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RECURSOS HUMANOS
SISTEMA EDUCACIONAL CORPORATIVO DA PETROBRAS
PÓS-GRADUAÇÃO EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS APLICADOS À INDÚSTRIA
DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL
Rio de Janeiro
2011
EMMANUEL CORDEIRO DIAS
Rio de Janeiro
2011
EMMANUEL CORDEIRO DIAS
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________________________________
Jaime Mourente Miguel, D. Sc. (Orientador) – RH/Universidade Petrobras
___________________________________________________________
Geraldo Bieler, Eng. – AB-RE/ES/TAIE
___________________________________________________________
Diógenes Dutra, M. Sc. – UO-BC/ENGP/EGMSE
___________________________________________________________
Waldir de Melo Mota Junior, M. Sc. – E&P-ENGP/IPP/EISA
___________________________________________________________
Thiago Trezza Borges, M. Sc. – MATERIAIS/OGBS/PDR
Rio de Janeiro
2011
A todos que torcem pelo meu sucesso.
A Deus pela oportunidade.
AGRADECIMENTOS
This work presents a study about Direct Current Uninterruptible Power Supply – DC
UPS. Will be shown the operating principle, the main electronics topologies used,
typical tests, as well as its main applications.
The functions blocks, as rectifier stage, power factor correction (PFC), batteries used
and sensors that are presents in all system also are shown.
The DC UPS system is able to promote the regulation of output voltage DC and
control the energy flow between a battery bank and DC link, besides ensures that
voltage and power oscillations of alternating supply doesn’t appear in the output.
Thus, this system functions as an alternative energy source through the battery bank,
providing power to the load in case of emergency, also active in power factor
correction and reduced the input total harmonic distortion.
LISTAS DE SIGLAS
CA Corrente Alternada
CAN Controller Area Network
CC Corrente Contínua
DPS Dispositivo protetor de surto
EMI Eletromagnetic interference
GPRS General packet radio service
GSM Global System for Mobile Communications
GTO Gate turn-off thyristor
IGBT Isolated gate bipolar transistor
MLP Modulado por Largura de Pulso
MTBF Mean Time Between Failures
MTTF Mean Time To Failure
PBE Plastic bonded electrode
PDA Personal digital assistants
PFC Power Factor Correction
PWM Pulse width modulation
SMS Short Message Service
SNMP Simple Network Management Protocol
THD Total Harmonic Distortion
UDQ Unidade de diodos de queda
UPS Uninterruptable Power Supply
USB Universal Serial Bus
UTI Unidade de tratamento intensivo
VLA Vented Lead Acid
VRLA Valve regulated lead-acid battery
WAP Wireless Application Protocol
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................1
2 RETIFICADOR ........................................................................................3
2.1 RETIFICADOR PWM ................................................................. 5
2.1.1 Técnicas passivas de controle do fator de potência PFC.................. 5
2.1.2 Técnicas ativas de controle do fator de potência PFC...................... 5
2.1.3 Retificador Modulado Por Largura de Pulso MLP............................ 7
2.1.4 Dimensionamento da capacidade do retificador ............................. 9
3 BATERIA...............................................................................................10
3.1 PARTES CONSTRUTIVAS DO ACUMULADOR CHUMBO ÁCIDO .........11
3.1.1 Princípio de funcionamento dos acumuladores chumbo ácidos........15
3.1.1.1 Características elétricas dos acumuladores chumbo ácidos ..........16
3.1.1.2 Efeito Coup de Fouet.........................................................18
3.1.2 Aspectos de Manutenção .........................................................19
3.2 PARTES CONSTRUTIVAS DO ACUMULADOR ALCALINO .................22
3.2.1 Princípio de funcionamento dos acumuladores alcalinos ................25
3.2.1.1 Características elétricas dos acumuladores níquel cádmio ............26
3.2.2 Cálculo do número de células e da capacidade da bateria ...............27
4 UNIDADES DE DIODOS DE QUEDA, CONVERSOR CC-CC DE SAÍDA
E TRANSFORMADOR DE ENTRADA .....................................................................34
5 CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO......................................37
5.1 MODO DE CARGA DAS BATERIAS..............................................37
6 NOVAS CONFIGURAÇÕES E FUNÇÕES APLICADAS A UPS’s CC 41
6.1 USO DE FONTES CHAVEADAS MODULARES................................41
6.2 USO DE CONVERSORES CC-CC ................................................49
7 PRINCIPAIS ESPECIFICAÇÕES PETROBRAS PARA UPS CC.........51
8 CONCLUSÕES .....................................................................................60
9 REFERÊNCIAS .....................................................................................62
1
1 INTRODUÇÃO
2 RETIFICADOR
As três principais partes que compõem uma UPS CC básica são a etapa de
retificação, o banco de baterias e a unidade de diodos de queda (UDQ). Com o
advento de novas técnicas, foram acrescentadas etapas de retificação com controle
de fator de potência, visando um melhor aproveitamento da energia drenada do
sistema e redução de distorções harmônicas.
A etapa retificadora é responsável pela conversão CA-CC, transformando
corrente alternada em corrente contínua. Os retificadores podem ser classificados
segundo a sua capacidade de ajustar o valor da tensão de saída (controlados x não
controlados); de acordo com o número de fases da tensão alternada de entrada
(monofásico, trifásico, hexafásico, etc.); em função do tipo de conexão dos
elementos retificadores (meia ponte x ponte completa).
Os retificadores não-controlados são aqueles que utilizam diodos como
elementos de retificação, enquanto os controlados utilizam tiristores ou transistores.
Usualmente topologias em meia ponte não são aplicadas. A principal razão é que,
nesta conexão, a corrente média da entrada apresenta um nível médio diferente de
zero. Tal nível contínuo pode levar elementos magnéticos presentes no sistema
(indutores e transformadores) à saturação, o que é prejudicial ao sistema.
Topologias em ponte completa absorvem uma corrente média nula da rede, não
afetando, assim, tais elementos magnéticos[5] .
Os retificadores não controlados são compostos por diodos e dessa forma,
não existe a possibilidade de se controlar a tensão de saída. Já nos retificadores
semicontrolados e nos controlados, a tensão de saída pode ser variada devido ao
4
capacitivo. Uma vez que a tensão média sobre a indutância é nula, o valor médio da
tensão vo(t) é a própria tensão de saída [5] .
Figura 5:Forma de onda instantânea das correntes no lado CA. Fonte: Pomílio,
2009, p.24.
9
Simultaneamente haverá corrente apenas por duas das três fases, uma vez que
se dois interruptores de uma mesma semi ponte conduzirem haveria um curto entre
fases, tal fato pode ser observado na figura 4. Após a filtragem das componentes de
alta freqüência, a corrente de saída, apresentará apenas o valor médio com formato
senoidal, se esta tiver sido a forma do sinal de referência usado para produzir os
sinais de comando das chaves semicondutoras.
A figura 6 mostra as tensões de entrada e referências de corrente a serem
seguidas para a obtenção de fator de potência unitário. Em cada período da rede
existem 6 intervalos, que se iniciam nos cruzamentos das referências de corrente.
Cada intervalo corresponde a um modo de funcionamento distinto.
Onde:
Ic é a capacidade do retificador
Icp é a corrente máxima de consumo permanente
Irb é a corrente de recarga máxima da bateria (0.25xC para chumbo ácido e
0.4xC para alcalinas).
10
K ×C
A= L+ (3)
H
Em que:
A é a corrente nominal de saída do retificador.
L é o consumo de carga permanentemente conectada aos terminais da bateria.
C é a capacidade total da bateria em Ah (Ampères-hora).
H é o tempo para recarregar a bateria.
K = Constante que para baterias alcalinas vale 1.4 e para baterias chumbo-
ácidas vale 1.25.
As capacidades nominais padronizadas (corrente de saída do retificador)
normalmente encontradas para os carregadores são: 5 A, 10 A, 15 A, 25 A, 35 A, 50
A, 75 A, 100 A, 150 A, 200 A, 400 A, 600 A, 800 A, 1000 A e 1200 A.
3 BATERIA
A grade é responsável por suportar o material ativo das placas, conduzir corrente
elétrica e distribuir a corrente uniformemente na placa através do material ativo. As
ligas usualmente empregadas para grades são de chumbo-antimônio ou chumbo-
cálcio.
Os separadores permitem que as placas fiquem mais próximas, diminui a
resistência interna, reduz o volume dos elementos e aumenta a condutância
eletrolítica. Dentre os materiais utilizados, podemos citar borracha, plástico micro
poroso, lã de vidro, microfibra de vidro, etc.
O recipiente é normalmente feito de plástico transparente, facilitando a inspeção
visual. Contém os elementos e provê espaços livres, na parte superior e inferior. O
espaço inferior tem a função de conter os depósitos de sedimentação e o espaço
superior acomoda as variações de nível [10] .
Para acumuladores ventilados o material do vaso comumente utilizado é o SAN e
sua tampa é em ABS, podendo ou não a tampa ser retardante a chama. Para
acumuladores VRLA com homologação Anatel, o vaso e a tampa são
obrigatoriamente em ABS com retardante a chama.
A rolha de ventilação tem a função de proteger, condensar os vapores formados
na carga e evitar o aumento de pressão. Em acumuladores ventilados com
14
capacidade superior a 150 Ah C10 são utilizadas válvulas para proteção contra
ignição dos gases internos. Em acumuladores de recombinação, funcionam como
válvula de alívio contra sobre pressão em casos de mau funcionamento do
acumulador ou exposição a condições adversas.
Os conectores ou pólos possibilitam a ligação dos acumuladores entre si e são
feitos em cobre maleável isolado, para conexão aparafusada. Devem ser de
segurança, a prova de corrosão e possuir um inserto de liga de cobre que permite
melhor condutividade em alta intensidade de corrente e revestimento plástico para
garantir vedação[10] .
Os protetores de pólo agem no sentido de evitar que curto circuitos ocorram e
permitem a realização de medição de tensão sem necessidade de retirá-los podendo
ser facilmente removíveis se necessário.
O eletrólito e formado por uma solução de ácido sulfúrico e água: H2SO4 + H2O.
O mesmo apresenta as seguintes características:
• Densidade 1,210 g/cm3 +/- 0,01 @ 25ºC (baterias estacionárias)
• A faixa de variação de densidade é inversamente proporcional à razão volume
de eletrólito/capacidade:
Volume grande = 1,210 a 1,180 g/cm3
Volume pequeno = 1,280 a 1,100 g/cm3
A densidade do eletrólito afeta diretamente o desempenho do acumulador
chumbo-ácido, onde maiores densidades resultam em maior capacidade, melhor
característica de tensão x descarga, menor peso, tamanho e custo do acumulador,
15
maiores ações locais sobre as placas positivas, portanto maior sobrecarga, maior
deterioração dos separadores e menor vida útil.
1
Ft = (7)
1 + λ (T − 25)
Onde:
Ft = fator de correção da capacidade com a temperatura em graus Celsius;
λ = coeficiente que varia em função do tempo de descarga sendo geralmente
aplicado o valor de 0,006 para regimes de descarga maiores de 1 h e 0,01 para
regimes igual ou menor de 1 h ou outros valores informados pelos fabricantes;
T = temperatura de operação graus Celsius.
No acumulador chumbo-ácido regulado por válvula existe a figura da avalanche
térmica, que ocorre quando uma auto descarga interna ou uma descarga severa faz
com que a temperatura do vaso aumente. Com o aumento da temperatura, a
atividade eletroquímica aumenta realimentando o processo com mais corrente. Ao
contrário do acumulador VRLA (chumbo-ácido) o acumulador alcalino de
recombinação parcial de gases (VRA) suporta altas temperaturas. Não existe a
figura de avalanche térmica, pois a temperatura influência muito pouco a atividade
eletroquímica [10] .
Como visto, as baterias chumbo ácidas funcionam à base de chumbo, um metal
pesado e tóxico e, portanto, representam sério risco ao meio ambiente. Na realidade,
a grande maioria das baterias exauridas já é recolhida pelos fabricantes nacionais
para recuperar o chumbo nelas contido, uma vez que o Brasil não dispõe de minas
deste metal e o seu preço é relativamente alto no mercado internacional. O maior
problema está no método de recuperação usado pelas empresas, já que é, quase
sempre, inadequado. O método mais usado ainda é o pirometalúrgico, em vez do
eletroidrometalúrgico, o que termina contaminando a atmosfera com óxidos de
enxofre (SOx) e com chumbo particulado [11] .
corroída. Assim, se constada à corrosão, o banco deve passar por uma limpeza das
barras, adotando-se o seguinte procedimento:
• Um banco reserva, ou definitivo, colocado em paralelo;
• O fusível da bateria deve ser aberto;
• Cuidadosamente (para não ocorrer um curto-circuito), devem ser retiradas
todas as barras de interligação, limpando-as com uma escova de aço,
retirando toda a graxa e impurezas. A utilização de produtos químicos, como
lauril, por exemplo, pode ajudar na limpeza;
• Após todas as barras serem limpas e secas, deve-se aplicar uma camada de
graxa antioxidante nova;
• A graxa deve ser aquecida, quando deixar de ser pastosa, a barra deve ser
mergulha rapidamente, para não haver excesso e montada novamente no
sistema.
Maiores informações sobre baterias chumbo ácidas podem ser encontradas nas
normas descritas nas referências no fim do trabalho.
Na placa sinterizada ou sintered plate (SP) o material ativo é colocado sobre uma
placa de níquel puro ou uma placa de aço laminada com níquel, então o conjunto é
sinterizado a altas temperaturas. Desenvolvida como alternativa à pocket plate, esse
tipo de placa é geralmente utilizado em tração.
As placas possuem estrutura tridimensional com propriedades elásticas. O
contato é direto entre material ativo com a fibra de níquel e amplos canais de contato
24
Vmax
n1 = (13)
V fl
Vmin
n2 = (14)
V fn
140
n1 = = 64 elementos (15)
2,16
105
n2 = = 58 elementos (16)
1,80
C
I = R × C ou I = (17)
K
Onde:
I é a intensidade de descarga em ampères.
C é a capacidade nominal em Ah para uma descarga de 10 horas.
1
R (ou K ) é o fator de proporcionalidade variável com o tempo de descarga.
Fazendo a 1ª verificação:
Para o período de 1 hora, K1 = 1,9, resultando:
Neste exercício observa-se que deve ser adotado o valor da verificação, pois o
valor calculado não suporta o primeiro ciclo de descarga.
Finalizando, o valor calculado deve ser corrigido considerando os fatores a
seguir:
Temperatura - Fator = 1.050
Envelhecimento (idade) - Fator = 1.100
Fator de carga - Fator = 1.060
Fator de projeto - Fator = 1.050
Fator de correção total - Fator = 1.286
Podemos também encontrar a bateria diretamente em gráficos resumidos
disponibilizados por fabricantes. A figura 18 mostra o tempo de descarga em função
da corrente de descarga para diversas baterias do fabricante Saturnia com
capacidade variando de 1,2 Ah até 40 Ah.
Por exemplo, supondo que se deseja uma autonomia de 60 minutos, para uma
carga que consome 2000 W de potência e que o banco de baterias possui tensão de
120 Vcc (60 células do acumulador chumbo ácido de 2 volts conectados em série),
sabe-se que a corrente fornecida pelo banco de baterias nesta situação é de:
P 2000
I= = = 16, 67 A (22)
V 120
O valor de queda de tensão em cada UDQ varia de 0,7 a 0,8 Vcc por diodo. É
importante lembrar também que, como o diodo de queda não possui boa
suportabilidade ao curto-circuito, deve sempre possuir um fusível ultrarápido para
sua proteção.
Em [13] , a saída da UPS CC não utiliza diodos de queda, mas sim um conversor
CC-CC, que regula a tensão de saída. Contudo esse sistema ainda só é encontrado
em tensões de saída de 12, 24 e 48 Vcc com correntes de saída da ordem de 20 a
100 A. Esse bloco CC é essencialmente uma bateria que flutua no lado CC de saída
do retificador e é 99,99% eficiente para inicialmente cumprir com o padrão SEMI F47
[14] [15] . Ao contrário dos sistemas UPS CC convencionais, estes sistemas
distribuídos são compostos de uma "pequena usina de armazenamento de energia",
que no caso, são pequenas baterias espalhadas por todo o estabelecimento. A
figura 20 mostra um modelo de UPS CC que utiliza na última etapa um conversor
CC-CC responsável pela regulação da tensão de saída.
5 CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO
A UPS CC também pode ser conhecida pelo nome de retificador digital industrial,
nobreak DC, retificador industrial trifásico, retificador carregador, retificador
chaveado industrial, dentre outros. Os retificadores que utilizam os tiristores como
chaves semicondutoras são bastante encontrados no mercado. Com uma tecnologia
confiável e consolidada, encontrados em 6 pulsos e seus múltiplos (12, 18, etc.)
garantem altas correntes de saída e aplicações em altas potências. A maioria pode
operar tanto com baterias alcalinas quanto com chumbo ácidas ventiladas ou
reguladas a válvula.
Vcc − Vbat
Icarga = (23)
R int
interface do sistema com o usuário local, sendo, portanto, um centro vital da planta
de potência CC.
Funcionando com base em chaves mosfet’s ou igbt’s, possibilitando o
chaveamento em alta freqüência na casa de dezenas de kHz, essas fontes permitem
o controle do fator de potência, funcionam com alto rendimento em uma grande faixa
de carga e, sobretudo, são leves e pequenas.
Os fabricantes garantem valores de MTBF superiores a 300000 (Telcordia SR-
332 Issue I method III – (a), com temperatura ambiente de 25 ºC), com faixa de
temperatura de operação de -40 até +75 °C, apresent ando um derating (redução da
capacidade) para temperaturas acima de +55 °C e lim itação de 1350 W em +75 °C,
para fontes com potência nominal de saída de 2 kW. A faixa de freqüência de
entrada varia de 45 a 66 Hz, o fator de potência superior a 0.99 em 50% de carga ou
valores superiores a este e THD menor que 5% em carga máxima e tensão de
alimentação nominal. A figura 24 ilustra o conceito das novas configurações
descritas:
Figura 24: Sistema completo de uma UPS CC: retificadores, unidade de controle,
banco de baterias, contatores e fusíveis.
43
Alarmes
Sistema Bateria Retificador
Falha de CA (fases individuais) Tensão Alta da Bateria Falha do Retificador
Entradas Digitais (nomes Tensão Baixa da Bateria Falha Crítica do Retificador
programáveis) (> 1, programável)
Desconexão de Carga (tensão Temperatura alta na Bateria Capacidade do Retificador
ou tempo) com níveis programáveis
Fusível de Carga Temperatura baixa na Bateria Limite de Corrente do
Retificador
Corrente de Carga Capacidade da Bateria Proteção contra
sobretensão
Desconexão da Bateria Corrente do Retificador
Fusível da Bateria
Falha de Simetria
Indicação da qualidade da
Bateria
Corrente de descarga da
Bateria
48
Com base na norma N-332, serão descritos alguns dos principais requisitos
necessários que devem ser atendidos para o fornecimento de sistemas ininterruptos
de energia para a Petrobras.
A UPS deverá operar em local abrigado e em área não classificada, com uma
faixa de temperatura ambiente de 0 ºC a 50 ºC. A umidade relativa do ar deverá
estar na faixa de 50 % a 95 %, sem condensação a 25 ºC a uma altitude máxima de
até 1 000 m.
A UPS não deverá conter partes energizadas sujeitas a toques acidentais, com o
nível de tensão superior àqueles determinados na norma regulamentadora NR 10,
incluindo quando aplicável capa protetora para fusíveis NH.
A disposição dos componentes, pontos de teste e réguas de bornes terminais
deve permitir o acesso para testes dos circuitos, ajustes, reparos e manutenção pela
parte frontal do retificador, sem a necessidade da remoção de qualquer módulo
adjacente, placa de circuito impresso ou outro componente. Os ajustes do retificador
devem estar acessíveis ao usuário via painel sinótico ou via software. Os mesmos
52
devem ser projetados para operar sem manutenção por um mínimo de 4 anos, e
devem ser projetados para funcionamento contínuo, considerando os ciclos de
sobrecarga admissíveis sem redução da capacidade do sistema.
Quanto à compatibilidade eletromagnética, a UPS CC deverá atender a IEC
61000-2-4 e quanto ao grau de proteção, conforme a NBR IEC 60529. Outro fato a
ser observado se refere a ventilação. Onde espaço não é problema, deve-se adotar
a ventilação natural, como medida para o aumento da confiabilidade. Por prática,
adota-se o valor de 200 A como limitante e a partir desse valor é admitido o uso de
ventilação forçada, desde que haja redundância para que seja possível a retirada de
um ventilador sem a necessidade de se desligar todo o sistema.
A pintura das chapas metálicas do equipamento deve ser do tipo eletrostático a
pó conforme mencionado na Petrobras N-2841, sendo montado em painel auto
suportado, com acesso frontal e traseiro, com chapas da estrutura com espessura
mínima de 2,7 mm, e das portas, tampas laterais e de fechamento com espessura
mínima de 1,9 mm, reforçadas se necessário.
As partes da UPS não previstas para condução de corrente deverão possuir
continuidade elétrica e serem conectadas ao barramento de terra, e através de
cordoalha de cobre flexível as portas também deverão ser conectadas para garantir
continuidade elétrica. O barramento de terra deverá ficar na parte inferior interna,
correndo por toda extensão e com conectores de compressão.
Para a instalação em unidades marítimas, algumas restrições descritas pelas
sociedades classificadoras devem ser atendidas. As placas de circuito impresso
devem suportar elevação de temperatura, possuir isolação apropriada e serem
adequadas ao ambiente de exposição. Se solicitado, o fabricante deve comprovar a
tolerância do equipamento a estes ambientes com relatórios de ensaios de
laboratório.
A exposição a agentes agressivos como enxofre, cloro e atmosfera salina devem
ser informados ao fabricante para que seja adicionada a proteção adequada, como
tropicalização, “conformal coating”, etc. Em unidade marítima do tipo flutuante, os
requisitos de inclinação previstos no IMO e “Modu Code” devem ser respeitados. As
fiações e conexões elétricas devem ter característica não propagante a chamas e
terminais de força adequados. O aspecto da segurança na intervenção é um valor
que deve ser observado desde a concepção dos projetos. Assim, o UPS deve ser
construído de modo a facilitar a manutenção e minimizar o tempo de reparo [17] .
53
corrente nominal do retificador. O valor de ripple máximo deverá ser de 2% rms sem
bateria.
O dispositivo limitador de corrente para a bateria deve atuar tanto no regime de
flutuação quanto no regime de recarga e permitir ajuste da corrente de carga da
bateria em um valor máximo, numericamente igual a 0,25 vezes, para bateria ácida,
ou 0,4 vezes, para bateria alcalina, do valor de capacidade nominal, em Ampére-
hora (Ah) da bateria.
A tensão de saída para o consumidor deve ser mantida dentro da faixa da tensão
nominal sem a bateria, ou com a bateria em regime de flutuação ou recarga. Para
que seja mantida essa regulação deve ser prevista unidade de diodos de queda para
manter a tensão de regulação requerida, se necessário.
Quando o retificador for ligado, o mesmo deverá possuir a proteção soft start que
garanta uma subida da corrente gradativamente num tempo máximo de 3 segundos
até atingir o valor limite, sem ocorrência de transitórios mesmo com a bateria
completamente descarregada.
Também deverá possuir dispositivo que permita o ajuste das tensões de
flutuação e de recarga na faixa de ± 10 %. A tensão de flutuação da bateria deve ser
corrigida automaticamente com a temperatura ambiente.
O contator de desconexão de bateria também conhecido por LVBD (Low voltage
battery disconnect) é um dispositivo que pode proporcionar problemas de mau
contato na bateria, ocasionando problemas no processo de carga e principalmente
nas ocasiões cruciais em que a mesma é requerida, como no caso de uma falha do
sistema de energia alternada. Assim, o uso de contatores de desconexão de bateria
é desaconselhado, visando uma autonomia maior do sistema, não importando o
valor de tensão final na bateria, mas garantindo a operacionalidade da planta.
O retificador, a menos que indicado contrário na folha de dados deverá conter um
display digital alfanumérico para indicação das variáveis elétricas (tensão e
corrente), registro de falhas, exibição de alarmes e os valores de parâmetros de
ajuste de corrente de saída do retificador, corrente com zero central na saída das
baterias, tensão na saída do retificador e tensão na saída do consumidor.
As falhas diagnosticadas devem ser armazenadas em memória não volátil, num
número mínimo de 50 eventos. Os instrumentos de medição devem ser do tipo
bobina móvel para corrente contínua e ferro móvel para corrente alternada, com
precisão de 1,5% de fundo de escala, com dimensões mínimas de 96 mm x 96 mm.
55
8 CONCLUSÕES
9 REFERÊNCIAS
[1] Ghetti, F. T., “Análise de Variações Topológicas Aplicadas a Uma UPS Tipo
Delta Monofásica”, Dissertação de Mestrado, Maio/09, UFJF, Juiz de Fora - MG,
Brasil.
[2] Cristovão, A. B., “Um Conversor Boost com Comutação Suave Aplicado a um
Sistema Ininterrupto de Energia”, Dissertação de Mestrado, Jul/05, UFU,
Uberlândia - MG, Brasil.
[3] Apostila “UPS – Fontes Ininterruptas de Energia”, Leandro Roggia, SEPOC
2010, UFSM, Ago/2010, Santa Maria – RS, Brasil.
[4] Barreto, L.H.S.C., “Análise, Projeto e Desenvolvimento de Conversores para a
Concepção de uma Unidade UPS “On Line” Não Isolada”, Tese de Doutorado,
Jan/03, UFU, Uberlândia - MG, Brasil.
[5] Apostila “Eletrônica de Potência”, José Antenor Pomílio, UNICAMP, Jul/2009,
Campinas – SP, Brasil.
[6] Emadi Ali, Nasiri Abdolhosein, Bekiarov Stoyan B., “Uninterruptible power
supplies and active filters”, Illinois-Chicago, Editora CRC Press, 2005.
[7] Nishida, Y., Miyashita, O., Haneyoshi, T., Tomita, H. and Maeda, A., “A
Predictive Instantaneos-Current PWM Controlled Rectifier With AC Side
Harmonic Current Reduction”, IEEE Transactions on Industrial Electronics, 44
(3), 337–343, 1997.
[8] Dias, E.C., “Uma Nova Família de Conversores com Comutação ZCS na
Abertura e Fechamento das Chaves”, Dissertação de Mestrado, 2008, UFU,
Uberlândia - MG, Brasil.
[9] Corrêa Pinto, J. A., “Análise, Projeto e Montagem de Uma Fonte Chaveada Com
Alto Fator de Potência Utilizando Conversor Boost Entrelaçado Como Pré-
regulador e Chaveamento Suave”, Dissertação de Mestrado, Fev/97, UFU,
Uberlândia - MG, Brasil.
[10] Apostila “Sistemas de Alimentação Crítica”, Geraldo Bieler, Petrobras, 2011,
Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
[11] Bocchi, N., Ferracin L.C., Biaggio, S.R., “Pilhas e Baterias: Funcionamento e
impacto ambiental”, Química e Sociedade, Mai/2000.
[12] Ribeiro, A.L.A., Conceição, C.A., Bieler, G., “Influência do Efeito Coup de
Fouet em UPS”, Induscon, 2010.
63
[13] Munoz, A. M., De la Rosa, J.J.G., Lopez , V.P., Calvo , R.J.R., Calvo A. G.,
“Distributed DC-UPS for energy smart buildings”, Energy and Buildings, 93-100,
2011.
[14] http://f47testing.epri.com/f47abstract.html.
[15] M. Stephens, J. Soward, D. Johnson, J. Ammenheuser, Power quality
Solutions for Semiconductor Tools, equipment design solutions, Online:
http://f47testing.epri.com/semi documents/Semi part 2 PQ Magazine Article.pdf,
2000.
[16] Mourente Miguel, J. , “Condicionador de Tensão Aplicado a Sistema com
Perda de Fase”, Tese de Doutorado, Nov/05, UFRJ, Rio de Janeiro - RJ, Brasil.
[17] Borges, T.T., Bieler, G., Jasbinschek, P. M., Wotecoski A., Vasques, E.S.,
Pimenta, J.H., “Especificação de Sistemas Ininterruptos de Energia para
Indústria do Petróleo”, 10º Encontro de Engenharia Elétrica, Petrobras, 2009.
[18] IEEE, February 2007, IEEE Recommended Practice for the Design of Reliable
Industrial and Commercial Power Systems, IEEE.
[19] Datasheet Flatpack2 110/2000 HE Wor, fabricante Eltek Valere.
[20] Datasheet Smartpack2 Controller, fabricante Eltek Valere.
[21] DC UPS System Guide Specification, fabricante Gutor.
[22] Datasheet retificador carregador para telecomunicações linha rct, fabricante
Guardian.
[23] Datashet retificador industrial trifásico rit-mp, fabricante CP Eletrônica S.A.
[24] Mardegan, C., “Serviços Auxiliares”, O Setor Elétrico, Capítulo VI, jun/2010.
[25] NBR 6179: Chumbo refinado.
[26] NBR 6219: Chumbo.
[27] NBR NM 1871 : Materiais Metálicos – Dureza Brinell.
[28] NBR 14197: Acumulador chumbo-ácido estacionário Ventilado –
Especificação.
[29] NBR 14198: Acumulador chumbo-ácido estacionário Ventilado –
Terminologia.
[30] NBR 14199: Acumulador chumbo-ácido estacionário Ventilado – Ensaios.
[31] NBR 14204: Acumulador chumbo-ácido regulado por válvula – Especificação.
[32] NBR 14205: Acumulador chumbo-ácido regulado por válvula – Ensaios.
[33] NBR 14206: Acumulador chumbo-ácido regulado por válvula – Terminologia.
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GLOSSÁRIO
TRAP - usado para reportar uma notificação ou para outros eventos assíncronos
sobre o subsistema gerido. O dispositivo gerenciado que toma iniciativa da
comunicação no envio de alarmes.
IMO - Sigla em inglês que significa “Organização Marítima Internacional” que é uma
agência especializada das Nações Unidas responsável por aperfeiçoar a segurança
marítima e prevenir a poluição proveniente dos navios.
Modu Code - Sigla em inglês que significa “Código para construção e equipamentos
para unidade móvel de perfuração costeira”, trata-se de um conjunto de requisitos
que visam garantir padrões mínimos de segurança operacional compatível com as
características de plataformas de perfuração e produção.