Você está na página 1de 20

CURVA DE CAPABILIDADE DE MÁQUINA SÍNCRONA DE POLOS LISOS

O diagrama fasorial correspondente a uma máquina síncrona de pólos lisos,


é do tipo ilustrado na figura 01 e as expressões para as potências ativa e reativa
entregues a barra infinita são dadas respectivamente pelas expressões abaixo:

2
E f Vt E f Vt Vt
P= sen δ Q= cos δ −
xs xs xs
Ef Xs

P
jXsIA
Q
δ Ef Vt
ϕ
Vt
IA

Figura 01: Diagrama fasorial da máquina de pólos lisos

Em relação ao diagrama fasorial da Fig 01, podemos escrever:

E f = Vt + jI A x s kV

Que pode ser rearranjada na seguinte forma:

E f Vt Vt Vt
= + jI A Vt MW/MVAr
xs xs
(MW)

P
P = I a Vt cos ϕ
E
E f Vt
Q = I A Vt sen ϕ
xs
jXsIA
ϕ
δ
Q (MVAr)
ϕ Vt
IA

Figura 02: Diagrama fasorial em termos de Potência

01-LIMITE DE AQUECIMENTO DA ARMADURA

A corrente de armadura IA provoca aquecimento dos enrolamentos por


perdas ôhmicas (ra Ia2) sendo ra a resistência do enrolamento da armadura.
Apesar de a resistência não estar sendo considerada explicitamente nos
diagramas fasoriais e nas equações, correspondentes por ser, em magnitude
muito menor que a reatância síncrona xs ( ou reatância da armadura), ela tem um
papel importante no comportamento térmico da máquina e pode ser a responsável
pela limitação de potência máxima em algumas situações operacionais com
veremos a seguir. A figura 03 mostra a região de operação viável da máquina
quando o limite de aquecimento é imposto no caso, por estarmos considerando a
tensão terminal Vt da barra infinita constante, a situação de aquecimento máximo
corresponde ao caso da corrente de armadura máxima que também significa
potencia aparente (MVA) máxima conforme indicado na figura abaixo.
(MW)

P
IMAX
ϕ
/S/

(MVAr)
0 Q

Figura 03: Limite de aquecimento da armadura (corrente de armadura máxima)

02 - LIMITE DE AQUECIMENTO DO ENROLAMENTO DE CAMPO

Além do enrolamento da armadura, o próprio enrolamento de campo,


alojado no rotor da máquina síncrona, pode estar submetido a sobreaquecimento
devido a perdas ôhmicas (rfif2, sendo rf a resistência do enrolamento de campo e if
a corrente de campo). O limite de aquecimento do enrolamento de campo aparece
na figura 04 como um seguimento da circunferência de centro O e de raio EfVt/xs,
sendo Ef o valor correspondente a máxima corrente de campo ifmax . No caso
ilustrado na figura, para fatores de potência baixos, o limite imposto pela corrente
de campo é mais restritivo que o limite imposto pela máxima corrente de
armadura. Sendo que o contrário ocorre para fatores de potência maior (mais
próximo da unidade). O ângulo ϕlim representa a situação de transição entre os dói
casos (limite por corrente de campo e corrente de armadura).

03 - LIMITE DE POTÊNCIA PRIMÁRIA.

Existe uma limitação imposta à potência primária que o gerador pode


receber da turbina. A potência mecânica no eixo da máquina é dada por:
Pmec = Tω

(MW)

E f Vt
Ifmax
xs
P

ϕ
S
δ
(MVAr)
O Q

Figura 04: Limite de aquecimento no enrolamento de campo (corrente de campo máxima)

Sendo T o torque e ω a velocidade angular (ω=2πf/p,onde f é a freqüência


60 Hz, e p o número de pares de pólo da máquina)
Esse limite está indicado na figura 05 na forma de um valor máximo da potência
ativa gerada pela máquina. Dependendo das características da máquina, esse
limite poderá ser mais ou menos restritivo que o limite imposto pelo aquecimento
da armadura. No caso particular ilustrado na figura, estamos supondo que, na
região de fator de potencia próximo a unidade, o limite de potência primária é mais
baixo que o limite de aquecimento da armadura.Em algumas turbinas hidráulicas,
por exemplo, a vazão máxima e a pressão da água, (altura de queda) limitam a
máxima potência mecânica no eixo da máquina,. Devemos notar que o limite da
fonte primária só afeta a potência ativa, pois a energia líquida associada a energia
reativa é nula, e , assim a média , e ao longo do tempo, a energia elétrica
fornecida ao sistema é igual à energia mecânica fornecida no eixo, descontada as
perdas.
(MW)

PPRMMAX

Ia MAX

(MVAr)

Figura 05 Limite de potência da Turbina.

04 - LIMITE DE ESTABILIDADE

A maneira mais simples de se impor o limite de estabilidade é por meio do


ângulo de potência permitido, δMax. Uma limitação natural já foi vista anteriormente
em relação ao análogo mecânico: trata-se do limite de π/2, ou seja, o ponto de
potencia máxima para a máquina de pólos lisos. Este tipo de limite está ilustrado
na figura 06 para duas situações distintas: ponto O dentro da região viável de
aquecimento da armadura e fora dessa região Nos dois casos o limite δMAX=π/2,
aparece como uma linha vertical sendo que no caso de O´ficar fora da região de
aquecimento viável, o limite de estabilidade é inoperante.A figura 06 indica
também, outras regiões nas quais o limite de estabilidade é imposto na forma de
uma margem angular em relação ao ângulo teórico.
(MW)

margem margem

IA MAX

(MVAr)
O´ O´ O

δMAX

Figura 06: Limite de estabilidade imposto como valor máximo do ângulo de potência.

No caso do limite de estabilidade ser imposto como uma margem de


potência em relação à máxima potência teórica (potência correspondente ao
ângulo δ =π/2) as curvas limites passam a ter a forma apresentada na figura 07.
Nesses casos o ângulo máximo varia com nível de excitação do gerador: quanto
menor a excitação, menor o ângulo possível. Notar que em termos de curva Pxδ
ilustrada na figura 08, quando a excitação cai, cai também a magnitude de Ef e,
portanto, cai o valor máximo da potência teórica: como a margem é especificada
em MW, isto equivale a aumentar a percentagem da margem em relação ao pico
de potência na medida que cai a excitação.

05 - LIMITE DE EXCITAÇÃO MÍNIMA

Ainda em relação à figura 08, a diminuição contínua da corrente de


excitação If nos levara a um ponto no qual o pico correspondente à π/2 se igualara
à própria margem imposta, e a curva Pxδ passa a coincidir com o eixo das
abcissas (capacidade de geração nula) Isto sugere que existe uma limitação
adicional que deve ser imposta ao valor da corrente de excitação. A este valor
mínimo ifmin corresponde ao limite indicado na figura 06. No plano da potência
(PxQ), a limitação de excitação mínima aparece conforme indicado na figura 09

E f Vt
(MW)
xs

IA MAX

(MVAr)
O´ O´ O

Figura 07: Limite de estabilidade imposto como uma margem em relação a máxima potência teórica.

PPICO
PMAX margem

P´PICO

margem
P´MAX

π/2

Figura 08: Efeito da margem de estabilidade em potência de valor de δMAXZ.


(MW)

IA MAX

(MVAr)
O´ O´ O

Figura 09 Limite mínimo de excitação

Limite de Potência
(fonte Primária)
(MW)
Corrente Máxima Corrente Máxima
da Armadura (aquecimento) da Armadura (aquecimento)

Limite de Estabilidade Excitação máxima


(aquecimento)

(MVAr)
Excitação Mínina

Figura 10: Curva de Capabilidade de Geração

Combinando-se convenientemente todos os limites discutidos anteriormente


em uma única figura, resulta finalmente a curva de capabilidade de geração dada
pela figura 10. è claro que o caso mostrado foi convenientemente escolhido para
mostrar o efeito simultâneo de todos os tipos de limites considerados. Em casos
práticos, entretanto pode ocorrer, que alguns desses limites estejam inativos, por
serem dominados por outros limites mais restritivos.Mesmo assim, a curva tem o
mérito de dar o aspecto geral das limitações de geração de uma máquina síncrona
de pólos lisos.
ANÉXO 03

AGRUPAMENTO EM PARALELO DAS MÁQUINAS SÍNCRONAS TRIFÁSICAS

Necessidade de agrupamento de alternadores trifásicos em paralelo

A necessidade de sincronização entre alternadores surge quando a


demanda de energia elétrica supera a capacidade do alternador em serviço ou
para garantir a permanência no funcionamento do sistema elétrico suprido por um
único alternandor.
São duas as razões básicas que indicam a necessidade de se usar mais de um
alternador:

a) a falha no único alternador, impossibilita alimentar as linhas alimentadoras,


mesmo com carga reduzida.

b) o uso de um único alternador de grande potência, nos períodos de pequena


demanda, trabalha com carga reduzida e conseqüentemente com baixo
rendimento.

Para evitar tais inconvenientes, nas instalações de grande potência ou onde


requeira constância no fornecimento de energia como é o caso das usinas
geradoras de grande porte, prefere-se instalar vários alternadores de pequena
potência, agrupados em paralelo quando necessário ou retirados de linha quando
por falha ou manutenção de uma unidade, ou ainda, por não ser necessário em
razão da redução da demanda de energia elétrica em determinado período.
A número de alternadores em paralelo depende da quantidade de potência a
ser suprida e da importância do sistema elétrico, entretanto é melhor que cada um
trabalhe com carga normal e apresentando bom rendimento.

O alternador a ser agrupado em paralelo deverá suprir a carga e repartir com


o(s) outro(s) alternador(es) o excesso de demanda.
As manobras a serem realizadas com o objetivo de agrupar dois ou mais
alternadores em paralelo, bem como a retirada de qualquer alternador em serviço,
não devem perturbar o sistema em operação. Desta forma, a tensão e a
frequência não devem ser alteradas, ainda que por pequenos períodos de tempo.

SINCRONIZAÇÃO

É um conjunto de manobras realizadas em um alternador ligado em


paralelo a uma mesma barra com outro alternador em serviço para que possam
alimentar determinada carga.
Apresentamos um diagrama trifilar simplificado da ligação de dois
alternadores G1 e G2 em paralelo, onde se incluiu a ligação de alguns
instrumentos básicos de medição: voltímetros, amperímetros e mais um conjunto
de três lâmpadas indicadoras de sincronismo no circuito do alternador G2,
conforme figura 1.
O diagrama mostra a localização dos amperímetros (A), dos voltímetros (V),
tanto das barras quanto dos alternadores e as chaves seccionadoras (Ch1 e Ch2),
note-se ainda a existência de três lâmpadas (destaque) ligadas entre os terminais
da chave seccionadora Ch2, cuja finalidade é indicar a condição de sincronização
e a velocidade de rotação do alternador G-2 em relação a G-1.
L-

A A A A A A

A
B
C
A A A A A A
Acelera

V
Ch1 Ch2
L2
L L3
V
V
Retarda
Lâmpadas
sincronizador
as

G-1 G-2
3 3

Figura 1 – Diagrama trifilar simplificado de dois alternadores ligados a uma


mesma barra.

Obviamente, numa instalação prática, outros instrumentos de medição além


de voltímetros e amperímetros, são incluídos, tais como: frequencímetros,
sincronoscópios, relés de proteção, reguladores de velocidade, de tensão,
sinalizadores diversos destinados à monitoração e aviso, proteção contra incêndio
para cada um dos alternadores, circuitos auxiliares de emergência e para
excitação. A presença de cada um desses elementos dependem de um projeto
específico, do custo da obra e sua importância.
Para dar inicio às manobras de sincronização, acionamos o alternador G-2,
mantendo a chave seccionadora Ch2 aberta, até que este alcance a velocidade
normal.
Atua-se no circuito de excitação até que o voltímetro do alternador G-2
indique o mesmo valor eficaz da tensão na linha.
Entretanto, a igualdade nos valores eficazes das tensões nos dois
alternadores ainda não permite que a chave Ch2 seja fechada, pois pode ocorrer
que os valores instatâneos das tensões nos dois alternadores sejam diferentes por
estarem as mesmas defasadas, conforme figuras 2a e 2b.
Quando os valores das tensões instantâneas geradas pelo alternador G-2
estiverem constantemente iguais aos valores das tensões instantâneas geradas
pelo alternador G-1 a chave seccionadora Ch2 pode ser fechada.
Essa condição ocorre quando as senóides que representam as tensões
instantâneas geradas estiverem em perfeita concordância, conforme figura 2c.

G-1 G-1 G-1

1 2 G-2

o
a- Tensões defasadas de 180 b - Tensões defasadas c - Tensões em fase
o
– amplitude máxima. de 90

Figura 2 - Senóides representativas das tensões instantâneas geradas por G-1 e G-2.

A representação senoidal pode ser substituida pela representação vetorial


ou fasorial conforme apresentado na figura 3.
7

5 4 3

8 6 V c - Tensões em fase
a - Tensões defasadas de b - Tensões defasadas
o
180 – amplitude máxima. de 90o
Figura 3

Comparando as figuras 2a e 2b com 3a e 3b, verifica-se que as senóides


das tensões instantâneas geradas por cada um dos alternadores estando
defasadas os fasores representativos dessas tensões poderão estar em oposição
provocando uma tensão dupla da tensão de fase, ou, se entretanto, as senóides
estão defasadas de apenas 90o, os fasores representativos estarão também
defasados do mesmo ângulo, assim a tensão será igual a existente entre as
extremidades dos fasores VG-1 e VG-2. Nas figuras 2c e 3c, estando as senóides
em fase, os fasores também estarão em fase, não havendo ddp entre eles.
As lâmpadas sincronizadoras em destaque na figura 1 substituem o
frequencímetro e o sincronoscópio, pois elas podem indicar o momento exato do
sincronismo entre os alternadores e também nos fornece indicação quanto a
velocidade do alternador G-2 em relação ao alternador G-1.
Para entendermos esse processo, observemos na figura 1 que as três
lâmpadas estão ligadas da seguinte maneira: L1 aos terminais homônimos da
chave seccionadora Ch2 e as lâmpadas L2 e L3 em fases diferentes.
De acordo com o descrito acima, podemos simplificar a ligação das
lâmpadas como se estivessem ligas aos extremos dos vetores representativos das
tensões geradas pelos geradores G1 e G2, conforme figura 4.
L1

VA V’A

VC V’C
V’B VB
L3 L2
Figura 4
Tensões em fase (L1 apagada), (L2 e L3
acesas)

Desta forma fica fácil entender que a lâmpada L1, estando ligada aos
terminais homônimos da chave Ch2, fase A, as tensões que alimentam são VA do
alternador G-1 e V’A do alternador G-2, enquanto L2 é alimentada pelas tensões VB
do alternador G-1 e V’C do alternador G-2 e L3 alimentada pelas tensões VC do
alternador G-1 e V’B do alternador G-2.
Isto nos indica que estando as tensões eficazes geradas pelos dois
alternadores iguais e em fase, conforme mostrado na figura 2c, a lâmpada L1,
deve permanecer apagada por não existir ddp, enquanto as lâmpadas L2 e L3,
deverão permanecer acesas por estarem ligadas a fases distintas, portanto,
havendo uma ddp e indicando o momento de sincronismo entre os alternadores.
Após fecharmos a chave Ch2 estará feito o sincronismo entre os
alternadores, ainda que a velocidade do alternador G-2 não seja exatamente igual
à de G-1, continuará sincronizado. Qualquer aceleração ou desaceleração sofrida
pelo alternador G-2, será anulada por torções sincronizadoras provocadas pela
troca de corrente entre o alternador e as barras.
Como vemos, o controle da velocidade é extremamente importante antes
de fecharmos o paralelo posto que, se um gerador estiver mais adiantado ou mais
atrasado que o outro não poderemos fechar a chave Ch2, pois se isso acarretará
correntes intensas entre alternador e barras, perturbação do funcionamento do
sistema e comprometimento mecânico e térmico do alternador G-2.
A velocidade do alternador G-2 em relação a G-1 pode ser indicada pelas
lâmpadas sincronizadoras dependendo do sentido que as mesmas acendam ou
apaguem como veremos a seguir.
Se a velocidade do alternador G-2 for inferior a velocidade do alternador G-
1, as três lâmpadas acenderão e apagarão ciclicamente no sentido horário, ou
seja no sentido do atraso dos fasores. Teremos neste caso o que se denomina de
velocidade ou rotação hipossíncrona, ou seja, abaixo da velocidade síncrona,
conforme figura 5

VA
V’A

V’B

VC VB

V’C
As três lâmpadas acendem e apagam ciclicamente
no sentido horário. (Velocidade hipossíncrona)
Figura 5
Se a velocidade do alternador G-2 for superior a do alternador G-1, as
lâmpadas acenderão e apagarão ciclicamente no sentido anti-horário, ou seja, no
sentido de adiantamento dos fasores. Teremos o que se denomina de velocidade
hipersíncrona, ou seja, acima da velocidade síncrona, conforme figura 6.
VA
V’C

V’A

VC VB

V’B
As três lâmpadas acendem e apagam ciclicamente
no sentido anti-horário. (Velocidade hipersíncrona)
Figura 6

Em instalações mais simples, o sincronismo pode ser realizado


substituindo-se as três lâmpadas por uma única lâmpada conforme figura 7.

A B C

9
L

Lâmpada
sincronizadora

G-2
3

Figura 7

Com este arranjo de ligação, uma única lâmpada sincronizadora pode ser
ligada aos terminais homônimos de qualquer uma das três fases da chave
seccionadora, enquanto em outra qualquer das três fases liga-se através de um
condutor os terminais homônimos da chave seccionadora para que possa haver
um retorno que possibilite o acendimento da lâmpada enquanto o sincronismo não
ocorre.
Pela simplicidade desta ligação, permite apenas observarmos o momento
do sincronismo, quando a lâmpada permanecer apagada por um período
relativamente longo, indicando que os dois alternadores geram o mesmo nível de
tensão e em fase, podendo assim ser fechada a chave Ch conforme figura 7.
Para evitar a queima da lâmpada, esta deve funcionar com o dobro da
tensão de fase.
Na figura 8 apresentamos outro arranjo físico das lâmpadas
sincronizadoras, neste, as três lâmpadas estão ligadas aos terminais homônimos
da chave tripolar Ch.
Com esta ligação as lâmpadas acendem e apagam alternativamente e o
número de oscilações indica apenas a diferença existente entre a tensão e a
freqüência da linha e do alternador a ser sincronizado. Não há nenhuma
indicação, porém, quanto a maior ou menor velocidade necessária.
A variação da velocidade neste caso deve ser feita por tentativas ou
observando-se o número das oscilações luminosas das lâmpadas.
A chave Ch pode ser fechada, quando as três lâmpadas permanecerem
apagadas por um espaço de tempo suficientemente longo, se apenas uma apaga
enquanto as outras duas permanecem acesas isto indica que a seqüência cíclica
das fases entre os alternadores são diferentes, devendo-se trocar dois dos três
fios de ligação da chave seccionadora Ch.
As lâmpadas para este tipo de ligação devem funcionar com o dobro da
tensão de linha (concatenada).
10 11 12

Ch

L L2 L
1 3

Lâmpadas
sincronizadoras

G-2
3

Figura 8

Divisão de cargas entre dois geradores sincronizados

Estando os alternadores sincronizados, é importante efetuar a divisão de


cargas entre os alternadores, posto que a carga não se divide automaticamente, o
alternador G-2, continuará gerando a mesma tensão e trabalhando na mesma
freqüência, porém a vazio, ou seja, sem fornecer potência à carga.
Para efetuarmos a “divisão de cargas” é necessário atuar inicialmente, no
regulador de velocidade de ambos alternadores. Lentamente reduz-se a
velocidade do alternador G-1 e na seqüência aumenta-se também lentamente a
velocidade do alternador G-2. Durante esta operação não se deve perder de vista
a freqüência de ambos os alternadores para que não saiam do sincronismo. Esta
operação é feita com o objetivo de transferir parte da potência ativa fornecida à
carga pelo alternador G-1 e transferi-la para o alternador G-2.
Esta manobra deve ser repetida até quando cada um dos alternadores
esteja fornecendo a metade do total da potência ativa que estava sendo fornecida
pelo alternador G-1. Neste ponto, os dois alternadores devem fornecer a mesma
intensidade de corrente.
Os alternadores devem fornecer à linha tanto potência ativa quanto
potência reativa. Realizada a manobra anterior cada um dos alternadores
fornecem potência ativa, porém apenas o G-1 fornece potência reativa.
Para transferir potência reativa do alternador G-1 para G-2, atuaremos na
excitação de ambos. Lentamente, reduz-se a excitação do alternador G-1 e na
seqüência, aumenta-se lentamente a excitação do alternador G-2. Esta operação
deve ser repetida até quando cada um dos geradores esteja fornecendo a metade
do total da potência reativa que estava sendo fornecida pelo alternador G-1.
Efetuada a divisão das cargas, as variações que ocorrerem no sistema
serão absorvidas por ambos geradores, sendo mantidos o nível da tensão e a
freqüência.
Para ilustrar as manobras de divisão das cargas ativa e reativa entre os
alternadores, observe-se a figura 9, onde são mostradas através dos fasores as
etapas acima descritas.
RI
ϕ XSI
ϕ RI ϕ2
E1 ZSI ϕ2
RI1 ZSI1
XSI1
V V1 E1 V1 E1 V1 E1 V1

Ia I Ia I1
ϕ ϕ Ia1 Ia1 I
ϕ2
Ib Ib Ib2
A) B) C) D) E)
CARACTE GERADO GERADO DIVISÃO DIVISÃO
RÍS-TICAS R G1 COM R G2 A DA DA
DA LINHA CARGA. VAZIO. POTÊNCI POTÊNCI
DE A ATIVA A
ALIMENTA
-ÇÃO DA
Figura 9 –Divisão de potência ativa e reativa entre alternadores sincronizados

Você também pode gostar