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PWM com 555

Um diodo
• Nos Cis 555, é impossível ter um
pulso de nível BAIXO que seja maior
que um pulso de nível ALTO.
• De acordo com as fórmulas,
qualquer aumento de R2 que
aumenta a duração do pulso em
estado BAIXO, também aumenta o
pulso em estado ALTO:
• ALTO = 0,7 x C x (R1+R2)
• BAIXO = 0,7 x C x R2
Um diodo
• O pulso em estado ALTO acontece
durante a carga do capacitor, com a
corrente fluindo pelos dois resistores.
• Já o pulso em estado BAIXO
corresponde à descarga do capacitor
através do resistor R2 e pino 7 (DIS).
• Uma forma de evitar que R2
influencie no pulso ALTO é fazer com
que ele não participe da carga do
capacitor, apenas da descarga.
• Isto é possível usando um diodo.
Um diodo
• Um diodo só permite a
passagem de corrente em
um sentido.
• Colocando um diodo em
paralelo com o resistor R2,
podemos deixar a corrente
passar pelo resistor apenas
quando ele estiver
descarregando.
• Durante a carga o resistor
R2 será ignorado porque o
diodo se comporta como
um circuito fechado.
Dois diodo
• Agora é possível calcular a duração de cada pulso
usando apenas um resistor, e assim escolher suas
durações de forma independente:
• ALTO = 0,7 x C x R1
• BAIXO = 0,7 x C x R2
• Existe uma variação do circuito ao lado que é mais
comum por permitir variar a largura dos pulsos
mantendo R1 fixo.
• Essa configuração é importante para o uso do 555
com PWM – uma técnica eficiente para simular
saída analógica com o 555.
• Esta variação está mostrada na figura ao lado.
Dois diodo
• As fórmulas para calcular a duração de caba pulso
são:
• ALTO = 0,7 x C x (R1 + Rc)
• BAIXO = 0,7 x C x Rd
• As fórmulas são aproximadas e não levam em
conta a queda de tensão nos diodos (que é de
aproximadamente 0,7V).
PWM – Pulse Width
Modulation
• PWM significa modulação de largura de pulso.
• É uma das principais técnicas usadas
para simular uma saída analógica através de um
circuito digital.
• Consiste em gerar pulsos digitais em alta
frequência, variando sua largura para produzir
uma valor médio de tensão variável.
• Ou seja, o PWM é um pisca-pisca que varia os
tempos aceso e apagado muito rapidamente,
produzindo a ilusão de que a intensidade está
variando.
PWM – Pulse Width
Modulation

• Por exemplo, se um pulso de onda quadrada


de 5V fica metade do tempo ligado, e metade
do tempo desligado (em 0V), o valor médio
simulado é de 2,5V.
• Aplicando um sinal desses a um LED, ele
piscará muito rapidamente ficando aceso
metade do tempo, e irá aparentar ter metade
do brilho que teria com um valor contínuo.
PWM – Pulse Width
Modulation
• Se o pulso ficar 25% do tempo em 5V, o valor
médio cai para 1,25V, e se ele ficar 75% do
tempo em 5V e apenas 25% do tempo em 0, o
valor médio aumenta para 3,75V.
• Comparada ao uso de um potenciômetro, que
consome energia dissipando na forma de
calor, PWM é uma técnica mais eficiente de
variar tensão e corrente, já que a carga fica
desligada (circulando zero corrente) durante o
tempo que o pulso é BAIXO.
PWM – Pulse Width
Modulation

• Com PWM o 555 pode ser usado para


implementar aplicações como controles de
intensidade luminosa (dimmers) e controle de
velocidade de motores.
• É bastante usado em circuitos com Arduino,
que implementa suas saídas analógicas
usando PWM.
PWM – Pulse Width
Modulation
• Nem todo circuito funciona com PWM.
• Dispositivos que têm limite de tensão menor
que o valor máximo produzido podem ser
danificados com uma tensão simulada baixa
(pois ela sempre alterna entre valores máximo
e mínimo).
• Nessas situações é preciso construir um
circuito retificador para converter as ondas
quadradas em um valor contínuo.
Os gráficos a seguir
ilustram
o funcionamento
de PWM descrito
acima
PWM – Pulse Width Modulation

• Para que o primeiro pulso possa


ser menor que o segundo, é
preciso usar a configuração
mostrada anteriormente (usando
dois diodos) para poder controlar
isoladamente os tempos de carga
e descarga do capacitor.
PWM – Pulse Width Modulation

• Nos experimentos a seguir,


implementaremos PWM nessa
configuração usando
um potenciômetro,
• que irá permitir a variação do equilíbrio
de resistências de um divisor de
tensão, e desta forma variar os
tempos de carga e descarga do
capacitor, e consequentemente a
largura dos pulsos na saída OUT (pino
3) do 555.
Experimento 1– Dimmer usando PWM
• Material necessário:
• Fonte ou bateria de 9V
• 1 resistor de 1k Ω
• 1 resistor e 680 Ω
• 1 potenciômetro de 100k Ω
• 2 diodos de propósito geral (1N4148 ou equivalente)
• 2 capacitores de 10nF
• 1 LED de qualquer cor
• 1 circuito integrado 555
• Protoboard, fios, jumpers
Experimento – 1
Dimmer usando PWM

• O circuito abaixo controla a


intensidade do brilho do LED
de forma eficiente usando
PWM,
• em vez de desperdiçar energia
dissipando o excesso de
corrente com um resistor
limitador.
Experimento –1
Dimmer usando PWM

• O potenciômetro varia a
largura de pulso para mais ou
para menos, fazendo com que
o brilho aparente do LED varie.
• O LED é a carga do circuito, e
pode ser substituído por outro
dispositivo analógico ou
circuito que funcione com
PWM.
Experimento –1
Dimmer usando PWM

• A ilustração ao lado é uma possível


implementação para o circuito acima.
Experimento –2 –
Motor usando PWM

• O circuito integrado 555 na configuração


estável pode ser usado como um
eficiente controle PWM para motores de
corrente contínua com tensões de até 12
V.
• Na figura mostramos um controle que
tem uma corrente máxima entre 1 A e 3
A conforme o transistor usado.
Experimento –2 –
Motor usando PWM
• O controle do ciclo ativo do
oscilador astável é obtido
com o potenciômetro de
100 k Ω.
• O capacitor C1 deve ter seu
valor escolhido na faixa
indicada, de modo a não
causar vibração excessiva no
motor.
Experimento –2 –
Motor usando PWM

• Para cada tipo de motor o


valor deve ser diferente
dadas suas diferenças,
• tanto de características
elétricas quanto de
características mecânicas.
Experimento –2 –
Motor usando PWM

• Para cada tipo de motor o


valor deve ser diferente
dadas suas diferenças,
• tanto de características
elétricas quanto de
características mecânicas.
Experimento –2 –
Motor usando PWM

• O transistor deve ser


montado em um radiador
de calor e a tensão de
alimentação precisa ser a
máxima desejada para o
motor.
• O diodo D1 é do tipo .
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• Material adicional necessário:


• 1 transistor MOSFET de canal N de
propósito geral (2N7000 ou equivalente)
• 1 resistor de 47 Ω
• 1 diodo Zener de 3,3V e 1W (1N4728 ou
equivalente)
• 1 diodo de propósito geral (1N4148 ou
equivalente)
• 1 motor de 3V (opera com 1 a 6V)
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• O PWM é usado para


variar a velocidade de um
motor.
• O circuito possui várias
adaptações necessárias
para lidar com algumas
limitações impostas pelo
555, transistor e pelo
motor:
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• Pulsos de corrente gerados pelo


motor: uma bobina
(indutor) armazena corrente, que é
liberada em um pulso durante transições
(ao ligar ou desligar a energia sobre ela).
• Um pulso de corrente reversa muito alta
pode queimar um componente.
• Por este motivo usamos um diodo de
proteção posicionado de forma reversa e
em paralelo com o relé, para que esse
pulso seja curto-circuitado e não afete o
resto do circuito.
• O mesmo vale para motores,
transformadores e indutores em geral.
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• Demanda de corrente do
motor: além de pulsos elevados, a
demanda de corrente do motor pode
ser maior que a suportada pelo 555
ou Arduino.
• Nestes casos, precisamos isolar o
circuito com um transistor.
• Pode ser um transistor bipolar, mas
a opção mais eficiente neste caso é
usar um transistor MOSFET, que
fornece um isolamento maior e
• quase não consome energia quando
desligado (ele tem uma resistência
interna altíssima na entrada).
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM
• Tensão máxima suportada pelo motor: o motor do kit
tem uma faixa de operação que varia de 1 a 6V.
• Deixá-lo funcionando muito tempo em 9V pode
queimá-lo, portanto é preciso garantir que a tensão
sobre ele não passe de 6V.
• Não adianta limitar a tensão via PWM, pois ela é
simulada (o pulso sempre irá produzir valores
máximos de 9V).
• Um divisor de tensão com resistores também não
garante essa redução, pois a resistência interna do
motor varia durante a operação.
• Uma solução para regular a tensão é usar um diodo
Zener.
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• Esse tipo de diodo é construído para


manter uma tensão reversa fixa sobre ele,
mesmo com grandes variações de corrente.
• No kit temos o diodo 1N4728, que mantém
uma tensão fixa de 3,3V.
• Colocado em série com o motor, de forma
reversa, ele irá subtrair 3,3V da tensão
máxima produzida na saída (ou seja, do
pulso máximo), garantindo que o motor
nunca receba uma tensão maior que 6V
(para uma alimentação de 9V).
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• Transistores MOSFET não têm


terminais base, emissor e
coletor, mas Gate (G) – que
tem função similar à
base, Drain (D), similar ao
coletor, e Source (S), que tem
um papel similar ao emissor.
• No circuito ao lado, a saída do
555 controla o terminal G que
controla a passagem de
corrente de D para S que
aciona o motor.
Experimento –3 –
Motor Velocidade usando
PWM

• PWM funciona no
experimento com motor
devido à inércia,
• que impede que o motor
pare completamente
quando desligado.
• Portanto, o motor está
sempre acelerando e
desacelerando muito
rapidamente.
Referências
• Eletrônica para Artistas. Circuitos integrados 7: PWM com 555.
Disponível em: <https://eletronicaparaartistas.com.br/circuitos-
integrados-7-pwm-com-555/>\. Acesso em: 16 nov. 2023 [1].

• NEWTON C. Braga. "PWM com o 555 (COL130)". Disponível


em: https://www.newtoncbraga.com.br/projetos/9911-pwm-com-o-
555-col130.html. Acesso em: 16 nov. 2023.

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