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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

AULA 07 – Dimensionamento e Desenho de Quadro de


Distribuição.

PROFESSORES: | BERTINE | COGNI | GUERRA | MACHADO | NAKATA | ZOMPERO |


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS CIRCUITOS BAIXA TENSÃO! QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

CONCEITOS INICIAIS.
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QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (QD). PRUMADAS E CAIXAS DE PASSAGEM


Também chamado de Quadro de Luz (QL). Horizontais: forros, dutos, calhas.
Pela NBR 5410 o QD deve: Verticais: pontos e shafts.
- Estar em locais fáceis de acesso.
- Mais próximo possível do centro de medição.
- A distância do quadro até a tomada mais distante não deve
ultrapassar 35 m.
- Não deve ser posicionado em ambientes reservados
(quartos, banheiros, etc.)
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NBR 5410:2008 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão NBR 5410:2008 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão
6.5.4.10 Os quadros de distribuição destinados a instalações residenciais e Montando o layout elétrico
análogas devem ser entregues com a seguinte advertência:
Alguns lembretes:
ADVERTÊNCIA O QDC deve estar localizado próximo do medidor (no caso de residências) e
1. Quando um disjuntor ou fusível atua, desligando algum circuito ou a em local de fácil e livre acesso a partir de toda a instalação. A localização do
instalação inteira, a causa pode ser uma sobrecarga ou um curto- QDC também deve prever uma boa distribuição de circuítos pensando
circuito. Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga. Por isso, também no caminho pelas alvenarias (conduítes). De preferência o
NUNCA troque seus disjuntores ou fusíveis por outros de maior posicionamento do QDC deve estar em paredes livres da projeção de
corrente (maior amperagem) simplesmente. Como regra, a troca de um tubulações hidráulicas ou de riscos de infiltrações de umidade, como as
disjuntor ou fusível por outro de maior corrente requer, antes, a troca paredes externas. Desenhar uma caixa na alvenaria simbolizando o QDC
dos fios e cabos elétricos, por outros de maior seção (bitola). A razão de não alocar o QDC em paredes que possam estar perto de
2. Da mesma forma, NUNCA desative ou remova a chave automática de instalações hidráulicas se deve ao fato da água percorrer caminhos que não
proteção contra choques elétricos (dispositivo DR), mesmo em caso de imaginamos, e eventuais vazamentos nos sistemas hidráulicos podem
desligamentos sem causa aparente. chegar até a parte elétrica, literalmente “caminhando” pelas paredes
Se os desligamentos forem frequentes e, principalmente, se as tentativas de porosas. Quem já não ouviu estórias de infiltrações que foram encontrar
religar a chave não tiverem êxito, isso significa, muito provavelmente, que a pontos de luminárias e começaram a gotejar nas luminárias dos ambientes?
instalação elétrica apresenta anomalias internas, que só podem ser
identificadas e corrigidas por profissionais qualificados.

A DESATIVAÇÃO OU REMOÇÃO DA CHAVE SIGNIFICA A ELIMINAÇÃO DE


MEDIDA PROTETORA CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS E RISCO DE VIDA PARA
OS USUÁRIOS DA INSTALAÇÃO.
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QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO.
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DISJUNTOR GERAL DG - Dispositivo de Proteção Geral


O Disjuntor Geral deve ter a capacidade de enviar e interromper
toda a carga distribuída para os circuitos existentes na instalação
elétrica.
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DISJUNTORES DR - Dispositivos de Proteção a corrente Diferencial-


Residual
Artigo 6.3.3.2 Dispositivos de proteção a corrente diferencial-
residual (dispositivos DR)
NOTA O uso de dispositivos DR não dispensa, em nenhuma hipótese,
o uso de condutor de proteção. Como especificado em 5.1.2.2.3.6,
todo circuito deve dispor de condutor de proteção, em toda sua
extensão (ver também 6.4.3.1.5).
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DISJUNTOR TERMO-MAGNÉTICO
Atua devido o efeito térmico quando em sobrecarga;
Atua, instantaneamente, devido o efeito eletromagnético de
uma corrente de curto-circuito
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Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)


Equipamentos desenvolvidos com o objetivo de detectar
sobretensões transitórias na rede elétrica e desviar as
correntes de surto.
O QUE É O SURTO ELÉTRICO?
Surto elétrico é uma onda transitória de tensão, corrente ou
potência que tem como característica uma elevada taxa de
variação por um período curtíssimo de tempo. Ele se
propaga ao longo de sistemas elétricos e pode causar sérios
danos aos equipamentos eletroeletrônicos.
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Os surtos elétricos são normalmente causados por descargas
atmosféricas, manobras de rede e liga/desliga de grandes
máquinas.
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DISJUNTORES – OBSERVAÇÃO

Os disjuntores costumam ser classificados comumente como NEMA ou DIN. Embora essa classificação refira-se somente ao
tipo de encaixe (e não à forma de operação) do disjuntor no quadro de distribuição, os disjuntores com padrão de fixação
NEMA estão caindo em desuso, sendo o mais usual atualizar o quadro de distribuição para disjuntores padrão DIN.
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CIRCUITOS
Partem do quadro de distribuição e alimentam equipamentos,
tomadas e iluminação.
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DIMENSIONAMENTO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO.


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Para dimensionar os disjuntores precisamos obedecer as


seguintes relações:

I b ≤ I N ≤ I max xFCTxFCA 1,3x I N ≤ 1,45x I max xFCTxFCA

Constante
Sendo:
pela norma

Ib CORRENTE DE PROJETO DO CIRCUITO IEC 947.

Iz
IN CORRENTE NOMINAL DO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO

I max CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DOS CONDUTORES


De acordo com a secção
do conduto encontrado.

FCT FATOR DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA.

FCA FATOR DE CORREÇÃO DE AGRUPAMENTO.


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Mínimo circuito iluminação

Mínimo circuito TUG


Mínimo circuito TUE
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DIVISÃO DE CIRCUITOS.
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Toda a divisão de circuitos deve seguir algumas exigências Para atender a exigências acima, devemos seguir os
estabelecidas pela NBR 5410: seguintes critérios:
1 – Funcionalidade: Os circuitos devem ser separados pela 1 – Circuitos de iluminação e circuitos de tomadas devem ser
sua função, ou seja, iluminação não pode estar no mesmo separados.
circuito de tomadas. 2 – Todo equipamento com corrente de 10 A ou maior deve
2 – Segurança: Devemos dividir a instalação em quantos ser colocado em um circuito dedicado a este equipamento.
circuitos acharmos necessários visando diminuir a corrente 3 – De acordo com o critério anterior, o limite de corrente
em cada circuito. para os circuitos de iluminação e TUG é 10 A, ou seja:
3 – Conservação de Energia: Cada circuito deve ser • Em circuitos com tensões 127 V, a potência máxima é
dimensionado de modo a evitar a realimentação de energia 1270 VA.
entre os circuitos. • Em circuitos com tensões 220 V, a potência máxima é
4 – Manutenção: Devemos dividir a edificação em tantos 2200 VA.
circuitos quanto necessário de maneira a facilitar sua Portanto, os circuitos devem ser divididos em: Iluminação,
manutenção. Tomadas de Uso Geral e Tomadas de Uso Específico.
5 – Paralização: Devemos dividir a edificação em tantos
circuitos quantos necessário para evitar longas paralizações.
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CÁLCULO DE DEMANDA.
Utilizamos a potência total instalada para a determinação da
quantidade de fases que serão disponibilizadas à edificação.
O cálculo da demanda nos fornece o disjuntor geral que
protegerá a instalação elétrica.
Para calcular a demanda temos:

𝑫 = 𝑷𝟏 ∙ 𝒈𝟏 + 𝑷𝟐 ∙ 𝒈𝟐
Sendo:
𝑫 demanda geral.

𝑷𝟏 soma das potências dos circuitos de iluminação e TUG

𝒈𝟏 fator de demanda de iluminação e TUG.

𝑷𝟐 soma das potências dos circuitos de TUE

𝒈𝟐 fator de demanda de TUE


Tanto o g1 quanto o g2 são tabelados:
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Tabela 1 - Fator de Demanda para iluminação e TUG Tabela 2 - Fator de Demanda para TUE

Após o cálculo da demanda, conseguimos obter o disjuntor


geral a partir da tabela a seguir:
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Exemplo:
Equipotencialização das fases
1 Iluminação Sala, Dormório e Banheiro 580 580 Temos que separar os circuitos pelas fases para que tenhamos a mesma
2 Iluminação Terraço, Cozinha e Área de Serviço 300 300 quantidade de potência e evitar sua sobrecarga. Para fazer a
3 TUG Sala e Dormitório 600
Cozinha e Área de Serviço
equipotencialização, temos que escolher qual das fases abastecerá os
3 TUG 1200
4 TUG Cozinha e Banheiro 1200 circuitos 127 V, mas para os circuitos 220 V, temos que dividir a potência
TUE Microondas 2300 1150 1150 igualmente entre as fases.
TUE Chuveiro 6000 3000 3000
Segue o exemplo:
Com as potências de cada circuito determinadas, agora podemos calcular a
demanda e o disjuntor geral. Temos: 1 Iluminação Sala, Dormório e Banheiro 580 580
2 Iluminação Terraço, Cozinha e Área de Serviço 300 300
Demanda: 3 TUG Sala e Dormitório 600 600
3 TUG Cozinha e Área de Serviço 1200 1200
P1 = 3880 g1 = 0,59 4 TUG Cozinha e Banheiro 1200 1200
5 TUE Microondas 2300 1150 1150
P2 = 8300 g2 = 1 Chuveiro
6 TUE 6000 3000 3000
D = 10589,2 VA
5950 6230
Com esta demanda podemos determinar um disjuntor geral bifásico de 50 A.
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DIMENSIONAMENTO DO QUADRO.
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Equipotencialização das fases


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DESENHO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO.


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