Você está na página 1de 5

Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul

Campus Tubarão CETTAL


Engenharia Elétrica

Energias Renováveis Prof. Jorge Lewis Esswein Jr

Prova 1_D

1 – A empresa Bayton S/A contratou os serviços de engenharia para avaliar a possibilidade de tornar
mais eficiente os ambientes e processos da empresa. O diagnóstico é apresentado abaixo:

Gasto
Potência Potência Perfil de
Consumo Energético
Equipamento unitária Qtde Total Consumo
(kWh/mês) Anual
(W) (kW) (horas/mês)
(R$/ano)
Lâmpada Fluorescente
Iluminação

40 100 140
T10
Lâmpada LED 18 100 140

Motor 10 CV 8900 5 220


Motor

Motor 10 CV
7650 5 220
Premium

Ar Condicionado de
Climatização

3600 10 80
Janela 30.000 BTU
Ar Condicionado
2700 10 80
Inverter 30.000 BTU

Economia Investimento Total Tempo de Retorno


Equipamento
(R$/ano) (R$) (anos)
Iluminação
Motor
Climatização

Considerando o custo de aquisição e substituição dos equipamentos:

Lâmpada LED 18 W → R$ 16,00/unidade

Motor 10 CV Premium → R$ 3.400,00/unidade

Ar condicionado Inverter 30.000 BTU → R$ 3.200,00/unidade

Valor do kWh na empresa Bayton = R$ 0,60/kWh

Considerando os dados informados:

- Preencha as células sombreadas nas tabelas acima.


2 – O Brasil apesar de ter uma imensa malha de rede de transmissão de energia elétrica, ainda
apresenta localidades desconectadas do SIN (Sistema Interligado Nacional). Uma comunidade
desconectada do sistema elétrico na cidade de Pitinga-RO apresenta um consumo de 20.000 MWh por
ano, neste local a velocidade média anual é de 10 m/s a 50 metros de altura. Considere um
aerogerador da WEG com 147 metros de diâmetro de pá instalado com uma torre de 80 metros de
altura. Considere a eficiência (PR) do projeto igual a 60% e a curva cp abaixo. Densidade do ar no local
1.225 kg/m³. (4)

a) Qual a quantidade de energia gerada por ano para 1 aerogerador WEG147/4.2MW. Considere
a rugosidade igual a 100 mm no local.

b) Quantos aerogeradores devem ser instalados para atender ao consumo da comunidade?

c) Em um parágrafo explique a questão da intermitência na geração eólica.


3 – Leia o texto abaixo e responda à pergunta:

Tendências para a abertura do mercado de energia

HTTPS://WWW.MERCADOLIVREDEENERGIA.COM.BR/NOTICIAS/TENDENCIAS-PARA-A-ABERTURA-DO-MERCADO-DE-ENERGIA/

ACESSO: 24/05/2021

O setor elétrico brasileiro se transforma de olho no futuro apesar dos desafios. As mudanças
climáticas, os desafios impostos pela pandemia e a figura do “prosumidor” (aquele que consome a
energia que ele próprio produz) criam a necessidade urgente de avançar a agenda regulatória de
modernização, abrindo espaço para inovações e para resolver pendências antigas que se arrastam
há anos. Outro desafio que se coloca é o de evitar a interferência política sobre práticas técnicas e
de mercado, como se viu neste início do ano, com a mudança no comando da Petrobras, quando o
presidente Jair Bolsonaro discordou da política de preços da empresa.

O setor energético, para se manter competitivo, depende da ampliação da livre concorrência na


venda de combustíveis, do destravamento do mercado de gás natural para as indústrias e do
aumento do mercado livre de energia elétrica. Isso passa por mudanças de leis, mas também exige
a redefinição do papel das estatais.

A expansão do sistema elétrico é necessária. Há dois leilões previstos para 2021, com 3.288
projetos sobre os quais ainda pesam incertezas. A descentralização da geração de energia, com o
avanço da geração distribuída solar, tem ampliado a liberdade de consumidores residenciais e
industriais que buscam menores preços e uma energia ambientalmente responsável.

Com o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) em bases horárias valendo desde janeiro, haverá
uma série de repercussões, como a possibilidade de modelos de preços mais realistas. O maior
impacto do PLD horário se dará sobre as usinas eólicas que geram mais energia de madrugada,
quando o consumo de energia no País é menor. Por isso os geradores eólicos terão de buscar
proteção diante das oscilações. Um mecanismo técnico será o avanço de parques híbridos que
mesclem energia solar.

O setor que vem puxando a expansão do setor energético é o mercado livre de energia elétrica. No
gás natural, o mercado livre é a grande aposta das empresas nesta década. Desde 2009, quando foi
criada a figura do consumidor livre do insumo, apenas duas térmicas aderiram ao ambiente.

Em distribuição, mesmo com um cenário indefinido, projetos maiores de redes inteligentes ganham
destaque no contexto de mudança do escopo de atuação das distribuidoras, que se tornarão uma
plataforma de serviços e soluções, com a receita em fio sendo secundária.

Outro ponto que precisa ser reavaliado é como gerir o Mecanismo de Realocação de Energia (MRE),
que funciona como um condomínio para as hidrelétricas, em que ônus e bônus (maior ou menor
geração em virtude de chuvas ou ocorrências) são compartilhados entre as usinas participantes.

O MRE foi criado para ser uma ferramenta de gestão de risco hidrológico em termos neutros entre
os agentes. Entretanto, a socialização plena dos riscos não traz incentivos à eficiência individual.
Por diversos problemas, as turbinas podem estar gerando menos do que os contratos apontam, e
seria necessário rever as garantias dos empreendimentos.

Alguns especialistas apontam que o MRE e o peso de encargos e tributos são disfuncionalidades
que não acompanharam a grande transformação que houve no setor desde 2004. A inovação
permitiu que o custo marginal de expansão do sistema fosse decrescente e que eólicas e solares
saíssem mais baratas que o mix de energia das distribuidoras. A geração distribuída solar ganhou
espaço como forma de pessoas físicas e empresas fugirem da alta das tarifas no mercado regulado
em que tributos e impostos respondem por mais da metade da conta.

O modelo atual, sancionado em 2004, é baseado na contratação de energia pelas distribuidoras em


leilões anuais em que os geradores ofertam contratos de longo prazo, de 25 a 35 anos, o que
também contribui para financiar os projetos. São os chamados contratos legados.

Quando o modelo foi lançado, no início do primeiro mandato do governo Lula, o País vivia os efeitos
do racionamento de energia elétrica de 2001 e 2002 e o mercado livre respondia por 2% da carga de
energia do País. Hoje o ambiente livre representa um terço da carga. Ampliar este segmento implica
resolver os contratos legados e o papel das distribuidoras.

Uma das principais discussões dos próximos meses é como corrigir as imperfeições do modelo
quando as distribuidoras estão sobrecontratadas e a demanda é uma incógnita diante dos efeitos
da pandemia.

A modernização do setor, o avanço da geração distribuída solar e a ampliação do mercado livre


poderão ter grande impacto sobre o elo de distribuição, principal arrecadador da receita. A tarifa
brasileira já é alta e o cenário pode piorar. De janeiro a março, o acionamento além do previsto de
termelétricas para atendimento à demanda chegou a R$ 3,9 bilhões, valor superior aos R$ 3,7
bilhões de todo o ano passado.

Os encargos gerados quando há acionamento dessas térmicas adicionais pressionam a conta de


luz e aumentam despesas até para empresas que atuam no chamado mercado livre de energia. A
longa duração da pandemia poderá continuar afetando a receita do setor, o que pode levar à criação
de uma nova conta Covid-19, como foi feito no ano passado. Na primeira semana de abril, a Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu adiar reajustes tarifários previstos para algumas
distribuidoras enquanto avalia saídas para conter uma tendência de forte aumento de custos para
os consumidores neste ano

Dentre as alternativas abaixo, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso: (2)

( ) A intromissão política nos aspectos regulatórios é bem vinda para o planejamento do setor elétrico.

( ) Os consumidores livres são maioria no Brasil.

( ) A falta de planejamento na expansão do setor prejudica o consumidor, pois o acionamento


adicional de térmicas encarece o valor da energia elétrica.
( ) O modelo de cálculo do PLD com base horária irá remunerar as geradoras de acordo com o horário
da energia entregue ao SIN.

( ) A sobrecontratação pode vir a ser um problema para as distribuidoras.

Você também pode gostar