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ESTUDO DE REDUÇÃO DAS DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA E APLICAÇÃO


DE TÉCNICAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM UMA INDÚSTRIA DO RAMO
PLÁSTICO

Gabriel Bussolo1
André Abelardo Tavares2

Resumo: Reduzir custos de produção sem perder a qualidade do produto é um dos


principais focos das empresas hoje em dia, e o tema mais procurado é a redução das
despesas com energia. O presente trabalho, visa apresentar algumas opções
relevantes para a redução do valor pago na fatura de energia elétrica em uma empresa
de compostos plásticos da região sul de Santa Catarina. A empresa encontra-se no
mercado cativo e deseja rever alguns aspectos que podem diminuir o valor pago na
fatura de energia, com isso um dos pontos mais viáveis foi a alteração da tarifação
horosazonal verde para azul. Algumas opções como implementação de uma usina
fotovoltaica e aplicação de eficiência energética também foram analisados, no
entanto, devido ao custo de implementação se tornaram menos atrativos ao ajuste
tarifário. Foi levado em consideração a migração para o mercado livre de energia,
porém verificando o atual cenário de consumo de energia da empresa e os requisitos
mínimos de migração, concluiu-se que não seria uma prática a ser adotada no
momento. Por fim constatou-se que o cenário mais viável e mais econômico se deu
quando aderida a tarifação azul, juntamente com a eficiência energética obtida na
substituição do motor.

Palavras-Chave: Tarifação. Eficiência Energética. Redução. Fotovoltaica. Plástico.

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, um tema que vem sendo bastante debatido no cenário


nacional, é a eficiência energética. Prestadores de serviço, geradores de energia
elétrica, fabricantes e consumidores, buscam se adequar a este novo mundo, que se
propõe por meio de novas tecnologias, alcançar o maior nível de eficiência. Para
entender mais sobre este tema, é preciso entender o que cada palavra significa. Ao
buscar no dicionário a palavra eficiência, encontra-se que a mesma se refere a uma
ação ou até mesmo a virtude de produzir um efeito, e que quando voltado para a área

1 Graduando em Engenharia Elétrica. Ano 2022-1. E-mail: gabribusma@hotmail.com


2 Professor do Centro Universitário UniSATC E-mail: andre.tavares@satc.edu.br
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da engenharia elétrica, entende-se que, é o método de utilizar-se menos recursos


naturais para produzir a mesma quantidade de energia, ou então desenvolver o
mesmo serviço com uma menor quantidade de energia (SEIXAS, 2020).
De acordo com dados do Balanço Energético Nacional, o BEN, hoje em dia
o setor que mais consome energia elétrica no Brasil, é o setor industrial, que
corresponde a 34,8% do gerado no país (EPE, 2020). Segundo a pesquisa de posse
e hábitos de uso de equipamentos elétricos, PPH, afirma que dentro do setor
industrial, com 68,3% do consumo a força motriz é o maior consumidor de energia
elétrica (TAKEDA, 2020). Hoje nas indústrias, os motores com maior consumo, são
geralmente utilizados em extrusoras, fornos, moinhos e entre outros, convertendo a
energia elétrica em mecânica (MENDES, 2016). Nestes casos, muitos destes motores
ainda utilizam tecnologias ultrapassadas, como por exemplo, os de corrente contínua.
Entretanto, uma substituição desses conjuntos, poderia ser um grande passo para a
diminuição do consumo de energia elétrica.
Preocupadas com o consumo, muitas indústrias procuram por métodos de
redução de custos de energia. Um destes é o ajuste da tarifa de energia elétrica, que
está relacionado a uma revisão nos grupos tarifários a qual pertence, migrando de
uma tarifação para outro de acordo com características de consumo e operação da
empresa, visando encontrar o ideal. Porém, por vezes não é o suficiente, muitos
acabam buscando uma melhor opção, como por exemplo, o mercado livre de energia.
Neste mercado, consumidores, comerciantes e geradores de energia elétrica, tem um
livre comércio para negociar eletricidade. Em outras palavras, um consumidor que
migra para o mercado livre, pode escolher o fornecedor de sua energia, tem
flexibilidade na negociação e previsão de custos, e não está sujeito a reajustes das
bandeiras tarifárias (ENGIE, 2021).
Na última década o Brasil sofreu um aumento no consumo de energia
elétrica, isto se deu as novas tecnologias que vieram se desenvolvendo com o passar
dos anos. Porém em contrapartida, também aumentaram os incentivos a micro e
minigeração distribuída (SANT’ANA, 2020). Com isso muitas residências e indústrias
foram instalando suas próprias gerações, tanto para consumo próprio, quanto para
crédito de energia elétrica.
Recentemente tem se falado muito em fontes de energia renováveis, e um
setor que vem ganhando espaço no mercado é a geração fotovoltaica. Nas empresas
3

a geração de energia pode ser um dos principais pontos para a redução da fatura de
energia, não necessariamente para sustentar toda a indústria, mas para suprir alguns
pontos que dependendo do horário do dia, podem se tornar críticos.
A partir destes conhecimentos, foi elaborado um estudo técnico e
econômico a partir de um levantamento de dados e medições com ferramentas que
permitam dar suporte e realizar ações para uma redução do valor pago em despesas
de energia elétrica. Dentre as opções estão o ajuste tarifário, aplicação de eficiência
energética e a utilização de geração distribuída, em que cada um destes serão
estudados e analisados durante a elaboração do trabalho, com objetivo de identificar
os métodos mais viáveis e que melhor se adéquam as características da empresa em
estudo.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nesta etapa serão abordados alguns conceitos relacionados ao estudo que


será desenvolvido neste trabalho.

2.1 MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL

O atual cenário para o mercado de energia elétrica brasileiro é dividido em


dois grupos, ACL (Ambiente de contratação livre) e o ACR (Ambiente de contratação
regulado), também chamado de mercado cativo.
O mercado cativo, refere-se ao ambiente convencional, onde o consumidor
paga somente uma fatura de energia mensal onde estão inclusos, serviços de
distribuição e geração de energia elétrica. Estas tarifas são pagas as concessionárias
de distribuição a qual estão conectados, e tem o valor regulado pelo Governo.
Já no ambiente ACL, estão os consumidores livres. Estes têm total opção
de escolha de qual contrato vai lhe proporcionar um maior custo-benefício, além de
negociarem energia diretamente dos geradores ou comercializadores (GAZOLLA,
2020). Como já citado, no ambiente cativo, os consumidores têm o valor da tarifa de
energia regulado pela ANEEL e estão sujeitos às bandeiras tarifárias.
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As bandeiras tarifárias, passaram a ser vigentes em 2015, com o objetivo


de repassar de forma mais clara ao consumidor, custos adicionais provenientes do
acionamento de usinas termoelétricas (ANEEL, 2015).
O mercado livre de energia se torna mais vantajoso para o consumidor
devido a negociação ser feita diretamente com geradores ou comerciantes, excluindo
taxas de distribuição, livre de bandeiras tarifárias entre outros. Além destas vantagens,
o contratante escolhe a energia convencional ou incentivada.
Na energia incentivada, o comprador pode receber descontos por contratar
essa energia. A mesma, se refere as fontes de energia renováveis como PCH
(pequenas centrais hidroelétricas), biomassa, eólica e solar. Já as energias
convencionais representam todas as outras fontes como, termoelétricas, a gás e as
grandes hidroelétricas.
No mercado livre de energia, os consumidores são classificados em dois
tipos, os consumidores especiais e os consumidores livres. Conforme representado
na Fig. 1 os consumidores especiais representam a classe dos que contem carga ou
demanda contratada entre 500 kW e 1000 kW. O consumidor especial deve somente
contratar energia incentivada (MERCADO LIVRE DE ENERGIA, 2020). Para
consumidores livres, a escolha entre contratar energia incentivada ou convencional é
liberada. Estes devem conter carga ou demanda contratada acima de 1000 kW
(BRASIL, 2019).

Figura 1: Requisitos para migrar ao ACL.


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Fonte: BE ENERGY (2019) adaptado

Segundo CCEE (Câmara de comercialização de energia elétrica), o


consumo no mercado livre de energia avançou de 13,3% na primeira quinzena de
julho de 2021, quando comparado à mesma época no ano de 2020. Nesse mesmo
mês o consumo atingiu um nível de 35,9% de toda energia elétrica consumida no país
(CCEE, 2021). Conforme a ABRACEEL (Associação brasileira dos comercializadores
de energia), em sua cartilha publicada em 29 de maio de 2019, 80% da energia
consumida pelas indústrias do país, é adquirida no mercado livre de energia
(ABRACEEL, 2019).

2.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

De acordo com a ANEEL, Resolução Normativa nº 482, foi liberado a


instalação de geração distribuída conectada à rede do distribuidor. Sendo assim,
muitos consumidores passaram a gerar sua própria energia ou pelo menos parte dela,
por meio de fontes renováveis ou cogeração qualificada, que são as chamadas
gerações distribuídas.
Existem dois tipos de geradores, os micros e os minigeradores, sendo a
microgeração com potência instalada de até 75kW, e a minigeração com potência
instalada superior à 75kW até 3MW para sistemas hídricos ou 5MW para os demais.
A análise de custo/benefício é de responsabilidade do consumidor, porém
a ANEEL sugere alguns pontos para serem levados em consideração como, tipo da
fonte de energia, tecnologia dos equipamentos, porte tanto da unidade consumidora
quanto da unidade geradora, localização, valor atual da tarifa de energia a qual a
unidade consumidora está submetida, condições de pagamento e informações de
outras unidades consumidoras que possam usufruir dos créditos de compensação de
energia.
O sistema de compensação de energia elétrica, diz respeito a geração de
um crédito em energia para ocasiões em que a geração de energia é maior que o
consumo, sendo assim, o consumidor tem até 60 meses para abater o valor do crédito
nas próximas faturas de energia ou em outro posto tarifário. Para consumidores de
alta tensão, ao abater estes créditos, o valor deve ser submetido ao fator de ajuste de
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uma componente da tarifa de ponta pela fora de ponta, quando o excedente surgir no
posto de ponta ou da tarifa fora de ponta pela de ponta quando o excedente surgir no
posto fora de ponta.
Os valores sobre impostos e tributos federais, não são de responsabilidade
da ANEEL, porém cabem a Receita Federal do Brasil e as secretarias de Fazenda
Estaduais a cobrança de ICMS e PIS/COFINS. O imposto sobre circulação de
mercadorias e serviços – ICMS segundo conselho nacional de política fazendária –
CONFAZ, através do convênio ICMS 16, atribui o valor do ICMS somente sobre a
diferença entre energia consumida e energia injetada na rede. Porém esta cobrança
só é válida para estados que aderiram o ICMS 16, os demais ainda permaneceram no
convênio ICMS 6, onde a cobrança é sobre toda a energia consumida, sem considerar
a energia injetada na rede.
De acordo com a lei nº13.169/2015, a cobrança do programa de integração
social – PIS e a contribuição para o financiamento da seguridade social – COFINS,
deverá ocorrer apenas sobre a diferença positiva entre a energia consumida e a
energia injetada na rede (ANEEL, 2016).

2.3 INDÚSTRIAS DO SETOR PLÁSTICO

O ramo de transformação plástica, é divido em dois grupos, os


termoplásticos e os termorrígidos. Os termoplásticos podem ser considerados um
polímero que, ao ser submetido a temperaturas elevadas, tem sua maleabilidade
aumentada, logo assemelha-se a materiais fundidos. Estes podem ser do tipo
polipropileno, polietileno, PVC e entre outros. Já os termorrígidos, são materiais que
após moldados, não permitem ser remoldados ou fundidos, são estes o poliuretano,
poliéster, baquelite e entre outros.
Dentro do produto final do grupo dos termoplásticos, encontra-se o plástico
granulado. Este serve para obtenção de características ideais do material para
fabricação de determinados produtos. Dentre os ramos beneficiados, estão as
indústrias farmacêuticas, alimentícias, mineração, siderúrgica e de fertilizantes, assim
como pode ser encontrado no processo intermediário de outros produtos (MICHAELI,
et. al., 1995).
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O processo de granulação é bem simples, o material passa pela moagem,


lavagem e separação, secagem e extrusão. Destes, o que mais consome energia
elétrica, é o processo da extrusão. Este processo consiste basicamente em derreter
os grânulos do termoplástico e processá-los. Na Fig. 2 apresenta-se uma imagem
representando uma extrusora.

Figura 2: Componentes da Extrusora.

Fonte: Mais Polímeros (2019)

A máquina é alimentada com o material no funil de alimentação, que em


seguida por gravidade cai sobre a rosca, que a transporta pelo cilindro que é aquecido
por resistências. Durante este período, o material é submetido a altas temperaturas,
assim os materiais se fundem e são encaminhados diretamente para a matriz final. A
rosca é movimentada por um motor que vai acoplado ao redutor. Estes motores
podem ser de potências entre 100 cv e 150 cv, e muitos ainda com tecnologias
ultrapassadas, de baixo rendimento como modelos de corrente contínua, que utilizam
conversores CC/CA para controle dos mesmos. Ao redor de todo o cilindro, há zonas
de resistência tipo coleira que abraçam o cilindro. Motores estão acoplados a
ventiladores que durante o percurso ajudam a manter a temperatura correta do
cilindro. Por fim uma bomba de vácuo auxilia na retirada dos gases na degasagem.
Em geral na região sul de Santa Catarina, o maquinário do setor de
transformação plástica é antigo e pouco eficiente. Porém, a competitividade vem
fazendo com que estas indústrias encontrem meios de garantir seu espaço no
mercado, um método simples e que vem dando resultado, é a aplicação da eficiência
energética (MENDES, 2016).
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Com um parque fabril antigo, a aplicação da eficiência energética pode


reduzir os custos com energia elétrica adotando soluções simples como a
implementação de novas tecnologias, ou simplesmente substituindo uma tecnologia
ultrapassada e ineficiente por uma mais recente. No parque industrial, o maior
consumo de energia elétrica, vem da força motriz, logo para a indústria da
transformação plástica não é diferente.
Como já citado anteriormente, eficiência energética, é o ato de se produzir
a mesma quantidade com menos recursos. Sabendo o alto consumo de uma
extrusora, um dos pontos para se reduzir a despesa com energia é aplicando
eficiência energética nesta máquina. De acordo com a Lei nº 10.295, de 2001, também
pode ser chamada de lei de eficiência energética, existem níveis mínimos de eficiência
energética ou níveis máximos de consumo de energia, para máquinas e aparelhos
que consomem quaisquer tipos de energia no país, seja elétrica, derivadas do petróleo
ou outros insumos energéticos (PROCEL, 2014).
Dentre estes aparelhos e máquinas, estão os motores elétricos trifásicos,
onde de início, tiveram seus níveis mínimos de eficiência energética definidos por
meio do decreto n°4.508 (BRASIL, 2002). Este decreto teve seus valores ajustados
por meio da portaria interministerial n°1, de 29 de junho de 2017, em que motores de
150 cv com quatro polos devem ter rendimento nominal mínimo de 95,8% (BRASIL,
2017). Logo, considerando a extrusora citada, pode-se entender que, ao substituir um
motor de alta potência, baixo rendimento, com tecnologia ultrapassada, por um motor
novo, com alto rendimento, produz-se o mesmo trabalho, com menor custo, assim
reduzindo o valor pago em energia elétrica.

2.4 AJUSTE TARIFÁRIO

Ao falar em ajuste tarifário, automaticamente, remete-se ao ambiente


cativo, onde encontram-se os grupos tarifários e suas tarifas vigentes. De acordo com
o site da CELESC, o grupo tarifário A é dividido em subgrupos, que são formados e
sua maioria por pequenas empresas que não tem carga instalada o suficiente para
aderir ao mercado livre de energia elétrica. O ajuste tarifário, ou como também é
conhecido, enquadramento tarifário, tem como propósito, alinhar o perfil do
consumidor de energia elétrica de acordo com as opções definidas pela ANEEL.
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Dentro dos subgrupos do grupo A, existem as tarifações azul e verde, sendo a azul
caracterizada pela diferenciação dos valores de consumo de energia elétrica e
demanda de acordo com os horários de ponta e fora ponta e a verde caracterizada
pela diferenciação dos valores de consumo de energia elétrica nos horários de ponta
e fora ponta, porém o valor da demanda é único para os dois horários (CELESC,
2021).
No entanto, muitas empresas insatisfeitas com o valor pago na tarifa de
energia elétrica, procuram verificar seu enquadramento tarifário visando pagar menos
pela energia consumida, e muitas vezes este enquadramento é analisado por uma
empresa especializada que detém conhecimento para verificar qual o melhor
enquadramento para o consumidor e qual o processo a ser seguido para solicitar a
mudança de enquadramento (CUBI ENGENHARIA, 2020).

3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Neste capítulo, serão apresentados os procedimentos adotados para


desenvolver as análises técnicas e econômicas visando opções viáveis de redução
do valor gasto em energia para a empresa do ramo plástico. As etapas adotadas
podem ser observadas no fluxograma da Fig. 3.

Figura 3: Procedimento experimental.

Fonte: Do autor (2022)


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De acordo com o fluxograma da Fig. 3, no início do processo, foram


coletadas informações referentes ao histórico de consumo de energia elétrica da
empresa durante o ano de 2021, juntamente com o diagrama unifilar, a partir disto foi
desenvolvido a Tab. 1, que representa uma visão geral das características técnicas e
econômicas da fatura da empresa em estudo.

Tabela 1: Características técnicas e econômicas da empresa.


Concessionária de Energia CELESC
Grupo Tarifário A4 / Horosazonal Verde
Tarifa de Energia Ponta R$ 1,695
Tarifa de Energia Fora Ponta R$ 0,496
Valor da Demanda R$ 18,408
Demanda Contratada 270 kW
Tensão de alimentação 13,8 kV
Transformador 300 kVA
Localização Orleans, SC
Área construída 2.800 m²
Consumo médio mensal 84.040,58 kWh
Consumo total anual 1.008.487,00 kWh
Produção Anual 3.964 t
Fonte: Do autor (2022)

Na Fig. 4, está representado o diagrama unifilar da empresa, desenvolvido


em visita a fábrica juntamente com o auxílio de um engenheiro eletricista.
O esquema foi desenvolvido no Software AutoCad encontrado nos
laboratórios da SATC.
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Figura 4 - Diagrama Unifilar da Indústria.

Fonte: Do autor (2021)

De acordo com o diagrama unifilar mostrado na Fig. 4, a empresa hoje


conta com uma subestação abrigada, onde encontram-se o medidor da
concessionária de energia, chaves de proteção e o transformador de 300 kVA e ainda
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dois painéis de distribuição, sendo eles, um quadro geral na subestação, e um quadro


de distribuição dos circuitos que distribui todos os circuitos ao longo da indústria.
Após uma visita in loco e o auxílio do eletricista responsável desenvolveu-
se o quadro de cargas, representado na Tab. 2. A obtenção destes dados foi
necessária para identificar todo o maquinário e circuitos elétricos existente, isto se deu
por meio da verificação de placas de identificação dos motores, projetos elétricos em
geral e datasheets. Entretanto o primeiro passo foi verificar o projeto da empresa,
porém, por se tratar de uma fábrica de pequeno porte e com mais de 15 anos no
mercado, a empresa não possui projeto elétrico industrial, então foi necessário
desenvolver um esquema unifilar considerando que todas as cargas estão de acordo
com os dados do fabricante.

Tabela 2: Consumo de energia elétrica da empresa em estudo.


Quadro de Cargas
Disjuntor Potência Motor
Descrição
Geral (kW) (cv)
Extrusora dupla rosca 175 92
Extrusora mono rosca 150 73,54 100
Secador dupla rosca 70 10
Secador mono rosca 70 10
Batedor 01 100 44,12 60
Batedor 02 100 44,12 60
Batedor 03 100 44,12 60
Derretedor de cera 01 50 9
Derretedor de cera 02 50 9
Peneiras e Chupins dupla rosca 16 0,75 1
Peneiras e Chupins mono rosca 16 0,75 1
Compressor 25 7,35 10
Torre de resfriamento 10 2,2 3
Bomba d'água 16 3,67 5
QD escritório 32 5
Tomadas trifásicas 40 20
Tomadas monofásicas 40 7
QD iluminação produção 16 1,8
QD iluminação depósito 16 1,8
SCI Iluminação Emergência 10 0,5
SCI Central Alarme Incêndio 10 0,5
Fonte: Do autor (2022)
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Um resumo das últimas faturas de energia elétrica da empresa está


apresentado na Tab. 3. Contudo, foi considerado um cenário onde a empresa
pretende manter o maquinário para os próximos anos, sendo assim, os dados abaixo
se tornam válidos para o estudo.

Tabela 3: Consumo de energia elétrica da empresa em estudo.


Consumo em
Mês Tarifa em R$
kWh
jan/21 40.575 33.677,25
fev/21 66.072 54.839,76
mar/21 71.817 59.608,11
abr/21 86.827 72.066,41
mai/21 78.814 65.415,62
jun/21 84.944 70.503,52
jul/21 96.575 80.157,25
ago/21 91.061 75.580,63
set/21 85.317 70.813,11
out/21 93.062 77.241,46
nov/21 103.641 86.022,03
dez/21 109.782 91.119,06
Total 1.008.487 837.044,21
Média 84.040,58 69.753,68
Fonte: Do autor (2022)

A partir destas informações, verificou-se alguns pontos estratégicos onde


poderiam ser revistos alguns fatores, logo a análise foi dividida em três tópicos de
estudo: ajuste tarifário, implementação de uma geração de distribuída, aplicação da
eficiência energética na planta industrial e por fim migração para mercado livre de
energia elétrica. Estudou-se então cada tópico fazendo a analise de viabilidade de
cada tópico utilizando métodos de analise econômica, considerando uma TMA igual a
15% de acordo com a taxa Selic atual.

3.1 AJUSTE TARIFÁRIO

Atualmente, de acordo com a Tab. 1, a empresa encontra-se no mercado


cativo no grupo A4 horosazonal verde. A fábrica opera 24 horas por dia, de segunda
a sexta-feira, mantendo seu maquinário desligado nos finais de semana e feriados.
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No entanto, das 24 horas trabalhadas por dia, somente 22 horas é atingido o valor da
demanda contratada, nas duas horas restantes, o valor da demanda é quase nulo,
pois a empresa desliga algumas máquinas no horário de ponta para manutenções e
evitar maiores consumos. Tendo em vista a atual demanda contratada da empresa, e
o fato de não ser possível migrar para o mercado livre de energia, uma análise de
reajuste tarifário foi desenvolvida. A Tab. 4 mostra os valores atuais da distribuidora
de energia na qual a empresa se encontra hoje, a CELESC, para a tarifa verde e azul,
considerando tarifa da TUSD e desconsiderando impostos como ICMS, PIS e
COFINS.

Tabela 4: Custos de energia no ambiente cativo.


TARIFA AZUL DEMANDA ENERGIA
PONTA R$ 28,27 R$ 0,53739
FORA PONTA R$ 13,29 R$ 0,35847
TARIFA VERDE DEMANDA ENERGIA
PONTA R$ 13,29 R$ 1,22373
FORA PONTA R$ 13,29 R$ 0,35847
Fonte: Do autor (2022)

A base para desenvolvimento das análises de ajuste tarifário no mercado


cativo, partiram dos valores da Tab. 4.

3.2 DIMENSIONAMENTO DA USINA FOTOVOLTAICA

Considerando os dados de consumo da empresa obtidos na Tab. 1, foi


analisado o ciclo de funcionamento da empresa e verificado qual a melhor opção de
geração distribuída para a fábrica. Após verificar a localização da fábrica, optou-se no
dimensionamento de uma usina Fotovoltaica.
O projeto da usina foi desenvolvido no software, SAM (System Advisor
Model), simulando o sistema de geração de energia escolhido para a fábrica. Com o
intuito de encontrar um sistema com melhor custo-benefício para a empresa, foi
desenvolvido duas simulações de usina fotovoltaica com inversores de potencias
diferentes, que foram comparados ao final do projeto.
Tendo em vista atender com energia solar todo o consumo de energia
elétrica da empresa, verificou-se o consumo anual descrito na Tab. 1, igual a
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1.008.487 kWh/ano. Com esse valor e baseando-se na Eq. 1 foi obtida a capacidade
instalada de 820 kWp.

. (1)
=
.

Onde:
Pfv = Capacidade instalada (kWp);
E = Energia Desejada (kWh/mês);
Gstc = Constante valor 1 (kW/m²);
IRano = índice de irradiação anual (365 x kWh/m²/dia);
= Taxa de desempenho (entre 0,75 e 0,9)

Outro ponto a ser levado em consideração é a área útil para instalação do


sistema fotovoltaico, e observando a Tab. 1 notou-se que a atual configuração da
empresa dispõe de apenas 2.800 m² para instalação do sistema, logo o software foi
ajustado para desenvolver um sistema de acordo com a área disponível para a
instalação.
Para o cálculo dos inversores, foi levado em consideração o fator de
dimensionamento de inversores (FDI) representado na Eq. 2, através dele foi
verificado se a quantidade de inversores era compatível com a quantidade de
módulos.

(2)
=

Onde:
FDI = Fator de dimensionamento do inversor (entre 0,65 e 0,92);
Pinv = Potência total dos inversores somados (kW);
Pfv = Potência total do número de módulos fotovoltaicos (kWp);

Para se aproximar dos valores de implementação mais próximo da


realidade, foi solicitado a uma empresa da região que atua na venda de sistemas
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fotovoltaicos, para que fizessem um orçamento com as características do sistema


desenvolvido, assim encontrando o custo de implementação do sistema.

3.3 APLICAÇÃO DA EFICIENCIA ENERGÉTICA

Já na parte da aplicação de eficiência energética, foi dado ênfase na


análise mais elaborada das cargas que compõem o parque fabril, apresentando dessa
forma, opções mais atrativas para a redução da tarifa de energia elétrica. Para
identificar onde se encontrava o maior consumo em energia elétrica da empresa,
analisou-se o quadro de cargas da Tab. 2, onde foi identificado a extrusora dupla-
rosca como a máquina com o maior consumo.
Após identificar as principais cargas foi dado sequência ao processo de
medição por meio de um analisador de energia da marca EMBRASUL, modelo
RE7000. Diante dessa informação, o próximo passo foi verificar a máquina para
entender o funcionamento e onde ocorre o alto consumo de energia. Os critérios a
serem considerados para determinar qual a melhor carga para aplicação da eficiência
energética foram: tipo de equipamento, idade, consumo, ciclo de trabalho e tipo de
tecnologia.
A extrusora dupla-rosca, opera 24 horas por dia durante 22 dias no mês,
possui um motor de corrente contínua de 92kW de potência, com mais de 20 anos de
idade e com baixo rendimento, uma tecnologia muito antiga quando comparada as
extrusoras mais atuais. Logo foi sugerido a possibilidade de substituir o motor de
corrente contínua por um motor novo de corrente alternada, com maior rendimento.
Contudo, após a análise, foi utilizado analisador de energia para coletar dados de
consumo do motor, e assim verificar a viabilidade de troca por um motor de corrente
alternada.
Algumas grandezas elétricas importantes foram levantadas e a partir
destes foi desenvolvida a Tab. 5 que representa valores de placa do motor e valores
reais de trabalho da máquina.

Tabela 5: Dados do motor CC e ventilação forçada instalados.


MOTOR CC (Atual) + CONVERSOR
Potência Nominal 92 kW
Potência Medida 56,61 kW
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Rendimento 62%
Corrente Medida 105 A
Horas Trabalhadas (dia) 24
Dias trabalhados (mês) 22
Consumo mensal 29.568,0 kWh
Consumo mensal em R$ R$ 15.422,30

VENTILAÇÃO FORÇADA DO MOTOR CC (Atual)


Potência Nominal 2,5 kW
Potência Medida 2,5 kW
Rendimento 0,9%
Corrente Medida 5,2 A
Horas Trabalhadas (dia) 24
Dias trabalhados (mês) 22
Consumo mensal 1.320,0 kWh
Consumo mensal em R$ R$ 646,80
Fonte: Do autor (2022)

As análises da substituição do motor atual pelo novo foram baseadas na


Tab. 5. Essa análise, foi desenvolvida a partir de um comparativo das características
técnicas do motor atual e o novo, e com o auxílio do Software CEE do fabricante WEG
por meio de um integrador da marca. O cálculo de consumo mensal em reais, foi feito
com base nos valores da tarifa obtidos na Tab. 1.

3.4 MIGRAÇÃO PARA MERCADO LIVRE DE ENERGIA

Supondo um cenário onde a empresa desejaria aumentar seu consumo


chegando à demanda contratada igual ou superior a 500kW, criou-se um estudo de
migração para o mercado livre de energia elétrica. Sendo assim, consultou-se uma
empresa da região responsável pela gestão de energia no mercado livre, que a partir
dos dados de consumo encontrados na Tab. 1 e Tab. 3, desenvolveu um estudo para
migrar a empresa em análise do ambiente cativo para o ambiente livre. A empresa
solicitada é responsável por gerenciar toda a negociação entre consumidor e
gerador/comerciante do mercado livre de energia. A Tab. 6 demonstra os valores
atuais da tarifa de energia para o cenário livre.
18

Tabela 6: Valores tarifa de energia no Mercado Livre (data base 05/04/2022).


FATURA CONCESSIONÁRIA
Demanda (kW) R$ 6,650
TUSD Ponta R$ 0,472
TUSD Fora Ponta R$ 0,086
COMPRA DE ENERGIA MERCADO LIVRE
Quantidade de compra em MWh 109,782
Preço de compra por MWh R$ 220,00
Fonte: Do autor (2022)

Os valores expressos na Tab. 6 não incluem impostos sobre serviços de


distribuição e sobre a compra de energia no mercado livre, além de custos com a
CCEE e os encargos do serviço do sistema. Também são desconsiderados custos
com adaptação de subestação e troca de transformador para tornar-se apto a
ingressar no mercado livre de energia.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo apresenta-se os resultados obtidos de acordo com as


análises realizadas. Os gráficos e tabelas encontrados aqui, baseia-se no histórico de
consumo durante o ano de 2021.

4.1 AJUSTE TARIFÁRIO

Considerando que a empresa irá se manter no mercado cativo, porém


deseja rever seu grupo tarifário, simulou-se tarifas de energia nos dois grupos tarifário,
horosazonal verde e horosazonal azul, considerando dados de consumo da Tab. 3 e
valores de tarifa da Tab. 4. As Tab. 7 e Tab. 8 destacam os valores de consumo em
reais para a tarifação azul e verde respectivamente.

Tabela 7: Fatura de energia na tarifação azul.


TARIFAÇÃO AZUL
MÊS DEMANDA CONSUM DEMANDA DEMANDA CONSUMO CONSUMO TARIFA TOTAL
P / FP O (kWh) NA PONTA FORA PONTA (R$) FORA PONTA (R$)
(kW) (R$) PONTA (R$) (R$)
JAN 30 / 270 40575 R$ 1.151,74 R$ 4.873,01 R$ 1.985,76 R$ 18.427,80 R$ 26.438,32
FEV 30 / 270 66072 R$ 1.171,51 R$ 4.956,63 R$ 3.289,19 R$ 30.522,52 R$ 39.939,86
MAR 30 / 270 71817 R$ 1.194,83 R$ 5.055,32 R$ 3.646,16 R$ 33.837,15 R$ 43.733,46
19

ABR 30 / 270 86827 R$ 1.195,22 R$ 5.056,98 R$ 4.758,38 R$ 40.690,06 R$ 51.700,64


MAI 30 / 270 78814 R$ 1.186,95 R$ 5.021,99 R$ 3.592,04 R$ 37.144,49 R$ 46.945,47
JUN 30 / 270 84944 R$ 1.159,29 R$ 4.904,94 R$ 4.490,44 R$ 38.627,32 R$ 49.181,98
JUL 30 / 270 96575 R$ 1.132,33 R$ 4.790,87 R$ 4.836,59 R$ 42.995,13 R$ 53.754,92
AGO 30 / 270 91061 R$ 1.134,21 R$ 4.798,81 R$ 3.687,54 R$ 41.194,81 R$ 50.815,37
SET 30 / 270 85317 R$ 1.153,62 R$ 4.880,94 R$ 3.995,53 R$ 38.935,72 R$ 48.965,80
OUT 30 / 270 93062 R$ 1.162,02 R$ 4.916,47 R$ 4.258,76 R$ 42.866,95 R$ 53.204,19
NOV 30 / 270 103641 R$ 1.163,75 R$ 4.923,82 R$ 5.118,29 R$ 47.565,54 R$ 58.771,39
DEZ 30 / 270 109782 R$ 1.163,75 R$ 4.923,82 R$ 5.835,04 R$ 50.108,11 R$ 62.030,71
TOTAL ANUAL R$ 585.482,11
Fonte: Do autor (2022)

Para o cálculo da tarifação azul, foi considerado uma demanda de 30 kW


na ponta, sabendo que a empresa consome pouca energia neste horário e este é o
valor mínimo definido para contratação de demanda no horário.
As Tab. 7 e Tab. 8 foram desenvolvidas considerando tributos referentes
aos meses de janeiro a dezembro no ano de 2021.

Tabela 8: Fatura de energia na tarifação verde.


TARIFAÇÃO VERDE
MÊS DEMANDA CONSUMO DEMANDA CONSUMO CONSUMO FORA TARIFA TOTAL
(kW) (kWh) (R$) PONTA (R$) PONTA (R$) (R$)

JAN 270 40575 R$ 4.873,01 R$ 4.521,92 R$ 18.427,80 R$ 27.822,73


FEV 270 66072 R$ 4.956,63 R$ 7.490,06 R$ 30.522,52 R$ 42.969,22
MAR 270 71817 R$ 5.055,32 R$ 8.302,94 R$ 33.837,15 R$ 47.195,40
ABR 270 86827 R$ 5.056,98 R$ 10.835,65 R$ 40.690,06 R$ 56.582,69
MAI 270 78814 R$ 5.021,99 R$ 8.179,69 R$ 37.144,49 R$ 50.346,17
JUN 270 84944 R$ 4.904,94 R$ 10.225,50 R$ 38.627,32 R$ 53.757,76
JUL 270 96575 R$ 4.790,87 R$ 11.013,76 R$ 42.995,13 R$ 58.799,76
AGO 270 91061 R$ 4.798,81 R$ 8.397,16 R$ 41.194,81 R$ 54.390,78
SET 270 85317 R$ 4.880,94 R$ 9.098,51 R$ 38.935,72 R$ 52.915,17
OUT 270 93062 R$ 4.916,47 R$ 9.697,93 R$ 42.866,95 R$ 57.481,34
NOV 270 103641 R$ 4.923,82 R$ 11.655,23 R$ 47.565,54 R$ 64.144,58
DEZ 270 109782 R$ 4.923,82 R$ 13.287,40 R$ 50.108,11 R$ 68.319,32
TOTAL ANUAL R$ 634.724,92
Fonte: Do autor (2022)

Observando as Tab. 7 e Tab. 8, foi possível identificar uma economia de


R$49.242,81 no ano de 2021 caso a empresa estivesse na tarifação azul, isso
equivale a um percentual de 7,76% ao ano.
20

O gráfico da Fig. 5 mostra um comparativo entre o consumo de energia


elétrica nas duas tarifações durante o ano de 2021.

Figura 5: Tarifação Verde x Azul.


R$ 80.000,00

R$ 70.000,00

R$ 60.000,00

R$ 50.000,00
R$

R$ 40.000,00
Tarifação Azul
R$ 30.000,00 Tarifação Verde
R$ 20.000,00

R$ 10.000,00

R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
mês

Fonte: Do autor (2022)

Para a mudança do enquadramento tarifário, deve ser solicitado a


distribuidora de energia um pedido de alteração da modalidade tarifária desde que a
alteração precedente tenha ocorrido anterior a doze últimos ciclos de faturamento e
claro atendendo aos critérios de demanda e tensão.

4.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA FOTOVOLTAICA

Para a simulação no software SAM, considerou-se a irradiação solar no


local onde serão instalados os módulos fotovoltaicos. Por meio das informações de
latitude e longitude local, o nível de irradiação solar horizontal médio foi de 4,21
kWh/m²/dia.
Na sequência foi preciso escolher um módulo fotovoltaico que fosse um
modelo comercializado na região, facilitando orçamentos e a implementação.
Escolheu-se o modulo TSM-DE18M(II) de 505Wp do fabricante Trina Solar. Os dados
do módulo utilizados para simulação estão na Tab. 9.
21

Tabela 9: Características do módulo solar.


Características do Módulo Solar
Potência (Wp) 505
Tensão Máxima de Alimentação - Vmpp (V) 43.0
Características Corrente Máxima de Alimentação - Impp (A) 11.75
Elétricas Tensão de Circuito Aberto - Voc (V) 51.9
Corrente de Curto-Circuito - Isc (A) 12.35
Eficiência do Módulo (%) 21.1
Células Solares Monocristalina
Características
Quantidade de Células 150 Células
Mecânicas
Dimensão do Módulo 2176 x 1098 x 35mm
NMOT (Temperatura de Operação Nominal
41°C
do Módulo)
Características Coeficiente de Temperatura de Pmax -0.36%/°C
Físicas
Coeficiente de Temperatura de Voc -0.26%/°C
Coeficiente de Temperatuda de Isc 0.04%/°C
Fonte: Trina Solar Co., Ltd. (2020) adaptado

Sendo assim, considerou-se somente a quantidade de módulos com a área


de telhado disponível.
Para a determinação do inversor a ser utilizado, foi simulado duas opções,
ambos com inversores da marca WEG, porém um de 60kWca e outro de 100kWca.
Contudo a quantidade de inversores para cada sistema foi determinada de acordo
com a Eq. 2. A Tab. 10 mostra características dos inversores utilizadas para inserir os
modelos escolhidos no software para realizar a simulação.

Tabela 10: Características do inversor solar.


ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS SIW500H ST060 SIW500H ST0100
Eficiência Mínima 98,70% 98,80%
Tensão de Entrada Máxima 1.100 V 1.100 V
Corrente de Entrada Máxima / MPPT 22A 26A
Corrente Máxima de Curto-circuito / MPPT 30A 40A
Faixa de Tensão MPPT em Máxima Potência 200 V ~ 1.000 V 200 V ~ 1.000 V
Número Maximo de Entradas 12 20
Número de Rastreadores MPPT 6 10
Potência Ativa 60.000 W 100.000 W
Potência Aparente Máxima 66.000 VA 110.000 VA
Tensão de Saída Nominal (FN/FF) 220V (F-N) / 380V (F-F) 220V (F-N) / 380V (F-F)
Frequência de Rede CA Nominal 50Hz / 60Hz 50Hz / 60Hz
Corrente de Saída Máxima 100 A 168,8 A
0,8 adiantado/0,8 0,8 adiantado/0,8
Fator de Potência Ajustável
atrasado atrasado
Distorção Harmônica Total Máxima maior/igual 3% maior/igual 3%
Faixa de Temperatura de Operação -25 ~ 60°C -25 ~ 60°C
Quantidade 7 4
Fonte: WEG (2022) adaptado
22

Após desenvolvidos os cálculos acima, e com o auxílio do SAM, realizou-


se as simulações criando a Tab. 11 que apresenta o projeto da usina fotovoltaica para
os dois modelos de inversor.

Tabela 11: Custo de Implementação da Usina FV.


Projeto 1 Projeto 2
DESCRIÇÃO
SIW500H ST060 SIW500H ST0100
N° de Módulos 1000 1000
N° de Inversores 7 4
Potência Máxima 420 kW 400 kW
Geração anual prevista 631.699 kWh/ano 629.098 kWh/ano
Geração x Consumo 62,64% 62,38%
Performance Ratio 84% 84%
Área total dos módulos 2.800 m² 2.800 m²
Custo de implementação do sistema R$ 2.056.570,00 R$ 2.174.230,00
Ajuste de Demanda (mensal) R$ 2.760,00 R$ 2.392,00
Custo de manutenção anual 0,5% 0,5%
Fonte: Do autor (2022)

Os valores de custo de implementação, ajuste de demanda e manutenção


anual, foram obtidos por meio de orçamentos solicitados a uma empresa da região
atuante no ramo de venda de sistemas fotovoltaicos.
Juntamente com o custo de implementação, foi necessário acrescentar o
custo de ajuste de demanda, pois a demanda contratada pelo cliente era inferior a
potência dos inversores instalados.
As Fig. 6 e Fig. 7 demonstram gráficos de geração de energia fotovoltaica,
sendo um comparativo entre consumo e geração para os dois sistemas na Fig. 6 e
uma projeção anual de geração de energia em 25 anos na Fig. 7, onde também pode
ser visualizada a degradação natural do sistema.

Figura 6: Consumo x Geração.


120000
100000
80000
60000
40000
20000
0
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
Consumo (kwh) Geração 60kW (kWh) Geração 100kW (kWh)

Fonte: Do autor (2022)


23

Figura 7: Produção Anual de Energia em 25 anos.

Fonte: Do autor (2022)

De acordo com a Fig. 7, nota-se que o sistema em 25 anos ainda estará


gerando 80% de sua capacidade, uma degradação média do sistema igual a 0,8% ao
ano, descartando quaisquer acontecimentos adversos que impeçam o bom
funcionamento do sistema.
Um comparativo entre os dois sistemas, pode ser encontrado analisando-
se a Fig. 8, que apresenta um comparativo entre o payback de cada projeto.

Figura 8: Comparativo entre os dois projetos FV.


1.500.000,00

1.000.000,00

500.000,00

0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
R$

-500.000,00

-1.000.000,00

-1.500.000,00

FV 100kW FV 60kW
-2.000.000,00

-2.500.000,00 Anos
Fonte: Do autor (2022)
24

Analisando a Fig. 8, verificou-se que o projeto 1 se tornou mais viável ao


projeto 2, devido ao tempo de retorno do investimento, onde o retorno do investimento
pode ser observado no sétimo ano.

4.3 APLICAÇÃO DE EFICIENCIA ENERGÉTICA

Considerando que a empresa permaneça no mercado cativo e opte por


aplicar a ferramenta da eficiência energética na empresa, foi desenvolvida a Tab. 12,
que representa o motor de corrente alternada que irá substituir o motor de corrente
contínua, onde é possível verificar as principais características do motor como o
consumo e ainda o investimento necessário para a troca.

Tabela 12: Motor CA.


MOTOR CA WMAGNET ULTRA PREMIUM + INVERSOR
Potência Nominal 100 CV
Potência Ativa 75 kW
Potência Medida 51,45 kW
Rendimento 85,20%
Corrente 137,4 A
Horas Trabalhadas (dia) 24
Dias trabalhados (mês) 22
Consumo mensal 27.165,6 kWh
Consumo mensal em R$ R$ 13.311,14
Fonte: Do autor (2022)

O motor de corrente alternada Wmagnet Super Premium, vendido


juntamente com o inversor de frequência CFW11, ambos da marca WEG, que
segundo o fabricante, é o motor mais indicado para aplicação em extrusoras, seu alto
rendimento e controle de torque em baixas frequências faz dele a melhor opção com
melhor custo-benefício.
No investimento estão inclusos somente valores de montagem de painel e
substituição do motor, sem considerar instalação e adequação da base do motor.
Contudo, conforme o orçamento solicitado a uma empresa da região distribuidora de
produtos da marca WEG, o valor para o investimento ficou em R$130.000,00. No
entanto, considerando uma troca de motores, conforme apresentado nos resultados é
possível obter uma economia de 17% no consumo de energia elétrica.
25

Por se tratar de um investimento, dados como TIR, VPL e TMA devem ser
levados em consideração para uma análise de viabilidade econômica. Assim, obteve-
se a Fig. 9, que representa o payback do investimento, onde pode-se perceber que o
retorno ao investimento se deu no sétimo ano, e, sabendo que a TIR foi maior que
TMA foi possível concluir que o projeto seria viável.

Figura 9: Payback eficiência energética.


Payback Motor
100.000,00

50.000,00

0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
R$

-50.000,00

-100.000,00

-150.000,00
Anos

Fonte: Do autor (2022)

4.4 MIGRAÇÃO PARA O MERCADO LIVRE DE ENERGIA.

As Tab. 13 e Tab. 14 demonstram os valores obtidos referentes a tarifa de


energia do mercado cativo e a simulação de tarifa do mercado livre respectivamente
considerando impostos como ICMS, PIS e COFINS.
26

Tabela 13: Fatura de energia no ambiente cativo.


FATURA MERCADO LIVRE
Demanda (kW) 270 R$ 18,408 R$ 4.970,16
Consumo Ponta 7.913 R$ 1,695 R$ 13.412,54
Consumo Fora Ponta 101.869 R$ 0,496 R$ 50.527,02
Bandeira N/A N/A R$ 0,00
Demanda isenta N/A N/A R$ 0,00
Total da fatura Cativo R$ 68.909,72
Fonte: Do autor (2022)

A fatura de energia utilizada é referente ao mês de novembro de 2021, e


para a simulação foi considerado consumidor especial com 50% incentivado.

Tabela 14: Fatura de energia no ambiente livre.


FATURA CONCESSIONÁRIA
Demanda (kW) 500 R$ 6,650 R$ 3.325,00
TUSD Ponta 7.913 R$ 0,472 R$ 3.734,94
TUSD Fora Ponta 101.869 R$ 0,086 R$ 8.760,73
Total sem Impostos R$ 15.820,67
IMPOSTOS
PIS 0,48% R$ 75,94
COFINS 2,26% R$ 357,55
ICMS 25,00% R$ 5.273,65
Sub. Tarifário líquido sobre desconto TUSD R$ 7.061,00 33,33% R$ 2.353,43
Total do custo dos serviços da Distribuidora com Impostos R$ 23.881,24
COMPRA DE ENERGIA MERCADO LIVRE
Quantidade de compra em MWh 109,782
Preço de compra por MWh R$ 220,00
Total sem Impostos R$ 24.152,04
ICMS 25,00% R$ 8.049,87
Total da compra de energia no Mercado Livre com Imposto R$ 32.201,91
CUSTOS COM A CCEE
Contribuição Associativa R$ 120,00
Encargos Energia de Reserva R$ 0,00
Encargos de Liqudação Financeira R$ 0,00
Ajustes Diversos / COMP. HONORÁRIOS R$ 596,00
Total ajustado do agente consumidor CCEE R$ 716,00

Custo total de energia no Livre R$ 56.799,15


Fonte: Do autor (2022)

Em um comparativo entre as duas faturas de energia, para o ambiente


cativo e para o ambiente livre, notou-se uma economia de 17,57% na fatura de energia
27

elétrica, se migrado para o mercado livre de energia. Entretanto esta economia


poderia ser ainda maior se incluso os valores das bandeiras tarifárias e escassez
hídrica, porém devido ao fato de não ser uma taxa mensal, os valores não foram
inclusos nos cálculos. Porém, vale ressaltar que há no ambiente livre o ESS (Encargos
do Serviço do Sistema) que também não foram inclusos na planilha devido a não ser
um valor mensal, no entanto, tem um valor relativamente menor quando comparados
as bandeiras tarifárias.

5 CONCLUSÕES

A redução nas despesas com energia elétrica é fundamental para o


desenvolvimento das industrias, uma vez que utilizados métodos como a aplicação da
eficiencia energética, gerando um aumento da técnologia nos maquinários tornando
produções mais eficientes, e também de notória importancia para o meio ambiente,
tendo em vista um consumo consciente e através de meios mais sustentáveis de se
produzir energia.
Contudo, através do levantamento de dados, analises e resultados obtidos
durante o desenvolvimento do trabalho, pode-se elaborar um ranking dos métodos de
redução das despesas com energia elétrica, iniciando do mais viável para o menos
viável. Sendo assim, levando em consideração todas as opções verificadas, o método
mais viável seria a permanência no mercado cativo com a alteração da tarifação para
a horosazonal azul, visto que o consumo da empresa em horario de ponta não atinge
mais que 30 kW de demanda, assim, com um consumo controlado de energia e
considerando que a empresa não deseja aumentar seu consumo nos proximos anos,
não será problema aplicar esta alteração de tarifação.
Os resultados obtidos a partir das simulações para implementação de uma
usina fotovoltaica também se mostraram viáveis, com a TIR maior que a TMA, porém
ao comparar um projeto a outro, o projeto 1 com o inversor de 60 kW se torna mais
atrativo, levando em consideração seu retorno, que se deu no sétimo ano. Além do
retorno do investimento, outro ponto a ser considerado é a quantidade de inversores
instalados, pois em uma possível queima de um inversor onde leva-se em torno 30 a
60 dias para reposição da peça, o sistema com mais inversores de menor potência,
possibilita que a usina continue gerando com um desfalque menor que o sitema com
28

menos inversores de maior potência. Portanto deve ser considerado o elevado valor
de investimento, que na simulação foi considerado o pagamento com capital próprio.
Caso haja necessidades de financiamento, deverão ser refeitas as simulações
incluindo as taxas e novas condições para se encontrar o novo retorno financeiro.
As simulações considerando a aplicação da eficiência energética, se
mostraram viáveis considerando o retorno também no sétimo ano, embora a economia
se mostre menor aos outros investimentos, o valor a ser investido também é menor
quando comparado a implementação da usina fotovoltaica. Alguns pontos positivos
em substituir o motor CC pelo motor CA, é a redução com custos de manutenção,
menor consumo de energia para desempenho do mesmo trabalho e tecnologia mais
avançada, possibilitando um melhor controle e implementação de melhorias no
processo produtivo.
Por fim, para um cenário considerando as duas melhores opções, foram
escolhidas as que apresentavam um baixo custo de investimento. Com isso os
resultados mostram que o ajuste tarifário e a aplicação da eficiencia energética seriam
as melhores opções, assim obtendo uma economia no valor da tarifa de energia
elétrica de aproximadamente 12,76% quando comparado ao valor pago na condição
atual.
A migração para o mercado livre de energia, seria uma opção considerada,
caso a empresa tivesse um consumo correspondente a demanda de 500 kW, no
entanto são muitos os custos para migração como a troca de transformador e
adequação de subestação. Como o cenário do mercado livre esta cada vez mais
reduzindo o valor da demanda abrangendo consumidores com um consumo inferior a
500 kW, o ideal é que seja aguardado uma nova atualização das regras, ja que a
empresa não tem intenção de aumentar sua carga. Contudo, vale ressaltar que caso
haja um aumento significativo no quadro de cargas da empresa, um novo estudo deve
ser elaborado considerando a migração para o mercado livre de energia elétrica.
29

REFERÊNCIAS
ABRACEEL. Cartilha mercado livre de energia elétrica. 2019. Disponível em:
https://abraceel.com.br/wp-
content/uploads/2019/05/ABRACEEL_process_230519.pdf. Acesso em: 2 out. 2021.

ANEEL. Bandeiras tarifárias. 2015. Disponível em:


https://www.aneel.gov.br/bandeiras-tarifarias. Acesso em: 2 out. 2021

ANEEL. Micro e minigeração distribuída. 2016. Disponível em:


https://www.aneel.gov.br/documents/656877/14913578/Caderno+tematico+Micro+e+
Minigeração+Distribuida+-+2+edicao/716e8bb2-83b8-48e9-b4c8-a66d7f655161.
Acesso em: 2 out. 2021

BE ENERGY. Mercado Livre de Energia. 2019. Disponível em:


https://beenergy.com.br/mercado-livre-de-energia/. Acesso em: 5 junho 2022.

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Portaria Interministerial No


- 1, De 29 De Junho De 2017. Diário oficial da união, Nº 167, quarta-feira, 30 de
agosto de 2017. Disponível em:
https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&data=30/08/2017
&pagina=50. Acesso em: 2 out. 2021.

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Portaria Nº 465, de 12 De Dezembro De


2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-465-de-12-de-
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BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. DECRETO Nº 4.508, DE 11 DE


DEZEMBRO DE 2002. Dispõe sobre a regulamentação específica que define os
níveis mínimos de eficiência energética de motores elétricos trifásicos de indução
rotor gaiola de esquilo, de fabricação nacional ou importados, para comercialização
ou uso no Brasil, e dá outras providências. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4508.htm. Acesso em: 2 out.
2021.

CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CCEE. Consumo


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