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Sistemas de armazenamento de energia


baseados em baterias: tecnologias para
sistemas de geração distribuída

Rafael dos Santos


Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba (UNESP)

James Blayne Oliveira Reis


Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba (UNESP)

Vitor Sauli Fernandes


Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba (UNESP)

Flávio Alessandro Serrão Gonçalves


Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba (UNESP)

Fernando Pinhabel Marafão


Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba (UNESP)

'10.37885/230412789
RESUMO

Objetivo: O presente trabalho apresenta uma análise comparativa abrangente dos diferentes
tipos de baterias mais utilizadas em sistemas de armazenamento de energia (SAE). O escopo
da análise se restringe a aplicações do tipo ponte de energia, atuando conjuntamente com re-
des elétricas e geradores distribuídos. Métodos: As seguintes tecnologias são consideradas:
a) Chumbo ácido (Pb-Ac); b) Níquel Cádmio (NiCd); c) Níquel Hidreto Metálico (NiMH) e d)
Lítio-íon (Li-íon). Para cada tipo, apresentam-se os desenvolvimentos tecnológicos e equa-
ções eletroquímicas características, exemplos de aplicações e aspectos econômicos. A se-
guir, um resumo das mais recentes normas internacionais que orientam a aplicações de
diferentes tipos de baterias é apresentada. Por fim, avaliações comparativas são efetuadas,
destacando-se as características mais marcantes associadas a cada bateria para diferentes
cenários de operação e critérios de projeto. Resultados: Estabelecimento de critérios de
comparação para os diferentes tipos de baterias, incluindo aspectos como maturidade, ci-
clos, vida-útil, densidade de energia, eficiência, impacto ambiental, custos e operação para
diferentes faixas de temperatura. Adicionalmente, discutem-se dois exemplos de aplicações
reais empregando baterias de Pb-Ac e NiCd. Conclusão: A presente análise auxilia a es-
tabelecer, por meio de critérios objetivos, os cenários mais adequados para o emprego de
cada tipo de tecnologia de bateria em sistemas de geração distribuída e traz insumos para
a condução de pesquisas relativas à aplicação de tais tecnologias nesses cenários.

Palavras-chave: Baterias, Energias Renováveis, Geração Distribuída, Sistemas de Arma-


zenamento de Energia.
INTRODUÇÃO

Os recentes desafios ambientais relacionados com o aumento da emissão de gases


poluentes, incremento da demanda energética e o impacto de novas tecnologias nos siste-
mas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, promoveram ações globais
voltadas a maior utilização de energias renováveis (TENG, LUAN, et al., 2012). Entretanto,
a característica estocástica dessas fontes energéticas demanda a utilização de sistemas
de armazenamento de energia (SAE), de modo a propiciar o incremento da qualidade,
estabilidade e confiabilidade da energia disponibilizada pela rede elétrica convencional, à
medida que mais geradores distribuídos são agregados aos sistemas de distribuição elé-
trica (AKINYELE e RAYUDU, 2014). Os SAE podem ser classificados a partir do tipo de
metodologia de conservação de energia utilizada (CHEN, CONG, et al., 2009), podendo ser
divididos nos seguintes tipos: a) Elétrico: capacitores, supercapacitores e supercondutores
magnéticos; b) Mecânico: Volantes de inércia, sistemas de armazenamento baseados em
ar comprimido ou bombeamento hidráulico; c) Químico: Baterias e células a combustível;
d) Térmico: armazenamento de energia em aquíferos térmicos, armazenadores criogênicos
ou a alta temperatura e bombeadores de calor. Adicionalmente, aplicações específicas para
cada tipo de tecnologia que integra os SAE são apresentadas na Tabela 1, de acordo com
a respectiva capacidade de fornecimento de energia de cada tecnologia.

Tabela 1. Tipos de aplicações para tecnologias de SAE.


Período de fornecimen-
Aplicação Descrição
to de energia
Qualidade de energia Operações necessárias para assegurar o formato de energia sem distorções harmônicas Segundos ou minutos
e níveis de tensão aceitáveis para o usuário final, que exigem tempos de descarga
rápidos
Ponte de energia Aplicações que incluem seguimento de carga e reserva de energia para ocasionais Minutos ou horas
situações de ausência de fornecimento energético
Gerenciamento de energia Cenários em que se deve disponibilizar energia por longos períodos. Várias horas
Fonte: (CHEN, CONG, et al., 2009) (PAUL, ELA, et al., 2010).

No presente trabalho, considera-se somente as aplicações de ponte de energia, que


usualmente podem empregar células a combustível ou baterias. Embora as células a combus-
tível apresentem potencial para aplicações no futuro (SORENSEN e SPAZZAFUMO, 2018),
tais tecnologias ainda não são tão predominantes quanto as baterias. Logo, para aplicações
do tipo ponte de energia, a utilização de baterias é mais comum, devido ao menor número
de ciclos de carga e descarga. As tecnologias mais comuns empregadas em baterias são: a)
Chumbo ácido (Pb-Ac); b) Níquel Cádmio (NiCd); c) Níquel Hidreto Metálico (NiMH) e d) Lítio-
íon (Li-íon). Sendo uma tecnologia madura, as primeiras pesquisas com baterias foram de-
senvolvidas por Alessandro Volta (DE SANTILLANA, 1965) e John Frederic Daniell (FONTES,
LOURENÇO e MESSEDER, 2012), (MERTENS, 1998). Em 1859, Gastón Plante introduz

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a bateria de Pb-Ac (FREITAS, DE MORAES, et al., 2016) e no início do século XX tem-se
o desenvolvimento das baterias de NiCd por Jungner (COLI e TUCK, 1991) (BERNDT,
1997). A partir da segunda metade do século XX tem-se o desenvolvimento das baterias de
NiMH (PUTOIS, 1995) e Li-íon (MU, WU, et al., 2012). Contudo, desenvolvimentos adicionais
em tais tecnologias precisam ser efetuados para viabilizar a integração desses dispositivos à
rede elétrica, em cenários de ponte de energia. Nesse sentido, os desafios atuais nessa área
estão relacionados com o ciclo de vida dos armazenadores, aspectos relacionados a custos
e manutenção, além da redução do impacto ambiental devido aos componentes químicos
empregados (AKINYELE e RAYUDU, 2014). Neste capítulo, realiza-se uma análise compa-
rativa abrangente das baterias de Pb-Ac, NiCd, NiMH e Li-íon. Apresentam-se as evoluções
tecnológicas, princípios de operação e principais modelos empregados para esses tipos de
baterias. Exemplos de aplicações relacionadas a SAE com baterias, no cenário internacional,
são apresentados e discutidos com maiores detalhes. A definição e apresentação de fatores
envolvidos com a determinação de custos é discutida, conjuntamente com a exposição das
principais normas regulamentadores para SAE com baterias. Finalmente, uma avaliação
comparativa entre os tipos de bateria, elencando as características mais interessantes de
cada tecnologia para diferentes contextos é efetuada.

MÉTODOS

Nessa seção, apresentam-se os desenvolvimentos tecnológicos para as baterias Pb-


Ac, NiCd, NiMH e Li-íon, contemplando as substâncias utilizadas, reações eletroquímicas e

Figura 1. Características das baterias de Pb-Ac, NiCd, NiMH e Li-íon.

Fonte: De autoria própria.

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os principais modelos desenvolvidos nos últimos anos. Um resumo das principais carac-
terísticas de cada bateria está disponível na Figura 1, em que RTE (Round Trip Efficiency)
indica a porcentagem de energia elétrica utilizada durante a carga da bateria que é porte-
riormente disponibilizada em uma aplicação.

Baterias de chumbo ácido

As baterias de chumbo-ácido (Pb-Ac) foram desenvolvidas há mais de 150 anos


(FREITAS, DE MORAES, et al., 2016) e são amplamente utilizadas nos setores automobi-
lísticos, iluminação, ignição e fontes de alimentação ininterruptas, devido à sua alta confia-
bilidade e baixo custo. No entanto, tal tecnologia apresenta algumas limitações que devem
ser consideradas, tais como a baixa densidade energética, maior massa e resposta insa-
tisfatória à descarga profunda. Além disso, possuem uma baixa vida útil de ciclagem (500-
1000) e um RTE de 70-90%, com uma durabilidade esperada de 5 a 15 anos (KEMPENER
e BORDEN, 2015). Sendo o chumbo um material presente em sua composição, restrições
ambientais podem existir em algumas aplicações (CHEN, CONG, et al., 2009). A estrutura
interna da bateria de Pb-Ac consiste em células conectadas em série, um eletrólito, ele-
trodos positivos e negativos e um separador poroso, inserido para evitar o contato entre
os eletrodos (SORENSEN e SPAZZAFUMO, 2018). Os dois tipos de modelos de baterias
de Pb-Ac existentes são: “inundadas ou ventiladas” e “lacradas ou reguladas por válvulas”
(FARIA JUNIOR, ZARPELON e SERNA, 2014), com uma tensão nominal por célula de
2 V. As reações eletroquímicas no ânodo e no cátodo da bateria Pb-Ac são definidas por
(1) e (2), respectivamente.

Pb + SO2−
4 − PbSO4 +2e

(1)

(2)
PbSO2 + SO2− + +
4 + 4H + 2e − PbSO4 + 2H4O

Baterias de NiCd

As baterias de NiCd foram desenvolvidas há mais de 100 anos, a partir dos trabalhos
desenvolvidos por Jungner (COLI e TUCK, 1991) (BERNDT, 1997). São amplamente uti-
lizadas em aplicações domésticas, ferramentas profissionais, no setor de comunicações
e sistemas de propulsão (PUTOIS, 1995), particularmente em veículos elétricos híbridos
(KÖHLER, ANTONIUS e BÄUERLEIN, 2004). As baterias de NiCd são caracterizadas por
não possuírem o eletrólito como integrante da reação química e por diferenciar o material
ativo da estrutura de suporte (aço). Além disso, possuem ampla faixa de operação térmica
(-30 ºC – 50 ºC), superior as baterias de Pb-Ac (0 ºC – 40 ºC) e maior tempo de vida útil

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(20 anos a 25 ºC) quando comparado com as baterias de Pb-Ac. Também possuem capa-
cidade de descarga profunda aliada com múltiplos ciclos de operação (GREEN, 1999) e
possuem baixa taxa de manutenção (VARTA BATTERIE, 1982). Todavia, os principais pro-
blemas associados com esse tipo de bateria residem na relativa baixa vida útil de ciclagem
(2000-2500), efeito de memória (CHEN, CONG, et al., 2009) e utilização de material tóxico
em sua composição (cádmio), o que ocasiona maiores riscos de contaminação ambiental
(AKINYELE e RAYUDU, 2014). Há dois tipos de modelos para baterias de NiCd: a) “Placa
de bolso” (pocket plate): apresenta construção robusta e longo ciclo de vida. O eletrodo
positivo é feito de hidróxido de níquel e o negativo feito de hidróxido de cálcio, inseridos em
tiras de níquel perfuradas, possuindo hidróxido de potássio como eletrólito; b) Liga plástica/
sinterizada de NiCd: Utilizada em sistemas de aviação. O eletrodo positivo é feito a partir de
um substrato de níquel sinterizado, misturado com hidróxido. O eletrodo negativo é feito de
cádmio e outros aditivos misturados, em um substrato de níquel. O eletrólito é uma solução
de potássio e hidróxido de lítio. Em (3) apresenta-se a reação reversível da bateria de NiCd

2NiO OH +Cd+2H2 0 ↔ 2Ni OH 2 +Cd OH 2 (3)

Baterias de NiMH

A bateria de NiMH começou a ser desenvolvida a partir da década de 1970 e apresentou


presença marcante no mercado na década seguinte. Quando comparada com a bateria de
NiCd, embora permaneça utilizando níquel, tem-se a substituição do cádmio por uma liga
de metais pesados não tóxicas em sua composição, com o objetivo de reduzir possíveis
problemas ambientais e agregar maior densidade de energia (AMBROSIO e TICIANELLI,
2001). A principal diferença entre as baterias NiMH e NiCd consiste no uso de hidrogênio
absorvido, na forma de hidreto metálico, como material ativo no eletrodo negativo, ao invés
de cádmio (LINDEN, 1995). Além dos aprimoramentos nos eletrodos, outros desenvolvi-
mentos como o uso de materiais separadores mais finos, novo modelos de eletrodo e com-
posições especiais de eletrólitos também contribuíram para o progresso técnico da NiMH
(KÖHLER, ANTONIUS e BÄUERLEIN, 2004). Em (4) apresenta-se a reação reversível para
bateria de NiMH.

NiOOH+MHab ↔ Ni(OH)2 +M (4)

A estrutura da bateria NiMH consiste numa espécie de ‘sanduiche’, composto de pla-


cas de hidróxido de níquel, separadores e placas de hidreto metálico. Porém, o seu formato
pode variar bastante dependendo da aplicação, cujo emprego se dá em uma variedade

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de finalidades incluindo produtos de consumo portáteis, como câmeras digitais, telefones
celulares, até aplicações em veículos elétricos e híbridos, armazenamento de energia para
telecomunicações, fonte ininterruptas de energia e aplicações de geração distribuída e ener-
gia estacionária (PAXTON, 1997). Por outro lado, as principais limitações associadas a
bateria de NiMH residem no tempo de vida limitado, com deterioração após 200-300 ciclos,
armazenamento relativamente curto de até três anos; degradação de desempenho caso
seja armazenada a temperaturas elevadas, requerendo local fresco e a um estado de car-
ga de aproximadamente 40% e alta manutenção, exigindo plena descarga para evitar a
formação de cristais.

Baterias de Lítio-íon

Os primeiros estudos sobre a bateria de Li-íon foram efetuados em 1912, por Gilbert
Newton Lewis (FILGUEIRAS, 2016). Em 1979, John Goodenough introduz a bateria de lítio
oxido cobalto LiCoO2 e em 1991 inicia-se a comercialização das baterias de Li-íon

Figura 2. Relação entre Wh/kg e Wh/L, para baterias de Li-íon, NiMH, NiCd e Pb-Ac.

Fonte: Adaptado de (HORIBA, 2014).

(KAMAT, 2019). As baterias de Li-íon caracterizam-se por possuírem material ativo


em ambos os eletrodos com estruturas cristalinas abertas, em que os íons passam a ser
extraídos ou inseridos, apresentando três tipos: a) LiCoO2 como estruturas laminares; b)
LiFePO4 que são estruturas que permitem que os íons de lítio se movam entre os eletrodos;
c) LiMn2 O4 como canais de estrutura (LIU, LI, et al., 2019). As baterias de Li-íon possuem
grande densidade energética quando comparadas com as demais baterias recarregáveis,
por conta das características dos eletrodos utilizados, tal como se pode observar na Figura
2, em que se apresenta a relação de energia em Wh/kg versus densidade em Wh/L para
as baterias de Li-íon, Pb-Ac, NiCd e NiMH (HORIBA, 2014). Além disso, as baterias de Li-
íon não apresentam efeito de memória e são amplamente utilizadas em laptops, telefones
celulares e veículos elétricos (KAMAT, 2019) (CALISE, CAPPIELLO, et al., 2019). Contudo,

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considerações particulares devem-se ser tomadas a fim de se evitar a combustão do material
eletrolítico, prevenindo incêndio e explosão (PASSOS e MACÁRIO, 2017) (WANG, PING,
et al., 2012). O processo de carga e descarga do lítio é realizado através de uma reação
química reversível definida por (5).

(5)
6C+ LiCoO2 ↔ CoO! + 6CLi

DISCUSSÃO

Exemplos de Aplicação

Uma vez conhecidas as principais características de cada tipo de bateria, nessa se-
ção apresentam-se aplicações com SAE que utilizam baterias, em contextos diversos no
cenário internacional.

Figura 3. Planta fotovoltaica utilizada pelo Serviço Público Federal do Novo México – Aplicação 1.

Fonte: Adaptado de (LAVROVA, CHENG, et al., 2011)

Aplicação 1

As Baterias de Pb-Ac podem ser aplicadas em sistemas híbridos de geração de ener-


gia renovável. Um exemplo se dá com o SAE com aplicação de baterias Pb-Ac em uma
planta fotovoltaica com capacidade de 500 kW operada pelo Serviço Público Federal do
Novo México (ABDOLLAHY, LAVROVA, et al., 2012), cujo diagrama unifilar está represen-
tado na Figura 3. O sistema está localizado em Mesa del Sol, no estado de Novo México-
EUA e consiste em uma comunidade cuja fonte de energia provém de fontes de geração

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distribuídas consistindo em painéis solares, células de carga, cogeração e um sistema de
armazenamento de energia responsável por realizar deslocamento de pico ou suavização
de potência. O sistema de suavização de potência possui capacidade de 0.5 MW e capaci-
dade de armazenamento de 1 MWh, empregando baterias de Pb-Ac reguladas por válvulas
(VRLAU Pb-Ac), com presença de ultracapacitores para situações que exigem descarga
rápida. O sistema de deslocamento de pico emprega baterias de Pb-Ac (ACVRLA Pb-Ac)
com tecnologia ACB (Advanced Carbon Battery) o que proporciona maior ciclo de vida
compardo com as baterias Pb-Ac reguladas por válvula. O objetivo do emprego do sistema
de baterias é a de compensar a geração intermitente do sistema fotovoltaico - no caso de
dias nublados, por exemplo.

Figura 4. Diagrama unifilar para o SAE com baterias NiCd operado pela GVEA – Aplicação 2.

Fonte: De autoria própria.

Aplicação 2

No Alaska (EUA) cerca de 90.000 pessoas dependem de SAE baseado em baterias,


atuando como reserva de energia, para situações de queda do fornecimento energético
pela rede principal. Nessa aplicação, robustez e confiabilidade são requisitos críticos, já que
muitos habitantes residem em áreas remotas com temperaturas que podem chegar a -45ºC
durante o inverno. O sistema é constituído por 4 conjuntos de baterias de NiCd operando em
paralelo, com filtros e conversores de potência, além de sistema de controle e refrigeração
para integração com a rede elétrica, tal como se pode observar na Figura 4. A rede elétrica
principal apresenta uma tensão de 138 kV e frequência de 60Hz. O sistema de baterias possui
uma tensão de barramento CC de 3440-5200 V e pode fornecer 26 MW durante 15 minutos
ou 40 MW durante 7 minutos, no cenário de queda da transmissão de energia ou falhas na
linha (MCDOWALL, 2004) (MCDOWALL, 2006). O sistema é projetado para atuar em sete
modos de operação distintos, incluindo suporte de potência reativa, reserva operacional,

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estabilização do sistema de potência entre outras funções. A Associação Golden Valley
Electric (GVEA), organização responsável pela disponibilização de energia elétrica para a
região, estima uma redução de 65% do número de eventos de queda de energia vivenciados
pelos consumidores após a implementação do sistema (MCDOWALL, 2004).

Aspectos econômicos

Os custos apresentam-se como uma métrica importante para determinação


da viabilidade de

Figura 5. Custos associados as baterias de Pb-Ac, NiCd e Li-íon.

Fonte: (CHEN, CONG, et al., 2009).

implementação de um SAE baseado em baterias. Nessa seção, custos capitais com


baterias são apresentados em função do custo de energia ($/kWh), potência ($/kW) e cus-
tos a cada 10 ciclos ($/kWc) (AKINYELE e RAYUDU, 2014), tal como se pode observar na
Figura 5, em que se apresenta o custo médio por categoria (CHEN, CONG, et al., 2009).
Inicialmente mais caras que as baterias NiCd, atualmente as baterias NiMH têm preço bem
próximo ao das baterias NiCd, nesse sentido os valores associados com NiCd na Figura 5
também podem ser associados com NiMH. No geral as baterias de Li-íon apresentam os
maiores custos de energia e potência, seguido pelas baterias de NiCd. As baterias de Pb-Ac
são as mais baratas nesses dois quesitos, comparando-se com as outras tecnologias. Todavia
o custo por ciclo é semelhante para os três tipos de baterias, com uma ligeira vantagem para
as baterias de Li-íon. Em todo caso, a determinação dos valores finais é complexa, pois
envolve múltiplos fatores, tais como o valor de compra da bateria, instalação, manutenção,
testes e procedimentos envolvidos com parada de funcionamento (GREEN, 1999). Por fim,
salienta-se que o custo capital de um SAE baseado em baterias pode ser significativamente
diferente do estimado, devido a novos desenvolvimentos nas tecnologias, tempo de cons-
trução, localidade e dimensão do sistema onde tais baterias irão operar.

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Normas

Muitos sistemas SAE baseados em baterias possuem os mesmos desafios que outros
sistemas baseados em outras tecnologias, embora algumas medidas de segurança espe-
cíficas sejam necessárias nesse contexto. As normas vigentes para diversos tipos de bate-
rias, tais como as normativas IEC 61056-2 para Pb-Ac, IEC 61951 para NiCd e NiMH e IEC
62133-2 para Li-ion, entre outras normas, servem como base para documentação e validação
de procedimentos de segurança, por meio do estabelecimento de novas metodologias e
critérios. Recentemente, novas normas e padrões vêm sendo estabelecidos para preencher
as lacunas existentes nas aplicações com SAE, envolvendo comissionamento e instalação
(CONOVER, 2019). O Protocol for Uniformly Measuring and Expressing the Performance of
Energy Storage systems (CONOVER, CRAWFORD, et al., 2014) dispõe diretrizes para ope-
rações relacionadas com regulação de frequência, microgrids ilhadas e redução de picos de
demanda, por meio da utilização de SAE baseados em baterias. As normas IEEE 1547-2018
e IEEE 2030.7-2017, que definem diretrizes para interconexão e interoperabilidade de fontes
de energia renováveis com sistemas elétricos de potência e microgrids, respectivamente,
vêm sendo revisadas para acomodar SAE com baterias. Por fim, o aumento de incidentes
envolvendo incêndios em vários locais do mundo, devido a proliferação desses sistemas,
promoveu o desenvolvimento de normativas internacionais, tais como a NFPA 855, que
dispõe sobre critérios a serem adotados para proteção contra incêndios independentemente
dos tipos de baterias utilizadas. Na Tabela 2 pode-se observar um sumário das principais
normativas associadas com a aplicação de baterias.

Análise Comparativa

Nessa seção, apresenta-se uma análise comparativa entre as baterias Pb-Ac, NiCd,
NiMH e Li-íon, considerando o conteúdo das seções anteriores. A bateria de Pb-Ac apresenta
a tecnologia mais madura, apresentando baixos custos e uma ampla gama de utilização.
Contudo, é a mais pesada quando comparada com as demais baterias, além de apresentar
baixo número de ciclos e materiais tóxicos em sua composição. As baterias de NiCd apre-
sentam desenvolvimento posterior a Pb-Ac, mas também possuem uma tecnologia madura.
São mais robustas, confiáveis e operam com ampla faixa de operação térmica, aliado com
capacidade de descarga profunda e são utilizadas em uma ampla gama de aplicações.
Porém, também apresentam materiais tóxicos em sua composição e são mais caras quando
se leva em consideração a sua capacidade de baixo número de ciclos. Em todo caso, tanto
as baterias de Pb-Ac quanto NiCd já foram empregadas em projetos de larga-escala, em

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aplicações relativas a fornecimento de energia, como se pode observar nas aplicações 1 e
2 apresentadas anteriormente.

Tabela 2. Principais normativas / protocolo para sistemas SAE com baterias.

Norma / Protocolo Descrição Referência


IEC 61056-2 Especificação das dimensões, terminais e marcações para todos os tipos de células (IEC_61056-2, 2012)
e baterias Pb-Ac do tipo regulada por válvula.
IEC 61951 Especificações de diversas diretrizes para células e baterias de NiCd, incluindo (IEC_61951, 2017)
dimensionamentos, testes e requerimentos operacionais.
IEC 62133-2 Especificação de requisitos e testes para operação segura de células e baterias (IEC_62133-2, 2017)
de Li-íon
Protocolo Pacific Northwest Apresenta um conjunto de boas práticas para caracterizar, mensurar e avaliar o (CONOVER, CRAWFORD,
National Laboratory desempenho de sistemas de armazenamento de energia et al., 2014)
IEEE 1547-2018 IEEE 1547-2018: Dispõe especificações técnicas para interconexão e interopera- (IEEE_1547, 2020)
IEEE 2030.7-2017 bilidade entre a rede elétrica e geradores distribuídos. (IEEE_2030_2, 2015)
IEEE 2030.7: Aborda as funções de controle relacionadas a operação apropriada (IEEE_2030_7, 2017)
de sistemas de gestão de energia para microgrids, independentemente do tipo
de topologia, configuração ou jurisdição.
NFPA 855 Aborda os requisitos mínimos para mitigar perigos associados com a operação de (NFPA_855, 2019)
sistemas de armazenamento de energia.
Fonte: De autoria própria.

As baterias de NiMH não possuem materiais tóxicos e apresentam maior densidade de


energia quando comparadas com as baterias de NiCd, preservando a vantagem de capaci-
dade de descarga profunda. No entanto apresentam um tempo de vida limitado, começando
a se deteriorar a partir de poucos ciclos, além de baixa vida útil e queda de desempenho
a temperaturas mais altas, com uma taxa de manutenção elevada. As baterias de Li-íon
apresentam alta densidade energética e não possuem efeito memória, além de possuírem
o maior número de ciclos entre as baterias aqui comparadas e uma ampla gama de aplica-
ções. Contudo, cuidados são necessários para garantir a operação dentro de uma faixa de
temperatura segura, uma vez que há riscos de explosões ou incêndios. No tocante a cená-
rios de aplicação, as baterias de Pb-Ac são mais indicadas para aplicações em que o fator
custo é crítico. As baterias de NiCd e NiMH são mais indicadas para aplicações em que se
requer descargas profundas, operação em uma faixa de temperatura mais ampla e no caso
da NiCd, maior confiabilidade e menores cuidados com manutenção. As baterias de Li-íon
são mais interessantes para aplicações que necessitam de recargas constantes e espaços
mais compactos. Embora apresentem menores custos, as baterias de Pb-Ac possuem me-
nor vida útil, o que pode impactar a viabilidade econômica de uso dessa tecnologia a longo
prazo, quando comparado com outras baterias. As baterias de NiCd e NiMH apresentam
custos intermediários e semelhantes, porém devido aos problemas ambientais ocasionados
por despejo incorreto, o consumo e a produção de baterias de NiCd tendem a diminuir, o
que com o tempo fará o seu preço subir. As baterias de Li-íon apresentam os maiores custos
quando comparado com as outras baterias, porém sua maior densidade energética e maior

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número de ciclos de operação oferece uma vantagem econômica a longo prazo. Um sumário
das avaliações efetuadas pode ser observado na Figura 6.

Figura 6. Diagrama comparativo para baterias de Pb-Ac, NiCd, NiMH e Li-íon.

Fonte: De autoria própria.

CONCLUSÃO

Esse capítulo apresentou um levantamento das principais características, modelos,


aplicações e detalhes referentes a custos e normas para baterias de Pb-Ac, NiCd, NiMH
e Li-íon no contexto de sistemas de geração distribuída. O processo de escolha de uma
tecnologia particular é complexo, uma vez que deve levar em consideração uma série de
fatores, envolvendo: impacto ambiental, faixa de operação térmica, custos com manutenção,
comissionamento, instalação e vida útil. Com a crescente implementação de SAE baseados
em baterias ao redor do mundo, normas são modificados ou criadas para incrementar a
confiabilidade e segurança desses sistemas. Por fim, pode-se concluir que as tecnologias
são complementares e mais bem adaptadas para fins específicos.

Agradecimentos

O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de


Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. Adicionalmente

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os autores agradecem à FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Processo nº 2016/08645-9) pelo apoio financeiro essencial para realização dessa pesquisa.

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