Você está na página 1de 53

Conversão Fotovoltaica da

Energia Solar - MMD00575


Aula 07 – Baterias, Controladores de carga, Dimensionamento de
sistemas fotovoltaicos autônomos

Apresentação baseada no Manual de Engenharia para Sistemas


Fotovoltaicos – CRESESB 2014

PPGE3M
Prof. Fabiano Perin Gasparin
Baterias
Em sistemas fotovoltaicos isolados da rede elétrica, é necessário um sistema
de armazenamento de energia:
- Atendimento em períodos de geração nula (noite)
- Atendimento em períodos de geração insuficiente (dias nublados,
chuvosos, com baixos níveis de irradiação).

- Tradicionalmente a utilização de acumuladores eletroquímicos está


associado a sistemas autônomos e/ou isolados da rede.

- Há uma tendência com a redução de custos das baterias do uso de


soluções “híbridas”, utilizando baterias em sistemas conectados à rede.
Baterias
- No caso de sistemas conectados à rede, as baterias teriam um papel:

- Peak shaving: reduzir o pico de demanda, permitindo contratos de


energia mais vantajosos para o consumidor.
- Redução do consumo da rede em horário de ponta, quando a energia é
mais cara.
- Vantagem econômica, para evitar a compensação de energia caso não
haja paridade no net-metering.
Baterias - terminologia
• Células primárias: podem ser utilizadas apenas uma vez, e após são
descartadas.
• Células secundárias: compõem as baterias recarregáveis, podendo
reutilizar várias vezes.

• A tecnologia das baterias irá promover uma grande mudança tanto


em mobilidade elétrica, quanto na penetração de sistemas com
energias renováveis (intermitentes).
Tecnologia Eletrólito Densidade Densidade Eficiência Vida Vida Temperatura de Aplicações típicas
Energética Energética útil cíclica operação (exemplos)
Wh [%]
[Wh/kg] [Wh/L] [anos] [ciclos] Carga Descarg
padrão a [°C]
[°C]
Chumbo ácido7 (Pb-ácido) H2SO4 20-40 50-120 80-90 3-20 250-500 -10 a +40 -15 a 50 Uso estacionário,
tração, automotiva
Níquel-Cádmio (NiCd) KOH 30-50 100-150 60-70 3-25 300-700 -20 a 50 -45 a 50 Mesmo tipo de
aplicações das baterias
chumbo-ácido,
ferramentas, veículos
elétricos
Níquel-hidreto metálico KOH 40-90 150-320 80-90 2-5 300-600 0 a 45 -20 a 60 Notebooks, celulares,
(NiMH) câmeras fotográficas,
veículos elétricos e
híbridos, brinquedos
Íon de Lítio (Li–ion, Polímeros 90-150 230-330 90-95 - 500-1000 0 a 40 -20 a 60 Notebooks, celulares,
Li-polímero) orgânicos filmadoras, smart
cards, veículos
elétricos e híbridos
Bateria alcalina KOH 70-100 200-300 75-90 - 20-50 -10 a 60 -20 a 50 Produtos de consumo,
recarregável de Manganês brinquedos
(RAM)
Cloreto de Níquel e Sódio b’’-Al2O3 ~100 ~150 80-90 - ~1000 270 a 270 a Veículos elétricos e
(NaNiCl) 300 300 híbridos (possíveis
aplicações
estacionárias)
Baterias - terminologia

• Autodescarga
- Processo espontâneo de descarga gradual
- Taxa normalmente especificada em % de perda por mês
- Bateria de chumbo-ácido tem altas taxas de autodescarga
• Bateria
- Conjunto de células eletroquímicas conectadas eletricamente
• Célula
- Unidade eletroquímica básica com tensão característica. Dois
eletrodos: anodo→ oxidação / catodo → redução
Baterias - terminologia

• Capacidade
- Quantidade de carga (Ah) ou energia (Wh) que pode ser retirada a
partir da carga plena. Atualmente a capacidade em termos de energia
está sendo mais utilizada (Wh)
- Capacidade nominal: estimativa conservadora do fabricante
quantidade de carga ou energia (Ah) que pode ser retirado de uma
bateria nova sob certas condições padronizadas de corrente de
descarga, temperatura e tensão de corte.
- Capacidade Instalada: carga ou energia que pode ser retirada de uma
bateria nova, sob um conjunto específico de condições operacionais.
Baterias - terminologia

• Capacidade disponível – carga que pode ser retirada de uma bateria


sob um conjunto específico de condições operacionais (taxa de
descarga, temperatura, estado inicial, idade e tensão de corte)
• Capacidade de Energia – energia (Wh) que pode ser retirado de uma
bateria totalmente carregada. Geralmente é o produto da capacidade
em Ah pela tensão nominal.
Baterias – capacidade x velocidade de
carga/descarga
• Teoricamente:
200 Ah → fornece 200 A durante 1h, 50 A por 4h, 4 A por 50 h, 1 A por 200 h

Há um porém:
A Velocidade de carga ou descarga influencia na capacidade da bateria

Em geral:
Quanto mais lento o processo de descarregamento, maior a disponibilidade de
carga.
Daí a importância das condições de operação.
Baterias x temperatura
• A temperatura influencia na capacidade.
• Temperatura padrão geralmente de 25 °C.
• Temperatura mais baixa → menor capacidade de carga
Baterias - terminologia
• Carga: conversão de energia elétrica em potencial eletroquímico
• Ciclo
- Sequência carga-descarga de uma bateria, até uma determinada
profundidade de descarga
• Densidade de energia
- Capacidade de energia normalizada pelo volume (Wh/L) ou pela
massa (Wh/kg)]
• Descarga
-Retirada de carga de uma bateria por meio de uma corrente elétrica e
consequentemente de energia.
Eficiência
• Eficiência coulômbica ou de ampere-hora ou farádica:
- Relação entre a carga elétrica (Ah) retirada na descarga e a carga
necessária para restaurar o estado de carga inicial.
• Eficiência voltaica ou de tensão
- Razão entre a tensão média durante a descarga e a tensão média
durante a carga para restaurar a capacidade inicial.
• Eficiência global, ou energética ou de watt-hora: produto da
eficiência coulômbica e voltaica
- Razão entre a energia retirada durante a descarga e a energia
necessária para retomar o estado de carga inicial.
Baterias - terminologia
• Eletrodos
- anodo: sede da oxidação eletroquímica (fonte de elétrons)
- catodo: sede da redução eletroquímica
• Eletrólito
- Meio material que proporciona o transporte de íons entre os
eletrodos.
• Equalização
- Processo que busca igualar o estado de cargas das células
Baterias - terminologia
• Estado de carga (%) (state of charge)
- Capacidade remanescente disponível como porcentagem da
capacidade nominal (%).
• Profundidade de descarga (%) = 100 – estado de carga (%)
• Estratificação
- Divisão do eletrólito em camadas de diferentes densidades. Efeito
significativo em baterias de chumbo-ácido estacionárias
• Flutuação
- Processo que busca manter a bateria em estado próximo à carga
plena, importante para tecnologia de chumbo-ácido.
Baterias - terminologia
• Gaseificação:
- Ocorre em baterias de chumbo-ácido e corresponde à formação de
gás em um dos eletrodos.
- Ocorre em situação de sobrecarga. Corrente elétrica passa a ser
consumida na eletrólise da água.
Baterias - terminologia
• Taxa de carga
- Valor de corrente elétrica aplicada durante o processo de carga
- O valor é normalizado pela capacidade da bateria
- Exemplo: bateria de 500 Ah, carregada em 10h

𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 500 𝐴ℎ


= = 50𝐴 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝐶/10
𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 10 ℎ
- As taxas também são expressas em 0,5 C, 1 C, 2 C
- 0,5 C = C/2 = 2h para carga
- 1 C = C/1 = 1h para carga (neste caso, a corrente de carga/descarga tem o
mesmo valor da capacidade nominal).
- 2 C = C/0,5 = 30 min para carga
Baterias - terminologia
• Taxa de descarga
- Valor de corrente elétrica durante o processo de carga
- O valor é normalizado pela capacidade da bateria, de maneira
idêntica à taxa de carga.
• Tensão de circuito aberto
• Tensão de corte:
- Valor de tensão em que a descarga deve ser interrompida.
• Tensão final de carga:
- Valor de tensão em que a carga deve ser interrompida
• Tensão nominal
- Tensão média durante o processo de descarga em determinada taxa e
temperatura.
Vida útil
• Expressa em número de ciclos ou período de tempo
• Em sistemas fotovoltaicos, considerando ciclos de carga/descarga
diários, o número de ciclos corresponde ao número de dias de
serviço.
• Normalmente para baterias de chumbo-ácido, o fim da vida útil é
quando a célula totalmente carregada consegue fornecer apenas 80
% de sua capacidade nominal.
Modelo de circuito de um elemento de bateria

𝑉𝑏𝑎𝑡 = 𝐼𝑏𝑎𝑡 × 𝑅𝑖 + 𝑉𝑒
Efeito da temperatura – Chumbo ácido
• Temperatura nominal não é padronizada
• Valor comum é 25 °C, mas 27°C também é encontrado.
• Redução da temperatura reduz mobilidade dos portadores de carga
no eletrólito.
↑Ri ↓Capacidade
• Entretanto, aumento da temperatura causa redução na tensão Ve

𝑉 𝑇 = 𝑉𝑇𝑟𝑒𝑓 + 𝐾 × (𝑇 − 𝑇𝑟𝑒𝑓 )
Controladores de Carga
• São necessários com o objetivo de proteger a
bateria contra cargas e descargas excessivas.
• Outros nomes: Gerenciador de carga, regulador
de carga, regulador de tensão

São críticos, pois em caso de falha, a bateria


pode sofrer danos irreversíveis.

Devem ser adequadamente dimensionados


considerando tipo de bateria, tensão, e
parametrização.
Controladores de carga
• Em alguns casos é possível, embora não recomendado, dispensar o
controlador de carga:
- Sistemas auto-regulados: módulos fotovoltaicos com 30 células para
uso em 12 V
- Neste caso, a proteção contra sobrecarga é limitada e a proteção
contra descarga profunda é inexistente.
- Bancos de baterias superdimensionados em relação ao arranjo FV,
resultando em taxas C/100
Controlador paralelo (shunt)
Controlador série
Controlador on-off
• Aplicação direta da tensão-corrente do módulos FV
• O módulo se polariza na tensão da bateria, funcionando como fonte
de corrente
• A partir da tensão instantânea da bateria:
Chumbo-ácido:
Limite superior: 2,3 a 2,5 V por célula = 13,8 a 15 V para bateria
Limite inferior: 1,9 a 2,1V por célula = 11,4 a 12,6 V para bateria
Estes limites podem ter compensação pela temperatura da bateria!
Dimensionamento e funções do controlador
de carga
• Corrente máxima
> 1,25 Isc do
arranjo
• Tensão de
operação
compatível (12 V,
24 V ou 48 V)
Características dos controladores de carga
• Estratégias de controle através da técnica de modulação por largura de pulso (PWM – pulse
width modulation);
• Desconexão (e reconexão) da carga (proteção contra descarga excessiva);
• Desvio da energia do gerador quando a bateria estiver completamente carregada
• Proteção contra corrente reversa;
• Proteção contra sobretensões na entrada do controlador;
• Proteção contra inversão de polaridade (tanto na conexão ao painel FV quanto na conexão à
bateria);
• Proteção contra inversão na seqüência de conexão bateria-módulo;
• Proteção contra curto-circuito na saída para a carga;
• Grau de proteção IP adequado;
• Operação nas condições nominais dentro da faixa de temperatura e umidade declaradas;
Outras características
• Compensação térmica baseada num sensor de temperatura externo a ser fixado
na carcaça da bateria;
• Carregamento em três estágios:
• Seguimento de ponto de potência máxima (SPPM19 - ver item 4.8);
• Pontos de regulagem (set points) ajustáveis;
• Controle do carregamento pelo estado de carga da bateria;
• Alarmes e indicações visuais;
• Baixo autoconsumo;
• Terminais exclusivos para monitoração de tensão das baterias.
Pontos de regulagem
• Desconexão do painel FV (HVD: high voltage disconnect)
Desconecta o gerador FV da bateria, evitando a sobrecarga.
• A reconexão ocorre no parâmetro HVR: high voltage reconnect, onde uma
histerese é necessária para evitar o chaveamento repetitivo.
• Desconexão da carga (LVD: low voltage disconnect)
• A reconexão da carga ocorre no parâmetro LVR: low voltage reconnect. Uma
histerese é necessária para evitar chaveamento repetitivo.
BMS (battery management system)
• O sistema de controle de carga de baterias de íons de lítio é mais
sofisticado.
• Nestes sistemas utiliza-se um sistema gerenciador de baterias (BMS),
que não será escopo da disciplina.
Dimensionamento de Sist. FV Autônomo
• Objetivo: ajustar o tamanho do sistema para o recurso energético e a
demanda.

Sistema isolado para eletrificação


individual
Dimensionamento de Sist. FV Autônomo

Sistema isolado para eletrificação


em minirrede
Dimensionamento de Sist. FV Autônomo

Sistema isolado para


bombeamento de água
SFCR: sistema fotovoltaico conectado à rede
Etapas fundamentais do projeto do SFI
1 - Levantamento adequado do recurso solar disponível no local da aplicação;
2 - Definição da localização e configuração do sistema;
3 - Levantamento adequado de demanda e consumo de energia elétrica;
4 - Dimensionamento do gerador fotovoltaico;
5 - Dimensionamento dos equipamentos de condicionamento de potência
6 - Dimensionamento do sistema de armazenamento
Horas de Sol Pleno

Fonte: (PINHO et al., 2008). Sistemas


híbridos - Soluções energéticas para a
Amazônia. 1. ed. Brasília, Brasil: Ministério
de Minas e Energia, 2008. 396 p.
Recurso Solar
• Atlas Brasileiro de Energia Solar
• Potencial Solar - SunData v 3.0 -
http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata&
• Meteonorm ($)
• SolarGIS ($)
Levantamento da demanda e do consumo
• Planilha de levantamento de cargas, potência e estimativa de horas
diárias para estimativa do consumo.
Dimensionamento SFI – método mês crítico
• Balanço de energia do período mais desfavorável, define a potência
necessária para o arranjo fotovoltaico para atendimento no mês
crítico. Desta maneira, intuitivamente, os demais períodos estarão
seguros em energia disponível.
• Embora envolva a razão entre demanda mensal e média de irradiação
mensal, na prática, o mês crítico acaba sendo o mês de menor
irradiação mensal, salvo se há cargas sazonais bem determinadas.
• Nos meses mais favoráveis a tendência é ter um excesso de energia.
Dimensionamento da geração
𝐿𝑐𝑐 𝐿𝑐𝑎
𝐿= +
𝜂𝑏𝑎𝑡 𝜂𝑏𝑎𝑡 𝜂𝑖𝑛𝑣

Lcc (Wh/dia) - quantidade de energia consumida diariamente em corrente contínua em


determinado mês,
Lca (Wh/dia) - quantidade de energia consumida diariamente em corrente alternada no
mesmo mês;
ηbat (%) - eficiência global da bateria ~ 86%
ηinv (%) - eficiência do inversor: valor depende do catálogo, costuma-se utilizar um valor
típico na faixa de operação entre 50 e 100% de carregamento.
Dimensionamento da geração – mês crítico
12 𝐿𝑖
𝑃𝑚 = 𝑚𝑎𝑥𝑖=1
𝐻𝑆𝑃𝑖 × 𝑅𝑒𝑑1 × 𝑅𝑒𝑑2

Pm (Wp) - potência do painel fotovoltaico nas condições STC


Li (Wh/dia) - quantidade de energia consumida diariamente no mês i (eq. Anterior)
HSPi (h/dia) - horas de sol pleno no plano do painel fotovoltaico no mês i;
Red1 (%) - fator de redução (derating) da potência dos módulos fotovoltaicos, em relação ao
seu valor nominal, englobando os efeitos de: i) um eventual acúmulo de sujeira na superfície
ao longo do tempo de uso; ii) degradação física permanente ao longo do tempo; iii)
tolerância de fabricação para menos, em relação ao valor nominal; iv) perdas devido à
temperatura. A este fator Red1 atribuí-se por default o valor de 0,75, para módulos
fotovoltaicos de c-Si;
Red2 (%) - fator de derating da potência devido a perdas no sistema, incluindo fiação,
controlador, diodos etc. A este valor recomenda-se como default o valor de 0,9.
Módulos em série – controlador convencional
1,2. 𝑉𝑠𝑖𝑠𝑡
𝑁𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠𝑠é𝑟𝑖𝑒 =
𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑎𝑥
1,2: suposição de que a carga máxima ocorre a 20 % acima da tensão nominal
(12V → 14,4 V).

(VmpTmax): temperatura mais elevada prevista para o módulo em uma dada


localidade

Deve respeitar a tensão máxima do controlador de carga.

Na prática:
12 V = módulos FV de 36 células em série
24 V = módulos FV de 72 células em série
Determinação da corrente FV necessária
𝑃𝑚 𝐼𝑚
𝐼𝑚 = 𝑁𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝑉𝑠𝑖𝑠𝑡 𝐼𝑚𝑝

• Im (A) – corrente do painel fotovoltaico;


• Pm (Wp) - potência do painel fotovoltaico (calculada pela Equação 6.3);
• Vsist (Vcc) - tensão nominal do sistema (é igual à tensão nominal do banco de
baterias), que é igual ao numero de baterias conectadas em série vezes a tensão
nominal da bateria Vb. Para SFIs no Brasil são adotados bancos com tensões
nominais de 12 V, 24 V e 48 V, seja utilizando elementos de 2 V ou monoblocos
de 12 V.
Controlador de carga com MPPT
• Módulos de 36 células estão ficando raros no mercado.
• O uso de módulos comerciais disponíveis pode ser efetuado por meio
de um controlador de carga com MPPT, além de melhorar a
transferência de energia.
𝑉𝑀𝑃𝑃𝑇_𝑚𝑖𝑛 𝑉𝑀𝑃𝑃𝑇_𝑚𝑎𝑥
< 𝑁_𝑚ó𝑑_𝑠é𝑟𝑖𝑒 <
𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑚𝑝_𝑇𝑚𝑖𝑛

VMPPT_max é a máxima tensão de operação do MPPT


VMPPT_min é a mínima tensão de operação do MPPT
Vmp_Tmax é tensão de máxima potência do módulo fotovoltaico na temperatura máxima de
operação
Vmp_Tmin é a tensão de máxima potência do módulo fotovoltaico temperatura mínima de
operação
Controlador de carga com MPPT
• Módulos de 36 células estão ficando raros no mercado.
• O uso de módulos comerciais disponíveis pode ser efetuado por meio
de um controlador de carga com MPPT, além de melhorar a
transferência de energia.
𝑃𝑚
𝑁𝑚ó𝑑𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝑁_𝑚ó𝑑_𝑠é𝑟𝑖𝑒. 𝑃𝑚𝑜𝑑

Pm é a potência total do gerador


Pmod é a potência nominal do módulo FV adotado

𝐼𝑚 = 𝑁𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠_𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 . 𝐼𝑚𝑝 Verificação se a corrente nominal do painel FV está


adequada ao controlador.
Banco de baterias
• Considera-se o valor do mês em que há o máximo consumo de
energia para dimensionar o banco de baterias.

12
𝐿𝑚 = 𝑚𝑎𝑥𝑖=1 (𝐿𝑖 )
• A capacidade do banco vai depender do número de dias de
autonomia requerido e da profundidade de descarga admitida antes
da desconexão das cargas pelo controlador de carga.
𝐿𝑚 𝑁
• 𝐶𝐵𝐶20 𝑊ℎ =
𝑃𝑑
• N: número de dias de autonomia: pelo menos 2 dias. Depende da
região, criticidade da aplicação, $ disponível, etc
• Pd: profundidade de descarga admitida
Banco de baterias
• Opção para estimar o número de dias de autonomia:

𝑁 = −0,48 × 𝐻𝑆𝑃𝑚𝑖𝑛 + 4,58

Recomendações:
2 a 3 dias de autonomia para cargas comuns e 5 a 7 dias para cargas
críticas.
Arranjo de baterias
𝐶𝐵𝐼
• 𝑁𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 =
𝐶𝐵𝐼𝑏𝑎𝑡

• CBI: capacidade do banco de baterias em Ah


• CBIbat : capacidade da bateria selecionada em Ah

𝑉𝑠𝑖𝑠𝑡
• 𝑁𝑏𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑠_𝑠𝑒𝑟𝑖𝑒 =
𝑉𝑏𝑎𝑡
Controlador de carga
• Cuidar limites especificados no equipamento

𝐼𝑐 ≥ 1,25 . 𝑁 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 . 𝐼𝑠𝑐


Máxima tensão de entrada do controlador deve estar acima da tensão
máxima esperada para o arranjo na pior condição.

𝑉𝑐_𝑚𝑎𝑥 ≥ 𝑁𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠𝑠𝑒𝑟𝑖𝑒 . 𝑉𝑜𝑐_𝑇𝑚𝑖𝑛


Inversor para SFI – off grid
• O dimensionamento do inversor para SFI depende da expectativa da
curva de carga do sistema, ou do número de equipamento
simultâneos que podem ser ligados.
• Especificar tensão de entrada CC e tensão de saída CA (127 ou 220
Vac)
• Verificar compatibilidade entre inversor e controlador de carga
• Alguns inversores são conectados diretamente no banco de baterias,
e é necessário verificar se possuem desconexão em caso de descarga
profunda da bateria.
• Atualmente a oferta de produtos é virtualmente ilimitada, produtos
multifuncionais, híbridos, etc.
Exemplo de inversor OFF grid

Você também pode gostar