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BÁSICA
EMBASAMENTO TEÓRICO PARA ELETRICIDADE AUTOMOTIVA
LEANDRO ALMENDRO ZAMARO
ELETRICIDADE BÁSICA – PARTE 01
INTRODUÇÃO
porém, geralmente pouco é tratado sobre isso, acredito que por falta de
reparador pode questionar sobre algo que nunca ouviu falar, ou que foi
especificamente, automotiva.
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ELETRICIDADE BÁSICA – PARTE 01
Sem entrar em questões teóricas de tensão contínua e alternada, vamos ao que interessa.
Por que existe Tensão Alternada e Tensão Contínua? Por que uma Tensão contínua é
mais eficaz em sistemas veiculares que tensão alternada? Afinal poderíamos ter o
Alternador como um Gerador, e este alimentar todo sistema, oras. A resposta para isso
vem à seguir:
maior que outras. Outro fator, a tensão alternada irradia uma quantidade enorme de
A tensão contínua por sua vez, possui sua linearidade estável, apresenta uma atenuação
desprezível, quando em baixa tensão e corrente gera uma quantidade mínima de ruídos,
além do fato que pode ser armazenada em Baterias. Para sistemas automotivos é o
implantado á poucos anos, porém isso não é verdade. Em meados de 1885, Thomas
Edson criou o primeiro carro movido por banco de baterias, sem motor à combustão.
Devido problemas em seu projeto, ele levou uns 8 anos para aperfeiçoar todo sistema,
porém neste meio tempo Henry Ford, aproveitando o “boom” de petróleo descoberto
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A tensão alternada surge a partir de Geradores de Energia elétrica, por conta da energia
cinética dos mesmos (energia girante), por exemplo uma turbina, aplicando-se teorias de
energia elétrica que lhe tenha sido fornecida e entregá-la ao sistema em condições
determinadas. Utilizam-se materiais ativos nas reações químicas, que são o chumbo (nas
Chumbo Metálico. Estas placas com polaridades diferentes são afastadas por um
material isolante, e cada conjunto gera em torno de 2V. Dentro da bateria existe um
eletrólito que permite a reação química, ou seja, ácido sulfúrico e Água. Ligando-se 6
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De uma maneira simplificada podemos falar sobre capacidade de uma bateria de forma
45 A/h C20
Sobre os 45 A/h acredito que todos saibam seu significado, ou seja, a bateria seria capaz
de fornecer 45 A durante uma hora. Porém esta afirmação está errada. Uma bateria
atuando em sua capacidade máxima durante uma hora causaria sua destruição.
Percebam que existe um termo que talvez poucos conheçam: o C20. Este termo foi
estipulado pela legislação brasileira para a maioria das baterias nacionais. O termo C20
informa que uma bateria à plena carga de 45 A/h (por exemplo), possuindo uma tensão
deste ensaio estiver abaixo deste valor, a bateria pode ser condenada, além do que prova
que a Capacidade da Bateria não possuía uma Capacidade de 45 A/h. Agora alguns
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45 A/h dividida por 20 horas. Lembram quando citei que nenhuma bateria suportaria
uma sobrecarga de sua Capacidade máxima durante 01 hora? Justamente por isso, a
corrente de capacidade máxima é dividida por 20 (horas), ou seja, uma corrente de 2,25
2) Espere meia-hora;
Suponha o seguinte: Você observou que em tais condições, a Tensão de Corte foi
atingida em apenas 5 Horas de carga com 10 A, cont. O que isto significa? Que sua
bateria teve sua Capacidade reduzida com o tempo para 50 A/h. Mas por que isso
ocorre? Por vários fatores. Uma bateria de qualidade pode ser submetida à realização
igual ou maior de sua tensão de corte, isso diminuirá 30% de sua vida útil;
de recargas dos 200 ciclos que ela suportaria durante toda sua vida útil, além de
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um período que pode variar, conforme o estado da tensão inicial. Duração máxima de
constante, tão logo a bateria tenha sua capacidade totalmente restaurada, a tensão do
aumento brusco na temperatura, que não pode exceder 50°C. Por quê? O aumento de
Portanto se durante uma recarga 50°C for atingido, reduza a corrente de recarga pela
dependendo das condições da bateria, isso ocasionará uma corrente inicial de algo em
ainda pode haver indícios de gás nitrogênio nas proximidades dos pólos. Os 15
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vazio, seja menor que a tensão de corte (10,5) V, a bateria já está condenada e
nada pode ser feito à fim de repará-la. Caso insistam em realizar o procedimento
de recarga em uma bateria nesta condições, tanto para o doador como para o
receptor, pode ser catastrófico Tudo indica que a bateria com baixa tensão esteja
Baterias sulfatadas: Tal fenômeno ocorre com frequência nas conhecidas cargas
os processos de cargas rápidas, altas correntes transitam pelas mesmas, e tende à formar
uma crosta de Sulfato nas faces das placas, o que aumenta-se a Resistência Interna das
consideráveis, como por exemplo sistemas de som mal dimensionados. Uma Bateria
veicular não é apropriada para alimentar um dado sistema de potência com uma corrente
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maior que 10% do seu valor nominal. Um sistema de Som, por exemplo, consumindo
sendo transportadas pelas placas de chumbo de uma bateria, por si só, já é o suficiente
nível mais alto e encostando nas placas de chumbo, já temos uma bateria curto-
circuitada.
potencial, que nada mais é que a tensão de uma bateria, por exemplo. Para melhor
simplesmente uma Força, que pode ter grande magnitude ou pouca magnitude, ou
Agora, vamos esquecer um pouco de tensão, e falar sobre materiais condutores e não-
material condutor é todo elemento que conduz energia elétrica, por exemplo, fios de
cobre. Um material não-condutor é todo elemento que não conduz energia elétrica, são
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constituição ao contrário dos não condutores. Quanto aos materiais condutores, mesmo
possuindo elétrons livres, os mesmos não percorrem tais materiais se uma força não os
empurrarem, e essa força nada mais é que a tensão que falamos a pouco, lembram? Um
fio de cobre possui elétrons livres que se movimentam quando uma tensão, entre dois
polos, é aplicada nas duas extremidades deste cabo, e sempre em um sentido: do pólo
Elétrica.
significa uma força que empurra elétrons livres, e essa movimentação é a corrente
Porém, independente da força, ou tensão, aplicada nas extremidades do cabo, caso não
quanto maior a velocidade de circulação dos elétrons, maior a corrente elétrica. Essa
Para que isso não ocorra em um circuito submetido à uma dada tensão, deve-se possuir
corrente elétrica. Isso significa que é necessário algo que imponha uma resistência à
nada mais é que uma imposição à corrente elétrica, ou passagem de elétrons. Com o
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Quando um circuito submetido à uma tensão, com sua corrente elétrica limitada por
uma resistência elétrica, esta pode apresentar uma reação devido aos elétrons que estão
poderá ser o aquecimento de seu material cerâmico. Quanto mais corrente elétrica
passar por ele, maior será a potência exigida pelo resistor para que este suporte o calor.
Dessa forma temos mais uma grandeza a se preocupar, ou seja, potência elétrica, em
forma de calor.
Nem sempre temos todos os instrumentos de medição em nossas mãos, para medida das
grandezas. Nesses casos uma matemática puramente básica está ao nosso lado para
ajudar-nos.
UNIDADES UTILIZADAS
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𝐕
𝑹=
𝐈
Cálculo de Tensão
𝑽=𝑰𝒙𝑹
𝐕
𝑰=
𝐑
𝐕𝟐
𝑷=𝑽𝒙𝐈 ou 𝑷 = 𝑹 𝒙 𝑰𝟐 ou 𝑷=
𝑹
Dica 01: Quando a Resistência Ôhmica é constante, caso a tensão varie, a corrente
aumenta-se a corrente;
Dica 02: A corrente elétrica, desde que a tensão se mantenha constante, sempre variará
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PROBLEMAS
EXEMPLO 01: Você está aplicando uma tensão de 12 V em uma lâmpada sem nenhum
dado escrito na mesma. Observa-se, com seu alicate amperímetro, a corrente elétrica
passando pela lâmpada acesa, com valor de 2 A. Você sabe que para aquele farol a
lâmpada utilizada deve ser exatamente de 20 W de potência. Será que a lâmpada está
correta?
12 V
12 V
U1
- +
2.000 A
Amperímetro
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 = 12 𝑥 2
𝑷𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒂 𝒍â𝒎𝒑𝒂𝒅𝒂 = 𝟐𝟒 𝑾
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EXEMPLO 02: O regulador do seu Alternador está com defeito, e está alimentando a
bateria com 18 V. Você, não sabendo do defeito, aciona a luz de freio do veículo, que
o fusível queimará?
12 V
12 V
Pedal de Freio
5_AMP 18 V
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 12 𝑉 =
Tensão Normal
45
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑒𝑚 12 𝑉 =
12
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 ôℎ𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 =
Corrente Normal
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Então:
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𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 ôℎ𝑚𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 =
3,75
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐴𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 18 𝑉 =
Resistência Lâmpadas
18
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝐿â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑚 18 𝑉 =
3,20
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O estudo de Circuitos Elétricos não é uma das atividades mais fáceis. Em cursos
Resistor: São componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à passagem
passagem de corrente elétrica damos o nome de resistência elétrica, que possui como
corrente elétrica. Inclusive, a corrente elétrica que entra em um terminal do resistor será
exatamente a mesma que sai pelo outro terminal, entretanto tende a causar uma dada
Lâmpadas: Parece um tema redundante, afinal quem não conhece uma lâmpada?
através de seus terminais positivos e negativos, entra dentro do Bulbo de vidro, onde
em seu interior não existe nenhum gás ou ar, apenas vácuo. A corrente circula através
de duas finas hastes, e estas são soldadas com gotas de solda prata à um filamento fino e
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que varia rapidamente quando circulado por uma dada corrente elétrica. Isso pode ser
Circuito Série
Pode ocorrer do Profissional não ter um Multímetro em mãos, e ter que afirmar o valor
+ R4
-
R1 R2
R3
Como calcular com auxílio de uma calculadora a resistência equivalente desta carga?
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Neste caso:
𝑹𝒆𝒒 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 + 𝑹𝟒
“Ou seja, não importa quantos sejam os elementos resistivos, sempre que ligados em
série devem ter seus valores ôhmicos somados um ao outro, a fim de obtermos a
resistência total.”
PROBLEMAS
Exercício 1) Dado o circuito abaixo, calcular qual corrente elétrica fornecida pela
bateria
R4
35Ω
R2 20Ω 12Ω R3
12 V
V1
estão ligadas uma à outra, verifica-se que as três cargas estão ligadas em série, uma a
Req = R2 + R4 + R3
Req = 20 + 35 + 12 = 67 Ω
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passo:
V
𝐼=
R
12
𝐼=
67
𝑰 = 𝟎, 𝟏𝟕𝟗 A
Circuito Paralelo
forma:
R1 R2
A disposição dos resistores acima mostram suas entradas interligadas, e suas saídas
Como calcular com auxílio de uma calculadora a resistência equivalente desta carga?
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os terminais de saídas também são interligados. É importante dizer que este tipo de
𝐑𝟏 𝐱 𝐑𝟐
𝑹𝒆𝒒 =
𝐑𝐈 + 𝐑𝟐
paralelo:
R1 R2 R3
O circuito acima também trata-se de um circuito paralelo, porém com 3 resistores. Sua
R1 x R2
𝑅𝑒𝑞 𝐴 =
R1 + R2
Req A x R3
𝑅𝑒𝑞 𝐵 =
Req A + R3
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PROBLEMAS
Exercício 1) Dado o circuito abaixo, calcular qual resistência equivalente que refere-se
20Ω
10Ω
Lembramos que:
R1 x R2
𝑅𝑒𝑞 =
R1 + R2
20 x 10
𝑅𝑒𝑞 =
20 + 10
200
𝑅𝑒𝑞 =
30
Ou seja, a associação dos dois resistores acima pode ser representada por apenas um
resistor de 6,66 Ω.
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Exercício 2) Dado o circuito abaixo, calcular qual resistência equivalente que refere-se
R1
15Ω
R2
40Ω
R3
5Ω
Neste circuito paralelo temos três resistores. Dessa forma nos preocupamos em
Req A.
R1 x R2
𝑅𝑒𝑞 𝐴 =
R1 + R2
15 x 40
𝑅𝑒𝑞 𝐴 =
15 + 40
600
𝑅𝑒𝑞 𝐴 =
55
𝑅𝑒𝑞 𝐴 = 10,90 Ω
Req_A
10.90Ω
R3
5Ω
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Req A x R3
𝑅𝑒𝑞 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
Req A + R3
10,90 x 5
𝑅𝑒𝑞 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
10,90 + 5
Ou seja, a associação das três resistências descritas acima pode ser simplificada por uma
ponto de fusão que é posicionado em série com os circuitos à serem protegidos. Sua
primeiro lugar, o chicote elétrico do veículo, já que este sendo revestido por material
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porém para sobrecorrentes com o dobro ou maior valor da nominal pode levar até 5
segundos para atuar. Seu limite de atuação é 2000 A, para correntes maiores o
de interrompê-lo.
devido suas dimensões menores isso permite que mais dispositivos de proteção
contraditórias, o Fusível lâmina por ser maior oferece maior proteção, já que o
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diferenciado o que requer conectores de encaixe especiais. Possuí ação rápida, e rara
interromper o circuito.
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para portas fusíveis instalados sobre as baterias. Possui tempo máximo de atuação
em torno de 15 segundos.
como no caso da lâmpada que tem sua resistência modificada quando alimentada.
Por exemplo, um simples fio de cobre, tem sua resistência modificada conforme se
aumenta sua temperatura. Segue abaixo a fórmula que prova tal teoria:
𝐑 = 𝐑𝐨 𝐱 [𝟏 + 𝛂 (𝐭 − 𝐭𝐨)]
t = é a temperatura de superaquecimento.
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Por exemplo, consideramos que um fio de sinal constituído de cobre, com resistência
inicial de 0,5 Ω e temperatura de 20°C. Qual será sua resistência ôhmica à 100°C?
𝐑 = 𝟎, 𝟔𝟓𝟔 𝛀
Caso tal condutor transmita sinais, estes poderão sofrer certa atenuação,
e tem o mesmo comportamento. Prestem atenção à tais detalhes que podem confundir
por que este fio passa por este caminho de dífícil acesso ao invés de ser passado em
volta do carro e alimentar todos os sistemas?”, ou então, “Caramba, por que esses fios
Pois é, isso é necessário. Com certeza o chicote teria sua complexidade e quantidades de
problemas, mas por outro lado teríamos problemas de atenuação da tensão. Seria como
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projeto: “Por pior que seja cair uma pedra em nossa cabeça, ainda devemos agradecer
seja, por uma matemática simplória e que extermina qualquer dúvida quanto à isso.
Vejam abaixo:
𝛒. 𝐋
𝑹=
𝐀
Sendo:
R = Resistência do Fio;
material que constituí o fio, em nosso caso o cobre, cujo valor é 1,72 . 10−8 Ω/m, ou
0,0000000172 Ω;
L = Comprimento do fio;
Imagine que você tenha a idéia mirabolante de inventar um carro com apenas um fio de
CAN. Este percorreria o carro inteiro, dando várias voltas, indo e vindo, ou seja, você
utilizaria uns 5.000 metros de um fio com área de 0,35 m𝑚2 , que transformando em
metro chegamos a 0,000035, um fio bem fino. Aparentemente inofensivo, mas vamos
aos cálculos:
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0,0000000172 . 5000
𝑅=
0,000035
V2
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑓𝑖𝑜 =
R
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𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑠𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑓𝑖𝑜 =
2,457
E essa potência seria dissipada em forma de calor, ou seja, o fio faria o papel de um
resistor de 2,457 Ω com uma tensão de 5 V. Agora pensem, uma lâmpada de pequeno
porte tem 5 W, e o fio dissipando mais de 10 W! Isso causaria a queima da fiação. Então
problemas: um fio de maior diâmetro tem seu valor bem mais elevado que um
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sempre:
fatores são preponderantes, porém julgo que os assuntos explanados até o momento
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