Você está na página 1de 28

Introdução

Disjuntores tem a tarefa de ligar e desligar automaticamente


todas as correntes nos casos de operação normal ou de curto-
circuito. As manobras podem ser feitas pelo pessoal de
operação ou através dos reles ou do controle automático, nos
sistemas com auto-religamento os disjuntores têm que ser
capazes de manobrar a sequência de desliga-ligadesligamento.
Nem todos dos disjuntores são úteis para esta manobra.
Importância dos disjuntores para qualquer sistema eléctrico de
ter elementos disjuntores do fluxo de energia, não só como
um elemento desconectivo para simples operações de
energizar ou desenergizar, mas sim como elemento de
desconexão para evitar uma vez ocorrido a falha dentro do
sistema, as graves consequências sobre os elementos que
integram no dito sistema.
Ciclo de trabalho dos disjuntores

Os disjuntores podem observar o seguinte ciclo:


• Desconexão normal
• Interrupção de correntes capacitivas
• Interrupção de correntes indutivas
• Interrupção de corrente de falha
• Interrupção com falha de linha curta
• Recierres automáticos rápidos
• Oposição de fase durante as saídas do sistema
• Desconexão assíncrona
• Mudanças rápidas da corrente durante manobras do
sistema.
Interrupção de corrente de falha

• A corrente de curto-circuito depende basicamente da


fonte e a reactância em serie com ela.
• Depois que o arco de corrente se extingue ao passar
por zero de sua frequência natural de trabalho (50 ou
60 Hz), o circuito recupera sua tensão e aparece
entre os terminais do disjuntor uma tensão
transitória de restabelecimento (TTR) ou tensão de
reconexão ou reignición pelo que se deve especificar
estas quantidades nos dados de operação.
Interrupção de pequenas correntes indutivas

• As correntes de magnetização dos transformadores são pelo


general pequenas, da ordem de 1 a os 2% da corrente nominal,
de maneira que sua interrupção se por acaso mesma constitui
um problema para o disjuntor.

• A supressão destas correntes antes do zero natural apresenta


uma elevação da tensão que pode ser perigosa pode alcançar
até três vezes o valor da tensão máxima de desenho do disjuntor.

• Isto faz que a alguns disjuntores lhes instale em paralelo


resistências com as câmaras de interrupção como medidas de
protecção através das quais a energia do transformador se pode
descarregar sem causar danos consideráveis devido às tensões
excessivas.
Desconexão assíncrona

• Pode ocorrer uma oposição de fases se o disjuntor ao


voltar a fechar depois de um tempo longo de ter aberto.

• Se esta manobra a realizar para a interconexão de dois


alimentadores através de uma linha de transmissão pode
ocorrer que as tensões E1 e E2 dos alternadores se
encontrem fora de fase ou sincronismo de maneira que
quando o disjuntor volta a abrir o valor da tensão
transitória de restabelecimento adquire um valor igual à
soma de E1 e E2 que tende a ser até duas vezes o valor
da tensão no momento da interrupção.
Interrupção de falha de uma linha curta

• A interrupção de correntes de curto-circuito devidas a falha que ocorrem no


primeiro quilómetro ou ao redor do mesmo de uma linha próxima produz uma
condição severo de operação do disjuntor, isto se deve à tensão transitória de
restabelecimento através dos pólos do disjuntor que está acompanhada de uma
componente de alta frequência do lado da linha, enquanto que a redução da
corrente de curto-circuito na linha é pequena devido ao valor baixo de indutância.

• A tensão transitória da linha em curto-circuito é proporcional à magnitude da


corrente de curto-circuito e a frequência é inversamente proporcional à longitude da
linha em curto-circuito.

• Depois da interrupção da corrente de curto-circuito a queda de tensão na linha decai


em à forma de uma linha com carga, e a sua vez a carga decai na forma de uma onda
viajante que oscila a frequência natural.

• O índice de elevação destas oscilações tem uma frequência de oscilação alta com
relação à impedância característica da linha em curto-circuito obtendo se este índice
de elevação à tensão transitória de restabelecimento.
Características nominais dos disjuntores

• Tensão e corrente nominal;


• Frequência nominal;
• Capacidades de interrupção simétricas e
assimétricas;
• Capacidade de fechamento em curto-circuito;
• Máxima duração da corrente de curto-circuito ou
corrente nominal de tempo curto;
• Ciclo de operação nominal.
Tensão nominal

• Durante as condições normais de operação de um sistema a tensão não é


constante, por isso os fabricantes devem garantir a correcta operação à
tensão máxima de desenho que pelo general é a nominal.

• A tensão máxima de desenho do disjuntor é o maior valor de tensão para


o qual está desenhado e representa o limite superior de tensão ao qual o
disjuntor deve operar.

• A corrente nominal de um disjuntor é o valor eficaz da corrente expressa


no A, para o qual está desenhado e que deve ser capaz de conduzir
continuamente sem exceder os limites recomendáveis de elevação de
temperatura.

• A frequência nominal é a qual está desenhado para operar e que


corresponde à frequência do sistema do qual vai se conectar.
Capacidade de interrupção simétrica e assimétrica

• Como a corrente de curto-circuito está composta por várias componentes


portanto se define à corrente de interrupção como o valor de corrente no
contacto ou pólo do disjuntor no instante de separação dos contactos e se
pode expressar por dois valores: a corrente simétrica e a assimétrica.

• Corrente simétrica é o valor eficaz do término de corrente alterna sinusoidal.

• Corrente assimétrica é um valor de corrente que compreende as


componentes de corrente alterna e directa (produz efeitos dinâmicos).
• Normalmente sua relação está dada por: Iassim = k Isim

• Onde k lhe denomina factor de assimetria o qual depende da relação entre a


reactância indutiva e resistência do circuito no qual se instalará o disjuntor.
Capacidade de fechamento em curto-circuito

• Este valor caracteriza a capacidade de um disjuntor de


fechar seus contactos em condições de curto-circuito no
sistema.
• A corrente de fechamento é o valor eficaz da corrente
incluindo a componente da CA e CD e que se medem na
envolvente da onda de corrente em seu primeiro valor
pico, lhe denomina Ipk. Corresponde à tensão nominal.
• A ausência destes dados na placa do disjuntor implica
que se deve calcular de acordo: 2,54 I 1,8 2 I
fechamento em cc sim sim I
Tempos de aberturas de disjuntores

• 8 CICLOS O MAIS
• 5 CICLOS
• 3 CICLOS
• 1 CICLO
Factores de multiplicação para a
corrente de corte o momentânea

• Voltagem superior aos 5 kV: 1,6


• Entre 1 e 5 kV: 1,5
• Voltagem inferior aos 600 V: 1,25
Factores de multiplicação para a
corrente de interrupção
• 8 ciclos o mais lentos: 1
• 5 ciclos: 1,1
• 3 ciclos: 1,2
• 2 e menos: 1,4
Além se estes disjuntores estão em uma barra onde há
geração superior aos 500 MVA se lhe adiciona 0.1 a
cada um.
Ciclo de operação nominal
• Consiste de um número de operações
estabelecidas com intervalos de tempos jogo
de dados.
• De acordo às recomendações do Comité
Electrotécnico Internacional (IEC) o ciclo de
operação não está especificado para voltar a
fechar.
Princípio de interrupção
• O disjuntor deve ser capaz de ABRIR, para
interromper uma corrente de carga ou uma
corrente de curto-circuito.
Os contactos terão um percurso até uma
separação determinada, o arco deve ser
interrompido e extinto a rigidez dieléctrica do
meio deve recuperar-se imediatamente.
Características construtivas

• Constroem-se de várias câmaras de extinção


podendo existir variantes de construção
dependendo do fabricante.
Disjuntor á volume de óleo reduzido (PVA)
• 1 contacto de interrupção móvel
• 2 contacto redondo fixo
• 3 câmara de extinção com fluxo transversal
• 4 terminal
• 5 câmara para compensação da pressão
• 6 tubo de porcelana
• 7 rolos de contacto
• 8 Flange de fixação
• 9 óleo de extinção
• 10 parafuso de descarga do óleo
• 11 manómetro de óleo
• 12 sistema de accionamento.
Princípio de funcionamento

• O óleo nos disjuntores a fluxo de óleo (construção mais avançada) só vai ser
utilizado como o meio de extinção e para a isolação do gap de interrupção,
e mais não para a isolação para a terra. "Bolsas de óleo" na câmara de
extinção produzem um fluxo transversal, que é mais efeituoso do que um
fluxo axial.
• Durante as condições normais de operação, o contacto do disjuntor de óleo
é fechado e leva a corrente. Quando a falha ocorre no sistema, os contactos
do disjuntor estão se afastando e um arco é atingido entre os contactos.
• Devido a este arco, uma grande quantidade de calor é liberado, e uma
temperatura muito alta é atingida, que vaporiza o óleo circundante em gás.
O gás, assim liberado, circunda o arco e seu crescimento explosivo em
torno dele desloca o óleo violentamente. O arco se extingue quando a
distância entre o contacto fixo e móvel atinge um determinado valor crítico,
depende da corrente de arco e da tensão de recuperação.
Arco eléctrico

• O elemento principal de manobra no disjuntor é o arco eléctrico, que


facilita a "manobra síncrona", significa a interrupção no zero da corrente.
O arco facilita o fluxo da corrente depois da separação dos contactos por
causa da sua alta condutividade. O arco vai extinguir depois de zero da
corrente, a condutividade vai desaparecer e torna-se num meio isolante,
que suporta a tensão de recuperação depois da interrupção da corrente.

As características típicas do arco são o decrescimento da característica


tensão-corrente durante um tempo grande e o seu comportamento dinâmico
devido aos retardamentos térmicos.
• O arco em um disjuntor é uma coluna de gases ionizados a alta
temperatura que aparece ao separar os contactos.
• O arco é um caminho de partículas condutoras em um meio ionizado.
Princípios de extinção do arco

• O arco eléctrico é o elemento principal é o em todos os disjuntores.


Os vários disjuntores diferem-se do meio, em que o arco queima e torna-se
num plasma pela dissociação e ionização térmica.
• Produzir a separação necessária entre os contactos.
• Fraccionar o arco.
• Obter o esfriamento do arco e a deionização do meio.
• Restabelecer a rigidez dieléctrica entre os contactos para evitar a
reiniciação do arco, que se pode produzir devido à tensão ou voltagem
de recuperação que aparecem entre os contactos.
• Deverá cumprir-se que a rigidez do meio de extinção ou corte seja
superior a tensão transitória de restabelecimento (TTR) que aparecerá
nos contactos imediatamente depois de abrir-se para cortar uma
corrente de curto-circuito.
Etapas da Extinção de um Arco Eléctrico

• Primeira etapa:
Aparece a resistência do arco que aumenta até um
valor tão alto que a corrente é desprezível.

• Segunda etapa:
A rigidez do espaço onde se desenvolveu o arco
aumenta até um valor tal que o arco não poderá ser
reiniciado pela tensão de recuperação.
Funções do disjuntor

• Disjuntores tem a tarefa de ligar e desligar


automaticamente todas as correntes nos casos de
operação normal ou de curto-circuito.
As manobras podem ser feitas pelo pessoal de
operação ou através dos reles ou do controle
automático.
Nos sistemas com auto-religamento os disjuntores têm
que ser capazes de manobrar a sequência de desliga-
liga-desligamento. Nem todos dos disjuntores são
úteis para esta manobra.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS
DISJUNTORES
Vantagens

• Grande capacidade de ruptura em casos de


ocorrência de curto circuitos e sobrecargas (GVO);
• Manutenção simples, prática e barato (PVO);
• Maior confiabilidade (PVO);
• O óleo tem uma alta rigidez dieléctrica e fornece
isolamento entre o contacto após o arco ter sido
extinto.
Desvantagens

• Grande volume de óleo;


• O óleo usado é inflamável, portanto, causa risco de incêndio;
• Manutenção muito dispendiosa (GVO);
• Não é muito adaptado ao uso em sistemas de alta tensão
(PVO);
• Pouco adaptável para manobrar reactores e capacitores em
certas faixas de corrente;
• Devido a decomposição do óleo no arco, as partículas de
carbono são geradas, o que polui o óleo e portanto, a
resistência dieléctrica do óleo diminui.
Modelação do arco

• A modelagem do arco eléctrico é geralmente feita


através de modelos caixa-preta (black-box), em que o
equacionamento do comportamento do arco
eléctrico é feito baseado em medições de corrente,
tensão, potência e energia. Há também a
possibilidade da modelagem física do arco eléctrico e
esses são os modelos conhecidos como caixa-branca
(white-box).

Você também pode gostar