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Conversão Fotovoltaica da

Energia Solar - MMD00575


Aula 08 – Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à
Rede Elétrica

Apresentação baseada no Manual de Engenharia para Sistemas


Fotovoltaicos – CRESESB 2014

PPGE3M
Prof. Fabiano Perin Gasparin
Sistemas FV Conectados à Rede (SFCR)
- Geração distribuída: micro e minigeração
fotovoltaica
- Geração centralizada: usinas fotovoltaicas

- SFCR: também chamado de on-grid ou grid-


tied
- A energia elétrica produzida em geração
distribuída pode ser consumida diretamente
pela carga da unidade consumidora ou
injetada na rede de distribuição.
Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede
Sistema Fotovoltaico conectado à rede
Sistema Fotovoltaico Isolado
SFCR Residencial Típico - Materiais
Energia Solar Fotovoltaica – de mW a GW
Geração Distribuída (GD)
Marco Legal da GD no Brasil
Resolução 482/2012 da ANEEL

A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que


permite ao consumidor instalar pequenos geradores en
sua unidade consumidora e trocar energia com a
distribuidora local.

Originalmente (de 2012 até 2015)


• micro-geração até 100 kW
• mini-geração: a partir de 100 kW até 1 MW
https://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao/-
• validade dos créditos: 36 meses /asset_publisher/XGPXSqdMFHrE/content/revisao-das-
regras-de-geracao-distribuida-entra-em-consulta-
publica/656877
Marco Legal da GD no Brasil
Resolução 482/2012 687/2015 da ANEEL

A resolução 482 foi alterada pela resolução 687 de 24/11/2015


modificando alguns pontos:

- Micro-geração distribuída: potência de até 75 kW


- Mini-geração distribuída: potência maior que 75 kW até 3 MW
(fonte hídrica) ou 5 MW para outras fontes renováveis.

- Validade dos créditos: 60 meses


Resumo GD no Brasil
Resolução 482/2012 e 687/2015
- É possível instalar um gerador fotovoltaico na sua residência.
- A conta é reduzida com a energia produzida.
- Os créditos podem ser compensados em outra unidade
consumidora do mesmo CPF na mesma concessionária.

https://www.energysage.com/solar/101/net-
metering-for-home-solar-panels/
Resumo GD no Brasil
Resolução 482/2012 e 687/2015

•Pode ser instalado em condomínios e a energia


repartida entre os condôminos.

•Pode ser feito geração compartilhada, onde os


interessados se unem em cooperativa ou consórcio para
abater das faturas de energia a geração distribuída.
Geração Distribuída no Brasil – 12 nov 2020
• Número de sistemas instalados: 33.208 (até 24 julho 2018)
• Número de sistemas instalados em 12/11/2020: 329.906
• Potência em GD no Brasil (12/11/2020): 4,128 GWp
• ~ 99.9% dos sistemas de GD são fotovoltaicos
• ~96,7 % da potência instalada em GD é de fonte fotovoltaica
• Outras fontes incluem: eólico, biomassa, biogás, etc

• http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp
Geração fotovoltaica no Brasil – Set. 2020
• Dados do SIGA – Sistema de Informações de Geração da ANEEL
https://bit.ly/2IGf4Q0
• Geração centralizada: 3904 empreendimentos
- Potência outorgada em usinas FV: 16,18 GW
- Potência fiscalizada em usinas FV: 3,02 GW (em operação)

• Geração distribuída
(http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp)
• Unidades instaladas: > 295 mil
• Potência total FV: 3,55 GW
Geração centralizada fotovoltaica no Brasil –
Nov. 2020
• Dados do SIGA – Sistema de Informações de Geração da ANEEL
https://bit.ly/2IGf4Q0
• Geração centralizada: 4260 empreendimentos
- Potência outorgada em usinas FV: 17,06 GW
- Potência fiscalizada em usinas FV: 3,11 GW (em operação)
Alguns dados para comparação
Potência Instalada
•Itaipu:
14 GW
•Belo Monte: 11 GW, porém 4,5 GW efetivos
•Angra 1: 640 MW, ou 0,640 GW
•Angra 2: 1350 MW ou 1,350 GW
•Parque eólico de Osório: 150 MW (início),
375 MW (atuais)

•GD: 4,13 GWp (12/11/2020)


•Centralizada: 3,11 GWp (12/11/2020)
Para comparação – energia elétrica produzida
• Itaipu – 95000 GWh / ano (média 2013 – 2017)

• 400 GWp mundiais: > 450 000 GWh anuais

• ~ 7 GWp instalado no Brasil (considerando 1400 kWh/kWp)


Produção maior que 9800 GWh/ano (10 % de Itaipu)
• Angra 1 (640 MW) – Produção de 5100 GWh (2016)
• Angra 2 (1350 MW) – Produção de 10800 GWh (2016)
•Quando a potência fotovoltaica chegar a 11 GWp no Brasil,
a produção anual de eletricidade vai ser compatível com as
duas usinas nucleares brasileiras.
Para comparação – energia elétrica produzida
•Usina Fotovoltaica (produção intermitente e diurna)

Produtividade no Brasil entre 1300 a 1650 kWh/kWp ao ano.


Equivalente a 16 % do tempo na potência nominal (1400 kWh/kWp)

Itaipu
- Produtividade aproximada de 6800 GWh / GW ao ano.
Equivalente a 77,6 % do tempo na potência nominal.

Angra
- Produtividade aproximada de 8000 GWh / GW ao ano.
Equivalente a 91 % do tempo na potência nominal.
SFCR com medição bidirecional
Dimensionamento de SFCR
• Em geral não há necessidade de armazenamento de energia (realidade
vem mudando com a redução de custos de baterias)
• Os sistemas operam acoplados à rede, na mesma tensão e frequência,
fornecendo energia elétrica.
• Quando não há tensão na rede, o SFCR fica inoperante (anti-ilhamento)
• Os inversores incorporam na entrada CC o SPMP (MPPT)
A rede local deve ser capaz de receber a energia elétrica
produzida.
A qualidade da energia da rede pode comprometer a
transferência de energia do sistema;

https://www.brcenergia.com.br/?p=763
Dimensionamento de SFCR

• O gerador FV pode ser integrado à estrutura de edificações, implicando a


análise da resistência mecânica e carga máxima admissível, entre outros
fatores;
• Em sistemas instalados em ambiente urbano é mais provável a existência de
perdas por sombreamento, inclusive sombreamento parcial, e interferência
de superfícies reflexivas próximas;
• Questões estéticas podem ser determinantes nos projetos, contribuindo
para a escolha do tipo de módulo e tecnologia das células, bem como do
posicionamento do painel.
PRODIST
• Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional (PRODIST) devem ser
consultadas (não será escopo da
disciplina)
• As instalações devem seguir as normas
da distribuidora
• Os detalhes da conexão com a rede,
normas da distribuidora,
procedimentos de acesso à rede, etc
não serão escopo da disciplina.
https://energes.com.br/energia-solar/solicitacao-de-acesso-
geracao-distribuida/
Dimensionamento de SFCR em GD
• Dimensionamento do gerador fotovoltaico:
A - Por demanda anual de energia:
1. Método a partir das HSP (média anual), TD (taxa de desempenho
típica).
2. Método a partir da produtividade fotovoltaica (kWh/kWp) típica
A partir das estimativas iniciais, utilizar uma simulação em ferramenta
computacional para ajuste dos valores e obtenção da estimativa de
produção anual média de eletricidade nas condições da instalação.

Fonte de informações: Atlas Brasileiro de Energia Solar – 2ª edição


Há mapas de irradiação e um mapa de produtividade anual.
Dimensionamento de SFCR em GD
B - Por máxima área disponível (neste caso, dará a
máxima produção anual de energia possível na área).

- Grupo A (consumidor em média e alta tensão): o limite de potência


do sistema fotovoltaico é a demanda contratada (kW);
- Grupo B (consumidor em baixa tensão): o limite é a potência
disponibilizada à unidade consumidora, sendo calculada por P = Vnom x
Idisjuntor x nfases, onde Vnom é a tensão nominal da rede, Idisjuntor é a
corrente do disjuntor principal e nfases é o número de fases. Para
Florianópolis, inserindo os valores da tensão de fase e um sistema
trifásico, a equação fica: P = 220 V x Idisjuntor x 3
GD – Custo de Disponibilidade do Sistema
• Toda unidade consumidora deve pagar mensalmente o custo de
disponibilidade do sistema (tarifa mínima):
• Sistemas monofásicos: 30 kWh ~ R$ 24,00 (suponto R$0,80/kWh)
• Sistemas bifásicos: 50 kWh ~ R$ 40,00
• Sistemas trifásicos: 100 kWh ~R$ 80,00
Independentemente dos créditos de energia do sistema FV, o
consumidor sempre irá pagar o custo de disponibilidade.
Na definição da energia necessária para “zerar” a conta, é conveniente
deduzir o equivalente em energia do custo de disponibilidade, pois este
nunca será “zerado”.
A.1- Gerador FV - Por demanda de energia (diária)
𝐸ൗ
𝑃𝐹𝑉 𝑊𝑝 = 𝑇𝐷
𝐻𝑆𝑃𝑀𝐴
E (Wh/dia): energia diária necessária (consumo diário médio anual da
edificação ou fração) – convém descontar o custo de disponibilidade do
sistema
TD: taxa de desempenho (70 a 80%).
Como o sistema FV é influenciado pela temperatura, radiação, etc, esta
estimativa de Potência é apenas preliminar. Deve ser ajustada por meio de
resultados de um programa de simulação (SAM, PVWatts, PVSyst, PV*Sol,
etc).
HSPMA: número de horas de sol pleno (média anual) no plano do painel FV
A.2 – Gerador FV - Por demanda de energia anual
𝐸𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 (𝑘𝑊ℎ)
𝑃𝐹𝑉 𝑘𝑊𝑝 =
𝑌𝐹𝑉 𝑘𝑊ℎൗ𝑘𝑊𝑝

• Eanual: necessidade anual de energia atendida pelo sistema FV:


Utiliza-se a fatura de energia, preferencialmente dos últimos dois anos para uma
média.
É conveniente descontar desta necessidade a energia equivalente ao custo de
disponibilidade: monofásico: 360 kWh, bifásico: 600 kWh, trifásico: 1200 kWh

• YFV: produtividade anual típica para a região (kWh/kWp)

Como a produtividade típica também varia com o tipo de instalação (telhado, em


rack aberto, etc), recomenda-se usar um software de simulação.
B - Metodologia – potencial FV de uma área
• Ferramentas necessárias para a análise preliminar do potencial para
instalação de sistemas fotovoltaicos em coberturas:
• Google Earth Pro – versão desktop, para obtenção das medidas das coberturas
das edificações;
• Google Maps e Street View – visualização da edificação no nível da rua, caso
necessário;
• Programa de simulação do desempenho de sistemas fotovoltaicos
PVWATTS – NREL (National Renewable Energy Laboratory – USA)
Metodologia – Potencial FV de uma área
Google Earth Pro – exemplo com
sombreamento evidente

Google Earth Pro – exemplo de local


excelente para instalação (medidas e
orientações)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑘𝑊𝑝
= Á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑚2 × 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑜𝑐𝑢𝑝çã𝑜
× 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠)

𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑘𝑊𝑝 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑚2 × 0,70 × 0,17

PVWATTS -
https://pvwatts.nrel.gov/pvwatts.php
Dimensionamento do inversor
• Fator de dimensionamento de inversores (FDI)
• Há uma grande discussão do valor “ideal” para
𝑃𝐶𝐴 (𝑊)
𝐹𝐷𝐼 = otimizar o retorno econômico. FDI ~0,85 é uma
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑝) escolha com bom compromisso.
• É comum expressar a relação como fator de sobrecarga, isto é, a
relação inversa ao FDI (DC to AC ratio).
• Por quê não o FDI é menor do que 1?
• 7 Reasons Why You Should Oversize Your PV Array
• https://www.sma-sunny.com/us/7-reasons-why-you-should-oversize-
your-pv-array/
Adequação das características do inversor ao
arranjo fotovoltaico
• Potência nominal necessária (FDI) 
• Tensão de entrada
- faixa de tensão de operação do MPPT
- Tensão máxima CC admitida
• Corrente máxima de entrada em CC
• Número de MPPT
• Otimização da tensão de operação
• Sombreamento parcial (na curva I-V sombreada, a Pm pode estar em
tensão fora do faixa do MPPT.
Tensão de entrada
• Soma das tensões dos módulos FV em
série
• A máxima tensão de entrada
não deve ser excedida e
hipótese alguma.
• Verificar maior Voc do arranjo
FV previsto (Irradiância STC ou
com fator de segurança na
menor temperatura prevista)

𝑁𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠𝑠é𝑟𝑖𝑒 . 𝑉𝑜𝑐𝑇𝑚𝑖𝑛 < 𝑉_𝑖𝑚𝑎𝑥

𝑁𝑠 𝑛𝑘𝐵 𝑇 𝐺2
𝑉𝑜𝑐2 = 𝑉𝑜𝑐_𝑠𝑡𝑐 + ln + 𝑉𝑜𝑐_𝑠𝑡𝑐 𝛽 𝑇2 − 𝑇𝑠𝑡𝑐
𝑒 𝐺𝑠𝑡𝑐
Faixa de tensão do
MPPT

𝑉𝑀𝑃𝑃𝑇_𝑚𝑖𝑛 𝑉𝑀𝑃𝑃𝑇_𝑚𝑎𝑥
< 𝑁_𝑚ó𝑑_𝑠é𝑟𝑖𝑒 <
𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑖𝑛
VMPPT_max é a máxima tensão de operação do MPPT https://www.e-
education.psu.edu/ae868/node/906
VMPPT_min é a mínima tensão de operação do MPPT
Vmp_Tmax é tensão de máxima potência do módulo fotovoltaico na
temperatura máxima de operação
Vmp_Tmin é a tensão de máxima potência do módulo fotovoltaico
temperatura mínima de operação 𝑉mp2 = 𝑉mp_𝑠𝑡𝑐 + 𝑉𝑚𝑝_𝑠𝑡𝑐 𝛽 𝑇2 − 𝑇𝑠𝑡𝑐
Corrente máxima CC do inversor
• Verificar as características de cada entrada CC e de cada MPPT
• É comum que as entradas tenham correntes máximas ligeiramente
diferentes
• Coeficiente de 1,25 é para garantir a segurança.
• Embora a Isc aumente com a temperatura, não é comum contabilizar
pois o aumento é pequeno (0,05%/°C). Para ΔT = 40°C → 2%

𝐼𝑖_𝑚𝑎𝑥 ≥ 1,25 . 𝑁 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 . 𝐼𝑠𝑐


Otimização da tensão de operação

Verificar faixa
de operação
típica do MPPT
com curva de
eficiência do
inversor.
Influência da orientação e inclinação
• Orientação ideal: azimute = 0° - NORTE
• Inclinação ideal: depende!
Normalmente a inclinação igual à latitude é a ideal geometricamente
falando.
Simulações de cada local podem indicar que a máxima produtividade
anual ocorra em inclinações diferentes.
Antes de fazer adaptações com estruturas de orientação, convém
verificar a perda em função da orientação e o custo envolvido nas
estruturas.
Outra constatação é que com a redução do preço do módulo FV, a
instalação de mais módulos para compensar a orientação pode ser
vantajosa.
Produtividade anual x orientação (~30°S)

DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS COM DIFERENTES ORIENTAÇÕES DO PAINEL
Fabiano Perin Gasparin, Arno Krenzinger– arno.krenzinger@ufrgs.br, Revista Brasileira de Energia Solar Ano 8 Volume VIII
Número 1 Julho de 2017 p.10-17
Produtividade anual x orientação (~23°S)

DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS COM DIFERENTES ORIENTAÇÕES DO PAINEL
Fabiano Perin Gasparin, Arno Krenzinger– arno.krenzinger@ufrgs.br, Revista Brasileira de Energia Solar Ano 8 Volume VIII
Número 1 Julho de 2017 p.10-17
Produtividade anual x orientação (~4°S)

DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS COM DIFERENTES ORIENTAÇÕES DO PAINEL
Fabiano Perin Gasparin, Arno Krenzinger– arno.krenzinger@ufrgs.br, Revista Brasileira de Energia Solar Ano 8 Volume VIII
Número 1 Julho de 2017 p.10-17
Sombreamento parcial
Ferramentas computacionais
• PVSyst ($)
• PV*Sol ($)
• SAM (System Advisor Model) – NREL
• ...
• Ver manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos, pag. 347
Métricas de desempenho da sistemas FV
• Taxa de desempenho (PR: performance ratio)
• Produtividade fotovoltaica (PV Yield)
• Fator de capacidade (capacity factor)
- Ver documento no link abaixo para índices adicionais
• Tempo de retorno do investimento simples (payback simples)
• Tempo de retorno descontado (payback descontado)
• Custo Nivelado de Energia (LCOE: levelized cost of energy)
• VPL (valor presente líquido)
• ...
http://sunspec.org/wp-content/uploads/2015/06/SunSpec-PV-System-Performance-Assessment-v2.pdf
Taxa de desempenho (performance ratio)
• Índice para avaliação do desempenho global do sistema
• Indica a relação entre a energia produzida pelo sistema e a energia
teórica, considerando que o sistema trabalhasse com a eficiência
nominal dos módulos FV
𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐹𝑉 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜 (𝑘𝑊ℎ)
𝑃𝑅 =
𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐹𝑉 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜 (𝑘𝑊ℎ)

https://www.tuv.com/world/en/pv-performance-ratio-
assessment.html
Taxa de desempenho (performance ratio)
• EFV - Energia produzida durante o
período de análise
• I – Irradiação em kWh/m²/dia. Para este
PR % =
𝐸𝐹𝑉 dado o ideal é utilizar uma célula de
𝐼 ×𝑡 ×𝐴×𝜂𝑆𝑇𝐶 referência, que esteja implantada no
mesmo local do sistema, para registrar
os dados reais de irradiação.
• t – Tempo de análise em dias.
• A – Área em m² ocupada pelos módulos
FV
• η – eficiência do módulo FV (%)
Produtividade Fotovoltaica (Yield)
• A produtividade do SFV é a razão entre a energia elétrica c.a.
produzida em um determinado período e a potência nominal
instalada do gerador fotovoltaico, geralmente dada em kWh/kWp.

• Os valores anuais são mais comuns de serem utilizados, mas em


princípio pode ser utilizada qualquer base de tempo.

𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴𝐶 (𝑘𝑊ℎ)


𝑌𝐹𝑉 =
𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑗𝑜 𝐹𝑉(𝑘𝑊𝑝)
Fator de capacidade
• O fator de capacidade de uma estação de
geração de energia elétrica é a proporção
entre a produção efetiva da usina em um
período de tempo e a capacidade total
máxima neste mesmo período

𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 (𝑘𝑊ℎ)


𝐹𝐶 =
𝑃𝑛𝑜𝑚 (𝑘𝑊) × 8760ℎ

https://www.energy.gov/ne/downloads/infographic-capacity-
factor-energy-source-2019
Fator de capacidade – geração FV
• Para uma instalação típica no Sul do Brasil (fixo)
1350 kWh/kWp
FC ~15 %
• Para uma instalação nos locais com maiores irradiações (fixo)
1650 kWh/kWp
• FC ~19%
• Para uma instalação com rastreamento em um eixo
• FC ~23 a 25%
Fator de capacidade – Energia Eólica
• Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de
25%, o fator de capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%,
sendo que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos,
que vai de junho a novembro, é bastante comum parques atingirem
fatores de capacidade que passam dos 80%. Isso faz com que a
produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito
maior que as mesmas máquinas em outros Países.

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53096013/energia-eolica-atinge-15-gw-em-
capacidade-instalada-no-brasil
Fator de capacidade – Usina Nuclear Angra I e II
• Em 2019, a central nuclear de Angra teve o melhor ano de sua
história, com geração total de 16.128.826 MWh.
• Esse resultado vem na esteira do ótimo desempenho de cada
unidade. Angra 1 bateu seu recorde de produção, gerando
5.546.164 MWh. A melhor marca anterior havia sido registrada
em 2012. Além disso, fechou o ano com fator de capacidade de
98,21%, o maior das usinas brasileiras, levando em conta todas
as fontes de geração.
• Angra 2 também teve uma performance digna de nota no ano
passado. A usina produziu 10.582.662 MWh, a sua 8ª melhor
marca. E operou com fator de capacidade de 89,38%, ficando
atrás apenas de Angra 1 nesse quesito, mesmo tendo parado
por cerca de um mês para reabastecimento de combustível.
Notícia eletronuclear - fator de capacidade
Custo nivelado de energia
• LCOE (levelized cost of energy)
• O custo nivelado de energia (LCOE) é o custo total do ciclo de vida do
projeto expresso em centavos por quilowatt-hora de eletricidade
gerada pelo sistema ao longo de sua vida (manual do SAM).
LCOE – Custos incluídos
• O investimento de capital do projeto: Custos de equipamento e mão de obra,
custos de financiamento do período de construção, desenvolvimento do projeto
e taxas de financiamento e imposto sobre vendas menos o tamanho da dívida
(montante emprestado).

• Despesas operacionais, incluindo operação e manutenção, pagamentos de


seguros e impostos sobre propriedades.

• Custos da dívida a prazo do projeto: Pagamento de principal e juros e


financiamento da conta reserva do serviço da dívida.

• Reservas de financiamento e desembolso: Capital de giro, substituição de


equipamentos e serviço da dívida

• Responsabilidades tributárias estadual e federal.


Desempenho P50 e P90
• O excedente P50 é uma estimativa que indica que existe 50% de
probabilidade da produção real de energia no longo prazo ser acima
deste valor, logo, indica uma estimativa média de produção de
energia.

• O excedente P90 é uma estimativa que indica que existe 90% de


probabilidade da produção real de energia no longo prazo ser acima
deste valor, e, portanto, trata de uma estimativa conservadora de
produção de energia.
Próxima aula
• Conceitos básicos do SAM (System Advisor Model)

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