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Vantagens da Cogeração
1
também poderão contribuir para o aumento da eficiência energética
total. Dependem, contudo de vultosos investimentos das
Concessionárias em equipamentos de controle, comando, medição e
comunicação que neste momento poderão agravar o já elevado custo
da energia para o consumidor final brasileiro e a difícil situação
financeira que atravessam em função da recente modificação dos
marcos regulatórios do setor elétrico nacional.
Custos Evitados
GEDIS E COGEN
2
a. a política comercial dos energéticos (fortemente influenciada pelo
Governo) que inclui: preços e tarifas, reajustes e forma de contratação,
a cultura técnica das Distribuidoras, sua postura competitiva diante do
mercado, a qualidade de sua prestação de serviços
Aspectos técnicos
Aspectos econômicos
o Custo do Capital
o Custo do Equipamento
o
A cogeração responde hoje, no Brasil, por pouco mais de 2% da potência elétrica
instalada segundo as dados atualizados da ANEEL conforme tabelas seguintes:
3
Termelétricas com Cogeração Qualificada no Brasil – Tabela 1
Empreendimentos em Operação
Potência Outorgada Potência Fiscalizada
Tipo Quantidade %
(kW) (kW)
CGH 474 291.832 293.233 0,22
EOL 193 4.224.434 4.144.138 3,15
PCH 469 4.713.430 4.677.132 3,55
UFV 220 18.699 14.613 0,01
UHE 199 87.011.765 83.075.078 63,09
UTE 1.871 39.226.148 37.485.316 28,47
UTN 2 1.990.000 1.990.000 1,51
Total 3.428 137.476.308 131.679.510 100
4
Em termos absolutos os EUA (84707 MW), Rússia (65100 MW), China (28.153
MW), Alemanha 20840 MW) e Índia 10012 MW) lideram o ranking mundial em
termos de capacidade instalada de cogeração.
Já no que concerne à penetração da cogeração a maior participação relativa no
total da geração de energia elétrica cabe respectivamente à Rússia, China e
Alemanha. Os EUA e a Itália se aproximam com cerca de 10% do total.
5
Gráfico 3 - Capacidade de Cogeração atual e projetada (GW) de vários países
6
Gráfico 4 – Previsão da participação relativa (%) da Cogeração nos países do G8
+ 5 para 2015 e 2030
7
Aspectos Tecnológicos
8
condições especiais de operação, eliminação de perdas e utilização máxima do
calor e eletricidade produzidos.
9
Gráfico 7 – Comparação de rendimentos da cogeração x sistemas
convencionais de produção de eletricidade e calor
Cogeração
Convencional
Cogeração :
Convencional :
10
A taxa de economia de combustível proporcionada pela cogeração em
comparação com o sistema convencional alcança 27% com a utilização do calor
contido nos gases quentes (500o C) de exaustão da turbina através de uma
caldeira de recuperação que trabalhe com rendimento de 80%, conforme cálculo
seguinte:
11
Comparadas com os motores a GN, as turbinas a GN são adequadas para
produção de vapor de maior qualificação – p.ex. 110bar/525o C - com a pós-
combustão dos gases de exaustão em atmosfera rica de oxigênio.
Já as turbinas a vapor produzem um elevado volume de calor e uma pequena
parcela de eletricidade E (15 a 25%) e são adequadas para usos específicos
como nas usinas do setor sucro-alcooleiro.
12
A cogeração com motores a GN permite a produção de um maior volume de
eletricidade: E =35 a 40% e uma recuperação de calor: Q = 50%, dividida em
cerca de 20%, a partir dos gases de exaustão (resfriamento de 500oC até 120oC,
=70%) e 30%, da água de refrigeração e óleo de lubrificação (100oC e =100%),
com eficiência térmica global da energia primária de até 88%.
13
Sistemas de Cogeração (valores médios)
14
Segurança e Qualidade da Energia
1. Ruídos (Spikes)
Sag – decréscimo entre 0,1 e 0,9 de VNOM , frequência nominal com duração entre
0,5 e 1 minuto.
Swell – acréscimo entre 0,1 e 0,9 de VNOM , frequência nominal com duração entre
0,5 e 1 minuto.
3. Componentes Harmônicas
15
4. Tensão Residual entre Terra e Neutro
Ocorre quando:
A instalação está com um aterramento de má qualidade (resistência de
terra maior que 10 ohms;)
Quando existe corrente circulando pelo neutro da instalação
(desbalanceamento da rede trifásica ou corrente com grande componente
harmônica).
5. Falta de Energia
Tabela 3
DISTÚRBIO
PULSO PULSO TENSÃO SOBRE-
SAG BLACKOUT SPIKES
(2VN) (4VN) N/T TENSÃO
Queima de
SIM SIM SIM
placas
Perda de
SIM SIM SIM
Memória
Falha das
PROBLEMA
16
Aspectos econômicos
17
Preços da Energia no Brasil
18
Grafico 13 – Modo de operação – Balanço de energia comprada e de cogeração
Exemplos de demandas mensais de eletricidade e vapor
19
Gráfico 14 – Modos de operação da Cogeração
Cogeração interruptível
20
Gráfico 15 – Curvas de Duração anuais
21
Custos da Cogeração
22
Os custos apresentados na tabela incluem três parcelas distintas:
Os valores acima desse limite poderiam ser competitivos nos Setores Comercial e
Residencial ou em eventuais utilizações que permitam uma ulterior otimização da
eficiência da energia primária consumida como: “ilhas” ou bancos de energia de
backup, de ponta e de confiabilidade, na produção de frio, industrial ou distrital
para grupos de edifícios residenciais (comum na Europa e EUA e já em uso
experimental no Rio de Janeiro), em esquemas de tri-geração, através de ”chillers”
a vapor ou água quente residual ou onde existam possibilidades de evitar custos
de capital oriundos de restrições de geração ou transmissão.
Além desses, outros usos podem ser atribuídos à cogeração, como instrumento
eficiente de transformação de energia e participante ativo da cadeia de valor hidro-
térmica e do círculo “virtuoso” de otimização dos recursos naturais do país.
23
localmente, tipos de processo, perfil típico, consumos líquidos, curvas de duração
e balanço energético de cada planta em particular.
Análise de sensibilidade
105
US$1250/kW
100
95
90 US$1000/kW
85
80 US$800/kW
75 US$700/kW
70 US$600/kW
US$2500/kW
65
US$2250/kW
60
55 US$2000/kW
50
US$1750/kW
45 US1500/kW
40
35
30
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
Fc (Horas/ano)
24
Gráfico 17 – Análise de sensibilidade – US$/MWh x F.C - =75%
US$1250/kW
95
US$1000/kW
90
85
US$800/kW
80
75 US$700/kW
70
US$600/kW
65
US$2500/kW
60
US$2250/kW
55
US$2000/kW
50
45 US$1750/kW
40
US$1500/kW
35
30
25
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
Fc (Horas/ano)
95
US$1250/kW
90
85
80 US$1000/kW
75 US$800/kW
70
US$700/kW
65
60
US$600/kW
55
US$2500/kW
50 US$2250/kW
45 US$2000/kW
40
US$1750/kW
35
30
US$1500/kW
25
25
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
3000
5000
7000
Fc (Horas/ano)
Os Gráficos seguintes permitem visualizar a sensibilidade dos custos de geração
em função dos preços do GN, para diferentes custos de capital, fatores de carga
anuais (0,4 – 0,6 - 0,8) e rendimentos térmicos globais das plantas, a saber:
=65%, =75% e =85%, respectivamente. Em geral, a redução do custo de GN
pela metade (de US$ 6,00/MMBtu para US$ 3,00/MMBtu) conduz a reduções do
custo do MWh gerado da ordem de 20 a 25%.
145
140
η=65% η=75% η=85%
135
130
125
120
115
110
Energia - US$/MWh
105
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
2,58 3,00 4,00 5,00 6,00 2,58 3,00 4,00 5,00 6,00 2,58 3,00 4,00 5,00 6,00
Combustível - US$/MMBtu
Investimentos
2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 900 800 700 600
110
105
η=65% η=75% η=85%
100
95
90
85
80
Energia - US$/MWh
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
2,58 3,00 4,00 5,00 6,00 2,58 3,00 4,00 5,00
Combustível - US$/MMBtu
6,00 2,58 3,00 4,00 5,00 6,00
26
Investimentos
2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 900 800 700 600
Gráfico 21 - Análise de sensibilidade – US$/MWh x Preço do GN - F.C. 0,8
90
85
η=65% η=75% η=85%
80
75
70
65
Energia - US$/MWh
60
55
50
45
40
35
30
25
2,58 3,00 4,00 5,00 6,00 2,58 3,00 4,00 5,00 6,00 2,58 3,00 4,00 5,00 6,00
Investimentos Combustível - US$/MMBtu
2500 2250 2000 1750 1500 1250 1000 900 800 700 600
O Gráfico 22, seguinte estabelece uma comparação entre o custo de energia firme
do MWh hidrelétrico, nas suas faixas usuais de operação (F.C.= 0,51 -0,55) com o
MWh térmico de UTE’s a ciclo combinado ou plantas de cogeração, em condições
otimizadas de despacho, (F.C. = 0,70 – 0,85) demonstrando, nessas condições, a
sua competitividade relativa. O Gráfico permite identificar também o volume
menor de investimentos requerido pelo MWh térmico, que em muitos casos pode
chegar a uma relação de 1:4 em comparação com o MWh firme, hidrelétrico, em
função da sasonalidade das afluências nos respectivos reservatórios que obriga
duplicar a potência com um investimento de capital maior por MW instalado nas
usinas hidrelétricas, sugerindo uma combinação entre ambas para uma maior
segurança de abastecimento.
27
Gráfico 22 - Análise de sensibilidade – US$/MWh x F.C – Hidro/C.C./Cogen
48,0
46,0
44,0
42,0
40,0
Faixa de Operação de
Hidrelétricas
34,0
Faixa de Operação Investimentos
32,0 de Cogeração US$/kW
0,80 - 0,85
30,0 1200-H
1100-H
28,0
1000-H
26,0 800-CC
24,0 700-CC
600-CC
22,0
800-Cogen
20,0 700-Cogen
28
ANEXO I - Ábaco para o Cálculo do “Pay-Back” do Investimento (anos)
29
Anexo II – Retorno dos Investimentos – Exemplo
Temperat. Potência Elétrica Taxa de Consumo Combustível (MMBtu/MWh) Produção de Vapor (Mlb/MWh)
Ambiental Bruta Perdas Líquida Fator de Carga (%) Fator de Carga (%)
ºF Tabela
MW 26-14
MW - Resumo
MW dos
100% custos90%de capital
80% para planta de
70% 60% cogeração
50% c/ 100%
turbinas 90%
a GN - Sistema
80% de
70%Cogeração
60% 50%
50 (10ºC) 4,94 0,02 4,92 12,72 13,55 14,38 15,21 16,04 16,87 4,23 4,73 5,23 5,73 6,23 6,73
51 4,92 0,02 4,90 12,73 13,56 14,39 15,23 16,06 16,89 4,23 4,73 5,23 5,73 6,23 6,73
52 4,90 0,02 4,88 12,74 13,58 14,41 15,25 16,08 16,91 4,23 4,73 5,23 5,73 6,23 6,73
53 4,89 0,02 4,87 12,76 13,59 14,43 15,26 16,10 16,94 4,23 4,73 5,23 5,72 6,22 6,72
54 4,87 0,02 4,85 12,77 13,61 14,45 15,28 16,12 16,96 4,22 4,72 5,22 5,72 6,22 6,72
55 4,85 0,02 4,83 12,79 13,62 14,46 15,30 16,14 16,98 4,22 4,72 5,22 5,72 6,22 6,72
56 4,83 0,02 4,81 12,80 13,64 14,48 15,32 16,16 17,00 4,22 4,72 5,22 5,72 6,22 6,72
57 4,81 0,02 4,79 12,81 13,66 14,50 15,34 16,18 17,03 4,21 4,71 5,22 5,72 6,22 6,72
58 4,79 0,02 4,77 12,83 13,67 14,52 15,36 16,21 17,05 4,21 4,71 5,21 5,71 6,22 6,72
59 4,77 0,02 4,75 12,85 13,69 14,53 15,38 16,23 17,07 4,21 4,71 5,21 5,71 6,21 6,71
60 (15ºC) 4,75 0,02 4,73 12,85 13,70 14,55 15,40 16,25 17,10 4,21 4,71 5,21 5,71 6,21 6,71
31
Tabela 11 – Resumo do Desempenho Econômico – Caso Base
Tempo
Custo Anual de
Custo do Projeto Econ. Líquida Retorno
Caso Operação
(US$) (US$) Investim.
(US$)
(anos)
Base - 9.012.736 - -
GT-1 13.950.000 7.001.057 2.011.679 6,9
RE-1 15.320.000 6.878.409 2.134.327 7,2
Tempo
Custo Anual de
Custo do Projeto Econ. Líquida Retorno
Caso Operação
(US$) (US$) Investim.
(US$)
(anos)
Base - 9.012.736 - -
GT-1 14.625.000 7.071.535 1.941.327 7,5
RE-1 14.960.000 6.878.409 2.134.327 7,0
Tempo
Custo Anual de
Custo do Projeto Econ. Líquida Retorno
Caso Operação
(US$) (US$) Investim.
(US$)
(anos)
Base - 8.469.718 - -
GT-1 13.950.000 6.506.568 1.963.150 7,1
RE-1 14.960.000 6.570.592 1.899.126 7,9
32
Conclusões
33
No caso da energia eólica o fato de serem investimentos modulares, com
financiamentos favorecidos, contratos tipo “take or pay” de longo prazo,
financiamentos favorecidos e pequena ingerência dos problemas ambientais, tem
atraido investidores e provocado baixa nos preços de energia nos leilões
efetuados recentemente, muito embora as questões de conexão ás redes,
capacidade de reserva, investimentos adicionais em reforço da transmissão, área
ocupada, fator de capacidade e confiabilidade de fornecimento não tenham sido
devidamente equacionados em muitos casos. Em 2013 o parque eólico nacional
atingiu uma capacidade instalada de 4.144 MW mas gerou 6,6 TWh (1,1% do
total) ou seja, funcionou com um fator de capacidade f.c de apenas 18%.
O Brasil, para continuar crescendo a taxas razoáveis (4 a 5% a.a.),
necessita de acréscimos de energia “firme” (valor médio anual) da ordem de 3.500
MW/ano. A EPE (Empresa de Pesquisa Energética do MME prevê no PDE 2023 –
Plano Decenal de Expansão de Energia um acréscimo de potência instalada (e
não de energia) de 63.300 MW, dividido em 28.200 MW em Usinas hidrelétricas,
17.000 MW em eólicas, 8.600 MW em outras (PCH, Biomassa, solar) e 9.500 MW
em Fontes não renováveis. É a grande oportunidade para a cogeração
especialmente como solução energética para o pais e econômica do setor sucro-
alcooleiro .
No caso das usinas da Amazônia (Madeira, Belo Monte), com fator de
capacidade de 40%, sem considerar os custos das longas e complexas linhas de
transmissão, investe-se uma Itaipu para obter um terço da energia gerada pela
mesma, pois as pressões ambientais impedem, mesmo com pleno respeito à lei, a
construção de barragens que promovem a regulação plurianual dos reservatórios,
garantindo o aumento da energia “firme” das usinas, a perenização dos cursos
d’água, a navegação fluvial, o abastecimento das cidades, a piscicultura, as
atividades turísticas, a prevenção de enchentes, evitando o desperdício e a
esterilização dos recursos hídricos da nação.
As secas e enchentes que com certa frequência assolam a Amazônia,
como as que ocorreram recentemente, causam vultosos prejuízos à economia
local deixando inúmeras cidades sem abastecimento de bens de consumo e até
de petróleo para geração de energia elétrica e afetam diretamente a vida das
populações ribeirinhas que ficam sem meios de subsistência pelos baixos níveis
dos rios que impedem a navegação e a própria pesca na região.
Além disso, a introdução na matriz elétrica brasileira de outras fontes
renováveis sazonais (etanol, biomassa) ou intermitentes (eólicas, solar) demanda
a presença crescente de fontes “firmes” de energia fóssil (óleo, gás natural, carvão
ou nuclear) de maior custo e com o consequente passivo em termos de poluição e
gases do efeito estufa (GEE). Essa necessidade de fontes fósseis, que não serão
abandonadas tão cedo pela maioria dos países desenvolvidos, por uma questão
de custos e de segurança energética e o fato do Brasil deter grandes reservas das
mesmas, aponta para uma abordagem do uso desses energéticos com
racionalidade econômica e ambiental, tendo presentes o desenvolvimento das
novas tecnologias de redução dos poluentes (sequestro de carbono, disposição de
rejeitos, aumento dos rendimentos, rapidez de posta em marcha, etc.).
34
Em relação à energia nuclear embora a mesma não seja uma fonte
renovável, ela pode ter tem um papel importante nas questões de segurança de
abastecimento, independência energética e competitividade da economia, pois:
ela é a única não renovável que não emite os gases do efeito estufa e
ainda hoje é reconhecida como uma fonte limpa e segura de energia,
com uma experiência de mais de 12.000 anos/reator durante as últimas
5 décadas apesar do recente desastre de Fukushima
o preço da eletricidade de origem nuclear é considerado competitivo
com outras fontes fósseis, especialmente se forem computados os
custos ambientais embora os custos tenham subido consideravelmente,
especialmente no Brasil e não há previsão de novas usinas no PDE -
2023
em relação ás energias renováveis, suas vantagens, além da logística e
custo favorável de abastecimento do pequeno volume de combustível
utilizado, decorrem do alto fator de capacidade (acima de 90%) com que
são operadas as usinas nucleares.
o Brasil possui grandes reservas de urânio, tem o domínio do ciclo de
produção do combustível e possibilidades de penetrar o grande mercado
externo que se abre para o mesmo.
35
parcialmente importado e queimado e se tornará ainda mais abundante em função
da exploração das reservas do pré-sal.
Política energética
Mesmo com a descoberta das novas reservas de petróleo no pré-sal, o pais
deveria seguir com uma política energética com ênfase no MDL (Modelo de
Desenvolvimento Limpo) com ações voltadas entre outras, para:
- incentivo às energias limpas, fixação de teto e taxação dos agentes
emissores, prioridade à eficiência energética (cogeração na indústria e melhores
rendimentos dos motores automotivos), e em lugar do incentivo ao transporte
individual, apoio ao transporte coletivo e a outros modais de transporte como
ferrovias e hidrovias.
- Manter e ampliar a presença na matriz energética das fontes primárias
renováveis, com ênfase na biomassa, energia eólica e na utilização integral dos
recursos hídricos, preservando a capacidade de armazenamento e a regulação
plurianual dos reservatórios hidrelétricos;
- Fomento à cogeração na indústria sucro-alcooleira e sua efetiva conexão
ao sistema interligado nacional (SIN);
- Complementação da oferta interna de energia com fontes não renováveis
(óleo, gás natural, carvão, energia nuclear) exploradas com racionalidade
econômica e ambiental;
- Assegurar os recursos necessários para que as empresas, agências e
órgãos da administração direta do Estado efetuem o inventário e ofereçam à
licitação, tempestivamente, os projetos licenciados de que o país necessita;
- Concentrar a atividade direta do Estado, na medida de sua capacidade de
gerar recursos próprios, nas atividades que constituem monopólio da União (ciclo
nuclear) e na implementação das parcerias público-privadas com foco na
eficiência administrativa e na redução dos custos dos empreendimentos;
- Garantir a segurança jurídica aos contratos com o fortalecimento de
Agências Reguladoras autônomas e capacitadas;
- Colocação em prática e efetuar a regulamentação do marco regulatório do
gás natural para torná-lo uma “commodity” exportável e uma fonte confiável e
barata de energia para a indústria e para o setor elétrico separando-a da política
de exploração associada ao petróleo com abertura da exploração do gás de
folhelho (xisto) para investidores privados;
- Revisão dos encargos setoriais, incentivos e impostos que gravam os
preços da energia como resultado de maior controle e eficiência dos gastos
públicos;
- Na área ambiental, eliminar a arbitragem ideológica, a burocratização e
superposição de esferas de licenciamento, e a desnacionalização decisória
monitorando a expansão do setor com vistas ao respeito à lei e ao uso eficiente
das reservas energéticas do país.
36