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PPGE3M
Prof. Fabiano Perin Gasparin
Sistemas FV Conectados à Rede (SFCR)
- Geração distribuída: micro e minigeração
fotovoltaica
- Geração centralizada: usinas fotovoltaicas
https://www.energysage.com/solar/101/net-
metering-for-home-solar-panels/
Resumo GD no Brasil
Resolução 482/2012 e 687/2015
• http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp
Geração fotovoltaica no Brasil – Set. 2020
• Dados do SIGA – Sistema de Informações de Geração da ANEEL
https://bit.ly/2IGf4Q0
• Geração centralizada: 3904 empreendimentos
- Potência outorgada em usinas FV: 16,18 GW
- Potência fiscalizada em usinas FV: 3,02 GW (em operação)
• Geração distribuída
(http://www2.aneel.gov.br/scg/gd/GD_Fonte.asp)
• Unidades instaladas: > 295 mil
• Potência total FV: 3,55 GW
Geração centralizada fotovoltaica no Brasil –
Nov. 2020
• Dados do SIGA – Sistema de Informações de Geração da ANEEL
https://bit.ly/2IGf4Q0
• Geração centralizada: 4260 empreendimentos
- Potência outorgada em usinas FV: 17,06 GW
- Potência fiscalizada em usinas FV: 3,11 GW (em operação)
Alguns dados para comparação
Potência Instalada
•Itaipu:
14 GW
•Belo Monte: 11 GW, porém 4,5 GW efetivos
•Angra 1: 640 MW, ou 0,640 GW
•Angra 2: 1350 MW ou 1,350 GW
•Parque eólico de Osório: 150 MW (início),
375 MW (atuais)
Itaipu
- Produtividade aproximada de 6800 GWh / GW ao ano.
Equivalente a 77,6 % do tempo na potência nominal.
Angra
- Produtividade aproximada de 8000 GWh / GW ao ano.
Equivalente a 91 % do tempo na potência nominal.
SFCR com medição bidirecional
Dimensionamento de SFCR
• Em geral não há necessidade de armazenamento de energia (realidade
vem mudando com a redução de custos de baterias)
• Os sistemas operam acoplados à rede, na mesma tensão e frequência,
fornecendo energia elétrica.
• Quando não há tensão na rede, o SFCR fica inoperante (anti-ilhamento)
• Os inversores incorporam na entrada CC o SPMP (MPPT)
A rede local deve ser capaz de receber a energia elétrica
produzida.
A qualidade da energia da rede pode comprometer a
transferência de energia do sistema;
https://www.brcenergia.com.br/?p=763
Dimensionamento de SFCR
PVWATTS -
https://pvwatts.nrel.gov/pvwatts.php
Dimensionamento do inversor
• Fator de dimensionamento de inversores (FDI)
• Há uma grande discussão do valor “ideal” para
𝑃𝐶𝐴 (𝑊)
𝐹𝐷𝐼 = otimizar o retorno econômico. FDI ~0,85 é uma
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑝) escolha com bom compromisso.
• É comum expressar a relação como fator de sobrecarga, isto é, a
relação inversa ao FDI (DC to AC ratio).
• Por quê não o FDI é menor do que 1?
• 7 Reasons Why You Should Oversize Your PV Array
• https://www.sma-sunny.com/us/7-reasons-why-you-should-oversize-
your-pv-array/
Adequação das características do inversor ao
arranjo fotovoltaico
• Potência nominal necessária (FDI)
• Tensão de entrada
- faixa de tensão de operação do MPPT
- Tensão máxima CC admitida
• Corrente máxima de entrada em CC
• Número de MPPT
• Otimização da tensão de operação
• Sombreamento parcial (na curva I-V sombreada, a Pm pode estar em
tensão fora do faixa do MPPT.
Tensão de entrada
• Soma das tensões dos módulos FV em
série
• A máxima tensão de entrada
não deve ser excedida e
hipótese alguma.
• Verificar maior Voc do arranjo
FV previsto (Irradiância STC ou
com fator de segurança na
menor temperatura prevista)
𝑁𝑠 𝑛𝑘𝐵 𝑇 𝐺2
𝑉𝑜𝑐2 = 𝑉𝑜𝑐_𝑠𝑡𝑐 + ln + 𝑉𝑜𝑐_𝑠𝑡𝑐 𝛽 𝑇2 − 𝑇𝑠𝑡𝑐
𝑒 𝐺𝑠𝑡𝑐
Faixa de tensão do
MPPT
𝑉𝑀𝑃𝑃𝑇_𝑚𝑖𝑛 𝑉𝑀𝑃𝑃𝑇_𝑚𝑎𝑥
< 𝑁_𝑚ó𝑑_𝑠é𝑟𝑖𝑒 <
𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑖𝑛
VMPPT_max é a máxima tensão de operação do MPPT https://www.e-
education.psu.edu/ae868/node/906
VMPPT_min é a mínima tensão de operação do MPPT
Vmp_Tmax é tensão de máxima potência do módulo fotovoltaico na
temperatura máxima de operação
Vmp_Tmin é a tensão de máxima potência do módulo fotovoltaico
temperatura mínima de operação 𝑉mp2 = 𝑉mp_𝑠𝑡𝑐 + 𝑉𝑚𝑝_𝑠𝑡𝑐 𝛽 𝑇2 − 𝑇𝑠𝑡𝑐
Corrente máxima CC do inversor
• Verificar as características de cada entrada CC e de cada MPPT
• É comum que as entradas tenham correntes máximas ligeiramente
diferentes
• Coeficiente de 1,25 é para garantir a segurança.
• Embora a Isc aumente com a temperatura, não é comum contabilizar
pois o aumento é pequeno (0,05%/°C). Para ΔT = 40°C → 2%
Verificar faixa
de operação
típica do MPPT
com curva de
eficiência do
inversor.
Influência da orientação e inclinação
• Orientação ideal: azimute = 0° - NORTE
• Inclinação ideal: depende!
Normalmente a inclinação igual à latitude é a ideal geometricamente
falando.
Simulações de cada local podem indicar que a máxima produtividade
anual ocorra em inclinações diferentes.
Antes de fazer adaptações com estruturas de orientação, convém
verificar a perda em função da orientação e o custo envolvido nas
estruturas.
Outra constatação é que com a redução do preço do módulo FV, a
instalação de mais módulos para compensar a orientação pode ser
vantajosa.
Produtividade anual x orientação (~30°S)
DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS COM DIFERENTES ORIENTAÇÕES DO PAINEL
Fabiano Perin Gasparin, Arno Krenzinger– arno.krenzinger@ufrgs.br, Revista Brasileira de Energia Solar Ano 8 Volume VIII
Número 1 Julho de 2017 p.10-17
Produtividade anual x orientação (~23°S)
DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS COM DIFERENTES ORIENTAÇÕES DO PAINEL
Fabiano Perin Gasparin, Arno Krenzinger– arno.krenzinger@ufrgs.br, Revista Brasileira de Energia Solar Ano 8 Volume VIII
Número 1 Julho de 2017 p.10-17
Produtividade anual x orientação (~4°S)
DESEMPENHO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS COM DIFERENTES ORIENTAÇÕES DO PAINEL
Fabiano Perin Gasparin, Arno Krenzinger– arno.krenzinger@ufrgs.br, Revista Brasileira de Energia Solar Ano 8 Volume VIII
Número 1 Julho de 2017 p.10-17
Sombreamento parcial
Ferramentas computacionais
• PVSyst ($)
• PV*Sol ($)
• SAM (System Advisor Model) – NREL
• ...
• Ver manual de engenharia para sistemas fotovoltaicos, pag. 347
Métricas de desempenho da sistemas FV
• Taxa de desempenho (PR: performance ratio)
• Produtividade fotovoltaica (PV Yield)
• Fator de capacidade (capacity factor)
- Ver documento no link abaixo para índices adicionais
• Tempo de retorno do investimento simples (payback simples)
• Tempo de retorno descontado (payback descontado)
• Custo Nivelado de Energia (LCOE: levelized cost of energy)
• VPL (valor presente líquido)
• ...
http://sunspec.org/wp-content/uploads/2015/06/SunSpec-PV-System-Performance-Assessment-v2.pdf
Taxa de desempenho (performance ratio)
• Índice para avaliação do desempenho global do sistema
• Indica a relação entre a energia produzida pelo sistema e a energia
teórica, considerando que o sistema trabalhasse com a eficiência
nominal dos módulos FV
𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐹𝑉 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜 (𝑘𝑊ℎ)
𝑃𝑅 =
𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐹𝑉 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜 (𝑘𝑊ℎ)
https://www.tuv.com/world/en/pv-performance-ratio-
assessment.html
Taxa de desempenho (performance ratio)
• EFV - Energia produzida durante o
período de análise
• I – Irradiação em kWh/m²/dia. Para este
PR % =
𝐸𝐹𝑉 dado o ideal é utilizar uma célula de
𝐼 ×𝑡 ×𝐴×𝜂𝑆𝑇𝐶 referência, que esteja implantada no
mesmo local do sistema, para registrar
os dados reais de irradiação.
• t – Tempo de análise em dias.
• A – Área em m² ocupada pelos módulos
FV
• η – eficiência do módulo FV (%)
Produtividade Fotovoltaica (Yield)
• A produtividade do SFV é a razão entre a energia elétrica c.a.
produzida em um determinado período e a potência nominal
instalada do gerador fotovoltaico, geralmente dada em kWh/kWp.
https://www.energy.gov/ne/downloads/infographic-capacity-
factor-energy-source-2019
Fator de capacidade – geração FV
• Para uma instalação típica no Sul do Brasil (fixo)
1350 kWh/kWp
FC ~15 %
• Para uma instalação nos locais com maiores irradiações (fixo)
1650 kWh/kWp
• FC ~19%
• Para uma instalação com rastreamento em um eixo
• FC ~23 a 25%
Fator de capacidade – Energia Eólica
• Enquanto a média mundial do fator de capacidade está em cerca de
25%, o fator de capacidade médio brasileiro em 2018 foi de 42%,
sendo que, no Nordeste, durante a temporada de safra dos ventos,
que vai de junho a novembro, é bastante comum parques atingirem
fatores de capacidade que passam dos 80%. Isso faz com que a
produção dos aerogeradores instalados em solo brasileiro seja muito
maior que as mesmas máquinas em outros Países.
https://www.canalenergia.com.br/noticias/53096013/energia-eolica-atinge-15-gw-em-
capacidade-instalada-no-brasil
Fator de capacidade – Usina Nuclear Angra I e II
• Em 2019, a central nuclear de Angra teve o melhor ano de sua
história, com geração total de 16.128.826 MWh.
• Esse resultado vem na esteira do ótimo desempenho de cada
unidade. Angra 1 bateu seu recorde de produção, gerando
5.546.164 MWh. A melhor marca anterior havia sido registrada
em 2012. Além disso, fechou o ano com fator de capacidade de
98,21%, o maior das usinas brasileiras, levando em conta todas
as fontes de geração.
• Angra 2 também teve uma performance digna de nota no ano
passado. A usina produziu 10.582.662 MWh, a sua 8ª melhor
marca. E operou com fator de capacidade de 89,38%, ficando
atrás apenas de Angra 1 nesse quesito, mesmo tendo parado
por cerca de um mês para reabastecimento de combustível.
Notícia eletronuclear - fator de capacidade
Custo nivelado de energia
• LCOE (levelized cost of energy)
• O custo nivelado de energia (LCOE) é o custo total do ciclo de vida do
projeto expresso em centavos por quilowatt-hora de eletricidade
gerada pelo sistema ao longo de sua vida (manual do SAM).
LCOE – Custos incluídos
• O investimento de capital do projeto: Custos de equipamento e mão de obra,
custos de financiamento do período de construção, desenvolvimento do projeto
e taxas de financiamento e imposto sobre vendas menos o tamanho da dívida
(montante emprestado).