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Projeto

Geração Distribuída de Energia Elétrica


Uma redução em 98% no consumo de energia elétrica

7º BATALHÃO DE

POLÍCIA MILITAR/IRECÊ
Coordenação de Gestão Orçamentária

Financeira e Licitações
1. DADOS DA UNIDADE E PROPONENTE

ÓRGÃO/ENTIDADE PROPONENTE CJPJ


7º Batalhão de Polícia Militar/Irecê 13.937.149/0002-24
ENDEREÇO
Rua Fundação Bradesco, 137, Bairro Fundação Bradesco
CIDADE UF CEP TELEFONE
Irecê Bahia 44.900-000 (75) 3641-8145
SEÇÃO PROPONENTE RESPONSÁVEL MATRÍCULA
Coordenação de Gestão Orçamentária CAP PM PORTO 30.337.440-1
COMANDANTE POSTO MATRÍCULA
André Luiz Oliveira Leite TC PM 30.140.169-2

2. PROJETO:

Implantação de sistema de micro geração de Energia Distribuída


utilizando a energia solar por meio de painéis fotovoltaicos com vistas à
geração de créditos de energia para serem utilizados no custeio do
consumo da própria unidade.

3. DIAGNÓSTICOS:

Reduzir o custeio da máquina pública na Bahia tem sido um desafio


diário. A crise financeira que atinge nosso Estado nos impõe um novo e estreito
teto de gastos.
Alinhados a essa realidade, em âmbito estadual, o Decreto nº 16.417 de
16 de Novembro de 2015 estabeleceu medidas para a gestão das despesas e
controle dos gastos de custeio, impondo aos órgãos da Administração Direta
uma redução em 10% no consumo de água e energia elétrica, forçando os
gestores a adotarem, em primeiro momento, ações redutivas sacrificantes, por
vezes, não suficientes ao atingimento dos objetivos.
Diante dessa dura realidade, inovação, criatividade, otimização de
recursos e tecnologias à disposição, tornam-se em verdadeiras competências e
qualidades a serem desenvolvidas pelo gestores ou responsáveis por
organizações financiadas pelo erário.
Como estratégia fática, tem-se nessas novas tecnologias, alternativas
efetivas, capazes de nos permitir, mesmo em cenário de crise, o pleno
desempenho das atividades ordinárias com significante redução do custeio.
Nessa realidade, apresenta-se como um diferencial, o Programa de
Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD ou
simplesmente GD) instituído pelo Governo Federal.
Resumidamente, compreende-se desse Programa um estímulo à
geração de energia elétrica em menor escala, com opção de fornecimento do
excedente gerado para a rede de distribuição da localidade, ficando para a
unidade consumidora créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura
dos meses seguintes. Constitui-se um tipo de geração elétrica que se
diferencia da realizada pela geração centralizada (como uma hidrelétrica, por
exemplo), por ocorrer em locais em que não seria instalada uma usina
geradora convencional, contribuindo assim para aumentar a distribuição
geográfica da geração de energia elétrica em determinada região. Por
características locais, a fonte energética escolhida recai na solar, conforme
veremos adiante:

Irecê, município situado a 478 km da cidade de Salvador, situa-se na


Chapada Diamantina Setentrional, abrangendo toda a área popularmente
conhecida como Polígono das Secas, no semiárido baiano.
Região com baixa precipitação pluviométrica; alto índice de aridez,
apresenta uma alta incidência solar na maior parte do ano, o que em tese
favorece a utilização desse tipo de energia e tecnologia empregada.
Nesse sentido, o 7ºBPM/Irecê, dotado de imóvel próprio, possui uma
área total aproximada em 23.000m², com oferta de espaço não utilizado, e com
alta incidência solar, cercado por imóveis residenciais, praticamente sem
pontos de sombra, configurando dessa forma uma estrutura favorável à
instalação de painéis fotovoltaicos.

(exemplo acima de painéis sobre o telhado do pavilhão Comando da OPM)

O dimensionamento do sistema foi realizado com base na média de


consumo mensal da unidade no exercício de 2016 (R$ 2.154,51),
equivalentes a 4.309 kWh, considerando a irradiação solar média a cada mês
em Irecê (BA), contabilizando as perdas por temperatura, e o ângulo de
incidência solar no telhado.

A partir do sistema proposto, é possível estimar a geração


proporcionada ao longo de um ano, de acordo com o gráfico abaixo.

Foi considerado o consumo médio do ano de 2016 (barra amarela), e o


consumo que pode ser realizado (gerado) após a instalação do sistema
(barra verde).
Objetivamente, identifica-se no quadro acima meses em que a energia
gerada supera o consumo utilizado, gerando excedente de energia, que por
sua vez é armazenada na rede em forma de créditos, de modo que podem
ser usados em até 60 meses para compensar as faturas dos meses de baixa
irradiação solar, onde o consumo supere a energia produzida.

Após a implementação do sistema, uma redução de 98% é esperada


na fatura de energia elétrica. O valor não compensado (2%) representa a
tarifa mínima da concessionária, ou custo de disponibilidade, atualmente
equivalente a 100kw/h.

4. OBJETO GERAL:

Este projeto de geração própria de energia visa reduzir o consumo de


energia junto à concessionária para o valor mínimo da categoria contratada
(B3 trifásico), que neste caso é o custo de disponibilidade equivalente a 100
kWh/mês (aproximadamente R$ 50,00 em valores atuais), através do
sistema de compensação de energia previsto na resolução 687/2015 da
ANEEL.

5. JUSTIFICATIVAS:

Todo recurso aplicado pelo setor público deve se destinar a ações que
tragam resultados sólidos e benéficos à população direta ou indiretamente.
Direcionar valores a Projetos que visem uma cristalina redução do custeio,
ainda que sejam necessários investimentos para sua implantação, se torna
vantajoso para a administração, desde que tal investimento não comprometa a
programação orçamentária anual e que os recursos economizados possam ser
direcionados a necessidades diversas, e de interesse público, ampliando dessa
forma o alcance estatal e suas políticas públicas.

Como afirmado em diagnose, a implementação deste Projeto proporciona,


uma redução real de 98% na fatura de energia elétrica, conforme descrito
nas tabelas abaixo:
Classificação: Distrital Trifásico

Consumo médio mensal 4.309 kWh

Consumo anual 51.708 kWh

Fatura média mensal R$ 2.154,51

Gasto anual R$ 25.854,12

Detalhes do projeto proposto implementado:

Geração média mensal de energia solar 4.241 kWh

Geração anual de energia solar 50.892 kWh

Média mensal das faturas com geração R$ 50,00

Gasto anual após implantação R$ 600,00

Porcentagem da energia compensada 98%

Economia anual R$ 25.254,12

Valor normalizado R$ 5,53/Wp

O valor não compensado é a tarifa mínima da concessionária, ou custo


de disponibilidade. O cálculo do retorno econômico leva em conta a economia
anual em energia elétrica proporcionada pela geração própria, considerando
um decaimento linear de 15% da eficiência dos módulos ao longo de 25 anos e
um aumento anual de 8,5% da tarifa de energia elétrica, projeção
conservadora ante o aumento médio de 12% nos últimos anos.
O retorno do investimento é estimado em 5 anos e 8 meses,como
é ilustrado no gráfico abaixo.

Assim, a economia no primeiro ano é estimada em R$ 25.254,12,


totalizando R$ 363.232,44 ao longo de 10 anos e R$ 1.806.002,32 ao longo
de 25 anos.

6. CRONOGRAMA

De modo a facilitar a implementação, a empresa contratada pela


implantação dos painéis, deverá também se responsabilizar pelo Projeto de
Engenharia, a homologação junto à concessionária e sua instalação. Abaixo
observamos o cronograma de execução, onde as etapas em azul são de
responsabilidade da empresa contratada e as etapas em vermelho são de
execução da distribuidora (COELBA)
7. DOS BENS NECESSÁRIOS:

7.1. Aplicabilidade

Bem Aplicação

Suporte dos módulos para


telhado cerâmico
Produzir e transformar energia solar em energia elétrica a fim de
Módulos fotovoltaicos de
ser utilizado no consumo dos equipamentos elétricos da unidade
320W
e, em caso de produção em excesso, injetar na rede da
distribuidora (COELBA), obtendo dessa forma "créditos de
Inversores com
energia" para serem utilizados a noite ou nos meses seguintes.
monitoramento Wi-Fi

Cabos de conexão

7.2. Pesquisa Mercadológica

7.2.1 Planilha de Custo Médio

VALORES
INDICADOR
ESPECIFICAÇÃO FÍSICO
R$ UNITÁRIO R$ TOTAL
UNID QUANT

INVERSOR WLAN/LAN/WEBSERVER Un 3 R$ 11.339,97 R$34.019,91

PAINEL SOLAR 72 CELULAS 6 POLEGAS 320W Un 96 R$1043,00 R$100.128,00

CABO SOLAR 0,6/1KV (1500V DC) PRETO Un 300 R$5,87 R$1.761,00

CABO SOLAR 0,6/1KV (1500V DC)


Un 300 R$5,87 R$1.761,00
VERMELHO

CONECTOR ACOPLADOR FEMEA Un 24 R$11,89 R$285,36


CONECTOR ACOPLADOR MACHO Un 24 R$11,89 R$285,36

ESTRUTURAS KIT DE FIXAÇÃO 4 PLACAS


Un 24 R$572,60 R$13.742,40
/TELHA CERAMICA/CIMENTO

ESTRUTURAS PERFIL DE ALUMINIO PAR


Un 24 R$132,87 R$3.188,88
4,4M P/ PLACAS

STRING BOX QUADRO 01 OU 02 ENTRADAS 1


Un 4 R$1.358,00 R$5.432,00
SAIDA 1TR 25A 1000V

CONECTORES D ATERRAMENTO Un 96 R$9,19 R$882,24

TOTAL R$ 161.486,15

8. MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS:

Para mensuração dos resultados será utilizada a análise comparativa que dar-
se-á tendo em vista as seguintes relações:

 Consumo X Geração
 Consumo sem geração de energia X Consumo com geração de energia
 Recursos gastos sem geração de energia X Recursos gastos com
geração de energia
 Economia efetivamente gerada

Irecê, 28 de abril de 2017

George Porto Vieira – Cap PM

Coordenador Administrativo e Financeiro do 7ºBPM/Irecê


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Cadernos Temáticos ANEEL:


Micro e Minigeração Distribuída, Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Brasília/ DF, Março/ 2012.

SOUZA, Ronilson. Os Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica. Jardim América/


Ribeirão Preto - SP: BlueSol Energia Solar. 2016 (Livro Digital)

VILLALVA, Marcelo Gradella. Energia solar fotovoltaica: conceitos e


aplicações. 2ª Edição. São Paulo. Érica, 2015.

ZILLES, Roberto et al. Sistemas Fotovoltaicos Conectados à rede elétrica. 1ª


Edição. São Paulo. Oficina dos Textos, 2012.

REFERÊNCIAS NORMATIVAS

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Resolução Normativa n° 414,


de 09 de Setembro de 2010. Estabelece as Condições Gerais de Fornecimento
de Energia Elétrica de forma atualizada e consolidada.

Resolução Normativa n° 482, de 17 de Abril de 2012. Estabelece as condições


gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas
de distribuição de energia elétrica, o sistema de compensação de energia
elétrica, e dá outras providências.

Resolução Normativa n° 687, de 24 de Novembro de 2105. Altera a Resolução


Normativa n° 482, de 17 de abril de 2012, e os Módulos 1 e 3 dos
Procedimentos de Distribuição – PRODIST. - 87

Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional


– PRODIST, Módulo 3 – Acesso ao Sistema de Distribuição, revisão 6 de 24 de
Novembro de 2015.

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