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energia autônoma

http://mbtenergia.com.br/index.htm

O que é um sistema "ENERGIA AUTÔNOMA" ?


Por definição, é um sistema que gera energia independentemente das redes
elétricas públicas. Interessa principalmente lugares fora do alcance das ditas
redes (sítios afastados, fazendas, ilhas, etc.) ou com contatos episódicos
com essas redes (veículos em geral) ou quando falha a alimentação elétrica
normalmente oferecida pelas redes (sistemas de emergência ou de apoio).

Um sistema "ENERGIA AUTÔNOMA" inclui basicamente 3 elementos :

uma fonte de energia

uma reserva de energia (bateria de serviço)

um conversor de energia (inversor)

A fonte de energia carrega a bateria de serviço. A bateria de serviço restitui


a energia armazenada aos consumidores (aparelhos elétricos,
essencialmente eletrodomésticos) através do inversor que transforma a
corrente contínua da bateria em corrente alternada equivalente à da rede. O
esquema geral de um sistema "ENERGIA AUTÔNOMA" é o seguinte :

Qual é o papel de cada elemento ?


A fonte capta a energia do ambiente , seja do sol (módulos solares), do
vento (catavento), da rocha (gerador Diesel ou de gasolina, centrais
termoelétricas), da água ou do átomo (hidroelétricas, centrais nucleares), e a
transforma em corrente elétrica contínua compatível com a bateria.

A energia da fonte geralmente tem a característica de não ser disponível de


modo contínuo : o sol só é aproveitável algumas horas por dia, o vento sopra
de modo aleatório, o gerador, por causa de poluições e custo, não pode
funcionar o tempo todo, e as grandes redes sofrem panes imprevisíveis. Daí
a necessidade de armazenar a energia para torná-la disponível a qualquer
momento. O único meio prático, até hoje, nas potências que nos interessam,
é a bateria tipo "reserva de energia".
A função do inversor é converter a corrente contínua 12, 24 ou 48V da
bateria em corrente alternada 110V (ou 220V), utilizável pela maioria dos
aparelhos domésticos usuais.

Como "ENERGIA AUTÔNOMA"


A escolha dos elementos depende de vários fatores :

- se a instalação é fixa ou móvel,


- a potência requerida,
- a autonomia desejada,
- as possibilidades de investimento inicial.
Por exemplo, uma fonte constituída por módulos solares convém
tecnicamente para um sítio onde a superfície não é limitada. Já não pode ser
a fonte principal num barco, e não teria uso num caminhão.

A potência requerida orienta a escolha da(s) fonte(s), tendo cada tipo seus
limites. Por exemplo, num barco consumindo 150Ah/dia, não há espaço para
alojar módulos solares em quantidade suficiente : é necessário aproveitar-se
do motor de propulsão ou usar um gerador. Mas, se o objetivo for só
compensar as perdas naturais da bateria (alguns Ah/mês), aí sim um ou dois
pequenos módulos podem achar espaço.

A autonomia é o tempo durante o qual pode-se usar a bateria de serviço


antes de carregá-la. Ou : o tempo decorrendo entre duas operações de
carga. Depende evidentemente do tipo da(s) fonte(s), da sua potência, e da
capacidade da bateria.

O investimento inicial é também um fator importante. Por exemplo, uma


instalação solar custa caro na compra mas nada para usá-la e mantê-la
durante 20 anos. Acontece o contrário com o gerador, relativamente barato
na compra mas caro na operação.

Como "ENERGIA AUTÔNOMA"


A potência é o parâmetro que condiciona todas as escolhas. O seu cálculo é
simples. Basta fazer o seguinte :

1. Fazer a lista de todos os aparelhos que pretender alimentar com o


seu sistema "ENERGIA AUTÔNOMA",
2. Anotar a potência (em Watt) de cada aparelho,
3. Estimar a duração de uso (em horas) de cada aparelho num dia,
4. Para cada aparelho, multiplicar a potência (em Watt) pela duração de
uso (em horas). Obtém-se o consumo diário (ou a energia consumida
num dia) em Wh (Watt-hora) para cada aparelho.
5. Somar todos os consumos diários calculados em 4).
6. Nessa altura, é necessário tomar em conta o rendimento da bateria
( 0,8) e do inversor ( 0,85) e, portanto, dividir o resultado de 5)
por 0,7 ( 0,8 x 0,85 0,7 ) : é o consumo diário total.

NOTA : quando se fala de baterias, é mais fácil usar outra unidade de


energia : o Ah (Ampère-hora), já que a capacidade das baterias se mede
nessa unidade. Para isso, é só dividir o consumo em Wh pela tensão das
baterias (12, 24, 36 ou 48V).
Cálculo de um sistema "ENERGIA AUTÔNOMA".

Exemplo :

Num sítio, queremos instalar um sistema "ENERGIA AUTÔNOMA" para


alimentar em corrente 110V-60Hz uma bomba e 2 lâmpadas PL de 11W cada
uma. A potência indicada na bomba pelo fabricante é 400W. Estimamos que
a bomba ficará ligada 2 horas cada dia para encher a caixa d'água e que as
lâmpadas ficarão acesas uma média de 4 horas cada uma por dia. Prevê-se
também carregar as baterias uma vez por dia.

Cálculo do consumo diário :

1. Para a bomba : 400W x 2h = 800Wh


2. Para as lâmpadas : 11W x 2 x 4h = 88Wh

Total...................888Wh

ou, em Ah, sendo usadas baterias 12V : 888Wh ÷ 12V 74Ah

Tomando em conta o rendimento do sistema : 74 Ah ÷ 0,7 106 Ah

O consumo é 106 Ah por dia.

Determinação da capacidade da bateria : segundo uma regra comumente


admitida, só se pode utilizar aprox. um terço da capacidade nominal da uma
bateria sem prejudicar a sua vida. Por conseguinte, no nosso caso,
deveremos escolher baterias para um total de :

106 Ah x 3 = 318 Ah

sejam 3 baterias cicláveis de 115Ah cada uma. Teremos assim a reserva de


energia necessária para 1 dia.

Determinação do inversor : a potência do inversor (em Watt) é calculada pela


potência instantânea dos aparelhos que deve alimentar. Basta somar as
potências da bomba e das lâmpadas :

400W + (11W x 2) = 422W

Será necessário um inversor de 500 ou 600W.

Determinação do meio de carregar as baterias : devemos repor 106 Ah/dia


nas baterias. Num sítio isolado, há somente dois meios práticos para
carregar baterias: módulos solares ou gerador+carregador.

1) Módulos solares : geram corrente contínua 12V nominal apropriada para


carregar baterias através de um regulador. Atualmente, os mais potentes
módulos solares para uso doméstico geram 25Ah/dia. Por conseguinte,
serão necessários 4 a 5 módulos.

2) Gerador : gera corrente alternada 110 ou 220V; por conseguinte é


necessário usar um carregador que transforma essa corrente alternada
em corrente contínua 12V adequada para carregar as baterias. Para
carregar em 3 horas, por exemplo, o carregador deverá gerar uma
corrente média (para a tensão de 12V) de :
106 Ah ÷ 3h 35 A

A título indicativo, a potência do gerador deverá ser ao mínimo igual à


potência consumida ( 422W ) dividida pelo rendimento do próprio
gerador ( aprox. 0,5 ). Temos : P = 422W ÷ 0,5 = 844W. Sabendo que
1HP=736W, podemos concluir que um gerador de 1,5HP já será
suficiente.

conhecendo os carregadores

Um carregador de bateria é um aparelho eletrônico que transforma


a corrente alternada CA da rede ou de um gerador em corrente
contínua CC de tensão e amperagem adequadas para carregar
baterias.

São basicamente 3 os critérios para escolher um carregador :

tensão (voltagem) nominal


intensidade (amperagem) nominal da corrente de carga
curva de carga

A tensão nominal do carregador deve ser compatível com a tensão


nominal da bateria que se deseja carregar : 12V, ou qualquer
múltiplo de 12 (24V, 36V, 48V). As tensões mais comuns são 12 e
24V.

A intensidade nominal da corrente de carga deve ser compatível


com a capacidade da bateria (ou do banco de baterias) que se
deseja carregar. Uma corrente baixa demais não conseguirá
carregar em tempo razoável; uma corrente alta demais será
"rejeitada" pela bateria. É recomendado que a intensidade nominal
da corrente de carga, em ampères (A), seja entre 5 e 25% da
capacidade nominal da bateria em ampères-horas (Ah).

Exemplo : temos 2 baterias 12V de 150Ah cada uma, montadas em


paralelo. Isso constitui um banco 12V de 300Ah. A corrente de
carga deverá ter uma intensidade entre 15A (5% de 300Ah) e 75A
(25% de 300Ah). A escolha final dependerá do tempo disponível
para carregar (leva muito mais tempo para carregar com 15A que
carregar com 75A; em contrapartida as baterias serão melhor
carregadas com 15A que com 75).

Para conseguir carregar uma bateria até 100%, a tensão de carga


real máxima - diferente da tensão nominal - deve no final da carga
atingir 14,4 V (ou mais, dependo do tipo da bateria). É a tensão
máxima que pode agüentar uma bateria : acima desse valor
aparece o fenômeno de eletrolise que separa o hidrogênio e o
oxigênio da água. A bateria "borbulha" ou "ferve", perde água, não
armazena mais energia e acaba danificada. Todavia se deixada
sob essa tensão por muito tempo, mesmo com corrente muito
baixa, a bateria perderá água aos poucos num fenômeno de mini-
eletrolise. Por outro lado, os equipamentos veiculares 12V não
devem funcionar sob uma tensão acima de 13,6V. É por essas
razões que os alternadores comuns e os antigos carregadores não
ultrapassam a tensão de 13,6V : desse jeito, não há risco de
"secar" a bateria ou "queimar" todas as lâmpadas do caminhão; em
contrapartida o nível de carga não ultrapassa 70% (alternador) ou
80% (carregador comum).

Para carregar completamente, é necessário elevar a tensão de


carga até o valor máximo e rebaixá-la logo que completados os
100% de carga : é preciso programar a operação de carga. Isso
somente foi possível com o desenvolvimento dos micro_
processadores que permitiram o surgimento da nova geração de
carregadores : os carregadores "inteligentes".

A curva de carga é o que faz a diferença entre um carregador 12V-


40A inteligente e um carregador 12V-40A comum. Apesar das
correntes de carga teoricamente iguais, um carregador 12V-40A
inteligente (de curva UUI) consegue carregar o nosso banco de
300Ah até 100%, em tipicamente 8 horas, enquanto um carregador
12V-40A comum dificilmente consegue 80% em 24 horas. Além
disso, um carregador inteligente não requer fiscalização constante,
ao contrário do carregador comum. Em fim, baterias bem
carregadas têm vida útil e rendimento maiores.

O desenvolvimento da tecnologia HF tornou possível a fabricação


de carregadores de curva UI e UUI, resultando em aparelhos
pequenos e leves, de fácil manuseio. Além do mais, permitiu a
automatização completa da operação de carga.

A MBT-Energia Autônoma não comercializa carregadores comuns


por ser eles ultrapassados e até perigosos para as baterias ( risco
de secar ). Já a escolha entre um carregador de tipo UI e um outro
do tipo UUI depende essencialmente do uso. O primeiro é menos
sofisticado e menos eficiente que o segundo ( e mais barato ), mas
é suficiente para muitas aplicações. O segundo fica indispensável
para baterias de serviço, e cada vez que for preciso manter uma
bateria bem carregada por muito tempo.

Curvas de carga (ver gráfico na seguinte página)

Quem mexe tão pouco que seja com baterias sabe que é
necessário carregá-las periodicamente e por isso introduzir nelas
uma certa quantidade de ampères através de uma corrente elétrica
contínua nominal 12V ( ou múltiplo de 12V ). Isso não pode ser
feito de qualquer jeito, porque a própria bateria se opõe à entrada
dos ampères (por mais detalhes, ver o documento "Conhecendo as
Baterias") : é necessário combinar corrente e tensão de um certo
modo para conseguir carregar. É essa combinação corrente/tensão
que é chamada "curva de carga".

Usando-se um carregador manual, um pouco de observação


mostra rapidamente que a corrente inicial (nominal do carregador,
por exemplo 40A) logo diminui, enquanto a tensão, na qual não se
mexe, fica estável. É periodicamente preciso reajustar a corrente
em 40A, sendo a conseqüência o aumento da tensão que acabará
atingindo o valor máximo admissível (14,4V ou outro). O
rendimento desse tipo de operação é péssimo : requer a presença
constante de um operador, é muito demorada e a bateria é mal
carregada e mal tratada ("ferve").

Curva do carregador comum

O carregador comum apresenta uma automatização rudimentar da


operação manual. Procura-se manter aproximadamente constante
a corrente de carga nominal elevando a tensão até 14,4V. Atingida
essa tensão, a corrente está cortada e a tensão cai naturalmente.
A 13,8V, o carregador volta a gerar a corrente nominal, a tensão
sobe novamente, etc.

O carregador comum mal carrega até 80% pois a corrente nominal


não fica constante, caindo com o tempo. A medida que cai a
corrente, torna-se mais e mais demorado atingir a tensão máxima.
Além do mais, depois do primeiro ciclo, a tensão mantida acima de
13,8V favorece a mini-eletrolise, ainda agravada pela aplicação
periódica da corrente nominal. Se não há recurso para parar a
seqüência, a bateria "seca" rapidamente.

Curva UI

Um carregador desse tipo representa um avanço tecnológico


bastante apreciável comparado ao carregador comum. Alcança
uma percentagem de carga maior : 85%. É automático e dispensa
o monitoramento permanente. Sendo baixa a tensão máxima, a
bateria não corre o risco de ferver, todavia é recomendado verificar
o nível do eletrólito periodicamente. Muitos modelos desse tipo
incluem um desligamento automático após 10 horas de
funcionamento. Atua em 2 etapas :

- 1ª etapa ( I = carga principal ) : mantém a corrente de


carga nominal do carregador (40A por ex.) constante
enquanto a tensão sobe naturalmente do valor inicial (o da
bateria a ser carregada) até o valor preestabelecido
(usualmente 13,8V). Repõe a carga até 85%.

- 2ª etapa ( U = flutuação ) : mantém a tensão


preestabelecida constante (13,8V por exemplo) enquanto
a corrente decresce naturalmente até ~1A. Compensa as
perdas naturais da bateria.

Curva UUI

Essa curva constitui mais um avanço tecnológico em comparação


do UI : permite completar a carga até 100% por incorporar uma
fase de tensão máxima ( 14,4V ou outra ). Toma em conta o tipo da
bateria. Por ser "inteligente", um carregador UUI não precisa ser
constantemente monitorado : detecta automaticamente o estado de
carga da bateria. A bateria não corre o risco de ferver. Atua em 3
etapas :

- 1ª etapa ( I = carga principal ) : mantém a corrente de


carga nominal do carregador (40A por ex.) constante
enquanto a tensão da bateria sobe naturalmente até
14,4V (ou outro valor preestabelecido dependendo do tipo
da bateria). Repõe a carga até 85%.

- 2ª etapa ( U = absorção ) : mantém a tensão em 14,4V


enquanto a corrente decresce naturalmente até ~1A.
Completa a carga até ~100%.

- 3ª etapa ( U = flutuação ) : mantém a tensão em 13,6V (ou


outro valor dependendo do tipo da bateria), sendo a
corrente <1A. Mantém a carga em aprox.100%,
compensando as perdas naturais. Além do mais, essa
etapa inclui uma verificação automática da carga a cada
21 dias, se a bateria não tem sido usada nesse período,
para restaurar a carga até 100%.

Curvas de carga (teóricas)


Verificação prática

Para visualizar concretamente a atuação dos diversos tipos de


carregadores, a MBT-Energia Autônoma realizou uma série de
testes, usando 2 baterias cicláveis 12V de 115 Ah, novas,
descarregadas até 50% da capacidade nominal antes de cada
teste.

conhecendo os inversores
Um inversor é um aparelho eletrônico que transforma a corrente contínua
(CC) da bateria em corrente alternada (CA) equivalente à da casa. Permite
usar eletrodo_ _mésticos e equipamentos industriais a partir de baterias.
Pode ser de tecnologia clássica, de tecnologia HF ou mista; pode gerar onda
quadrada, semi-senóidal ou senóidal.

Vamos ver o que significam essas características na prática :

Tecnologia clássica, onda quadrada

A onda quadrada é a forma a mais simples de corrente alternada. Era a única


economicamente accessível antes da chegada do transistor e da tecnologia
HF. Para inversores 115VCA-60Hz, a corrente passa sem transição de -115V
a +115V e vice-versa 60 vezes por segundo (ver gráfico em baixo). É óbvio
que o valor máximo da corrente (valor de pico) fica limitado a 115V.

Inconvenientes :

1. Peso. Inversores dessa tecnologia usam um transformador BF (baixa


freqüência) muito pesado.
2. Não pode alimentar motores. O torque de partida de um motor
monofásico depende do valor do pico da onda (162V na onda senóidal
de 115VCA). O valor de pico da onda quadrada, limitado a 115V, não
permite dar partida a motores.
3. Distorção harmônica (mede,em %, a diferença entre a forma de uma
onda e a da senóide pura de mesmo valor). No caso da onda quadrada,
a distorção harmônica é máxima. Isso é incompatível com inúmeras
aplicações; gera ruídos, aquecimentos e funcionamentos defeituosos.
4. O rendimento é baixo : da ordem de 50%.

Com o desenvolvimento da tecnologia HF, na última década, os inversores


"quadrados" estão desaparecendo do mercado. A MBT-Energia Autônoma
não comercializa esse tipo de inversor.

Tecnologia HF, onda semi-senóidal

A onda semi-senóidal (também chamada senóide modificada ou quase


senóide) tem uma forma intermediária entre a onda quadrada e a onda
senóidal pura (ver gráfico em baixo). Todas as vantagens da tecnologia HF
vêm da permanência do sinal no valor zero cada vez que o sinal muda de
sentido. Isso permite reduzir drasticamente a distorção harmônica, aumentar
o valor de pico até o da senóide pura, e aumentar consideravelmente o
rendimento. Dessa forma, quase todos os inconvenientes da onda quadrada
desaparecem.
Os inversores de tecnologia HF (de high frequency = alta freqüência) e de
onda semi-senóidal são atualmente os mais populares por ser baratos, leves,
de fácil manuseio, e atender a maioria das necessidades domésticas e
profissionais de pequeno porte.

A nova linha XPOWERPLUS, a mais econômica da XANTREX, está


essencialmente destinada ao mercado do lazer, para serviços leves e
intermitentes, enquanto as linhas da MBT-Energia Autônoma, e da
XANTREX (PROWATT), convém para serviços contínuos ou em ambientes
mais agressivos (rodoviário, por ex.) ou de grande responsabilidade
(equipamentos médicos, por ex.).

Para ajudar a sua escolha, a MBT-Energia Autônoma selecionou vários


modelos da XANTREX para compor, junto com os modelos da própria MBT-
Energia Autônoma, uma linha completa de inversores entre 150 e 3000W,
com entrada 12 ou 24VCC e saída 115 ou 230VCA - 60Hz.

Tecnologia mista, onda semi-senóidal

A tecnologia mista consista em utilizar a tecnologia BF (com transformador


pesado) na entrada do inversor e a tecnologia HF na saída para obter uma
onda semi-senóidal. Isso permite mais flexibilidade, mais facilidade técnica e
custos menores na hora de fabricar inversor-carregadores.

Tecnologia HF, onda senóidal

Senóide pura se diz de uma onda contínua de uma freqüência só, seja : de
distorção harmônica nula (gráfico em baixo). É a forma da corrente
distribuída pelas redes públicas. Todos os equipamentos elétricos previstos
para ser alimentados por essas redes foram projetados de acordo com essa
forma de onda. É com inversores de onda senóidal que aparelhos eletro-
eletrônicos têm o seu desempenho máximo.

Inversores de onda senóidal são altamente sofisticados e, como


conseqüência, são mais caros que os de onda semi-senóidal. São destinados
mais especificamente à alimentação de aparelhos sensíveis que não
funcionam, ou não funcionam corretamente, com onda semi-senóidal, tais
como aparelhos de regulação de laboratório, equipamentos aeronáuticos,
aparelhos de teste, certos aparelhos de som ou vídeo, entre outros.

Inversores de onda senóidal não geram ruídos ou distorções em aparelhos


de som, vídeo, DVD e estéreo. É a solução ideal para os mais exigentes.
Além disso, proporcionam partidas suaves a motores e evitam aquecimentos
indesejáveis ou zumbidos desagradáveis. Também, não geram parasitas
eletromagnéticos que poderiam interferir com outros equipamentos, em
aeronaves, por exemplo.

Na tecnologia HF, os melhores inversores de onda senóidal são hoje, sem


duvida, os PROSINE da XANTREX, com potência de 1000 a 2500W. A
XANTREX está lançando agora um modelo menor, de 400W, o RS400.

Forma de onda dos inversores


Como escolher o seu inversor

Sendo definido o tipo de inversor que convém a seu uso, é necessário saber
a potência requerida pelos aparelhos que você quer alimentar através do
inversor. Os eletrodomésticos geralmente comportam uma etiqueta onde está
escrita a potência (em Watt) ou a corrente (em Ampère) que consumem
(nesse último caso, basta multiplicar os Ampères pela tensão, 115 ou
230VCA, para saber a potência do aparelho). Também é preciso considerar a
potência de entrada do aparelho e não a sua potência de saída.

Exemplo : forno de micro-ondas

Na loja, um forno de micro-ondas se vende pela potência útil, aquela


que esquenta a comida. É chamada potência de saída. Mas o sistema
de micro-ondas tem um rendimento de aprox. 65% : quer dizer que
para ter uma saída de 800W útil, o forno requer 1200W na sua entrada
(a diferença é a potência necessária para que o sistema funcionasse).
Se alimentar esse forno com um inversor de 800 ou 1000W, ele
simplesmente não funcionará. É preciso um inversor de pelo menos
1200W de potência contínua (ou durante 10 minutos, já que raramente
se usa um forno de micro-ondas mais que alguns minutos).

Da mesma forma, para alimentar motores monofásicos de indução através de


um inversor, é necessário escolher a potência do mesmo de acordo com a
potência de pico do motor e não pela potência contínua (motores de indução,
os mais comuns, precisam de uma corrente muito alta na partida, durante
uma fração de segundo. Se o inversor não conseguir "passar" esse pico, o
motor não funciona mesmo se a sua potência nominal contínua - a única
revelada pelo fabricante - é bem inferior à potência do inversor).

Exemplo : compressor de refrigerador

O compressor moderno (EM20 da Embraco) de frigobar comum tem


uma potência de 1/12HP ( = 736W ÷ 12 = 61W de potência contínua).
Se tentamos alimentar esse compressor por um inversor de 150W, o
que parece razoável, não vai funcionar. Praticamente, será necessário
usar um inversor de 600W. Por que ? Porque o pico de partida desse
tipo de motor é quase 10 vezes a corrente contínua, seja 600W.
Diante dessa situação, são duas as atitudes : ou ficar com um inversor
superdimensionado (e absurdamente caro em relação ao frigobar) ou
fazer com que o inversor compatível com a potência contínua
"ignorasse" o pico de partida. Essa última opção foi escolhida pela
então STATPOWER, a pedido da MBT, e o pequeno inversor
PROWATT 250, de 250W, é, a nosso conhecimento, o único dessa
potência no mercado, podendo iniciar um motor de até 1/10HP.

Vale notar que a XANTREX, com a nove linha XPowerPlus combinou as


duas atitudes: abaixou drasticamente os preços, o que torna accessíveis
inversores mais potentes, e ampliou a potência de pico, o que permite usar
inversores menores que antigamente.

Se pensar em usar vários eletrodomésticos ao mesmo tempo, a potência a


considerar para a escolha do inversor será a soma de todas as potências. Se
usar somente um aparelho de cada vez, deverá ser escolhida a maior
potência.

A seguinte tabela traz indicações de uso dependendo da potência do


inversor.

Potência (Watt) Aplicações específicas Aplicações gerais

TV 14", notebook, celular,


lâmpadas PL ou Eletrodomésticos leves
incandescentes, games, : liquidificador,
150 / 175 instrumentos de música, batedeira, ventilador,
equipamentos de satélite, lâmpadas PL e
barbeador, ventiladores incandescentes, barbeador,
pequenos
TV 29", 2 vídeos, ferro de frisar cabelo,
computador de
mesa+impressora, Eletrodomésticos médios
pequenos ele_ : secador de cabelo,
250 / 400 _trodomésticos, furadeira, máquina de café, torradeira,
ferro de soldar, máquina de aspirador de pó,
costura, frigobar (somente o
PW 250), Eletrodomésticos pesados
eletrodomésticos leves, : forno de micro-
ferra_ mentas elétricas de ondas, refrigerador e freezer
600/700 mão, aparelhos eletrônicos, grandes, lavadora e secadora
refrigerador até 1/8HP, até de roupas, lavadora de louças,
3 vídeos, forno elétrico, motores até
eletrodomésticos 1/2HP, ar condicionado até
leves/médios, ferramentas 13500 BTU.
elétricas de mão, aparelhos
800 / 1200 eletrônicos, pequeno forno Ferramentas elétricas de mão
de micro-ondas, refrigerador : serra circular e tico-
e freezer até 1/6HP, linha tico, furadeira, lixadeira,
de até 8 computadores esmerilhadeira, politriz,
eletrodomésticos médios, pequeno compressor de ar,
ferra_ mentas elétricas de cortadeira de grama,
mão, aparelhos eletrônicos,
1500 / 1750 forno de micro-ondas Aparelhos eletrônicos :
comum, refrigerador e TV, vídeo, som,
freezer até 1/3HP, ar con_ games, instrumentos musicais,
dicionado até 7500 BTU equipamento de satélite,
computador, impressora,
eletrodomésticos pesados, máquina de fax, máquina de
ferra_ mentas elétricas de escrever,
3000 bancada, aparelhos
eletrônicos,

MBT Comercio e representações LDTA


Rua dos Estudantes Ribeirão Pires
Dr Michel Brosset
Telefone 4828-37-56

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