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SEL-5765

Revisão Máquinas Síncronas

Prof. José Carlos de Melo Vieira Júnior


E-mail: jcarlos@sc.usp.br

Prof. Ricardo Quadros Machado


E-mail: rquadros@sc.usp.br

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Na aula de hoje
Características básicas da máquina síncrona

Circuito equivalente em regime permanente

Diagramas fasoriais

Característica P

Sincronismo

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Características Básicas
O enrolamento de campo é posicionado no rotor;

O enrolamento de armadura é posicionado no estator;

O enrolamento de campo é alimentado em CC, produzindo fluxo


unidirecional no entreferro e no estator;

Quando o rotor gira, o enrolamento de armadura é atravessado


por campo variável, surgindo em seus terminais tensão induzida
variável;

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Características Básicas
A frequência de variação da tensão induzida é síncrona com a
velocidade do eixo, daí a denominação de máquina síncrona;

Os enrolamentos da armadura são posicionados com diferença


angular de 120o, de forma que a tensão induzida nos três
enrolamentos serão defasadas de 120o;

O enrolamento de campo é alimentado através de escovas


deslizantes sobre anéis coletores, que giram com o rotor;

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Características Básicas

Enrolamento amortecedor
Gerador de uma PCH

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Características Básicas
O controle da corrente de campo permite que a máquina síncrona
opere com fator de potência indutivo ou capacitivo;

Curvas “V” da MS:

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Operação como Gerador
 O campo do rotor, produzido pela corrente de excitação If,
torna-se um campo girante senoidal no entreferro com o
acionamento da máquina primária;

 O campo girante induz tensão trifásica senoidal nos


enrolamentos do estator;

 A velocidade do rotor e a frequência das tensões induzidas são


relacionadas por: 120 f
n
p

 A tensão induzida Ef é dada por:

E fRMS  4,44 fN ph f k w


ou seja, E fRMS  n f
onde  f é o fluxo por pólo devido a corrente I f
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Operação como Gerador

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Operação como Gerador: Componentes

Regulação de tensão/var

Regulação de velocidade/potência ativa

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Circuito Equivalente em Regime
A corrente de campo If produz o fluxo f no entreferro, resultando em uma
tensão induzida Ef nos terminais do estator:

Eixo d

ff

Ef e=-dl/dt

 A corrente de carga Ia (na armadura) produz um fluxo a;

 Pequena parte desse fluxo estará limitada ao estator e não atingirá o


rotor, sendo denominado fluxo de dispersão (al);

 A maior parte será concatenado com o rotor através do entreferro, e é


denominado por reação da armadura (ar).
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Circuito Equivalente em Regime
ar também produzirá uma tensão induzida Ear nos terminais do estator, em
quadratura com ar:

ar e Ear aumentam com o carregamento do gerador (I a), sendo melhor


representado através de uma reatância fixa, associada com a reação da
armadura;

A tensão resultante na armadura é:

Er = Ef + Ear
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Ef = Er - Ear Ef= E
Circuito Equivalente em Regime

Chega-se então ao circuito:

Ef = Er - Ear Ef= Er + jXarIa

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Circuito Equivalente em Regime
Adicionando ao circuito a reatância de dispersão do estator (X al) e a resistência
do enrolamento (Ra), tem-se:

Ra = 1,6Ra,CC (efeito pelicular)

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Circuito Equivalente em Regime
A duas reatâncias combinadas definem a reatância síncrona da máquina:

Xs = Xar + Xal

E,

Zs = Ra + jXs define a impedância síncrona;

Assim, tem-se o modelo equivalente da máquina síncrona em regime


permanente e por fase (polos lisos):


Obs:

→ Ra << Xs

→ O circuito de campo é

eletricamente independente

do circuito de armadura;

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Diagrama fasorial: Gerador

E f  V t 0o  R a I a  jX a I a

 O ângulo d entre Vt e Ef define o ângulo de potência ou ângulo de carga


da máquina

 Quanto maior for o ângulo  maior será a potência transferida para a


rede

  >0 para operação no modo gerador

 |Ef |>|Vt | no modo gerador (para fator de potência indutivo)


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Potência

Vˆt  Vt 0o
Eˆf  E f  o S  Vˆt Iˆa*
o
Z s  R a  jX s  Z s  s
*
 Ê f Vˆt 
Iˆa  
* 
Ê f  Vt 0o  R a Iˆa  jX a Iˆa  Zs 
 
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Potência
Vt E f V t2
P cos( s   )  cos( s )
Zs Zs
Vt E f V t2
Q sen( s   )  sen( s )
Zs Zs

• Desprezando Ra, ou seja, S = 90o

Potências Trifásicas

3Vt E f
P sen
Xs
3Vt E f 3V t2
Q cos  
Xs Xs
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Curva P

3Vt E f
P sen 
Xs
P 3 Vt E f
T  sen 
 syn  syn X s

 A potência máxima e o torque máximo ocorrem quando o ângulo  é 90


graus, definindo o limite de estabilidade estático da máquina;

 A curva P-  encolhe com a queda da tensão terminal, podendo fazer com


que a máquina saia de sincronismo com a rede, por excesso de velocidade;

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Sincronismo com a Rede Elétrica
 Para que o gerador síncrono possa ser conectado à rede, ambos
os sistemas devem ter:

 A mesma magnitude de tensão rms;

 A mesma frequência;

 A mesma sequência de fases;

 A mesma fase.

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Sincronismo com a Rede Elétrica
 Em plantas industriais, essas condições
podem ser verificadas através do uso de um
sincroscópio;

 A posição do indicador mostra a diferença


de fase entre as tensões da máquina e da
rede. Esse dispositivo não verifica a
sequência de fases;

 O sentido de rotação do indicador mostra se


a frequência da máquina é maior ou menor
que a da rede;

 Quando o indicador se movimenta


lentamente, isto é, a frequência da rede e
da máquina são quase iguais, e passa pelo
marcador vertical, o disjuntor pode ser
fechado, e a máquina é conectada a rede.

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Sincronismo com a Rede Elétrica

 Plantas industriais modernas empregam


sincroscópios automáticos, os quais
enviam sinais para o sistema de excitação
e de regulação de velocidade do gerador
para alterar a frequência e a tensão do
gerador.

 Para operação remota do disjuntor, relés


de cheque de sincronismo (synch check
relays) são empregados para supervisionar
o fechamento dos disjuntores.

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