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ESTADO DO CEARÁ

SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


Eletricista Predial
Eng. F. P. Holanda

ESTADO DO CEARÁ
SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

ELETRICISTA PREDIAL

Gilson Aguiar Albuquerque

Revisada 2013 por Francisco Ponte de Holanda – Eng. Eletricista.

CVT MARANGUAPE

2013

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ALBUQUERQUE, G.A. Eletricista Predial. Fortaleza: Instituto


CENTEC, 2005. 174P. (Cadernos Tecnológicos)

1. Instalações elétricas; Edificações; Eletricista - Ofício

I. Título II. Série

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CONTEÚDO

Apresentação

Lição 1 Princípio de transformação


de energia

Lição 2 Tensão, corrente e


resistência

Lição 3 A lei de Ohm

Lição 4 Conceitos elétricos

Lição 5 Materiais condutores e


isolantes

Lição 6 Corrente alternada e


corrente contínua

Lição 7 Noções de magnetismo


aplicado a eletricidade

Lição 8 Circuito monofásico /


trifásico

Lição 9 Iluminação

Lição 10 Potência elétrica

Lição 11 Normas técnicas: NT


001/88 - COELCE

Lição 12 Dimensionamento de
condutores

Lição 13 Tipos de instalações


elétricas

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Lição 14 Divisão de circuitos e


determinação

Lição 15 Levantamento de carga

Lição 16 Distúrbios em instalações


elétricas

Lição 17 Proteção de condutores

Lição 18 Motores monofásicos

Lição 19 Esquemas fundamentais


das ligações

Lição 20 Símbolos e convenções

Lição 21 Informações para


operacionalização

Lição 22 Considerações finais e


questionário

Bibliografia

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APRESENTAÇÃO

Eu e Meu Trabalho

Você está iniciando agora o curso de


Eletricidade Predial.

Quem trabalha com eletricidade precisa ter habilidades


específicas para a profissão e dominar conhecimentos básicos de
Física, para entender bem o que faz e como faz.

Você sabe quais são os objetivos do Curso?

 Despertar a vocação e o interesse nos alunos


que não têm conhecimentos em eletricidade.

 Implementar conhecimentos teóricos


corrigindo vícios e práticas erradas adquiridas
no cotidiano.

 Fornecer conhecimentos específicos de


eletricidade para que possam ser utilizados no âmbito
doméstico e profissional.

Você está recebendo um caderno com vinte e uma lições


onde estão discriminados conteúdos básicos, síntese
desses conteúdos e exercícios para fixação.

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Para aproveitar bem este curso, você deverá:

 Ficar bem atento às aulas;


 Tirar suas dúvidas com o Instrutor quando não compreender o
assunto.
 Fazer os exercícios da apostila.
 Participar de todas as atividades práticas com
atenção e envolvimento.

É conveniente esclarecer, que entre as


habilidades específicas para o bom
desempenho do profissional eletricista predial,
destaca-se:

 Capacidade para observar minuciosamente componentes


elétricos.
 Capacidade para manusear com precisão os instrumentos de
trabalho.
 Raciocínio rápido diante de situações problema.
 Destreza para resolver situações complicadas.

Agora inicie o seu estudo com a determinação de melhorar


sua performance com o eletricista.

Boa aprendizagem...!!

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Lição 1

Princípio da Transformação de Energia

Conceitos
Básicos

Trabalhos

Estará havendo trabalho quando:

 O motor impulsiona o carro.


 O freio desacelera o ônibus.
 A corda do relógio se desenrola, movendo os ponteiros.
 A água sobe pelo interior de uma planta.
 O goleiro segura a bola, aparando o chute do adversário.

Na linguagem comum, a palavra trabalho é empregada sempre que


fazemos uma atividade física, intelectual ou social.

Na linguagem científica, só se realiza trabalho se


um corpo de desloca.

Ora, se para mover ou parar um corpo é


necessário aplicar uma força sobre ele, e se para
aplicar uma força é necessário o fornecimento de
energia, podemos concluir que:

Para se realizar um trabalho, é preciso fornecer energia.

Resumido:
TRABALHO = FORÇA x DISTÂNCIA
 

UNIDADE DE
MEDIDA = Kgf x m

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Potência

Quando realizamos trabalho para deslocar algum peso a uma certa


distância ou altura, gastamos determinada quantidade de tempo.

Potência mede a rapidez com que um certo trabalho é realizado.

POTÊNCIA = Trabalho realizado


Tempo gasto

UNIDADE DE
MEDIDA = Kg m (quilograma x metro)
Seg ( segundo )

Na prática é muito comum o uso de um múltiplo do quilograma/seg.


que é o Cavalo-Vapor (CV ou HP). 1 CV é a potência necessária
para elevar um peso de 75 kg a 1 m de altura em 1 segundo.

Energia

Não há como separar a vida do homem moderno de


algum tipo ou forma de energia. É muito difícil definir
energia, mas o que realmente interessa é que ela

pode ser usada na realização de algum tipo de


trabalho.

Vejamos alguns exemplos:

Exemplo 1: Uma bomba d‟água movida a eletricidade deve elevar


3m3 de água (aproximadamente 3.000 litros d‟água) a uma altura de
3m a cada 1 minuto. Se a densidade de água é 1.000 Kg/m3, que
potência em hp deve ter a bomba? OBS.: 1 hp = 75 Kg m/seg.

Solução:
a) Peso d‟água = densidade x volume
1.000 Kg/m3 x 3m3 = 3.000 Kg

b) Trabalho = Peso x Distância


3.000 Kg x 3 m = 9.000 Kgm

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c) Potência = Trabalho = 9.000 Kg.m = 150Kg.m/seg


Tempo 60seg

1 HP ..........75 Kg.m/seg
X .............150 Kg.m/seg
X = 150 = 2 hp
75

Potência da Bomba: 2 HP

Exemplo 2: Deseja-se saber a potência do motor a ser utilizado por


um elevador com capacidade para 500 kg, para um prédio de 5
pavimentos (pé direito, aproximadamente de 3 m). O elevador deve
percorrer o trajeto total em 10 segundos.

Soluções:
a) Altura a ser percorrida: 5 pavimentos x 3 m = 15 m

b) Trabalho = 500 kg x 15 m = 7500 kgm

c) Potência = 7500 kgm: 10 seg = 750 kgm/seg


Dividindo-se 750 kgm/seg por 75 acharemos a potência em CV, ou
seja: 10 HP (ou 10 CV).

Agora, exemplifique de acordo com sua vivência, o que é:

Trabalho:

Potência:

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Energia:

Tipos de Energia

A energia se manifesta de várias formas ou tipos: Energia luminosa,


térmica, elétrica, química ou nuclear. Podemos começar nossos
estudos conhecendo dois tipos básicos de energia:

a) Energia Potencial

É todo tipo de energia que pode ser armazenada ou


guardada

 Energia térmica
Energia proveniente do calor.

 Energia química
Energia gerada quando as substâncias se transformam ou se
misturam.

 Energia elétrica
Energia resultante do movimento dos elétrons.

b) Energia cinética

Energia que faz movimentar os corpos

 Energia hidráulica
Energia gerada pelas águas em movimento.

 Energia mecânica
Energia gerada pelos corpos em movimento.

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Transformação de Energia

É possível transformar uma forma de energia em outra. A energia,


no entanto, não pode ser criada nem destruída.

Vejamos como isso pode acontecer.

Esfregando uma mão na outra várias vezes, elas se aquecem.


Quando esfregamos as mãos, estamos fazendo uso de uma
energia cinética (energia do movimento), que é transformada em
outra energia (energia térmica, calor).

Existem vários exemplos de


transformação de um tipo de energia
em outra.

1. Energia elétrica em térmica – ligando uma lâmpada elétrica


2. Energia elétrica em mecânica – ligando um motor elétrico
3. Energia eólica (ventos) em mecânica – acionamento de cata-
ventos.
4. Energia mecânica em elétrica – geradores elétricos
5. Energia química em elétrica – pilhas e baterias
6. Energia hidráulica em elétrica – turbinas hidroelétricas.
7. Energia térmica em mecânica – máquina a vapor

Geração de Energia Elétrica

Existem diferentes processos para produzir


eletricidade tais como: atrito, pressão, calor,
luz, ação química e magnetismo.

Vamos nos deter em duas ações geradoras:


ação química e magnetismo.

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Ação Química

Através de uma solução química onde se introduzem dois metais


diferentes ou um metal e um carvão pode-se produzir eletricidade.

Exemplos: Pilhas e Baterias.

Você sabe quem inventou a pilha?

Alexandre Volta foi um cientista italiano que viveu de 1745 a 1827.


Volta empilhou discos de cobre e de zinco que eram separados por
discos de feltros embebidos em uma solução ácida.

Elétrons dos discos de zinco passaram através da solução ácida


para os discos de cobre, surgindo uma corrente elétrica.

O nome pilha teve sua orgiem na arrumação dos discos,


empilhados uns sobre os outros.

Magnetismo

Ao movimentarmos um condutor elétrico, próximo do campo


magnético de uma imã podemos gerar eletricidade.

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Se existe algo que ainda não sabe e gostaria de saber,


anote no espaço do retângulo abaixo e pergunte ao seu
instrutor durante a aula.

Você ficou com alguma dúvida a respeito


desses assuntos?
Pesquise em sua própria casa:

Peque a conta de luz de sua residência e anote o


consumo quilowatt-hora e o preço da conta. Se em sua casa tiver
um televisor verifique a potência dele (normalmente ela vem escrita
na caixa do próprio aparelho). Anote quanto tempo o televisor fica
ligado durante a novela das 8hs e com esses dados, calcule:

(1) Qual o preço do Kwh (quilowwat-hora) em sua cidade?

(2) Quantos Kwh o televisor consome durante a novela?

(3) Qual o preço que você paga para assistir a novela?

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Por incrível que pareça em nossa casa podemos encontrar


inúmeros exemplos de utilização das mais variadas formas
de energia. Escreva os exemplos que você pode relacionar
em sua casa.

(1) Energia térmica (2 linhas)


(2) Energia elétrica (2 linhas)
(3) Energia luminosa (2 linhas )
(4) Energia potencial (2 linhas)
(5) Energia cinética (2 linhas)

O QUE APRENDEMOS:

Você aprendeu alguns conceitos básicos sobre:

 Trabalho;

 Potência;

 Energia

Tipos de energia
Transformação de energia
Geração de energia

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Lição 2
Tensão, Corrente e Resistência

Conceitos
Básicos

Continuando nossos estudos sobre Eletricidade


conheceremos agora um pouco da história.

Os gregos antigos acreditavam que a matéria era


formada por partículas invisíveis e não divisíveis. Essas unidades
fundamentais da matéria forma denominadas átomos.

A idéia da indivisibilidade do átomo persistiu até o século passado.


Desde então, várias teorias têm sido propostas para explicar a
estrutura da matéria.

Modelos Atômicos

Foi o filósofo grego Demócrito que, no século V


a.C., usou pela primeira vez a palavra átomo para
designar as partículas que constituíram a matéria.

Em grego, átomo significa „indivisível‟. Para Demócrito, o átomo


seria uma partícula não divisível.

A idéia do átomo, nesse caso, era fruto de especulação


filosófica, isto é, da imaginação e do raciocínio, sem bases
experimentais.

Por volta de 1803, o cientista inglês Hohn Dalton elaborou uma


teoria científica para interpretar as idéias dos filósofos gregos e
propôs um modelo de átomo.

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Mas, afinal, o que é um átomo?

Átomo
É a menor partícula em que podem se dividir os elementos
existentes na natureza mantendo as propriedades desses
elementos.

O átomo é constituído de partículas ainda menores:

 Prótons: são partículas que possuem carga elétrica positiva.


Ficam localizadas no núcleo.

 Nêutrons: são partículas que não possuem carga elétrica.


Ficam localizadas no núcleo.

 Elétrons: são partículas que possuem carga negativa. Ficam


localizadas na eletrosfera.

A eletrosfera é constituída de várias camadas ou


órbitas por onde circulam os elétrons.

Cada camada ou órbita contém um certo número


de elétrons.

O número de camadas dependerá da quantidade de elétrons


presentes no átomo.

A camada da eletrosfera mais distante do núcleo é chamada de


camada de valência.

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Carga Elétrica Neutra

Um átomo possui carga elétrica neutra quando o número de


elétrons é igual ao número de prótons, e neste caso, dizemos que o
átomo está em equilíbrio elétrico.

Carga Elétrica Positiva

Um átomo possui carga elétrica positiva quando o número de


elétrons é menor que o número de prótons. A tendência é buscar o
equilíbrio através da aquisição de um elétron.

Carga Elétrica Negativa

Um átomo possui carga elétrica negativa quando o número de


elétrons é maior que o número de prótons. Neste caso existe,
portanto, um elétron a mais a tendência é que ele se desprenda e
passe para o outro átomo que esteja com falta de elétrons.

Vejamos se você compreendeu os Conceitos


Básicos a respeito de átomo. Numere a
segunda coluna de acordo com a primeira.

(1) Átomo ( ) Partícula do átomo com carga positiva.


(2) Nêutrons ( ) Partícula do átomo com carga negativa
(3) Prótons ( ) De que tudo é feito
(4) Elétrons ( ) Palavra que significa indivisível
(5) Matéria ( ) partícula do átomo eletricamente neutra

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Corrente Elétrica

Suponha que uma pequena barra de metal é


constituída por, apenas, 3 átomos (A, B, C) e que você consiga
retirar um elétron de um dos extremos (C).

Este átomo ficará com carga elétrica positiva. Levando este elétron
para o outro extremo do material (átomo A), este átomo ficaria com
carga elétrica negativa (Fig. 3).

Os átomos procurarão manter seu equilíbrio elétrico naturalmente.


Dessa forma, este elétron a mais no átomo “A” será forçado a
caminhar do átomo “A” até o átomo “C”, voltando, então, o material
ao seu equilíbrio elétrico (Figura 4).

Esta caminhada dos elétrons que irá ocorrer no material é chamada


de Corrente Elétrica.

Na realidade a corrente elétrica é produzida pela circulação de


bilhões de elétrons que são infinitamente pequenos, dificultando a
sua contagem.

A unidade de medida da corrente elétrica é o ampére (A). A unidade


ampére corresponde a uma passagem de 6,28 x 1018 ou
6.280.000.000.000.000.000, de elétrons por segundo em um
material.

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Tensão

No exemplo anterior para o estudo da corrente elétrica, o elétron foi


retirado do átomo manualmente.

Sabemos que isso é impossível. O deslocamento dos elétrons é


provocado por fontes geradoras que produzem força eletromotriz
(f.e.m).

Resistência

Certos materiais apresentam dificuldades, em maior ou


menor escala, à passagem de corrente elétrica. A essa
dificuldade nós chamamos de resistência.

A resistência elétrica depende de fatores tais como:

 Comprimento do material;
 Área da seção transversal;
 Propriedade do material chamado resistividade.

Materiais, como o vidro e a borracha, oferecem uma


grande oposição à passagem da corrente e são
chamadas de isolantes.

Outros, como o cobre, oferecem pouca ou quase


nenhuma oposição e são chamados de condutores.

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Resistividade dos Principais Condutores elétricos

Material Resistividade
Prata 0,016 .mm2/m
Cobre 0,017 .mm2/m
Alumínio 0,030 .mm2/m

O desequilíbrio elétrico (diferença entre o número de elétrons) é


uma grandeza elétrica chamada “Diferença de Potencial” (d.d.p).

A Diferença de Potencial é, normalmente, chamada de


TENSÃO. A unidade de medida de Diferença de Potencial é
o Volt (V).

Preste Atenção:

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Ainda bem que existem pessoas como você, que se


interessam, estudam e operam com eletricidade.

Faça uma lista dos materiais que você conhece e são Condutores
ou Resistores de corrente elétrica.

Condutores: (8 1) Resistores: (8 1)

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O QUE APRENDEMOS:

 Nessa lição você conheceu a história do átomo, sua


constituição e como se comportam nos corpos.

 Ficamos sabendo ainda como acontece a Corrente


Elétrica, o que é Tensão e Resistência.

 Pense como seria difícil a vida do homem moderno sem


eletricidade, industrias parariam o comércio fecharia suas
portas. Os transportes seriam grandemente afetados.

 Imagine os danos que causaria a um hospital se faltasse


energia elétrica por 24 horas? Escreva o que aconteceria
nas linhas abaixo:

________________________________________________

________________________________

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Lição 3
A Lei do OHM

Antes de conhecermos a lei de OHM, vamos


saber quem foi OHM.

Seu nome completo era Georg Simon OHM, físico


alemão que nasceu em 1789 e morreu em 1854.

OHM elaborou, em 1854, a lei fundamental das correntes elétricas.


Definiu de forma precisa a quantidade de eletricidade, a corrente
elétrica e a força eletromotriz.

Veremos agora em que consiste a lei de OHM.

Conceitos
Básicos

No circuito da figura 01 a tensão provoca o fluxo de corrente e a


resistência se opõe a este fluxo.

Em uma série de experiência realizada por GEORG S. OHM, ficou


demonstrado que:

a) Se a resistência do circuito for mantido constante:


 Aumentando a tensão, a corrente aumentará;
 Diminuindo a tensão, a corrente diminuirá;
b) Se a tensão do circuito for mantida constante;
 Aumentando a resistência, a corrente diminuirá;
 Diminuindo a resistência, a corrente aumentará.

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A LEI DE OHM estabelece, então:

Em um circuito fechado a corrente (I) é diretamente proporcional à


tensão (E) e inversamente proporcional à resistência (R).

A LEI DE OHM pode ser expressa de forma matemática.


I=E
R

Como a resistência é desconhecida devemos usar uma


variante de expressão matemática apresentada:
R = E/I = 9 volts / 3 ampére = 3 ohms

c) Cálculo da tensão

Para calcular a tensão a LEI DE OHM tem a


seguinte variante:
E=RxI

Exemplo 3
Se a lâmpada da figura tiver uma resistência de 100 ohms e a
corrente for ifual a 1 ampére, qual a tensão de alimentação
necessária?

Solução:

Conhecemos R = 100 ohms


Conhecemos I = 1 ampère
Como a resistência é desconhecida usamos a expressão:
E = R X I = 100 OHMS X 1 AMPÈRE
= 100 Volts.

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Vamos recapitular nossos estudos?


Preencha o crucigrama, se tiver alguma proposta que você
desconheça, pergunte ao instrutor.

1. Aparelho que prova que duas cargas elétricas de


mesmo sinal se repelem.
2. Gerador químico de energia que fornece corrente contínua.
3. Propriedade da corrente elétrica que é proporcional à tensão e
inversamente proporcional à resistência.
4. Diferença potencial entre dois pontos de um condutor.
5. Os geradores de energia elétrica são movidos por combustão nas
usinas (...).
6. Peça que, no chuveiro elétrico e no ferro de engomar, oferece grande
resistência à passagem da corrente elétrica, aquecendo-se muito.
7. Corrente elétrica na qual os elétrons fazem fluxo constante e no
mesmo sentido.
8. Certa dificuldade à passagem de elétrons
através de condutores.
9. Geradores de energia que fornecem corrente
alternada.
10. Mau condutor de eletricidade.
11. Corrente elétrica na qual os elétrons fazem
constante movimento de vaivém.
12. Elemento do átomo que tem carga negativa.

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Calcule e Responda:

(1) Qual a potência elétrica de uma lâmpada que, ao ser ligada em


uma tensão de 4 v, é atravessada por uma corrente elétrica de
intensidade 2 A?
P = E. I P = 4.2 P=8W

(2) Qual a intensidade da corrente elétrica através do filamento de


uma lâmpada de 60 V e 30 W de potência?
P = E. i i=P
E

I = 30 W i = 0,5 A
60 V

Revisão dos Conceitos Básicos de eletricidade

Agora pare, observe as ilustrações e revise tudo o que você


aprendeu sobre eletricidade. Numere as ilustrações de acordo com
os conceitos relacionados à esquerda.

(1) Molécula – Combinação de dois ou mais átomos ( )


(2) Átomo – A menor partícula em que um átomo pode ser ( )
dividido
(3) Núcleo – Parte central, pesada, do átomo, carregada ( )
positivamente
(4) Nêutron – Partícula neutra e pesada do núcleo, que se ( )
comporta como uma combinação de um próton e um elétro
(5) Próton – Partícula pesada do núcleo, carregada ( )
positivamente
(6) Elétron – Partícula muito pequena carregada ( )
negativamente, praticamente sem peso, e que gira em uma
órbita em torno do núcleo
(7) Corrente Elétrica – Movimento orientado de elétrons livres ( )
(8) Carga positiva – Deficiência de elétrons ( )
(9) Carga negativa – Excesso de elétrons ( )

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Aplicação da Lei de OHM

Observe alguns exemplos de cálculo de corrente

a) Cálculo da corrente

Muitas vezes precisamos calcular a corrente que flui em um circuito.


Isto pode ser feito, utilizando-se a Lei de OHM.

Exemplo 1
Qual a corrente que passa pela resistência de 5 ohms no circuito
abaixo?

Solução:

conhecemos R = 5 ohms
conhecemos E = 10 volts
como a corrente I é desconhecida, podemos usar diretamente a
expressão:
I = E/R = 10 volts/5 ohms = 2 ampère

b) Cálculo da resistência
Usando a LEI DE OHM podemos, também, determinar a resistência
do resistor ou de uma carga já existente no circuito. (Fig. 03)

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Exemplo 2
Para termos uma corrente de 3 ampères qual o valor da resistência
do circuito abaixo?

Solução:
conhecemos E = 9 volts
conhecemos I = 3 ampères

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Lição 4

Circuitos Elétricos

Para o exercício de sua profissão você


precisará daqui por diante, estudar com
muita vontade de aprender.

Tudo que apresentaremos a partir desta lição nº 04, fará parte do


cotidiano de sua vida como eletricista predial.

E por falar nisso, o que faz um eletricista predial? Que tipo


de serviço presta? Qual o seu mercado de trabalho?
Responda estas perguntas no retângulo abaixo:

O que será um Circuito elétrico?

Circuitos
Elétricos

Para poder ser utilizada, a energia elétrica deve ser conduzida


através de circuitos elétricos.

Um circuito elétrico compreende um gerador de energia elétrica, fios


condutores e aparelhos receptores. Para acendermos uma
lâmpada, por exemplo, ela precisa estar ligada a um circuito
elétrico.

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Vejamos então o que é uma lâmpada. Ela é formada por


um bulbo de vidro preenchido com um gás inerte.

Duas hastes metálicas sustentam um filamento de


tungstênio, que pode atingir temperaturas de até
3.000ºC, sem fundir. A corrente elétrica aquece o
filamento, que se torna incandescente e emite luz.

Então, circuito elétrico é todo percurso que


representa um caminho fechado a circulação de
corrente elétrica.

Para que possamos montar um circuito elétrico é


necessário que se tenha, basicamente, os seguintes
componentes: fonte geradora de eletricidade ou fonte de
alimentação, aparelho consumidor de energia ou
simplesmente carga e condutores.

Componentes do Circuito Elétrico

1. Fonte geradora ou de alimentação;


2. Aparelho consumidor ou carga;
3. condutor.

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Simbologia
Para facilitar o nosso estudo de circuito elétrico usaremos a
seguinte simbologia:

Podemos desenhar o circuito da Fig. 1 com a seguinte simbologia:

“E” é a letra utilizada para indicar a existência de uma tensão ou


d.d.p.
“I” é a letra utilizada para indicar a existência da corrente elétrica R1,
R2, e R3, simbolizam as resistências dos filamentos das lâmpadas.
Um circuito elétrico pode ter o seu caminho interrompido através de
um dispositivo de manobra que pode ser uma chave, um botão liga-
desliga ou interruptores.

1. Fonte
2. Dispositivo de manobra
3. Carga (Resistor)

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Tipos de Circuito

1. Circuito Série

Um circuito elétrico é chamado de série quando dois ou mais


elementos consumidores são conectados de tal forma que a mesma
corrente flui através de cada um dos elementos.

As resistências (lâmpadas) são percorridas pela mesam


corrente elétrica. A corrente flui por um só caminho.

Exemplo 1
No circuito série abaixo, uma das lâmpadas está com o filamento
queimado. O que acontecerá com as outras lâmpadas?

Resposta:

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2. Circuito Paralelo

Circuito paralelo é aquele em que existem pontes onde a corrente


se divide e segue caminhos diferentes. Observe abaixo:

Exemplo 2
O que acontecerá no circuito da figura abaixo com a chave a2
aberta?

Resposta:

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Pesquise em manuais de Eletrônica Básica ou pergunte ao


seu instrutor sobre:

a) O que é um Wattímetro?

b) Onde se usam células fotoelétricas?

Observe o desenho de uma lâmpada comum. Nomeie suas


partes de acordo com a indicação das setas:
De acordo com seus conhecimentos, a sua experiência de
trabalho, explique o que é um “curto circuito” (faça 3 linhas)

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O QUE APRENDEMOS:

Em circuitos elétricos aprendemos:

 O que é circuito elétrico;

 Componentes;

 Simbologia;

 Tipos de circuitos:
Circuito série;
Circuito paralelo;

 O que é Wattímetro?

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Lição 5

Materiais Condutores e Isolantes

Os tipos e as formas de materiais determinam a


intensidade de aplicação da energia. Vejamos como são
importantes.

Resistência
Elétrica

NATUREZA SECÇÃO
TRANSVERSAL
COMPRIMENTO
TEMPERATUR
A

MATERIAL

Cada tipo de material apresenta características diferentes de se


oporem à passagem de corrente elétrica.

A resistência elétrica de um certo material é variável e depende de


vários fatores tais como:

1º - comprimento do material;
2º - seção transversal do material (área);
3º - temperatura do material

Condutância

Termo utilizado para descrever a “facilidade” com que um


determinado material conduz a corrente elétrica.

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Resistividade

É a resistência oferecida por um material com um metro de


comprimento, 1mm2 de seção transversal e uma temperatura de
20ºC.

R=pxℓ
A

R: resistência em ;
p: (rô) resistividade do material em ;
ℓ: comprimento do material em (m);
A: seção transversal (área) do material em mm2.

Exemplo 1 – Qual a resistência de um fio de cobre a 20ºc, com


comprimento de 100 m e seção de 4 mm2

R=pxℓ/A
p = 0,017 .mm2/m
ℓ = 100 m
A = 4 mm2.
R = 0,017 x 100 / 4
R = 0,43 

Condutores Elétricos

São todos os materiais que devido a sua constituição interna


(átomo), possuem grande número de elétrons livres que podem
circular com facilidade no seu interior.

Quase todos os metais ou ligas metálicas (latão = cobre + zinco,


aço = ferro + carbono) são bons condutores elétricos pois
apresentam baixa resistência elétrica.

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Eletricista Predial
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Agora responda:

Dos metais apresentados no quadro o de maior e de menor


resistência elétrica?

Isolantes

São os materiais que devido a sua estrutura interna apresentam


dificuldades à circulação de corrente elétrica. Os isolantes possuem
elevada resistência elétrica e baixa condutância.

Principais materiais isolantes

 Borracha (usada na fabricação de isolamento de condutores);


 Baquelite (usada em tomadas, interruptores e chaves);
 Porcelana (usada na fabricação de isoladores, clites, roldanas
e bases de chaves);
 Mica (usada como isolante elétrico em locais
onde existem elevadas temperaturas).

Você acabou de conhecer a importância dos


condutores e isolantes elétricos.

Então, revisando seus conhecimentos analise as


situações e escreva respostas adequadas.

Situação A

 Um caminhão tanque transporta gasolina. Na parte traseira,


no pára-choque, há uma corrente amarrada que arrasta pelo
asfalto.

Qual a função dessa corrente?

Resp. _________________________________________________

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Eletricista Predial
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Situação B

 Os raios são muito potentes: podem derrubar árvores, destruir


prédios, provocar incêndios e matar. Não havendo pára-raios por
perto, em dias de tempestade as pessoas não devem lidar com
fios e aparelhos elétricos ou encanamentos metálicos. Além
disso, devem evitar o alto dos morros, os campos abertos, as
árvores isoladas e as cercas de arame.

Qual a função do pára-raios?

Resp. _________________________________________________

Solução:
Conhecemos E = 9 volts
Conhecemos I = 3 ampères

E
R = ------ = 9 volts/3 ampères = 3 ohms
I

Solução:
Conhecemos R = 5 ohms
Conhecemos E = 10 volts
Como a corrente I é desconhecida, podemos usar diretamente a
expressão:
I = E/R = 10 volts/5ohms = 2 ampère

b) Cálculo da resistência

Usando a LEI DE OHM podemos, também, determinar a resistência


do resistor ou de uma carga já existente no circuito.

40
Eletricista Predial
Eng. F. P. Holanda

Exemplo 2

Para termos uma corrente de 3 ampères qual o valor da resistência


do circuito abaixo?

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Eletricista Predial
Eng. F. P. Holanda

O QUE APRENDEMOS:

Em materiais condutores e isolantes aprendemos:

 O que é Resistência elétrica;

 Condutância;

 Resistividade;

 Condutores elétricos;

 Isolantes;

Na Lei de OHM aprendemos:

 Origem;

 Conceitos básicos;

 O que provoca a tensão;

 Como calcular a tensão;

 Como calcular a corrente;

 Como calcular a resistência.

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Eletricista Predial
Eng. F. P. Holanda

Lição 6
Corrente Alternada e Corrente Contínua

A cada lição você vai conhecendo e


aprendendo como a eletricidade é importante
e necessária na vida do homem.

Nesta lição estudaremos os principais aspectos de


Corrente Alternada e Corrente Contínua.

Para começar, o que você entende por:

Alternada:
_______________________________________________

_______________________________________________

Contínua:
________________________________________________

_______________________________________________

_______________________________________________

A corrente elétrica já foi definida, anteriormente, como o movimento


de elétrons livres em um condutor ligado a uma fonte e energia ou a
uma diferença de potencial.

Se essa d.d.p., mantiver a mesma polaridade a


corrente terá um único sentido, ou seja, será uma
CORRENTE CONTÍNUA.

Existe porém, um outro tipo de corrente elétrica que


alterna seu sentido de circulação nos condutores e,
por isso, é chamada de CORRENTE ALTERNADA.

43
Eletricista Predial
Eng. F. P. Holanda

Para o funcionamento dos circuitos internos da grande maioria dos


equipamentos eletrônicos a corrente utilizada é a CORRENTE
CONTÍNUA.
Entretanto a energia gerada pelas usinas elétricas é transmitida à
longas distâncias para os centros consumidores sob a forma de
CORRENTE ALTERNADA.

Geração de CA (Corrente Alternada)

Para que se entenda o processo de geração de CA é preciso


conhecer o seguinte fenômeno: se aproximarmos um fio condutor
de um pedaço de imã e movimentarmos o fio ou o imã ou ambos é
induzida no fio condutor uma tensão ou força eletromotriz.

Todo imã possui dois pólos: pólo norte e pólo sul. Quando o fio
condutor é movimentado em direção ao pólo norte a tensão
induzida possui uma certa direção (polaridade) e quando o
movimento do fio condutor é em direção ao pólo sul a tensão
induzida muda de direção (polaridade).

Quando o movimento do fio ou do imã é de cima


para baixo a corrente que circula no circuito é de
cima para baixo e a tensão induzida tem a direção

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Eletricista Predial
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(polaridade) indicada pela deflexão para o lado


direito do instrumento de medição.

Quando o movimento do fio ou do imã é de baixo para cima a


corrente que circula no circuito é de baixo para cima e a tensão
induzida tem a direção (polaridade) indicada pela deflexão para o
lado esquerdo do instrumento de medição.

A tensão induzida no fio condutor poderá se maior se:

 Aumentarmos a velocidade de deslocamento entre condutor e


campo;
 Aumentarmos a intensidade do campo magnético colocando
um imã mais potente;
 Aumentarmos o número de condutores. Na figura acima
observamos que o fio condutor dá 2 (duas) voltas (2 espiras)
sobre a imã. Se aumentarmos o número de voltas (espiras)
aumentaremos a tensão induzida.

Gerador de Corrente Alternada

Na figura anterior, o fio condutor de uma espiral está entre um pólo


norte e um pólo sul. Uma força externa movimentará a espira com o
sentido de rotação indicado pela seta.

Observe que o lado 1 da espira se movimentará em direção ao polo


sul e o lado 2 em direção ao polo norte.

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Quanto mais próximo estiver o fio condutor do imã será a


força eletromotriz (tensão) induzida.

Na posição em que a esfera se encontra, a tensão induzida é zero.


Como modelo a figura ilustra o processo de geração de corrente
alternada, utilizando uma espira de fio condutor girando no interior
de um campo magnético.

Na posição mostrada em (A) o movimento do condutor é paralelo às


linhas de força do campo e nenhuma f.em., é induzida.

Na posição (B) a tensão induzida é máxima


porque o condutor corta o campo exatamente, na
perpendicular.

Continuando a rotação para a posição mostrada


em (C) a tensão induzida vai decrescendo até se
anular novamente.

A partir da posição (C) o movimento da espira em relação ao campo


se inverte e a f.e.m, induzida passa a ser negativa, atingindo o
máximo (negativo) quando o plano da espira é paralelo ao campo e,
novamente, se anulando quando na posição (e) o plano é
perpendicular ao campo.

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Geração de Corrente Contínua

Quando introduzimos duas placas de determinados metais em uma


solução chamada eletrólito e que pode conduzir corrente elétrica
(ácido, água com sal, etc), ocorrerá uma reação química capaz de
produzir entre as placas uma tensão.

Na geração de eletricidade por ação química a tensão entre as


placas tem uma polaridade e a corrente elétrica circula em um só
sentido. A corrente que não varia é chamada de “corrente contínua”,
que graficamente podemos representar assim:

O T

Características da Corrente Alternada

 Freqüência
Observando a figura 4 verificamos que para completar um ciclo a
corrente realiza duas alternâncias.

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A freqüência da corrente alternada é o número de ciclos completos


realizados em 1 segundo e, portanto, é expressa em ciclos por
segundo.

A unidade de medida de freqüência é o HERTZ (Hz).

Assim a corrente alternada da rede de energia elétrica, no Brasil,


tem uma freqüência de 60 ciclos por segundo ou 60 Hz.

 Fase
Se dois geradores são ligados ao mesmo tempo e com a mesma
velocidade as correntes resultantes terão os valores nulos e de pico
atingidos nos mesmos instantes.

Dizemos, então, que as correntes estão em fase.

Quando não existir essa simultaneidade, dizemos que as correntes


estão defasadas ou fora de fase.

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Ief = 0,707 x Imáx


Ief – corrente eficaz
Imáx – corrente máxima ou de pico

 Vejamos se você aprendeu:

(1) Observe os gráficos abaixo e assinale (CC) para Corrente


Contínua e (CA) para Corrente Alternada.

( ______ ) ( ________ )

(2) Porque os passarinhos mesmo pousando sobre os fios,


condutores desencapados, não levam choques elétricos?

______________________________________________________

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O QUE APRENDEMOS:

 O que é uma corrente alternada;

 O que é uma corrente contínua;

 Geração de corrente alternada;

 Gerador de corrente alternada;

 Características da corrente alternada;

Freqüência
Fase.

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Lição 7

Noções de Magnetismo Aplicado a Eletricidade

Em 1920 um professor dinamarquês Hans Oersted


descobriu que, quando se estabelece uma corrente elétrica
em um fio, ocorriam deflexão em uma agulha magnética
colocada nas proximidades do circuito.

Oersted verificou, portanto que uma corrente elétrica é capaz de


produzir efeitos magnéticos. Exemplo de aplicação do magnetismo
na eletricidade: construção de imãs artificiais, tais como: solenóide,
eletroímã ou bobina magnética.

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Vejamos agora um pouco sobre MICHAEL FARADAY,


antes de passarmos para a etapa seguinte:

Físico e químico inglês. Os seus estudos sobre


eletricidade levaram-no à conclusão de que agentes
naturais de uma mesma força, não varia nos efeitos.

Em 1831 Faraday verificou que o efeito inverso, isto é, os


campos magnéticos podiam criar correntes elétricas.

Quando uma espira é movimentada dentro de um campo


magnético, aparece uma tensão entre os pólos a e b espira.

Um gerador de corrente alternada é constituído por campos


magnéticos que giram em volta das espiras.

Transformador:

Uma das características mais importantes de uma corrente


alternada está no fato de podermos elevar ou abaixar sua voltagem
usando um transformador, o qual consiste de um núcleo de ferro
com dois conjuntos de espiras isoladas (o primário e o secundário),
enroladas em torno do núcleo.

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Veja os esquemas das conecções das bobinas:

Tensão de linha = Tensão de fase E L = EF

Tensão de linha =  3 tensão de fase


EL =  3 EF

Potência monofásica em VA = EF x I
Potência trifásica em VA = 3 EL
EF é a tensão entre fase e neutro (V);
EL é a tensão entre fases (V);
I é a corrente (A).

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Impedância

Vimos que em corrente contínua, somente a resistência


se opõe ao deslocamento das cargas elétricas nos
condutores.
 Já em corrente alternada, pelo fato de haver oscilações nos
valores das grandezas (correntes e tensões), resulta uma
outra oposição ao deslocamento das cargas que é chamada
de impedância.
 Se em um circuito temos enrolamento, tais como: motores,
transformadores, reatores resulta uma reatância indutiva.
 Se em um circuito temos capacitores, resulta uma reatância
capacitiva.
A unidade de medida da indutância é o Henry (h) e a unidade de
medida da capacitância é o Farad (f).

Indutor

É constituído de uma bobina à qual ao ser atrevassado por uma


corrente elétrica produz uma indutância (campo magnético) medida
em Henry.

Capacitor

É constituído de duas placas condutoras separadas por um


isolamento, à qual ao ser aplicado uma tensão elétrica produz uma
capacitância medida em faraday.

Vejamos se você realmente aprendeu alguma coisa, defina abaixo o que


seja:

Imãs artificiais: _____________________________________________


_____________________________________________

Campo magnético: __________________________________________


__________________________________________

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Lição 8

Circuito Monofásico / Trifásico

Nesta lição você conhecerá a diferença entre o circuito


monofásico e o trifásico.

Circuito
Trifásico

Uma maneira técnica e economicamente viável de se gerar e


transmitir energia elétrica aos grandes centros consumidores é
através de circuitos trifásicos (a três fios).

A energia elétrica é transmitida em longas distâncias em alta tensão


para diminuir as perdas de energia nos fios (cabos) condutores de
correntes elétricas.

Cada fio de um sistema trifásico de corrente alternada é


chamado de “FASE”.

55
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Os transformadores trifásicos da rede de distribuição têm a sua


baixa tensão ligada em estrela.
O ponto comum ou o centro da estrela é aterrado, isto é, no centro
da estrela é ligado um fio condutor e este é conectado a uma haste
de cobre enterrada.
Este centro estrela é chamado de fio neutro.

A tensão entre duas quaisquer fases é 380 V, e entre


qualquer fase e neutro é 220 V.

Se a energia gerada e transmitida a grandes distâncias, em alta


tensão, chegasse em nossa residência dessa forma, seria muito
perigoso.

Por isso perto do centro consumidor é colocado o transformador


que tem a função específica de transformar a lata tensão em baixa
tensão.

O consumidor poderá utilizar a energia elétrica nas formas de


acordo com as normas estabelecidas pelas empresas
distribuidoras.

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Você acabou de saber a importância de um transformador


na distribuição de energia.

Então, responda com suas palavras:

(1) O que é Fase?

Resp.
___________________________________________________

(2) Qual a função de um transformador?

Resp.
___________________________________________________

Você sabe como proceder para instalar um circuito trifásico?


Telefone para COELCE – 120 e pergunte como proceder. Anote
nas linhas abaixo. Comente com seus colegas de curso.

(3) O que é um curto-circuito?

______________________________________________________

_______________________________________________

Eu e Minha Prática

Você já teve acesso a todos os conhecimentos básicos de


Eletricidade, necessários ao exercício de sua profissão.

Agora você conhecerá todos os elementos que


compõem os diversos sistemas de iluminação
artificial.

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Antes de começarmos, conheça um pouco de história:


Durante muitos séculos, o Sol foi a única fonte de luz de nosso
planeta, até que o homem descobriu o fogo, conseguindo, assim,
iluminar o interior das cavernas e mesmo o exterior, à noite.]

Depois do fogo, outras fontes de luz foram sendo descobertas e


aperfeiçoadas, até que Thomas Alva Edson inventou a lâmpada
elétrica, há aproximadamente 100 anos.

Então, foi graças a Thomas Edson que hoje pudemos


iluminar artificialmente do objeto ao ambiente.

Vamos conhecer melhor lâmpadas e luminárias!

Iluminação

Lâmpadas e Luminárias

Você seria capaz de definir o que é a luz? Anote no


retângulo abaixo.

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Agora, pergunte ao seu instrutor o conceito de luz e compare com o


que você escreveu.

Pense numa lâmpada, bem simples, dessas que usamos na nossa


casa. Desenhe-a no quadro abaixo (você pode “pescar” pela
ilustração do exercício na lição de circuitos).

Faça um desenho ampliado, com todos os componentes.

A lâmpada que você desenhou tem componentes que precisam ser


estudados e compreendidos minuciosamente.

São esses os Componentes:

 Filamento: condutor espiralado que é aquecido e levado à


incandescência pela passagem da corrente elétrica;

 Marcação: onde se indica o fabricante, tensão e


potência;

 Suportes: geralmente de fios de molibdênio e têm


por finalidade manter o filamento na devida posição;

 Haste Central: é a peça interna de vidro, associada a partes


metálicas, cuja finalidade é suportar o filamento, consta de:
flanges, tubo de exaustão, cana, suportes, eletrodos e filamentos;

 Disco defletor: funciona como defletor de calor, geralmente


nas lâmpadas acima de 300 Watts;

59
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 Base: tem por finalidade fixar mecanicamente a lâmpada em


seu suporte e completar a ligação elétrica ao circuito de
alimentação;

 Cimento: massa especial colocada internamente na borda da


base, cuja finalidade é fixá-la no bulbo depois de aquecida.;

 Solda: liga especial de chumbo e estanho que recobre as


extremidades dos eletrodos externos;

 Bulbos: tem por finalidade principal, separar o meio interno,


onde opera o filamento, do meio externo e diminuir a luminância
da fonte de luz.

Tipos de Bulbo

Observe alguns tipos de bulbo, de acordo com diferentes


tipos de lâmpadas.

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Base

É o elemento de conexão com o sistema a que está aplicado. São


feitas de alumínio ou latão e apresenta três tipos principais
conforme figura abaixo. A inicial.

E significa a base tipo rosca; a inicial B é tipo baioneta e a inicial T é


do tipo pino. Os números após as letras significam o diâmetro em
mm.

Característica de operação

A escolha de uma lâmpada deve ser feita em função de sua vida útil
e do rendimento. Sobretensões resultam em alto iluminamento,
porém vida curta; subtensões resultam baixo rendimento, baixo
iluminamento, porém vida mais longa.

61
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Lâmpada Fluorescente e Funcionamento

A lâmpada fluorescente utiliza a descarga elétrica através de um


gás para produzir energia luminosa. Consiste de um tubo de vidro
em cujo interior é introduzido um gás raro (argônio) e vapor de
mercúrio.

As paredes internas do tubo são pintadas com materiais


fluorescente e as extremidades são de eletrodos metálicos,
normalmente de TUNGSTÊNIO.

Para o funcionamento da lâmpada fluorescente são indispensáveis


dois equipamentos auxiliares: “starter” e “reator”, conforme
esquema mostrado na figura abaixo.

Fechando-se o interruptor a corrente segue o caminho assinalado


pelas setas. Os eletrodos da lâmpada são aquecidos e inicia-se a
descarga “Glow” entre os contatos do “Starter”.

A descarga aquece os elementos bimetálicos fechando os contatos.


Após o fechamento cessa a descarga e segue-se um rápido
esfriamento dos contatos e a sua abertura.

Essa abertura provoca uma sobretensão entre as extremidades do


reator capaz de produzir uma descarga entre os dois eletrodos com
a ionização dos gases no interior da lâmpada, estabelece-se um
circuito fechado com o fluxo de corrente entre eletrodos.

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Tipos de Lâmpadas Fluorescentes

Podemos classificar as lâmpadas


fluorescentes conforme a temperatura
utilizada para aquecer o cátodo.

a) Lâmpada de cátodo quente preaquecida.


É o tipo já descrito anteriormente.

b) Lâmpada quente de partida instantânea.


Difere da anterior, apenas, porque não necessita de elemento
para dar partida (Starter).

Esta corrente devido à aplicação de uma tensão mais elevada, que


é reduzida à medida que a lâmpada atinge o regime de trabalho. A
sua vida útil é menor do que a anterior.

c) Lâmpada de cátodo quente de partida rápida.


Semelhante ao tipo preaquecido, porém, com um filamento
especial.

Utiliza um auto-indução auxiliar, em vez do “Starter”, para


provocar o aquecimento do filamento.

Esta opção dura apenas um segundo e após a partida o


filamento continua aquecido com uma pequena corrente.

d) Lâmpada de cátodo frio.


O eletrodo é constituído de um pequeno eletrodo.

A lâmpada acende instantaneamente com a tensão aplicada aos


eletrodos e não necessita do interruptor térmico (“Starter”).

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Vida das Lâmpadas Fluorescentes

A vida média das lâmpadas


fluorescentes comuns é de cerca de
7.500 horas.

Vantagens e Desvantagens das Lâmpadas


fluorescentes:

Vantagens:

a) Rendimento maior do que o das lâmpadas incandescentes,


isto é, com a mesma potência obtemos mais luminosidade;

b) Baixa irradiação de calor e menor índice de aquecimento


ambiental;

c) Menor consumo de energia (uma conseqüência das


vantagens citadas acima);

d) Agradável, aproximando-se da iluminação obtida das fontes


naturais.

Desvantagens:

a) Custo inicial de instalação maior do que o das


lâmpadas incandescentes;

b) O zumbido característico produzido pelo reator e


que pode perturbar ambientes silenciosos;

Obs.: O zumbido pode ser amortecido através de providências


adequadas perfeita fixação dos elementos para que não entrem em
vibração; montagem do reator sobre uma placa de borracha ou
outros materiais amortecedores; utilização de material de boa
qualidade;

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c) O efeito estroboscópio produzido pela iluminação intermitente em


um corpo que se movimenta.

Lâmpada a Vapor de Mercúrio

Utiliza princípios semelhantes ao das lâmpadas fluorescentes, ou


seja, descarga elétrica através de gases.

Basicamente consiste de um bulbo de vidro que


contém em seu interior um tubo de arco no qual se
produzirá o efeito luminoso. O bulbo externo
destina-se a suportar os choques térmicos.

O tubo de arco atualmente é fabricado em quartzo,


material mais apropriado a resistir às elevadas
temperaturas e pressões e de melhor luminosidade.

Funcionamento

A lâmpada à vapor de mercúrio possui, dentro do tubo de arco,


mercúrio e pequena quantidade de argônio que, depois de
vaporizados, comunicam ao ambiente interno alta pressão.

A vaporização do mercúrio processa-se da seguinte maneira:

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Fechando o interruptor I, uma tensão suficiente para a partida é


aplicada entre o elétrodo principal e o eletrodo auxiliar, formando-se
um arco elétrico.
Este arco ioniza o argônico e vaporiza o mercúrio. O vapor de
mercúrio formado possibilita o aparecimento de um arco entre os
eletrodos principais e o impacto dos elétrons do arco com os
átomos de mercúrio libera energia luminosa.

Características das Lâmpadas VM

 Bulbo
Podemos encontrar lâmpada tipo Bulged-tubular (BT) e Refletor (R).

 Potência
São fabricadas normalmente nas potências de 100, 175, 250, 400,
700 e 1.000 Watts.

 Luz emitida
Quanto a cor da luz emitida, as lâmpadas VM podem ser claras
(coloração azul-esverdeada) ou de cor corrigida. A cor clara é
própria para aplicações em que não haja necessidade de distinguir
detalhes, como por exemplo, na iluminação de ruas, postos de
gasolina, etc. Para aplicações industriais e comerciais há
necessidade de usar lâmpadas de cor corrigida nas quais o bulbo
externo é recoberto com pintura fluorescente.

 Vida útil
A vida útil de uma lâmpada de VM é da ordem de 18.000h.

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Luminárias

Para a escolha da luminária, temos que levar em conta o tipo de


instalação a ser iluminada: Comercial, Industrial, Domiciliar,
Decorativa, Esportiva, etc.

As luminárias fluorescentes são constituídas por: calha,


receptáculos, difusor e acessórios de fixação.

Podem ser embutidas, pendente, diretamente na superfície.

Testando sua aprendizagem

Vamos iniciá-lo na vida profissional de


eletricista predial numa situação
imaginária.

Faz de conta que você foi chamado a fazer uma instalação elétrica
num apartamento de um casal.

Seus clientes são: uma professora que sempre tem cadernos para
corrigir à noite e um técnico de computador que, além de trabalhar
numa empresa, faz serviços particulares de digitação em casa.

O apartamento é pequeno, tem apenas os seguintes


compartimentos: uma sala de estar, uma pequena varanda,
cozinha, lavanderia, dois quartos (uma suíte), um banheiro social e
dependência de empregada.

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Que tipos de lâmpadas luminárias você utilizará em cada


dependência?
Justifique suas respostas.

a) Varanda (3 linhas);
b) Sala de Estar (3 linhas);
c) Cozinha (3 linhas);
d) Lavanderia (3 linhas);
e) Quartos (3 linhas);
f) Banheiros (3 linhas);
g) Dependência de empregada (3 linhas).

O QUE APRENDEMOS:

Em noções de magnetismo aplicado a eletricidade aprendemos:

 Sua história;

 O que é transformador;

 Impedância;

 Indutor;

 Capacitor;

 Imãs artificiais;

 Campo magnético.

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Lição 9

Iluminação

Equipamentos
Auxiliares

Starter

É um dispositivo usado para dar partida no processo de ionização


das lâmpadas fluorescentes. Consiste de uma ampola contendo gás
néon e dois contatos: um fixo e um móvel.

O contato móvel é bimetálico: quando aquecido encosta no contato


fixo e quando esfria desfaz o contato.

Reator

Consiste basicamente de um núcleo de lâminas de


aço especial, coladas e soldadas e de uma bobina
de fio de cobre esmaltado para produzir a alta
tensão.

Você saberia explicar porque algumas vezes quando a lâmpada


fluorescente “queima”, exala um cheiro forte quase nos sufocando?

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Eletricista Predial
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O QUE APRENDEMOS:

Em iluminação aprendemos que os equipamentos básicos são:

 Starter e

 Reator.

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Eng. F. P. Holanda

Lição 10
Potência Elétrica

Medida e Cálculo de Potência Elétrica

Quando se fornece energia elétrica a uma carga,


esta utiliza a energia para realizar trabalho.

Sempre que uma tensão faz com que elétrons se movam, realiza-se
um trabalho.

O termo “potência”, como já vimos, é usado para descrever a


velocidade com que esse trabalho pode ser realizado, ou, ainda, o
consumo de energia de uma carga.

É importante observar que, em eletricidade, o trabalho


realizado por uma carga pode ser útil – como no caso do
movimento de um motor elétrico – ou pode ser perdido
como por exemplo, o aquecimento dos fios de ligação de
um circuito elétrico.

Neste último caso o trabalho não é aproveitável e


dizemos que a potência está sendo dissipada.

Em um sistema elétrico a Potência está relacionada com o trabalho


realizado quando existe um fluxo de corrente em um circuito.

A potência elétrica pode ser calculada pela fórmula:

Potência = Tensão x Corrente


P=ExI
Ou então:
E = P e ainda: I = P
I E
A unidade de potência elétrica é o WATT (W)

71
Eletricista Predial
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Você sabe de onde vem a palavra Watt?

James Watt foi um físico e engenheiro escocês que viveu de 19-1-


1736 a 25-8-1819.

Inventor da moderna máquina a vapor e que teve, como


homenagem, seu nome ligado à unidade de potência – o Watt.

A lei de Ohm estabelece relações entre tensão, corrente e


resistência. Podemos expressar a potência desenvolvida em uma
resistência da seguinte maneira:

P = E2 ou P = R x I2
R

Vejamos agora, alguns exemplos de aplicações de potência


elétrica?

Ex.: 1 – Uma corrente de 3 A flui através de uma lâmpada de


automóvel quando submetida a uma tensão de 12 V (tensão de
bateria de um automóvel) em seus terminais.

Qual é a potência dissipada pela lâmpada?

Solução:

P=ExI
E = 12 V
I=3A
P = 12 x 3 = 36 P = 36 W

Ex.: 2 – Qual a corrente que fluirá por uma lâmpada de 100 Watts
ligada em uma linha de 125 V?

Solução:

P=ExI ou I=P/E
P = 100 W
E = 125 V
I = 100 / 125 = 0,8 = I = 0,8 A

72
Eletricista Predial
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Energia Elétrica

O céu cinzento e carregado de nuvens escuras é riscado, de


repente, pelo traçado irregular e apavorante do raio.

A imensa descarga elétrica atravessa o espaço, com sua


extraordinária velocidade, numa demonstração da espetacular
energia da Natureza, nascida da diferença de potencial elétrico
entre as nuvens ou entre as nuvens e o solo.

Mas o que é eletricidade? Que interessante fenômeno é esse que


ocorre na Natureza e que o homem, através do estudo e das
pesquisas científicas, aprendeu a produzir e utilizar, empreendendo
um admirável desenvolvimento à tecnologia, à indústria, ao bem-
estar e ao progresso da civilização?
Cidades inteiras se iluminaram, máquinas complexas surgiram e o
conforto no lar se tornou uma realidade, desde a invenção da pilha
de Volta, do dínamo e da lâmpada elétrica.

É o que será Energia elétrica?

Energia elétrica é a quantidade de potência


desenvolvida em um dado intervalo de tempo.

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A Origem do Nome Eletricidade

Você já viu um pente de âmbar? O âmbar é uma resina amarela,


semitransparente, retirada de vegetais fósseis e muito usada no
fabrico de utensílios domésticos.

Pois, então, pegue um pente de âmbar, atrite-o contra uma


lã ou passe-o várias vezes nos cabelos. Depois, aproxime-
o de pequeninos pedaços de papel. Você verá que o pente
vai atrair os pedacinhos de papel.

Na Grécia antiga, o âmbar era muito usado na tecelagem de


fazendas, como bobinas, para enrolar os fios. Roçando
constantemente essas bobinas (carretéis) nas saias das fiandeiras,
o âmbar das bobinas começava a atrair pequenas partículas ou
mesmo os pêlos dos braços das fiandeiras.

Esse fenômeno chamou a atenção dos filósofos da época. Thales,


um sábio daquele tempo, fez experiências e comprovou esse fato.

Como, naquela ocasião, o âmbar era conhecido na Grécia pelo


nome de eléktron, foi dado ao fenômeno o nome de eletricidade,
que quer dizer “características do eléktron”.

Em eletricidade, mede-se a energia elétrica em quilowatt hora


(KWh)

1 KW = 1.000 W
1 h = 3.600 s

Observem o exemplo

Se a energia elétrica custa R$ 0,12 o quilowatt/hora, quanto


custará o uso de lâmpada de 100 W sabendo-se que a mesma
permanece ligada 2 horas por dia durante 30 dias?

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Solução:

Energia = Potência x Tempo


Potência = 100 Watt = 0,1 KW Tempo = 2 h x 30 d = 60
horas
Energia = 100 x 60 = 6 Kwh Custo = 6 Kwh x R$ 0,12 / Kwh = R$
0,72

Exercícios Propostos

1. Encontramos na placa de identificação de um aparelho elétrico os


seguintes dados: 480 W – 120 V. Qual a corrente elétrica
consumida por esse aparelhos? R =

2. Em um condutor, a ddp entre dois pontos é de 10 V e a corrente


que o atravessa, 2 A. Qual a potência dissipada por esse
condutor? R =

3. Em um aparelho elétrico. Lê-se: 600 W – 120 V em sua placa de


identificação. Qual a energia elétrica (Kwh) consumida por esse
aparelho em 5h? R =

4. Se a energia elétrica custar R$ 0,12/Kwh, quanto custará a


operação de um aparelho de televisão que consome 300 W, se
o mesmo operar 10 h durante 30 dias? R =

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O QUE APRENDEMOS:

Em potência elétrica estudamos:

 Medida e cálculo de potência elétrica;

 Energia elétrica;

 A origem do nome eletricidade e sua história;

 Quem foi James Watt.

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Lição 11

Normas Técnicas: NT 001/88 - COELCE

RESUMO DAS PRINCIPAIS DETERMINAÇÕES


1. CONSUMIDOR: Será assim considerada a pessoa física ou
jurídica legalmente representada que ajusta com a COELCE
fornecimento de energia elétrica e ficar respondendo por todas
as obrigações regulamentares e/ou contratuais.

2. POSTE DE JARDIM: Poste instalado nos limites da propriedade


do consumidor, às suas custas, com a finalidade de fixar, elevar,
desviar o ramal de ligação, ou instalar o ponto de entrega.

3. PONTALETE: Suporte instalado em estrutura situada no terreno


do consumidor, às suas custas. A finalidade do pontalete é fixar
e elevar o ramal de ligação aéreo e o ponto de entrega.

4. CAIXA DE MEDIÇÃO: caixa lacrável, destinada à instalação


do(s) medidor(es) e seus acessórios.

5. DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO: Equipamento destinado a


proteger os condutores e demais equipamentos da unidade
consumidora contra sobrecarga e curto-circuito.

6. ATERRAMENTO: Ligação à terra de todas as partes metálicas


não energizadas de uma instalação incluindo o NEUTRO da
rede e instalação.

7. POTÊNCIA INSTALADA: É a soma das potências nominais de


todos os aparelhos, equipamentos e dispositivos instalados nas
dependências do consumidor, os quais, em qualquer tempo,
podem consumir energia da COELCE.

8. LIGAÇÃO PROVISÓRIA: É aquela cujo fornecimento se destina


a obra que venha posteriormente a dar origem a uma ou mais
unidades consumidoras permanentes ou definitivas.
Ex.: Canteiros de Obras.

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9. LIGAÇÃO TEMPORÁRIA: É aquela cujo fornecimento é feito


por tempo determinado e cessa com o encerramento das
atividades desenvolvidas na unidade consumidora.

10. ENTRADA DE SERVIÇO: É o trecho do circuito com toda infra -


estrutura adequada à ligação, fixação, caminhamento,
sustentação e proteção dos condutores, que vai do ponto de
derivação da rede, até a medição do consumidor.

11. PONTO DE LIGAÇÃO: É o ponto da rede da COELCE do qual


deriva o ramal de ligação.

12. RAMAL DE LIGAÇÃO: É o trecho do circuito aéreo


compreendido entre a rede de distribuição secundária da
COELCE e o ponto de entrega. Prescrições técnicas:
a) Ser de montagem aérea e ao tempo;
b) Os condutores deverão ser escolhidos pela COELCE;
c) A separação mínima entre os condutores deverá ser de 0,20 m;
d)O isolamento mínimo requerido é de 750 V;
e) Não serão permitidas emendas nos condutores;
f) Os condutores devem ser instalados de maneira que no ponto
mais baixo, devem ter as seguintes alturas em relação ao solo:
- 5,50 m quando cruzar avenidas, ruas ou entradas de garagem de
veículos pesados;
- 4,50 m quando cruzar entrada de veículos leves;
- 3,50 m quando cruzar apenas passagem de pedestres.
g) Deverá entrar preferencialmente pela frente do terreno;
h) Não deve cruzar terrenos de terceiros, exceto em conjuntos
habitacionais populares;
i) O ramal de ligação pode atender a mais de uma unidade
consumidora com ramais de entrada independentes;
j) Deverá ter distância mínima de 1,20 m de janelas, sacadas,
escadas, terraços, etc.;
l) Deverá partir do poste da rede secundária de distribuição mais
próximo do ponto de entrada e não exceder 30 m de
comprimentos.

13.PONTO DE ENTRADA: É o ponto até o qual a concessionária


se obriga a fornecer energia elétrica, com participação nos
investimentos necessários, responsabilizando-se pela execução
dos serviços de construção, operação e manutenção.

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NOTAS: A) POSTE DE JARDIM: Tipos aceitos pela COELCE:


- Concreto armado tipo “T” 75 daN
- Concreto armado duplo “T” 100 ou 150 daN
- Concreto armada quadrado de 12x12cm 100 daN
- Cano de amianto ou PVC de 4” com enchimento
de concreto armado 75 daN
- Cano de liga de alumínio de 4” 75 daN
OBS.: Os postes confeccionados no local devem conter a armadura
com 4 ferros de no mínimo 3/16”, espaçados de 6 cm.
O engastamento do poste deve ser de acordo com a seguinte
fórmula:
E = 0,6 m + ALTURA DO POSTE EM METRO / 10 m
B) PONTALETE: Deve ter o comprimento máximo de 1,8 m com
engastamento mínimo de 0,6 m em coluna de alvenaria ou viga.

14. RAMAL DE ENTRADA: É o conjunto de condutores, com


respectivos materiais necessários à fixação e interligação
elétrica, do ponto de entrega à medição. Pode ser aéreo ou
subterrâneo, sendo que:
a) Deverá ser construído pelo interessado;
b) Não é permitido a travessia de via pública;
c) O comprimento dos condutores deve ser de no máximo de 20 m;
d) O eletroduto de decida deverá ficar acima da armação
secundária.

RAMAL AÉREO:
* O eletroduto deverá ser embutido ou firmemente fixado por meio
de fitas, braçadeiras ou armação;
*A extremidade externa do eletroduto deverá ser protegida com
cachimbo ou similar afim de evitar a entrada de água;

RAMAL SUBTERRÂNEO:
* Deverá derivar, obrigatoriamente, do poste de jardim;
* O eletroduto de descida em poste deve ser de aço zincado ou de
PVC rígido com proteção mecânica adequada até uma altura
mínima de 2,0 m acima do piso e firmemente fixado;
* Será permitida a utilização de caixa de passagem (30 x 30 x 50
cm) na base do poste ou uma curva de 90 graus com
profundidade mínima de 0,30 m.
15.MEDIÇÃO:
a) A medição de energia deve ser em um só ponto;

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b) Os equipamentos de medição serão instalados e fornecidos pela


COELCE;
c) As caixas de medição e proteção poderão ser ao tempo ou
abrigadas;
d) Somente poderá ser utilizado quadro de madeira em casas de
taipas ou similares;
e) O centro do visor da caixa do medidor deverá ficar a uma altura
do solo entre 1,50 a 1,60.
16. LOCALIZAÇÃO DA MEDIÇÃO:
* Deverá ser localizada na propriedade do consumidor, em local de
fácil acesso, o mais próximo do ponto de entrega e não ficar
afastada mais de 15 m do limite do terreno particular com a via
pública;
* Poderá ser instalada no muro frontal do terreno ou em poste
dentro dos limites da propriedade do consumidor;
* Não serão aceitos locais com má iluminação e sem condições de
segurança;
* Quando houver consumidores em prédios de fundos, dentro do
mesmo lote, as medições poderão ser agrupadas com
identificação da unidade consumidora através de plaquetas
metálicas ou acrílicas.
17. PROTEÇÃO GERAL:
* Toda instalação deverá ser equipada com um disjuntor
termomagnético, instalado na caixa do medidor. No caso de
caixa de uso externo é permitido a instalação da proteção geral
internamente à propriedade em caixa padronizada a 3 metros
da caixa de medição.
18. ATERRAMENTO:
* Toda unidade consumidora deverá ter o condutor neutro de suas
instalações internas individualmente aterrado;
* O ponto de ligação do Neutro ao condutor de aterramento deverá
está localizado no quadro de medição;
* O condutor de terra será de preferência de cobre crú, sem
emendas e o mais curto e retilíneo possível e ser protegido por
eletroduto;
* Formas de aterramento:
- Haste de aço cobreada 9 mm x 1,0 m de comprimento;
- Cantoneira em L de aço zincado 20 x 30 x 3 mm com 1,20 m de
comprimento.
* O ponto de conexão do condutor de terra com o eletrodo de terra
deverá ser feito através de conectores apropriados e acessível à
inspeção.

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TABELA I - Dimensionamento da Entrada, Pontalete e Poste Auxiliar

Unidades Consumidoras Ligadas em Redes Aéreas de Distribuição.


Ramais de Ligação Eletroduto de Corrente
Diâmetro do Esforço
e Entrada PVC Rígido Condutor Máxima
Carga Pontalete de Mínimo do
Tipo de Isolado Diâmetro Mínimo de do
Instalada Concêntrico Aço Zincado Poste
Fornecimento (*) Nominal Aterramento Disjuntor
(kw) (Pol.) Auxiliar
(mm²) Geral
(mm²) (Pol.) (mm) (daN)
(A)
Até 2,5 4 6 ³ /4 25 6 15 1 75
2,6 a 5 4 6 ³ /4 25 6 30 1 75
Monofásico
5,1 a 7,5 4 10 ³ /4 25 10 40 1 75
7,6 a 10 6 10 ³ /4 25 10 50 1 75
Até 10 4 6 1 32 6 30 1 75
Bifásico
10,1 a 20 6 10 1 32 10 50 2 75
Até 20 6 6 1.¹/2 50 6 35 - 75
20,1 a 30 10 10 1.¹/2 50 10 50 - 75
Trifásico 30,1 a 40 - 16 1.¹/2 50 16 70 - 100
41,1 a 50 - 25 1.¹/2 50 16 90 - 150
50,1 a 75 - 35 1.¹/2 50 25 100 - 300

NOTAS:
(1) A seção do condutor neutro deve ser igual a do(s) condutor(es) fase:
(2) Os condutores do Ramal de Entrada devem ser isolados com cobertura (1,0 kV)
quando o eletroduto de descida for aço zincado:
(3) (*) Para seções a partir de 10 mm² é obrigatório o uso de cabos.

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NOTAS: (1) A seção do condutor neutro deve ser igual a do(s)


condutor(es) fase;
(2) Os condutores do Ramal de Entrada Subterrâneo
devem ser isolados com cobertura (1,0 KV), quando o
eletroduto de descida for de aço zincado
(3) Para seções à partir de 10 mm2 é obrigatório o uso de
cabos.

Corrente máxima do Disjuntor Termomagnético


(Temperatura compensada) para proteção de cabos

Cabo cobre
1,5 2,5 4 6 10 16 25
(mm2)
Disjuntor (A) 15 25 30 40 50 70 90

Quanta informação obteve agora, heim?

Todas elas tão importantes que devem se tornar inesquecíveis


para você.

Destaque nos retângulos abaixo, quatro normas que você considera


mais importantes dentre as que estudou estabelecidas pela
COELCE.

Você sabe o que significa a sigla COELCE? Interprete-a e


escreva nas linhas que se seguem.

______________________________________
______________________________________
______________________________________

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ILUSTRAÇÃODOS DIVERSOS TIPOS DE SITUAÇÃO DAS UNIDADES


CONSUMIDORAS

Observe cada uma das ilustrações que se seguem para


compreender os diversos tipos de situação das unidades
consumidoras.

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ELEMENTOS COMPONENTES DA ENTRADA

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RAMAL DE ENTRADA SUBTERRÂNEO

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RAMAL DE LIGAÇÃO - ALTURAS MÍNIMAS ENTRE CONDUTOR E SOLO


ANCORAGEM EM ELETRODUTO COM ISOLADOR ROLDANA.

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RAMAL DE LIGAÇÃO – DETALHE

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RAMAL DE LIGAÇÃO - ALTURAS MÍNIMAS ENTRE CONDUTOR E SOLO


ANCORAGEM EM ALVENARIA COM ISOLADOR ROLDANA.

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RAMAL DE LIGAÇÃO MÍNIMAS ENTRE CONDUTOR E SOLO


ANCORAGEM EM PONTALETE COM ISOLADOR ROLDANA

O QUE APRENDEMOS:

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Nas normas técnicas NT 001/2001 COELCE aprendemos:

 Determinações principais

 Dimensionamento do Ramal de entrada através do uso da


Tabela I - dimensionamento de Eletroduto, Pontaletes e
Postes de Jardins.

 Ilustração dos diversos tipos de situações das unidades


consumidoras

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Lição 12

Dimensionamento de Condutores

Tipos de
Condutores

Todo metal é condutor de corrente


elétrica, entretanto, alguns conduzem
melhor que outros, ou seja, alguns
oferecem menor resistência à
passagem da corrente elétrica.

A resistência de um condutor é
diretamente proporcional ao comprimento do condutor e
inversamente proporcional a sua seção transversal.

R=Pℓ/s
Unidade
R = Resistência do condutor 
P = Resistividade (varia com o material empregado)  mm2/m
ℓ = Comprimento do condutor m
s = Seção (área) transversal do condutor

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Os metais mais usados para condução de energia elétrica são:

Prata: Utilizada em pastilhas de contato de contatores e


relés. Resistividade: 0,016  mm2 a 20º C.

Cobre: Utilizado na fabricação de fios em geral e


equipamentos elétricos (chaves, interruptores, tomadas, etc).
Resistividade: cobre duro: 0,0172  mm2 /m.

Bronze: Liga de cobre e estanho, utilizada


em equipamentos elétricos e linhas de tração
elétrica (bondes, etc).
Resistividade: (bronze silício): 0,0246  mm2
/m a 20ºC.

Latão: Liga de cobre e zinco, utilizada em aparelhagem


elétrica.
Resistividade: aproximadamente a mesma do cobre.

Alumínio: Utilizado na fabricação de condutores para linhas


e redes, por ser mais leve e de custo mais baixo. Os fios e
cabos de alumínio podem se apresentar de duas maneiras:

CA – alumínio puro
CAA – alumínio enrolado sobre um fio ou cabo de aço (alma de aço)
Resistividade: 0,028  mm2/m.

Os fios e cabos utilizados em instalações elétricas podem ser de


alumínio ou cobre, com isolação normalmente feita por materiais
plásticos ou equivalentes.

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De acordo com o tipo de isolante utilizado os condutores


podem ser:

Tipo de Isolação Características


condutor
Vo / V T ºC
PVC/A Cloreto de polivinila 0,6/1 70
PVC/B Cloreto de polivinila 12/20 70
PE Polietileno termoplástico 12/20 70
EPR Borracha Etileno] 27/35 90
Propileno
XLPE Polietileno reticulado 27/35 90
quimicamente

Onde:

Vo = tensão entre o condutor e a terra (kV)


V = tensão entre condutores (kV)
T = temperatura máxima de operação contínua (ºC)

Construtivamente os condutores podem ser formados por um único


fio sólido, nas seções menores (até 16 mm2), ou por um
encordoamento de fios, formando um cabo.

Sobre o condutor assim formado é aplicado uma


camada de isolação, seja por termoplásticos
como PVC e o PE seja por termofixos
(vulcanização) como o EPR e o XLPE.

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Essa camada de isolação pode ser simples (isolamento) ou


dupla (isolamento + cobertura).

É conveniente aqui estabelecer-se a diferença entre os termos


isolação e isolamento. “Isolação” é um termo quantitativo referindo-
se ao produto que envolve o condutor e “Isolamento” quantitativo,
referindo-se à tensão para a qual o condutor foi projetado.

Os condutores isolados podem ser de dois tipos:

a) Para instalação embutidas;


b) À prova de tempo para serem usados somente em instalações
aéreas, uma vez que a sua isolação não tem a
resistência mecânica necessária para a utilização
em dutos.

A escala de fabricação dos condutores adotada no


Brasil é a “série métrica” onde os condutores são
representados pela sua seção transversal (área) em
mm2.

Normalmente são fabricados condutores de 0,5 mm2 à 500


mm2.

As normas brasileiras só admitem, nas instalações residenciais, o


uso de condutores de cobre, salvo para os casos de condutores de
aterramento e proteção que têm especificações próprias.

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Cálculo dos Condutores

Para a determinação da seção dos condutores, dois critérios básicos


devem ser observados:

- limite de condução de corrente;


- limite de queda de tensão.
Após a análise, observados os dois critérios separadamente, deverá
ser adotado o resultado que levou ao condutor de maior seção.

A bitola mínima dos condutores deverá ser especificada de acordo


com as referências abaixo:

 Iluminação ................................................................. 1,5 mm2

 Tomadas de correntes em quartos, salas e similares ... 1,5 mm2

 Tomadas de corrente em cozinhas, áreas de serviço,


garagem e similares ...................................................... 2,5 mm2

 Aquecedor de água em geral ........................................ 2,5 mm2

 Máquina de lavar roupa ................................................. 4,0 mm2

 Aparelhos de ar condicionado ....................................... 2,5 mm2

 Fogões elétricos ............................................................ 6,0 mm2

A seção dos condutores só poderá ser inferior a 1,5 mm2 nos


seguintes casos:

a) Nos cordões flexíveis para a ligação dos aparelhos domésticos


e aparelhos de iluminação (nas ligações internas dos lustres), a
seção dos condutores poderá ser reduzida, de acordo com a
potência exigida, até 0,75 mm2;

b) Nos circuitos de sinalização e controle (campainhas, etc) onde


poderão ser utilizado condutores de 0,5 mm2.

Nos casos de redução de seção, os dispositivos de proteção deverão


estar dimensionados de forma a operar (abrir o circuito) antes de
causar danos aos condutores.

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Limite de Condução de Corrente

Quando há circulação de corrente em um condutor este se aquece e


o calor gerado é transferido ao ambiente em redor.

Se o condutor está instalado ao ar livre a dissipação é


maior, ou seja, o condutor tenderia a se resfriar mais
depressa quando a corrente deixasse de circular pelo
mesmo. Se o condutor está instalado em um
eletroduto a dissipação é menor.

Quando existem vários condutores no mesmo


eletroduto as quantidades de calor geradas
em cada um deles se somam, aumentando
ainda mais a temperatura. Os condutores são
fabricados para operar dentro de certos
limites de temperatura a partir dos quais
começa a haver um alteração nas
características do isolamento o qual deixa de
cumprir a sua finalidade.

A NBR – 5410 define que os condutores com isolamento


termoplásticos, para instalações residenciais, sejam especificados
para uma temperatura de trabalho de 70ºC (PVC/70ºC) e as tabelas
de capacidade de condução de corrente são calculadas tomando
como base este valor e a temperatura ambiente de 30ºC.

A tabela seguinte dá a capacidade de condução de corrente para


condutores instalados em eletrodutos, condutos, calhas, etc., e/ou ao
ar livre ou em instalações expostas.

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Capacidade de corrente para condutores isolados


(temperatura ambiente de 30ºC – condutores de cobre)

Eletrodutos Ar Livre
Seção Nominal
2 cond. 3 cond. 2 cond. 3 cond.
(mm2)
Carreg. Carreg. Carreg. Carreg.
1,0 13,5 A 12 A 15 A 13,5 A
1,5 17,5 A 15,5 A 19,5 A 17,5
2,5 2A 21 A 26 A 24 A
4 32 A 28 A 3A 32 A
6 41 A 36 A 46 A 41 A
10 57 A 50 A 63 A 57 A
16 76 A 68 A 85 A 76 A
25 101 A 89 A 112 A 101 A
35 125 A 111 A 138 A 125 A
50 151 A 134 A 168 A 151 A
70 192 A 171 A 213 A 192 A
95 232 A 207 A 258 A 232 A
120 269 A 239 A 299 A 269 A

Quando o número de condutores instalados no mesmo eletroduto for


superior a 3 e/ou a temperatura for superior a 30ºC os valores da
tabela de limites de condução de corrente (coluna “condutores
carregados”) deverão ser multiplicados pelos seguintes fatores de
redução:

Temperatura Ambiente 0ºC Fator de redução


35 0,93
40 0,87
45 0,79
50 0,71

Nº de condutores no mesmo Fator de redução


conduto
4 0,80
6 0,69
8 0,62
10 0,59
12 0,55

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Recomendações

1. O condutor neutro que transporta apenas a


corrente de desequilíbrio proveniente de
outros condutores, como no caso de circuitos
normalmente equilibrados de três ou mais
condutores, não deverá ser computado para a determinação do
fator de redução.

2. Serão aplicados simultaneamente os dois fatores (temperatura e


número de condutores) quando as duas condições se verificarem
ao mesmo tempo.

Exemplo: Determinar o condutor para suportar,


com segurança, uma corrente de 35 A, nos três
casos indicados a seguir:

a) Dados: 35 A – 2 condutores no eletrodutos –


30ºC:
Consultando a tabela nº 1 na coluna ELETRODUTOS, a primeira “2
condutores carregados”, verifica-se que o fio de 6 mm2 é suficiente.

b) Dados: 35 A – 6 condutores no eletroduto – 30ºC:

Neste caso deve ser aplicado o fator de redução correspondente ao


número de condutores, dividindo-se, então, a corrente pelo fator de
redução considerado.
6 condutores fator de redução = 0,69
I = 35 A / 0,69 = 50,72 A

Consultando-se a tabela nº 1, verifica-se que é necessário a


utilização do fio de 10 mm2.

c) dados: 35 A – 6 condutores no eletroduto – 45ºC:

Neste caso, devem ser aplicados os dois fatores de correção:


6 condutores: fator de redução = 0,69
45º C: fator de redução = 0,79
I = 35 A / 0,69 x 0,79 = 35 A / 0,545 = 64,21 A
Consultando-se a Tabela nº 1, ainda na mesma coluna, verifica-se
que o condutor apropriado é o de 16 mm2.

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Na tabela abaixo informa o nº de condutores em eletrodutos,


onde já foram considerados os fatores de redução
relacionados ao número de condutores.

Número de condutores Instalados em Eletrodutos

Condutor Eletroduto -  nominal


mm2 16 20 25 31 41 47 59 75 88 100 113
1 10 18 30 50 87 115 190 310 437 573 742
1,5 7 12 21 34 60 80 132 215 303 398 515
2,5 4 8 14 22 40 52 86 141 199 262 338
4 2 6 10 17 31 40 67 110 155 203 263
6 2 5 8 14 24 32 53 87 123 162 210
10 1 2 5 8 14 19 31 52 73 96 124
16 1 2 2 6 10 13 22 37 52 69 89
25 1 1 2 3 6 9 14 24 34 45 58
35 - 1 1 2 4 6 10 17 24 32 42
50 - 1 1 2 2 5 8 13 18 24 32
70 - - 1 1 2 3 6 10 15 19 25
95 - - 1 1 2 2 4 7 10 14 18
12 - - - 1 1 2 3 6 8 11 15

 Diâmetro Interno em mm

16 mm equivale a 1/2"
20 mm equivale a 3/4"
25 mm equivale a 1”
31 mm equivale a 1 1/4"
41 mm equivale a 1 1/2"
47 mm equivale a 2”
59 mm equivale a 2 1/2"
75 mm equivale a 3”
88 mm equivale a 3 1/2"
100 mm equivale a 4”

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Capacidade de Corrente para Condutores Instalados em


Eletrodutos e Isolados em PVC / 70º C (cobre – t = 30º C)

Seção Condutores Carregados


mm2 2 3 4 6 8 10 12
1 13,5 12,0 10,8 9,3 8,4 8,0 7,4
1,5 17,5 15,5 14,0 12,1 10,9 10,3 9,6
2,5 24,0 21,0 19,2 16,6 14,9 14,2 13,2
4 32,0 28,0 25,6 22,1 19,8 18,9 17,6
6 41,0 36,0 32,8 28,3 25,4 24,2 22,6
10 57,0 50,0 45,6 39,3 35,3 33,6 31,4
16 76,0 68,0 60,8 52,4 47,1 44,8 41,8
25 101,0 89,0 80,8 69,7 62,6 59,6 55,6
35 125,0 111,0 100,0 86,3 77,5 73,8 68,8
50 151,0 134,0 120,8 104,2 93,6 89,1 83,1
70 192,0 171,0 153,6 132,5 1189,0 113,9 105,6
95 232,0 207,0 185,6 160,1 143,8 136,9 127,6
120 269,0 239,0 215,2 185,6 166,8 158,7 148,0

* Referência: NBR – 5410 – Anexo J (tabela 50 e 56)

CAPACIDEDE DE CORRENTE

Corrente nominal do cabo da Tabela “Capacidade de corrente para


condutores isolados.

QUEDA DE TENSÃO

Ao escolher um fio ou cabo para determinadas condições de


instalação e de carga ligada, não se deve tomar em consideração
somente a seção do fio ou cabo compatível com a corrente a
transportar, mas também a queda de tensão. Assim, depois de se ter
determinado qual a seção do fio ou cabo apropriado à corrente a
transportar, deve-se verificar se a queda de tensão está dentro dos
limites permitidos e se for superior, escolher o cabo de seção maior.

100
Eletricista Predial
Eng. F. P. Holanda

DETERMINA A NBR – 03 DA ABNT:

1º - A queda de tensão de uma instalação deverá ser calculada


considerando-se a carga instalada e os fatores de demanda
explicitamente previstos nesta norma, sob o valor nominal da tensão
de serviço e até o ultimo ponto de utilização da energia. Em circuitos
parciais, a queda de tensão será considerada de maneira análoga,
entre os pontos inicial e final do circuito.1º - A queda de
2º - Os valores admissíveis da queda de tensão são os indicados no
quadro abaixo:
MÁXIMO CIRCUITO DE
FINALIDADE
ADMISSÍVEL DISTRIBUIÇÃO
Iluminação 4%
Força Motriz 5%
2%
Aqueciment 5%
o
Nas tabelas de fios e cabos instalados em eletrodutos em sistemas
monofásicos e trifásicos estão indicados os valores de ampères x
metro, com os quais são obtidos os diferentes valores de queda de
tensão. A fim de demostrar a utilização das tabelas, damos a seguir
dois exemplos ilustrativos.
1º Exemplo: Deseja-se ligar um motor elétrico trifásico de 15 CV, 380 v, de
uma prensa que será instalada a uma distancia de 97 metros do medidor
de força. Pergunta-se qual devera ser a bitola do condutor para que a
queda de tensão fique dentro de limite de 5%. Instalação em eletroduto.
1- A Corrente em plena carga do motor de 15 CV, 380 v é de 23 A.
Então Im (Corrente Motor) = 1,25 x 23  Im = 28,75 A; da
Tabela “Capacidade de corrente para condutores isolado” a Seção
do condutor será de 6 mm².
2- A carga máxima admissível para seção do fio de 4 mm² é de 28
A.
3- Determinar o produto ampère x metro
23 x 97 = 2231
4- Procurar na tabela “queda de tensão sistema trifásico” em fios e
cabos instalados em eletrodutos, na coluna de 380 V, para bitola
de 4 mm² um valor igual ou superior a 2231. Verificamos que o
valor mais próximo é 2274, que corresponde a uma queda de
tensão de 4,6%.

101
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CONCLUSÃO: Cabo adotado  = 6,0 mm².

2º Exemplo: Numa chácara, o prédio de residência fica a uma


distancia de 78 metros da entrada, onde está instalado o medidor
de luz. A carga de luz e aparelhos a serem ligados é de 6.000 W.
O sistema é monofásico 220 V. Qual deve ser a bitola do condutor
para que a queda de tensão no medidor, até o quadro de
distribuição da residência, não exceda 1%? Instalação em
eletroduto enterrado no solo (Maneira de instalar 2).
1- Corrente em ampère = 6.000 W / 220 V = 27,3 A. Da tabela
“Capacidade de corrente para condutores isolados” a Seção do
condutor será de 4 mm².
2- Determinar o produto ampère x metro.
27,3 x 78 = 2457
3- Procurando na tabela “queda de tenção em sistema monofásico”
na coluna de 220 V, com queda de 1% um valor igual ou superior
a 2457.
4- Verifica-se que o valor superior mais próximo é 2156, que
corresponde ao cabo de 35 mm².
CONCLUSÃO: Cabo adotado  = 35 mm².

TABELAS
CORRENTES NOMINAIS DE MOTORES TRIFÁSICOS 60 Hz.
1800 rpm 3600 rpm
Potência
nominal 220 v 380 v 220 v 380 v
CV (A) (A) (A) (A)

0,33 1,5 0,9 1,5 0,85


0,50 2,2 1,2 2,0 1,2
0,75 3,0 1,7 3,0 1,7
1,00 4,2 2,5 3,6 2,0
1,50 5,2 3,0 5,0 2,8
2,00 6,8 4,0 6,4 3,6
3,00 9,5 5,5 9,0 5,2
4,00 12 7 11 6,3
5,00 15 8,5 15 8,5
6,00 17 10 - -
7,50 21 12 21 12
10,000 28 16 28 16
12,500 34 19 - -
15,000 40 23 40 23
20,000 52 30 52 30

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Escolha do condutor em função dos Ampère x Metro – Sistema


Monofásico

Dimensionamento dos condutores pela máxima queda de tensão


Tensão 110 V 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
Nominal 220 V 0,5% 1% 1,5% 2% 2,5% 3% 3,5% 4%
Condutor de PVC/70 Ampère x Metro
Série Métrica (mm²) Condutores Singelos de Cobre – Maneira de Instalar 1 a 7
1,5 46 92 139 185 231 277 323 367
2,5 77 154 231 308 385 462 539 616
4 123 246 370 493 616 739 862 986
6 185 370 554 740 924 1109 1294 1478
10 308 616 924 1232 1540 1848 2156 2464
16 493 986 1478 1971 2464 2957 3450 3942
25 770 1540 2310 3080 3850 4620 5390 6160
35 1078 2156 3234 4312 5390 6468 7546 8624
50 1540 3080 4620 6160 7700 9240 10780 12320
70 2156 4312 6468 8624 10780 12936 15092 17248
95 2926 5852 8778 11704 14630 17556 20482 23408
120 3696 7292 11088 14784 18480 22176 25872 29568

Escolha do condutor em função dos Ampère x Metro –


Sistema Trifásico
Dimensionamento dos condutores pela máxima queda de
tensão
Tensão 220 V 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8%
Nominal
Entre linhas 380 V 0,57% 1,15% 1,73% 2,3% 2,9% 3,4% 4,0% 4,6%
Condutor de PVC/70 Ampère x Metro
Série Métrica (mm²) Condutores Singelos de Cobre – Maneira de Instalar 1 a 7
1,5 106 213 320 426 533 639 746 853
2,5 178 355 533 711 888 1066 1244 1421
4 284 568 853 1137 1421 1705 1990 2274
6 426 853 1279 1705 2132 2558 2985 3411
10 711 1421 2132 2842 3553 4264 4974 5685
16 1137 2274 3411 4548 5685 6822 7959 9096
25 1776 3553 5329 7106 8882 10659 12435 14212
35 2487 4974 7461 9948 12435 14923 17410 19897
50 3553 7106 10659 14212 17765 21318 24871 28424
70 4974 9948 14923 19891 24871 29845 34819 39794
95 6751 13501 20252 27003 33753 40504 47255 54006
120 8527 17054 25582 34109 42636 51163 59690 68218

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MANEIRA DE INSTALAR

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O QUE APRENDEMOS:

 Tipos de condutores;

 Metais usados na condução de energia elétrica;

 Tipos de condutores;

 Cálculos dos condutores;

 Limite de condução de corrente.

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Lição 13

Tipos de Instalação Elétrica

Vejamos o que podemos aprender:

A norma brasileira para instalações elétricas de baixa tensão, NBR –


5410- capítulo 529, prevê a execução das instalações elétricas de
várias maneiras diferentes, em função dos materiais e equipamentos
disponíveis no mercado, tais como, eletrodutos, calhas, canaletas,
condutores especiais, etc.

Dentro do escopo deste módulo, serão analisados, apenas


as instalações residenciais.

Existem, entretanto, algumas recomendações que


devem ser observadas criteriosamente e que se
relacionam, principalmente, com a segurança da
instalação durante e após sua montagem.

a) Os cabos devem ser instalados de tal maneira


que (os mesmos) não sofram qualquer dano em
função de bordas cortantes ou superfícies
abrasivas; para tanto, deve-se usar nas entradas
de condutos em caixas de derivação ou equipamentos um
embuchamento ou adaptador para proteção dos cabos;

b) Durante a instalação dos cabos, as forças de tração não devem


ser superiores aos valores apropriados ao tipo de cabo e devem,
de preferência, ser aplicadas somente aos condutores e não à
isolação ou proteção.

c) Os condutores dispostos verticalmente dentro de condutos devem


ser suportados no topo (ou tão próximo do topo possível) do

106
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trecho vertical e a intervalos predeterminados. Para trechos de


7,5 m e condutores de cobre com seção igual ou inferior a 6 mm2,
os intervalos são de 3 m.

d) Os condutos, caixas de derivação, conexões etc., devem ser


constituídos de materiais não suscetíveis à corrosão ou
protegidos contra ela.

e) Toda curva de cabo deve ser feita de forma a evitar qualquer


dano ao cabo.

f) Todos os condutores vivos, inclusive o neutro (se existir), de um


mesmo circuito devem ser agrupados no mesmo conduto.

Instalações em Eletrodutos

As instalações em eletrodutos podem ser embutidas (como as


residenciais) e expostas, estas utilizadas, normalmente, em áreas
industriais.

Os eletrodutos utilizados em instalações elétricas podem ser rígifos


de aço carbono (NBR – 5598, NBR – 5624), de PVC (NBR – 6150) e
metálicos flexíveis.

A norma não faz qualquer referência a eletrodutos plásticos


flexíveis.

Os eletrodutos são normalizados e especificados pelo seu diâmetro


externo e pela espessura das paredes e são classificados como
“extras”, “pesados” e “leves” (I, II e III). O diâmetro externo mínimo
admitido pela norma é o de 16 mm.

Os eletrodutos são fabricados, normalmente, em varas de 3 mm e a


conexão entre duas peças deve ser feita através de luvas.

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Os trechos retilíneos e contínuos de tubulação não poderão


ultrapassar a 15 m. Nos trechos com curvas, este espaçamento deve
ser reduzido de 3 m para curva de 90º.

Em cada trecho da tubulação, entre duas caixas,


podem ser previstas, no máximo, 3 curvas de 90º
ou o seu equivalente até, no máximo, 270º. Em
nenhum caso podem ser previstas curvas com
deflexão maior do que 90º.

Devem ser empregadas caixas de derivação:

 Em todos os pontos de entrada e saída de condutores da


tubulação, exceto nos pontos de transição ou passagem de linhas
abertas para linhas em eletrodutos, os quais, nestes casos,
devem ser arrematados com buchas.

 Em todos os pontos de emendas ou derivação de condutores.

 Para dividir a tubulação em trechos não maiores que os


especificados.

Podem ser utilizados eletrodutos metálicos flexíveis para a ligação de


motores ou aparelhos sujeitos a vibração e em máquinas que
necessitam ser deslocada para o uso.

108
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Entretanto, estes eletrodutos não devem ser embutidos, nem


utilizados nas partes externas das edificações ou expostos ao tempo.

Dentro dos eletrodutos só podem ser instalados


condutores isolados, não sendo permitida a
utilização de condutores do tipo “à prova de tempo”
ou cordões flexíveis.

Os condutores devem ser contínuos de caixa a caixa


e as emendas e conexões devem ser feitas dentro
das caixas; os condutores só deverão ser enfiados
depois que a rede de eletrodutos estiver concluída, assim como todo
o serviço de construção que os possa danificar.

A quantidade de condutores que podem ser enfiados em um


eletroduto depende do tipo de condutor (diâmetro externo) e do
diâmetro interno do eletroduto a única restrição imposta pela norma é
relativa a parcela de área interna do eletroduto que pode ser
ocupada (no máximo 55% - para um só condutor); este procedimento
é adotado com a finalidade de facilitar a enfiação ou reenfiação nos
casos de modificações dos condutores nos eletrodutos.

A taxa mínima de ocupação (relativas à área) dos eletrodutos por


cabos isolados é dada pelas tabelas a seguir:

ELETRODUTOS
Referência Diâmet. Int. (mm) Área Disp (mm2) Área Ocup (40%)
1/2" 16,4 211,24 84,5
3/4" 21,3 356,33 142,53
1” 27,5 593,96 237,6
1 1/4" 36,1 1.023,54 409,42
1 1/2" 41,4 1.346,14 538,46
2” 52,0 2.190,0 876,0
2 1/2" 67,1 3.536,2 1.414,5
3” 79,6 4.976,4 1.990,56
4” 103,1 8.348,05 3.340,0

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CABOS SINTENAX
2
Bitola cabo (mm ) Diâmetro Ext (mm) Área Ocupada (mm2)
1,5 5,3 22,05
2,5 5,7 25,5
4 6,8 36,3
6 7,4 42,99
10 8,10 51,50
16 9,10 65,0
25 11,0 94,98
35 12,0 113,4
50 14,0 153,86
70 15,5 188,60
93 18,0 234,34
120 19,5 298,50

Exemplo:
Dimensione o eletroduto para que possamos passar três (03) cabos
de 1,5 mm2 de três (03) de 4 mm2, sintenax.

Resposta:
3 cabos sintenax 1,5 mm2 – área ocupada: 3 x 22,05 mm2 = 66,15
mm2
3 cabos sintenax x 4 mm2 – área ocupada: 3 x 36,3 mm2 = 108,90
mm2
área total ocupada: 175,05 mm2 = 175,05 mm2

Escolhemos o eletroduto de 1” (área ocupada: 237,6 mm2)

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O QUE APRENDEMOS:

 Tipos de instalações elétricas;

 Norma brasileira – NBR – 5410 no capítulo 529;

 Instalações em eletrodutos;

 Condutores: Tipos; Quantidade.

 Tabela nº 01 – Eletrodutos;
nº 02 – Cabos Sintenax.

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Lição 14
Divisão de Circuitos e Determinação
do Número de Tomadas

Preste bastante atenção ao que vai ler:

Definição de Circuito

Um circuito compreende todos os elementos (tomadas, lâmpadas,


etc) ligados ao mesmo par de condutores e aos mesmos dispositivos
de proteção (fusíveis ou disjuntores).

Divide-se uma instalação elétrica em circuitos parciais com os


seguintes objetivos: facilitar a manutenção, dimensionar a proteção
da forma adequada, reduzir as quedas de tensão.

Capacidade Nominal de um Circuito

A corrente consumida por um aparelho elétrico é determinada pela


fórmula:
I = Potencial total (carga)
Tensão de alimentação

Para determinarmos a corrente de um circuito


somamos as cargas ligadas aos mesmos e
dividimos o total obtido pela tensão.

112
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Exemplo de cálculo de corrente:


No circuito, acima, temos uma tensão de alimentação de 120 V.
Lâmpada: 100 + 60 + 100 + 60 + 60 = 380 W
Tomadas: 4 x 100 W = 400 W
Total = 780 W
Corrente = I = 780 W / 120 V = 6,5 A

Critérios para a Divisão de Circuitos

A norma brasileira não prevê o limite de potência que deve ser


instalado em um circuito, entretanto, recomenda a utilização de um
circuito independente para cada aparelho com potência igual ou
superior a 1500 W.

As tomadas de corrente de cozinha, copas e áreas de serviço


deverão constituir um ou mais circuitos independentes que não
poderão conter pontos de iluminação.

Em projeto residenciais os circuitos devem ter cargas nominal de,


aproximadamente, 1500 W, embora algumas vezes esta potência
seja ultrapassada.

Em instalações industriais e comerciais este


critério não é, normalmente, obedecido.

Tomadas

Cada cômodo de uma residência deverá ter tantas tomadas quantas


forem os aparelhos a serem instalados dentro do mesmo. Uma sala
de estar, por exemplo, deve ter tomadas para: televisor, eletrola,
abajures, enceradeiras, etc.

Devem ser considerados tomadas de uso específico para circuitos


de ar condicionado (um circuito para cada aparelho), para os
chuveiros elétricos (nos banheiros), para cozinha e para a área de
serviço, para ligação de geladeira, “freezer”, tomada para o ferro de
engomar e para a máquina de lavar roupa.

As demais tomadas podem ser de uso gerais


(100 VA) obedecidas às regras citadas
anteriormente.

113
Eletricista Predial
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O QUE APRENDEMOS:

 Em divisão de circuitos e determinação do número de


tomadas;

 Definição de circuito;

 Capacidade nominal de um circuito;

 Critérios para divisão de circuitos;

 Tomadas.

114
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Lição 15

Levantamento de Casa

Agora preste atenção no que vem a seguir no seu curso.

Para determinar a carga de uma instalação


elétrica residencial, deve-se somar a carga
prevista para as tomadas de corrente e a
potência das lâmpadas.

As tomadas de corrente deverão ser


consideradas como sendo de 1000 W, cada.
Para as tomadas ligadas a um circuito especial que deverá atender à
cozinha, copa, área de serviço, lavanderia, devemos considerar:

600 W por tomada, até 3 tomadas de 100 W por tomada para


os excedentes.

A carga de iluminação deve ser calculada de acordo com a NBR –


5413 – Iluminação de Interiores, entretanto, a título de referência,
poderão ser utilizados valores da tabela a seguir:

Local Carga mínima de Iluminação W/m2


Residências
Salas 25
Quartos 20
Escritórios 25
Copa 20
Cozinha 20
Banheiro 10
Dependências 10
Lojas 30
Escritórios 30

115
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Lição 16

DISTÚRBIOS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Os principais distúrbios de natureza elétrica que podem


ocorrer em uma instalação são:

 Fuga de corrente, perdas e sobrecargas;


 Curto-circuito.

Fugas de Corrente

Em uma instalação elétrica quando uma fase mal isolada e fizer


contato com a terra (a tubulação, por exemplo), por este ponto fluirá
uma corrente de fuga que poderá causar problemas à instalação,
além da perda de energia decorrente.

I Carga
Fuga
Prot. Carga
I Fuga

Se, por exemplo, numa instalação tivermos uma fuga de corrente


entre o dispositivo de proteção e a carga, a corrente de fuga se
somará à corrente de carga e poderá fazer com que a proteção atue,
desligando o circuito.

Para constatar a existência de fugas de correntes em uma instalação


é necessário desligar todos os equipamentos elétricos ligados ao
circuito e verificar se circula, ainda, alguma corrente (isto pode ser
feito através do próprio medidor de energia).

116
Eletricista Predial
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Procedendo desta maneira e desligando os circuitos parciais


gradualmente, conseguiremos determinar em qual circuito e em que
ponto está acontecendo à fuga.

Uma das causas mais comuns das fugas são as emendas, por isso
não se deve passar em uma tubulação fios
emendados. As emendas deverão ser feitas nas
caixas próprias e deverão se bem isoladas.

Também, deverão ser verificados os bornes de


ligação dos aparelhos e equipamentos, para evitar
a possibilidade de contato com as partes
metálicas.

Perdas

A corrente que circula em um condutor provoca o seu aquecimento.


O calor dispendido por ele será a perda, que é igual a RI2 ( R =
resistência do condutor).

Quando a queda de tensão (RI) for superior ao limite admissível,


deve-se redimensionar o condutor para evitar que a perda, assim
provocada, tenha valor significativo.

Quando os terminais de um aparelho não estiverem firmemente


ligados aos circuitos poderá haver um faiscamento, com
conseqüente produção de calor e, portanto, perda de energia.

Sobrecarga

Se ligarmos a um circuito cargas acima do limite para o qual o


mesmo foi dimensionado, a sobre corrente que circulará
produzirá perdas e danificará os equipamentos
(interruptores, tomadas, etc) existentes.

Se a proteção não estiver bem dimensionada surgirão


problemas tais como: perdas de energia, queda de
tensão e mau funcionamento dos aparelhos ligados ao circuito.

Soluções cabíveis: retirar as cargas em excesso ou redimensionar o


circuito.

117
Eletricista Predial
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Curto-Circuito

O curto-circuito é como o próprio nome indica, um caminho


mais curto ( ou mais fácil) para a corrente elétrica.

Na figura 2 a corrente que circulava pela carga, passa a circular pelo


ponto onde houve o curto-circuito; na figura 2b a corrente que
circulava pelas duas lâmpadas, colocadas em série, passa a circular
somente pela segunda lâmpada, como indicam as setas pontilhadas.

Em ambos os casos, a corrente passou a fluir pelo caminho de


menor resistência.

118
Eletricista Predial
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Corrente de Curto-Circuito

A corrente em um circuito é determinada pela expressão I = V / R,


portanto, a corrente de curto-circuito tem o seu valor limitado pela
resistência do circuito por onde ela passa (resistência dos
condutores, resistência dos contatos e das conexões, etc).

No circuito anterior, se a instalação fosse feita com o fio de 0,5 mm2,


cuja resistência é igual a 27,8 /Km, ter-se-ia:

Icc = V / R
R do fio 27,8  /Km; comprimento total do circuito 2 x 500 m =
1.000 m
Resistência total do circuito: R = 27,8 / Km x 1 Km = 27,8 .
Corrente de curto-circuito: Icc = 127 / 27,8 = 4,6 A

Deve-se observar que os efeitos elétricos de um curto-circuito só


atingem a região entre o local do curto e a fonte de energia. Assim,
um curto-circuito na rede de distribuição da rua, não atinge a
instalação elétrica do consumidor.

Para se evitar a possibilidade de curto-circuito, é preciso


manter a instalação sempre em bom estado, evitando-se
emendas mal feita, ligações frouxas, etc.

O dispositivo de proteção deverá estar bem dimensionado para,


quando ocorrer o curto-circuito, ser desligada a instalação, evitando
a propagação do dano.

119
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O QUE APRENDEMOS:

Na lição 15
 Como determinar uma instalação elétrica;

Na Lição 16

Distúrbios em instalações elétricas;


 Fugas de correntes;

 Perdas;

 Sobrecarga;

 Curto-Circuito;

 Corrente de curto circuito.

120
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Lição 17

Proteção dos Conjuntores

Os equipamentos de proteção normalmente utilizados em


instalações elétricas domiciliares são os secionados, os
fusíveis e os disjuntores.

Seccionadores (chaves de Faca)

São dispositivos utilizados para abrir mecanicamente o circuito.


Devem ser operados sempre que for necessária a manipulação do
circuito para se evitar o contato com elementos energizados e o
conseqüente “choque”.

Os seccionadores não são construídos para a brirem um circuito “em


carga” (salvo em caso de pequenas cargas). Assim, ao abrirmos um
circuito “em carga” haverá formação do arco elétrico.

Com porta-fusíveis cartucho 30 A – 250 V


Trifásica Monofásica

Fusíveis

São elementos de proteção contra curto-circuito. O fusível é


construído de um material com resistividade adequada para quando
ocorrer o curto-circuito a corrente circulante provocar o seu
aquecimento e, conseqüentemente, a fusão, interrompendo o
circuito.

Fusíveis de rolha, cartuchos e faca, de diferentes amperagens.

121
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Os fusíveis são classificados segundo a quantidade de corrente


diante da qual irá se romper. Se lançarmos em um gráfico o tempo
que o fusível gasta para abrir um circuito para determinados valores
de corrente, teremos a curva “Tempo x Corrente” do mesmo.

Os fabricantes de fusíveis fornecem estas curvas de seus produtos,


de tal maneira que podemos especificar a proteção de um circuito
através das mesmas.

Disjuntores

São dispositivos “termomagnéticos” que


fazem a proteção de uma instalação
curto-circuito e contra sobrecorrentes.

Dispositivo Térmico

Consiste em uma lâmina bimetálica (dois


metais de coeficiente de dilatação diferente)
que ao ser percorrido por uma corrente
elevada aquece-se e entorta-se, destravando
a alavanca do contato móvel, que é puxado
pela mola, desligando o circuito.

Dispositivo Magnético

É formado por uma bobina que ao ser


percorrida por uma alta corrente, atrai a
trava, liberando a alavanca do contato
móvel.

A combinação dos dois dispositivos protege o circuito contra corrente


de alta intensidade e de curta duração, que são as correntes de
curto-circuito (dispositivo magnético) e contra as correntes de
sobrecargas (dispositivo térmico).

Uma das vantagens evidentes do disjuntor sobre o fusível é a


durabilidade (quando o mesmo opera, desligando o circuito, basta
rearma-lo novamente). Em contrapartida o seu preço é muito mais
elevado que o do fusível.

122
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As curvas “tempo x corrente” dos disjuntores são semelhantes às do


fusíveis e também são fornecidas pelos fabricantes. A curva da figura
é de um disjuntor de 15 A, tipo “quickalag”.

123
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O QUE APRENDEMOS:

 Em proteção dos condutores estudamos:

 Seccionadores Chaves de faca;

 Fusíveis;

 Disjuntores;

 Dispositivo térmico;

 Dispositivo magnético.

124
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Lição 18
Motores Monofásicos

O que é motor monofásico?

Os motores monofásicos, conforme o próprio nome indica,


operam em linha de tensão monofásica. Esse tipo de motor é de
grande emprego em aplicações domésticas e comerciais que
necessitam de pequenas potências.

Como esse motor n ão poderá arrancar sozinho, porque lhe faltaria o


campo magnético rotativo de partida, é necessário fazer o arranque
por algum meio auxiliar exterior e, então, a reação do rotor provoca o
nascimento de um campo magnético rotativo.

Para a partida usa-se introduzir no estator um enrolamento auxiliar


independente, ligado em paralelo ao bobinamento principal.

Os motores monofásicos podem ser de diversos tipos:

a) Motor de fase dividida usado em máquinas ou aparelhos de


pequenas pot~encias como: lavadoras, bombas d‟água, esmeris, etc;

b) Motor universal usado em eletrodomésticos de pequeno porte


como liquidificadores e bateriais;

c) Motores de pólos amortecedores usados em ventiladores.

Motor de Fase Auxiliar ou Fase Dividida

Este motor é dotado de um enrolamento principal e um


auxiliar (de partilha) com uma defasagem obtisda com o
uso de um capacitor, de uma indutância ou de uma
resistência, em série com um interruptor (automático) e o
enrolamento auxiliar.

Este último opera somente durante a partida,


simulando uma segunda fase.

O campo magnético produzido pelo enrolamento auxiliar, combinado com


o campo principal, cria um campo girante produzindo o binário necessário
para o motor girar.

125
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Os dois campos só são necessários para o arranque,


bastando somente um para a marcha.
Quando o motor se aproxima da velocidade nominal, um interruptor
automático desliga o enrolamento auxiliar ou de partida.

A Fig mostra o esquema básico de funcionamento de um motor


monofásico.

O rotor é formado de um conjunto de chapas de ferro-silício, isoladas


eletricamente. Montadas em um eixo, elas formam um bloco cilíndrico, em
cuja superfície são colocadas barras condutoras. O estator, também, é
construído com chapas de ferro-silício isoladas e prensadas.

1- Porca de aço Sextavada 12- Tirante


2- Tampa dianteira 13- Rotor completo
3- Rolamento dianteira 14- Centrifugo
4- Ventilador 15- Carretel do centrifugo
5- Carcaça 16- Platinado
6- Capacitor 17- Rolamento traseiro
7- Capa do Capacitor 18- Arruela ondulada
8- Parafuso cab. red. c/ fenda 19- Tampa traseira
9- Terminal de aterramento 20- Tampa da caixa de ligação
10- Estator bobinado 21- Parafuso cab. red. c/ fenda
11- Chaveta

126
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Chave Bóia

É um dispositivo de controle usado no acionamento de bomba de


água ou de outro líquido qualquer.

Nas instalações usuais para fornecimento de água à edifícios,


dispomos de dois reservatórios; o inferior (cisterna) e o superior
(caixas d‟água).

A chave-bóia possibilita a ligação do motor da bomba de água,


quando o reservatório superior está vazio e o reservatório inferior,
cheio. Em qualquer outra alternativa o motor permanece desligado.

A figura mostra a ligação de uma bomba d‟água com chave-bóia.

127
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O QUE APRENDEMOS:

 Motor monofásico e seus tipos:

 Fase;

 Universal;

 De pólos;

 Motor de fase auxiliar ou fase dividida;

 Chave-bóia e sua utilidade.

128
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LIÇÃO 19
ESQUEMAS
FUNDAMENTAIS DE LIGAÇÕES

Vamos estudar os esquemas de ligações


Os esquemas apresentados a seguir representam trechos
constitutivos de um circuito de iluminação e tomadas, e poderiam ser
designados como “subcircuitos” ou circuitos parciais.
O condutor-neutro é sempre ligado ao receptáculo de uma lâmpada
e a tomada, nunca ao interruptor. O condutor-fase alimenta o
interruptor e a tomada.
O condutor de retorno liga o interruptor ao receptáculo da
lâmpada.
CORES DA FIAÇÃO:
NEUTRO – Azul
TERRA – Verde ou Amarela
RETORNO – Vermelho ou Branco
FASE – Preto ou demais cores, exceto as anteriores.

Ponto de luz e interruptor simples, isto é, de uma seção. Ao


interruptor, vai o fio fase F e volta à caixa de centro de luz; o fio
retorno R.

PONTO DE LUZ E INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO.


PONTO DE LUZ, INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO E TOMADA. ÀS TOMADAS VÃO
A OS FIOS F E N, MAS AO INTERRUPTOR, APENAS O FIO F.

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PONTO DE LUZ, INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO E TOMADA DE 300 W


À 30 CM DO PISO. CIRCUITO 2

PONTO DE LUZ NO TETO, ARANDELA E INTERRUPTOR DE DUAS


SEÇÕES. CIRCUITO 3

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DOIS PONTOS DE LUZ COMANDADOS POR UM INTERRUPTOR


SIMPLES.

DOIS PONTOS DE LUZ COMANDADOS POR UM INTERRUPTOR DE


DUAS SEÇÕES

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DOISPONTOS DE LUZ COMANDADOS POR INTERRUPTOR DE DUAS


SEÇÕES E TOMADAS DE 300 W.

LÂMPADA ACESA POR INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO, PELO QUAL


CHEGA A ALIMENTAÇÃO.

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DUAS LÂMPADAS ACESAS POR UM INTERRUPTOR DE DUAS SEÇÕES,


PELO QUAL CHEGA A ALIMENTAÇÃO.

DUAS LÂMPADAS COMANDADAS POR INTERRUPTORES


INDEPENDENTES DE UMA SEÇÃO.

133
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NESTA SITUAÇÃO A LÂMPADA SE ACHA APAGADA, POIS O CIRCUITO


NÃO SE FECHA.

THREE-WAY (INTERRUPTOR PARALELO)

134
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LÂMPADA ACESA, POIS O CIRCUITO SE COMPLETA.

DOIS INTERRUPTORES “THREE-WAY” E UM “FOUR-WAY”.

135
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LÂMPADA ACIONADA POR DOIS INTERRUPTORES “THREE-WAY”


(PARALELO) E UM INTERRUPTOR “FOUR-WAY” (INTERMEDIÁRIO).

INSTALAÇÕES ELÉTRICA PREDIAL

1. Lâmpada Comandado pôr Interruptor Simples


2. Duas Lâmpadas comutada pôr interruptor de duas seções
3. Três Lâmpadas comutada pôr interruptor de três seções
4. Lâmpada Comandado pôr Interruptor Simples e Tomada
5. Duas Lâmpadas comutada pôr interruptor de duas seções e Tomada

1. Lâmpada Comandado pôr Interruptor Simples

136
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2: Duas Lâmpadas comutada pôr interruptor de duas seções

3: Três Lâmpadas comutada pôr interruptor de três seções

4: Lâmpada Comandado pôr Interruptor Simples e Tomada

5. Duas Lâmpadas comutada pôr interruptor de duas seções e Tomada

6. Fluorescente com reator convencional com pôr interruptor simples;


7. Fluorescente convencional com pôr interruptor simples e Tomada;
8. Fluorescente com reator Partida Rápida, com pôr interruptor simples;
9. Fluorescente com reator Partida Rápida Duplo, com pôr interruptor
simples;
10.Duas Fluorescente com reator convencional comandada pôr interruptor
simples;

137
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6. Fluorescente com reator convencional com pôr interruptor simples

7. Fluorescente convencional comutada pôr interruptor simples e Tomada

8. Fluorescente com reator Partida Rápida, comutada pôr interruptor simples

9. Fluorescente com reator Partida Rápida Duplo, comutada pôr interruptor


simples

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10. Duas Fluorescente com reator convencional comandada pôr interruptor


simples

11. Duas Fluorescente com reator convencional comandada pôr interruptor


Duplo;
12.Campainha Simples;
13.Campainha simples com interruptor simples de desligamento;
14.Campainha com opção de sinalização visual e interrupção;
15.Célula Fotovoltáica para iluminação Incandescente;

11. Duas Fluorescente com reator convencional comandada pôr interruptor


Duplo

12. Campainha Simples

139
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13. Campainha simples com interruptor simples de desligamento

14. Campainha com opção de sinalização visual e interrupção

15. Célula Fotovoltáica para iluminação Incandescente

16. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de


4(quatro) fios comutada pôr interruptor simples;
17. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de
2(dois) fios comutada pôr interruptor simples;
18. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de
4(quatro) fios comutada pôr célula Fotoelétrica;
19. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de
2(dois) fios comutada pôr célula Fotovoltáica;
20.Interruptor Three-Way Comandando um Lâmpada Incandescente;

16. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de


4(quatro) fios comutada pôr interruptor simples

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17. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de


2(dois) fios comutada pôr interruptor simples

18. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de


4(quatro) fios comutada pôr célula Fotoelétrica

19. Reator VM (Vapor de Mercúrio) ou VS (Vapor de Sódio) com reator de


2(dois) fios comutada pôr célula Fotovoltáica

20. Interruptor Three-Way Comandando um Lâmpada Incandescente

141
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21. Interruptor Three-Way Comandando Duas Lâmpada Incandescente;


22. Interruptor Three-Way e Four-Way Comandando um Lâmpada;
23. Reator partida Rápida Dupla para lâmpada Fluorescente comandado
por interruptor Three-Way;
24. Interruptor Three-Way Comandando um Lâmpada Incandescente mais
Tomadas;
25. Interruptor Three-Way e Four-Way Comandando três Lâmpada em
uma estada. Desenho em Prumada e esquema multifilar;

21. Interruptor Three-Way Comandando Duas Lâmpada Incandescente

22. Interruptor Three-Way e Four-Way Comandando um Lâmpada

23. Reator partida Rápida Dupla para lâmpada Fluorescente comandado por
interruptor Three-Way;

142
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24. Interruptor Three-Way Comandando um Lâmpada Incandescente mais


Tomadas

25. Interruptor Three-Way e Four-Way Comandando três Lâmpada em uma


estada. Desenho em Prumada e esquema multifilar;

26. Instalação Motor Monofásico comandado por 2 Bóia (Com restrição);


27. Instalação de Motor Monofásico comandado pôr 3 Bóias
(recomendada);
28. Instalação de Ventilador de Teto;
29. Instalação de Ventilador de Teto com Reversão, Ajuste de Velocidade
e Iluminação;
30. Circuito Típico em uma Instalação elétrica Residencial;

26. Instalação Motor Monofásico comandado por 2 Bóia (Com restrição);

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MOTOR MONOFÁSICO

144
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27: Instalação de Motor Monofásico comandado pôr 3 Bóias (recomendada)


MOTOR MONOFÁSICO

28: Instalação de Ventilador de Teto

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29: Instalação de Ventilador de Teto com Reversão, Ajuste de


Velocidade e Iluminação.

30: Circuito Típico em uma Instalação elétrica Residencial

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PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

Fabricante

MOTOR MONOFÁSICO

MOD - modelo Isol - Isolamento


Hz - freqüência Ip/In - Corrente de partida sobre a corrente nominal
CV - potência Reg - Regime de funcionamento
RPM - Rotação por minuto Cat - Categoria
A - ampères Ip - Grau de proteção
F.S. - fator de serviço

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BANCADA PARA PRÁTICA DE INSTALAÇÕES

LEGENDA:

1. Quadro de medição e proteção (monofásico)


2. Maderite 2,20 x 1,00 - Espessura: 10 mm
3. Caixa de Passagem 4” x 2”
4. Caixa de Passagem octogonal
5. Eletroduto de PVC rígido de ¾”
6. Eletroduto de PVC rígido de ½”

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LIÇÃO 20
SIMBOLOGIA E CONVENÇÕES
SIMBOLOGIA: você sabe o que é isto? Para que serve?
Como saber utilizar no seu trabalho?

SÍMBOLOS DESCRIÇÃO SÍMBOLOS DESCRIÇÃO


Ponto de Luz Incandescente no Eletroduto Embutido no Teto ou
Teto Parede
Ponto de Luz Incandescente na
Eletroduto Embutido no Piso
Parede
Ponto de Luz Fluorescente no
Fiação Aparente (Sobre cleate)
Teto
Ponto de Luz Incandescente Tubulação para Telefone
Embutido no Teto
Ponto de Luz Fluorescente Condutor de Fase no Interior do
Embutido no Teto Eletroduto
Condutor Retorno no Interior do
Circuito Que Sobe
Eletroduto
Condutor Neutro no interior do
Circuito que desce
Eletroduto

Condutor Terra no Interior do


Circuito que desce
Eletroduto

Tomada de Luz na Parede,


Disjuntor
Baixa (0,30 m do Piso Acabado)
Tomada Meio Alta (1,30 m do
Terra
Piso Acabado)
Tomada Alta (2,0 m do Piso
Botão Desliga (NF)
Acabado)

S Interruptor de Uma Seção Botão Desliga (NF)

S2 Interruptor de duas Seções Botão Desliga (NF)

Interruptor Paralelo ou “Three-


Contato Normalmente Aberto
S3w Way”
(NA)

Interruptor Intermediário ou
S4w Bobina Contactor
“Four-Way”

Caixa de Enfiação Relé Bimetálico

Quadro Parcial de luz ou força


Bóia Inferior
não Embutido
Quadro Geral de luz ou Força
Bóia Superior
não Embutido
Quadro Geral de luz ou Força
Ch de Três Posições
não Embutido

Campainha Botão de Campainha

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Observe diagrama, o quadro a legenda e a planta baixa de uma casa.


Desenhe a instalação elétrica que você faria aplicando os
conhecimentos adquiridas nesse curso.

150
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 Desenhe o diagrama Unifilar abaixo:


Diagrama Unifilar

 Preencha o Quadro de Cargas:


QUADRO DE CARGAS
LÂMPADAS(W) TOMADAS(W) Elatro- Disjun-
CABO TATAL
CIRC. duto tor
40 60 100 100 600 1200 mm² Pol. A W

ALIM.

 Desenhe e Descreva a Legenda abaixa:

LEGENDA

153
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REFERÊNCIAS TÍPICAS DE ALGUNS EQUIPAMENTOS


Potência nominal típica de
Equipamentos e Máquinas
entrada
Aquecedor de água central (Boiler) - 50 a 100 l 1.000 W
400 l 2.500 W
Aquecedor de água de passagem 2.000 W
Congelador (freezer) (tipo residencial) 350 a 500 VA
Fogão (tipo residencial) - por boca 2.500 W
Forno (tipo residencial) 4.500 W
Forno de microondas (tipo residencial) 1.200 VA
Geladeira (tipo residencial) 150 a 500 VA
Grelha 1.200 W
Lavadora de pratos (tipo residencial) 1.200 a 2.800 VA
Exaustor de ar para cozinha 300 a 500 VA
Ferro de passar roupa 800 a 1.650 W
Lâmpada Cialítica 1.000 W
Condicionador tipo janela
7.100 BTU/h 900 W
8.500 BTU/h 1.300 W
10.000 BTU/h 1.400 W
12.000 BTU/h 1.600 W
14.000 BTU/h 1.900 W
18.000 BTU/h 2.600 W
21.000 BTU/h 2.800 W
30.000 BTU/h 3.600 W
Copiadora tipo xerox 1.500 a 3.500 VA
Distribuidor de ar (fan coil) 200 W
Ebulizador 2.000 W
Máquina de escrever 150 VA
Projetor de slides 250 W
Retroprojetor 1.200 W
Secadora de cabelos (doméstica) 500 a 1.200 W
Secadora de roupa (tipo residencial) 2.500 a 6.000 W
Televisor 75 a 300 W
Torradeira (tipo residencial) 500 a 1.200 W
Triturador de lixo (tipo pia) 300 W
Ventilador (circulador de ar) - portátil 60 a 100 W
Ventilador ( circulador de ar) de pé 300 W
Cortador de grama 800 a 1.500 W

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APRENDEMOS

 Simbologia e alguns equipamentos de Preojeto Eletricas.

155
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LIÇÃO 21
INFORMAÇÕES PARA OPERACIONALIZAÇÃO
FUNDAMENTAIS DE LIGAÇÕES

ALICATE UNIVERSAL

Possui mandíbulas de corte e pode ter o cabo isolado. Serve para


apertar, dobrar e cortar condutores. São encontrados nos
comprimentos de 6”, 7” e 8”.

ALICATE DE CORTE DIAGONAL

Serve para cortar condutores. São encontrados nos comprimentos de 5” e


6”.

ALICATE DE BICO REDONDO

156
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Alicate para fazer olhal em condutores com diâmetro diferentes de


acordo com os parafusos de fixação (fig. 3a). São encontrados nos
comprimentos de 5” e 6”.

Fig. 4 - Alicate decapador

157
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SERRA MANUAL E TRAVA ALTERNADA E TRAVA ONDULADA

 Organize sua maleta de atendimento


 Que instrumentos você colocará nela?
 Relacione-os nas linhas abaixo:

158
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SITUAÇÕES
DE ROTINA DO
ELETRICISTA PREDIAL

OPERAÇÃO: EMENDAR CONDUTORES EM DERIVAÇÃO

Esta operação consiste em unir o extremo de um condutor (ramal)


numa região intermediária do outro (rede) (fig. 1), para tomar uma
alimentação elétrica. Emprega-se em todos os tipos de instalações,
com condutores de até ao 4 mm2.

PROCESSO DE EXECUÇÃO

1º Passo - Desencape os condutores

a) Desencape o extremo do condutor derivado, num comprimento


aproximado de 50 vezes seu diâmetro.

b) Desencape o outro condutor, na região onde se efetuará, num


comprimento aproximadamente de 10 vezes o seu diâmetro (fig. 2)

159
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Observação:
O canivete não deve atingir o condutor.

PRECAUÇÃO
Cuidado para não se ferir com o canivete.

2º Passo - Limpe os condutores nas regiões desencapadas,


usando as costas do canivete e depois lixe-as.

160
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Observação:
Preste bastante atenção a seguir.

Quando o condutor for estanhado não deve ser raspado e


nem lixado.
3º Passo - Enrole o extremo do condutor derivado sobre o principal.
a) Cruze o condutor a 90º, com o principal e segure-os com o alicate
universal.

b) Enrole à mão o condutor derivado sobre o principal (fig. 5)


mantendo as espiras uma ao lado da outra, e no mínimo de 6
espiras (fig. 6)

161
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c) Aperte com outro alicate as espiras e arremate a última (fig. 7).

Observações:
As espiras não devem ficar sobre o isolante do condutor.

OPERAÇÃO: EMENDAR CONDUTORES EM PROLONGAMENTO

Esta operação consiste em unir fios condutores, para prolongar


linhas (fig. 1) podendo ser utilizadas em todos os tipos de instalações
de linha aberta.

É executada com condutores de até 4,0 mm2.

162
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PROCESSO DE
EXECUÇÃO

CASO I - EMENDA EM LINHA ABERTA

1º Passo - Desencape os condutores.

a) Marque com um canivete, sobre o extremo a emendar, uma


distância aproximadamente de 50 vezes o seu diâmetro (d) desse
condutor (fig. 2).

b) Desencape as pontas a partir das marcas até retirar toda a capa


isolante (fig. 3).

163
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Observação:
Use o canivete de forma inclinada para não danificar o
condutor.

Precaução:
Utilize corretamente o canivete para não se ferir.

2º Passo - Lixe o condutor até que o metal fique brilhante (fig. 4)

Observação:
Quando o condutor for estanhado não deve ser lixado.

3º passo - Efetuar a emenda.

a) Cruze as pontas (fig. 5)

164
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b) Inicie o enrolamento das primeiras espiras com os dedos (fig. 6) e


prossiga com o alicate (fig. 7)

c) Dê o aperto final com dois alicates (fig. 8)

165
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CASO II - EMENDAR CONDUTORES EM PROLONGAMENTO DENTRO DE


CAIXAS DE LIGAÇÃO

1º Passo - Desencape os condutores

a) Marque em cada um dos condutores, a partir das extremidades,


uma distância aproximadamente de 50 vezes o diâmetro do
condutor.

b) Desencape as pontas a partir das marcas até retirar toda a capa


isolante

2º Passo - Lixe os condutores até que o metal fique brilhante.

Observação:
Quando o condutor for estanhado não deve ser lixado.

3º Passo - Disponha os fios (fig. 9)

4º Passo - Efetue a emenda.

a) Inicie a emenda torcendo os condutores com os dedos (fig. 10)

166
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b) Dê o aperto com o alicate (fig. 11)

c) Faça o travamento de emenda (fig. 12)

Nota:
Este tipo de emenda é denominado de “Rabo de Rato”.

167
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INFORMAÇÕES
TECNOLÓGICAS

ELETRODUTOS E ACESSÓRIOS

Eletrodutos são tubos de metal ou plásticos, rígido ou flexível,


utilizados com a finalidade de proteger os condutores contra a
umidade, ácidos, gases ou choques mecânicos.

TIPOS

Os eletrodutos para instalações elétricas podem ser


classificados em:
 Metálicos rígidos
 Plásticos rígidos
 Metálicos Plásticos
 Plásticos flexíveis
 Metálicos rígidos

São tubos de aço, com ou sem costura longitudinal, a


pintados interna e externamente de cor preta ou são
galvanizados.
Fabricam-se com diferente diâmetros e espessuras de parede.

Os de parede grosso denominam-se “Eletrodutos pesados” e os de


parede fina “Eletrodutos leves”.

Comercialmente são adquiridos em varas de 3 metros, cujos


extremos vem roscados e providos de uma luva. (Fig. 1)

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Os eletrodutos metálicos rígidos são especificados de acordo com


sua bitola, variando de ½” até 6” de acordo com a seguinte tabela:

BITOLA DE ELETRODUTOS RÍGIDOS

Bitola Diâmetro (interno mm)


½” 15
¾” 21
1” 27
1 ¼‟ 35
1 ½” 41
2” 53
2 ½” 62
3” 78
3 ½” 90
4” 102
5” 128
6” 154

APLICAÇÃO:

 Empregam-se em instalações elétricas embutidas. (Fig. 2)

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 E em instalações elétricas expostas (Fig. 3)

Chama-se instalações em linha aberta com clites aos tipos de


instalações em que os condutores ficam à vista e são
suportados individualmente por isoladores, prensa-fios
denominados clites (fig. 1 e 2).

Fig. 1 - Clites para 3 fios e Fig. 2 - Clites para 2 fios

Nas instalações em linha aberta com clites devem-se observar as


seguintes recomendações segundo a NB - 3.

Altura mínima 3 metros do piso, excetuando-se os casos


em que a linha é fixada diretamente ao forro do
compartimento com pé direito, de no mínimo 2,5 metros.
Nas instalações sobre paredes ou qualquer
outras superfície os condutores devem
manter permanentemente os seguintes
espaçamentos mínimos:

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Condutores entre Entre condutor e superfícies ou


si (mm) objetos estanhados (mm)
Até 300 V 60 12
De 300 a 100 25
600 V

A maior distância permitida entre clites é de 1,50 m (fig. 3).

ELETRICISTA INSTALADOR
OPERAÇÃO: ESTICAR E FIXAR CONDUTORES COM CLITES

Esta operação consiste em esticar e fixar condutores por meio de


isoladores denominados clites.

Realiza-se quando há necessidade de executar uma instalação


elétrica em linha aberta constituída por condutores de bitola entre 1,5
à 6 mm2 (fig. 1)

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PROCESSO DE EXECUÇÃO

1º Passo - Coloque os condutores nos sulcos dos clites

a) Introduza um condutor dentro de cada sulco de um dos clites


extremos (figs. 2a, b e c).

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Lição 22
CONSIDERAÇÕES FINAIS E QUESTIONÁRIO

Parabéns, você agora poderá prestar serviços à comunidade


como Eletricista Predial.

Desejamos que aplique no seu dia-a-dia todos os conhecimentos


trabalhados durante o curso.

Conversarmos muito sobre eletricidade e afinal


você sabe como é produzida toda essa energia
elétrica que ilumina cidades, bairros, ruas e
casas?

Observe e leia com atenção a explicação:

A água represada em gigantesco reservatórios nas barragens de


uma usina hidrelétrica desce por tubulações e vai movimentar as
hélices ou palhetas das turbinas.

O eixo dessas palhetas move um dínamo. Assim a energia cinética


da água é transformada em energia elétrica.

Para mover o dínamo, fazendo a rotação do


ímã em relação à bobina, podem ser usados
vários recursos: a queima de derivados do
petróleo, como a gasolina ou o óleo diesel, e a
queima do carvão (usinas termelétricas),
comuns na Europa, a força das águas (usinas
hidrelétricas), muito usadas no Brasil e a
energia atômica (usinas nucelares).

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Resolva

1. Um fio com resistência de 6 ohms é ligado aos pólos de uma


bateria de 12 volts. Qual a corrente do fio?

a) 18 ampéres
b) 24 ampéres
c) 9 ampéres
d) 2 ampéres

2. A resistência de um ferro elétrico é de 40 ohms, e a corrente


através dele é de 3 ampéres. Qual a diferença de potencial entre
os extremos da resistência?

a) 10,3 volts;
b) 120 volts;
c) 210 volts;
d) 40 volts.

3. Um fio de resistência igual a 2 ohms é ligado aos terminais de


uma bateria de 10 volts. Qual a intensidade da corrente que
percorre o fio?

a) 5 améres;
b) 20 ampéres
c) 2 ampéres
d) 10 amperes

4. Qual a resistência do filamento de uma lâmpada instalada num


sistema de 120 volts, que é percorrido por uma corrente de
intensidade igual a 2 ampéres?

a) 100 ohms;
b) 240 ohms;
c) 12.000 ohms;
d) 60 ohms.

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5. Qual a diferença de potencial nos terminais de um gerador que


alimenta uma resistência de 2 ohms quando percorrido por uma
corrente elétrica de 50 ampéres?
a) 50 volts;
b) 100 volts;
c) 20 volts;
d) 10 volts.
6. São bons condutores de eletricidade:
a) a madeira e o vidro;
b) a borracha e a cortiça;
c) o isopor e o papel
d) o cobre e o alumínio.
7. Com relação ao sentido da corrente elétrica, podemos dizer que:
a) os elétrons vão sempre do pólo negativo para o pólo positivo;
b) os elétrons vãos sempre do pólo positivo para o pólo negativo;
c) enquanto alguns elétrons vão do pólo positivo para o pólo
negativo, outros fazem exatamente o contrário;
d) os elétrons não têm capacidade de se deslocar de um pólo
para o outro, os prótons, sim.
8. Durante um temporal, um raio pode ir:
a) de uma nuvem para outra;
b) de uma nuvem para o solo;
c) do solo para uma nuvem;
d) todas as possibilidades acima estão corretas.
9. O átomo é eletricamente neutro quando:
a) os seus prótons são positivos;
b) os seus elétrons são negativos;
c) o número de seus elétrons é igual ao número de seus prótons.
d) O número de seus neutros é igual ao número de seus prótons.
10. É mais correto dizer que um corpo se eletriza quando seus
átomos:
a) ganham elétrons;
b) perdem elétrons;
c) ganham prótons;
d) ganham ou perdem elétrons.

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11. Um corpo se eletriza negativamente quando seus átomos:

a) ganham elétrons;
b) perdem elétrons;
c) ganham prótons;
d) ganham nêutrons.

12. Um eletroscópio de folha está carregado positivamente.


Aproximando-se do coletor uma barra, suas folhas se repelem
mais ainda. Isso acontece porque:

a) a barra não está eletrizada;


b) a barra adquiriu cargas negativas;
c) a barra está eletrizada positivamente;
d) a barra está eletrizada negativamente.

Responda nos quadrinhos

1. A corrente fornecida por uma pilha é chamada:

2. A corrente elétrica utilizada nas residências é do tipo:

3. Como se chamam os aparelhos que transformam uma corrente


alternada em corrente contínua?

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4. A quantidade de eletricidade de um corpo é o que chamamos o


seu:

5. A diferença de potencial entre dois pontos é conhecida pelos


nomes:

6. A unidade de medida da diferença de potencial ou voltagem é o:

7. Quando a corrente elétrica (corrida de elétrons) passa pelo


condutor, deve fazê-lo com maior ou menor intensidade.

A unidade de intensidade elétrica é o:

8. A ampère corresponde a uma certa quantidade de eletricidade (de


elétrons em movimento) que passa por um condutor (fio) durante um
segundo.

Essa quantidade de elétrons (sem considerar o tempo que leva para


passar) representa outra unidade chamada:

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9. Portanto, um ampère corresponde à intensidade de uma corrente


que deixa passar quantos coulombs por segundo?

10. Todo condutor sempre oferece uma certa dificuldade à passagem


dos elétrons através dele. Que nome se dá a esse fenômeno?

11. Qual é o nome da unidade de resistência?

12. Complete o enunciado da Lei de Ohm com as palavras que


faltam:

A intensidade da corrente que passa por um condutor elétrico é


proporcional à diferença de potencial entre as extremidades do
condutor e ___________________________________proporcional à
resistência do condutor.

13. A resistência depende de certas qualidades do condutor, que


são:

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14. Quanto mais longo o condutor, ____________________é a


resistência.

15. Quanto mais grosso o fio, _________________é a


_____________ .

16. Nos chuveiros elétricos são usadas resistências feitas com uma
liga de níquel com cromo que constituem o chamado:

Responda às questões.

1. O que são geradores?

2. Quais são os tipos de geradores que você conhece?

3. Que tipo de corrente fornece uma pilha elétrica?

4. Que tipo de corrente fornece um dínamo?

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5. Quem inventou a pilha elétrica?

6. Como se chama a pilha que utilizamos atualmente?

7. Em que fenômeno é baseado o funcionamento dos dínamos?

8. Quais são os tipos de usinas geradoras de eletricidade que você


conhece?

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Bibliografia Consultada

Carlos, Kazuhito; Fuke – “Os alicerces da Física”: Eletricidade. Ed.


Saraiva - 1994

COTRIM; Ademaro, A. M. B – “Instalações elétricas”, 3º Edição -


1992

CREDER; Hélio – “Instalações elétricas”, Editora Aplicada, 12ª


edição - 1991

Demétrio Gowdak, Neide S. de Mattos – “Aprendendo ciências” –


Editora: FTD, 1992

Soares, José Luiz – “Química e Física, Editora: Moderna, 1989.

Van Valkenburgh, Nooger e Neville – “Eletrônica Básica”, vol. 01,


Livraria Freitas Bastos – 1963.

Revisada; 2013 por Francisco Ponte de Holanda – Eng. Eletricista.

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