........................................................................................................... 9

7.1.1. Arranque directo de um motor de indução trifásico em estrela.........................9

7.2. Experiência 2......................................................................................................... 11

7.2.1. Arranque directo de um motor de indução trifásico em delta..........................11

7.3. Experiência 3......................................................................................................... 12

7.3.1. Arranque directo de um motor de indução trifásico com reversão..................12

7.4. Experiência 4......................................................................................................... 13

7.4.1. Arranque estrela-triangulo de um motor de indução trifásico..........................13


8. Conclusão.................................................................................................................... 15

9. Referências bibliográficas............................................................................................ 16

Anexos................................................................................................................................ 17

Índice de Figuras
Figura 1: Elementos constituinte de motor de indução gaiola de esquilo.............................6
Figura 2: Circuito de forca e comando montado para a experiência 2................................10
Figura 3: Circuito de potência e de comando para a experiência 2....................................11
Figura 4: Circuito de potência para a experiência 3............................................................12
Figura 5: Arranque directo de um motor de indução trifásico com reversão.......................14

Índice de Tabelas
Tabela 1: Comparação entre de rotor curto circuitado e bobinado.......................................7
Tabela 2: Resultado do arranque directo de motor de indução trifásico em estrela...........10
Tabela 3: Resultado do arranque directo de motor de indução trifásico em delta..............11
Tabela 4: Resultado de arranque de motor de indução com reversão...............................13
Tabela 5: Arranque estrala -triangulo de motor de indução trifásico...................................14
1. Introdução
Durante os desenvolvimentos dos processos industriais, os motores eléctricos em geral
ganham uma função vitalícia, visto que estes são a base de desenvolvimento de tais
processos. Já os motores de indução trifásicos são amplamente utilizados nos
desenvolvimentos dos processos, pela sua simplicidade, seu custo reduzido bem como a
sua eficácia elevada com necessidades de manutenção mínima.

O presente relatório, referente ao trabalho laboratorial número um (3), que comporta o


arranque de motor de indução trifásico, busca avaliar as características ou comportamento
dos motores neste regime, uma vez que, o arranque constitui um dos momentos mais
críticos no funcionamento destes motores. No arranque o motor é submetido a uma
corrente maior comparada com a corrente de funcionamento no regime permanente,
devido a mudança de estado de inércia do motor. Atendendo que existem diversos meios
para o accionamento dos motores de indução trifásico cada um com características
(corrente de partida, temperatura, torque, velocidade) diferente dos outros accionamentos.

Os accionamentos de motores que podem ser utilizados para reduzir a corrente de partida,
consequentemente o custo e o consumo do mesmo, garantindo o funcionamento do motor
dentro de limites aceitáveis e a continuidade do serviço.
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
O objectivo geral do presente laboratório é de conciliar os conhecimentos teóricos com
conhecimentos práticos ou técnicos acerca do arranque dos motores de indução trifásico.

2.2. Objectivos específicos


2.2.1. Esquematizar circuitos típicos para diferente arranque predefinidos para a aula
laboratorial número 3.
2.2.2. Verificar o comportamento dos diferentes dispositivos empregues para os
accionamentos de motores de indução trifásico.
2.2.3. Tirar conclusões e comparar os resultados obtidos nos demais accionamentos
realizados.

3. Metodologia
3.1. Revisão bibliográfica: tornou-se prioritário para elaboração e realização do
trabalho laboratorial 3, efectuar um estudo referente aos motores de corrente
continua, no que abrangia os circuitos típicos de arranque e formas de controlo
de velocidade.
3.2. Trabalho prático: consistiu na resolução de problemas práticos relacionados
com os motores de indução trifásico e elaboração dos circuitos de comando e
forca para o laboratório.
4. Fundamentos teóricos
4.1. Motores de indução trifásico
O motor de indução trifásico é uma máquina que converte energia eléctrica em energia
mecânica de rotação, constituído de tal maneira que se tem dois campos magnéticos
girantes.

4.1.1. Características construtivas do Motor


O motor de indução trifásico é basicamente composto de duas estruturas magnéticas:

 Estator (enrolamento de campo ou ímã permanente);

O estator é composto de um enrolamento trifásico distribuído uniformemente em torno do


corpo da máquina para que o fluxo magnético resultante da aplicação de tensão no
enrolamento de estator produza uma forma onda especialmente senoidal.

 Rotor (enrolamento de armadura)

O rotor da máquina compõem um núcleo ferromagnético laminado e ranhurado.

Figura 1: Elementos constituinte de motor de indução gaiola de esquilo

O estator e o rotor são montados solidários com um eixo comum aos anéis que os
compõem.
4.1.2. Princípio de funcionamento de motor de indução
 A aplicação de uma tensão alternado no enrolamento do estator ira produzir um
campo magnético variante no tempo que devido a sua distribuição uniforme do
enrolamento do estator ira gerar um campo magnético resultante girante na
velocidade proporcional a frequência da rede trifásica.
 O fluxo magnético girante no estator atravessara o entreferro e por variante no
tempo induzira tensão alternada no enrolamento trifásico d rotor. Como os
enrolamentos do rotor esta curto circuitado, esta tensão induzida ara com que o
circule uma corrente pelo enrolamento do rotor o que por consequência ira induzir
um fluxo magnético no rotor e tentara se alinhar com o campo magnético girante do
estator.

 Como o valor das tensões induzidas no rotor no caso de rotor bobinado dependem
da relação de espiras entre o rotor e o estator, o estator pode ser considerado coo o
primário de um transformador e o rotor como o secundário.

4.1.3. Parâmetros comparativos entre rotor curo circuitado e bobinado


O quadro (Tabela 1) abaixo apresenta informações referentes às características de
motores de indução trifásico com rotor curto circuitado, comparado com motores de
indução trifásico com rotor bobinado.

Tabela 1: Comparação entre de rotor curto circuitado e bobinado


4.1.4. Arranque de motores de indução
Quando um motor eléctrico é colocado em funcionamento, a corrente exigida aumenta e
pode, sobretudo se a secção do condutor de alimentação for insuficiente, provocar uma
queda de tensão susceptível de afectar o funcionamento das cargas. Quando se energiza
um motor eléctrico pode acontecer o mesmo fenómeno transitório dos transformadores,
pois no arranque o motor se comporta como um curto-circuito e existem duas
componentes, uma periódica e outra aperiódica, que desaparecem rapidamente. Neste
sentido os motores de rotor em curto-circuito são mais problemáticos pois os de rotor
bobinado uma resistência exterior permite ajustar as condições de arranque de forma
muito mais favorável.

4.1.4.1. Principais características de um sistema de arranque


 Destina-se a máquinas que arrancam em vazio ou com carga;
 Arranques normais (< 10s). Para arranques prolongados (pesados), deve-se ajustar
as especificações do contactor, relé de sobrecarga, condutores;
 Relé de sobrecarga: ajustar para a corrente de serviço (nominal do motor);
 Frequência de manobras: média 15 manobras/hora.

No processo de partida de motores de indução trifásico (MIT), geralmente são utilizadas


as seguintes comumente designadas de chaves de partidas:

I. Chaves de partida convencionais


 Partida directa;
 Partida estrela-triângulo;
 Partida compensadora;
 Partida com reversão;
II. Chaves de partida electrónica
 Softs-starters
 Inversores de frequência

5. Equipamentos e instrumentos a utilizar


5.1. Três (3) Contactores magnéticos.
5.2. Dois (2) Relé de tempo.
5.3. Estacão de pulsadores.
5.4. Dois (2) Motores de indução trifásico de seis (6) terminais.
5.5. Fonte de CA de 380 V, 50Hz.
5.6. Cabos de conexão.
5.7. Amperímetro.
5.8. Voltímetro

6. Medidas de segurança
6.1. Não realizar nenhuma alimentação dos circuitos sem a orientação do Docente.
6.2. Não tocar as partes energizadas do circuito.
6.3. Não se apoiar nos instrumentos e motores.

7. Técnica de operação
 Arranque directo de um motor de indução trifásico em estrela
Desenhar e montar os circuitos de força e de controlo que permitam o arranque directo de
um motor de indução trifásico.

 Arranque directo de um motor de indução trifásico em delta


Desenhar e montar os circuitos de força e de controlo que permitam o arranque directo de
um motor de indução trifásico.

 Arranque directo de um motor de indução trifásico com reversão


Desenhar e montar os circuitos de força e de controlo que permitem o arranque em directo
de um motor de indução trifásico com reversão.

 Arranque estrela-triangulo de um motor de indução trifásico


Desenhar e montar os circuitos de força e de controlo que permitem o arranque estrela-
triangulo de um motor de indução trifásico.

Para todos os experimentos ter em conta os materiais disponíveis no laboratório.

7.1. Experiência 1
7.1.1. Arranque directo de um motor de indução trifásico em estrela
Descrição: Abaixo esta ilustrado o circuito de potência e de comando de um motor de
indução trifásico, cm este pretende-se verificar o funcionamento do relé térmico. O
comando será a partir de estacão de pulsadores na qual pressionando o Botão S1, o
motor dará partida, sendo garantido a continuidade de funcionamento por meio do
contacto de selo KM 13-14. No caso de ocorrência de uma sobrecarga o contacto OL 95-
96 cortará a alimentação do Motor, fazendo com que este pare.

Figura 2: Circuito de forca e comando montado para a experiência 2

Resultado da experiência

Tabela 2: Resultado do arranque directo de motor de indução trifásico em estrela

Fonte Stop (S0) Start (S1) Motor IArr (A)


Desligada - - - -
Ligada - Accionado Partida 9
Accionado - Para -
- Accionado Partida 8,5
Accionado - Para -
- Accionado Partida 9
Accionado - Para -
Conclusão parcial 2: ao energizar a bobina do contactor K1, o motor da a partida ate
alcançar a velocidade de trabalho, sem nenhum tipo de controlo assim como esperado e
no momento que lhe é tirado a alimentação ou pressionado S0 este perde a excitação e
dentro de instante perde a rotação do seu veio.

7.2. Experiência 2
7.2.1. Arranque directo de um motor de indução trifásico em delta
Descrição: O funcionamento é o mesmo com da experiência 7.1.

Figura 3: Circuito de potência e de comando para a experiência 2

Resultado da experiência

Tabela 3: Resultado do arranque directo de motor de indução trifásico em delta

Fonte Stop (S0) Start (S1) Motor IArr (A)


Desligada - - - -
Ligada - Accionado Partida 18
Accionado - Para -
- Accionado Partida 18
Accionado - Para -
- Accionado Partida 17,9
Accionado - Para -

Conclusão parcial 2: Mesmo que a conclusão parcial 1. Já em comparação com


arranque estrala pode concluir que a teoria se verifica, pois, a corrente no arranque dela
encontra-se na margem dos três vezes a corrente de arranque estrela, podendo-se
constatar que a corrente arranque directo em estrela em melhor que o arranque delta.

7.3. Experiência 3
7.3.1. Arranque directo de um motor de indução trifásico com reversão
Descrição: Os circuitos de comando e potencia a seguir ilustram a funcionalidade de
arranque directo de um motor de indução com reversão automática por meio de relé de
tempo. O comando do mesmo será a partir de estacão de pulsadores na qual
pressionando o Botão S1, o motor arranca, no mesmo instante os relês de tempo também
inicia a contagem, sendo KT1 Com menor tempo em relação a KT2. O KT1 67-68, mantem
a alimentação apos KT1 55-56 desligar K1, ou seja, o sentido directo. Após isto KT2 67-
68, energiza a bobina K2, dando partida no sentido contrário. Os contactos K1 (11-12) e
K2 (11-12) garante o encravamento entre os dois sentidos de rotação.
Figura 4: Circuito de potência para a experiência 3

Resultado da experiência

Tabela 4: Resultado de arranque de motor de indução com reversão

Fonte Stop (S0) Start (S1) Motor


Tnversão (s)
Desligada - - -
- Accionado 39,2
Accionado -
Ligada - Accionado 40
Accionado -
- Acionado 39
Acionado -
Conclusão parcial 3: Pelos resultados obtidos, pode-se claramente constatar que com a
aplicação de reles temporizador pode efectuar a reversão.

7.4. Experiência 4
7.4.1. Arranque estrela-triangulo de um motor de indução trifásico
Descrição: Uma vez a fonte ligada, ao pressionar S1, alimentamos a bobina K1,
fechando o seu contacto selo com K1(13-14), forçando a ligação em estrela, através da
alimentação das bobinas K1 e K3. Nesse instante, o KT1 é accionado, e passado o tempo
estabelecido, os seus contactos comutam, isto é, contacto KT1 55-56 abre e contacto KT1
67-68 fecha, permitindo com que a bobina k2 seja alimentada. Pode-se observar que ao
alimentar K2, os seus contactos também comutam, garantindo o fechamento em triângulo,
com a abertura do K3.

Figura 5: Arranque directo de um motor de indução trifásico com reversão

Resultado da experiência

Tabela 5: Arranque estrala -triangulo de motor de indução trifásico

Motor
Fonte Stop (S0) Start (S1)
IArrYD (A)
Desligada - - -
- Accionado 10
Accionado -
- Accionado 10
Ligada
Accionado -
- Accionado 10
Accionado -

Conclusão Parcial 4: Na ligação estrela, no momento de arranque apresenta maior


corrente, em relação a transição para triangulo, e no regime permanente, a corrente e
ainda reduzida. No segundo accionamento os dados reflectem um inconveniente, porem
justifica-se pelo erro de leitura ou falha de equipamento.

8. Conclusão
No fim do presente trabalho pode-se concluir que o arranque em estrela-triângulo é o
melhor em termos de redução da corrente de arranque em comparação com o arranque
directo em estrela e arranque directo em triângulo, foi possível também constatar que o
arranque directo em triângulo é o pior em termos de redução de corrente de arranque.
Com a experiência de arranque directo com inversão do sentido de marcha (reversão) foi
possível notar que é imperioso o uso do encravamento eléctrico para garantir o
funcionamento nos dois sentidos de rotação em segurança.
9. Referências bibliográficas
 BARRY. Jean, "Esquemas de Electricidade", editora presença/Martins Fontes,
1978;
 CHILIKIN, M. Accionamentos Eléctricos, URSS, 1972;
 FRANCHI, C. Accionamentos Eléctricos, Editora Érica, 4a Edição, São Paulo, 2008;
 Guião do trabalho laboratorial 3, Controlo de accionamentos eléctricos, UEM-FE;
 KHOUSSAINOV, Igor. Accionamentos Eléctricos. Maputo, 1980;
 MATIAS, J. & LEOTE, L. de Automatismo Industrial Comando e Regulação,
Didáctica Editora, Lisboa, 1993.
Anexos
Anexo 1: Arranque directo de motor de indução com reversão

Anexo 2: Arranque estrela triangulo de motor de indução trifásico

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