Você está na página 1de 24

Motor de Indução

Circuito Equivalente

Velocidade angular síncrona


 Estator monofásico de 2 polos

1
Velocidade angular síncrona
 Estator monofásico de 4 polos

θae: ângulo em unidades elétricas


θa : ângulo espacial

Velocidade angular síncrona


 Estator trifásico

2 polos 4 polos Ligação em Y dos


enrolamentos

2
Velocidade angular síncrona
 A velocidade angular síncrona do campo girante é dada
por:

 Onde:

 ωe: frequência angular de excitação no estator (rad/s)


 ωs: velocidade angular síncrona (rad/s)
 ns: velocidade síncrona (rpm)
 fe: frequência elétrica da tensão do estator (Hz)

Velocidade angular síncrona


 Exemplos de velocidades angulares em relação ao
número de pólos do motor:

3
Escorregamento
 O escorregamento é a diferença entre a
velocidade síncrona do campo do estator (ns) e
a velocidade do rotor (n), ambas em rpm.
Usualmente o escorregamento é expresso como
uma fração da velocidade síncrona, ou seja:

 Onde:
 ns: velocidade síncrona (rpm)
 n: velocidade do rotor (rpm)

Escorregamento
 A relação entre a frequência angular do rotor e a
velocidade síncrona é dada por:

 A frequência das correntes induzidas no rotor é:

Onde fe é a frequência elétrica da tensão do estator (Hz)

A onda de fluxo produzida pela corrente do rotor é a soma


das onda girante devido a corrente do rotor (estático)
mais a velocidade do rotor, ou seja

4
Circuito equivalente
 No modelo proposto a ligação do motor será em Y com
tensões e correntes expressas por fase;
 Para o estator vamos considerar que a tensão de terminal
difere da FCEM pela queda de tensão na impedância de
dispersão do estator Z1 = R1 + jX1. Ou seja

 Onde
V1: Tensão de fase de terminal do estator
E2: FCEM (de fase) gerada pelo fluxo de entreferro resultante
I1: Corrente de estator
R1: Resistência efetiva do estator
X1: Reatância de dispersão do estator

Circuito equivalente
 A corrente do estator pode ser decomposta em:

 Componente de carga (I2): produz uma FMM


correspondente à FMM produzida pela corrente de rotor;

 Componente de excitação (I): é a corrente necessária


para criar o fluxo no entreferro, que pode ser decomposta
em uma componente de perdas no núcleo (em fase com
E2) e uma de magnetização (atrasada em relação a E2 de
90º). No circuito equivalente, esta corrente pode ser
considerada incluindo-se um ramo em derivação, formado
por uma resistência de perdas no núcleo Rc em paralelo
com uma reatância de magnetização Xm.

5
Circuito equivalente
 Circuito equivalente do estator de um motor de
indução polifásico

Circuito equivalente
 Para o rotor temos

 que corresponde à impedância de dispersão de um


secundário equivalente estacionário.
 Neste caso a impedância do rotor foi referida ao estator.
 A impedância vista pela tensão induzida é a impedância
do curto-circuito do rotor.

6
Circuito equivalente
 A impedância de dispersão do rotor equivalente (referida
ao estator), na frequência de escorregamento é

 Onde
Zrotor: impedância do rotor, na frequência de escorregam.
Neff: relação de espiras efetiva entre os enrolamentos do
estator e rotor real
E2s: tensão induzida pelo fluxo do entreferro resultante no
rotor equivalente (já referida, na frequência de escorregamento)
I2s: corrente induzida (já referida, na freq. de escorregamento)

Circuito equivalente
 Considerando o movimento relativo entre o estator e o rotor,
é necessário substituir as tensões e correntes na frequência
de escorregamento por grandezas na frequência do estator.
 A impedância de dispersão do rotor referido, na frequência de
escorregamento é dada por

 Onde
R2: Resistência do rotor referido
sX2: Reatância de dispersão do rotor referido, na frequência
de escorregamento.
X2: Reat. de dispersão do rotor referido, na freq. do estator

7
Circuito equivalente
 A figura abaixo mostra o circuito equivalente de um rotor
de motor de indução na frequência de escorregamento

 A corrente I2s é igual a I2 pois o estator e o rotor


equivalente tem o mesmo número de espiras e a FMM
resultante no entreferro é determinada pela soma
fasorial da corrente de estator e rotor (real ou
equivalente).

Circuito equivalente
 Portanto

 Considerando que a onda de fluxo resultante induz a


FEM no rotor referido E2s (na freq. de escorregamento),
e também a FCEM no estator E2. Estas tensão seriam
iguais se a velocidade fosse a mesma, pois o
enrolamento do rotor referido tem o mesmo número de
espiras do estator.
 Para considerar o efeito do escorregamento a relação é

8
Circuito equivalente
 Portanto

 Dividindo pelo escorregamento teremos

Circuito equivalente
 Desta forma o circuito equivalente completo da máquina
de indução para regime permanente é

9
Diagrama de fluxo de potência

P mecânica
Entreferro

Análise do circuito equivalente


 O circuito equivalente mostra que a potência total
transferida através do entreferro desde o estator é

Onde nph é o número de fases do estator.

10
Análise do circuito equivalente
 As perdas totais I2R do rotor podem ser calculadas a
partir das perdas dos rotor equivalente

 Como I2s = I2, podemos escrever

Análise do circuito equivalente


 A potência eletromagnética desenvolvida pelo motor
pode ser determinada por

 Ou

 Sendo possível escrever que

11
Exercício 1
 Observa-se que um motor de indução trifásico de dois
pólos e 60 Hz está operando com uma velocidade de
3502 rpm com uma potência de 15,7 kW (de entrada) e
uma corrente de terminal de 22,6 A. A resistência de
enrolamento do estator é 0,20 Ω/fase. Calcule a
potência I2R dissipada no rotor. Despreze as perdas no
núcleo.

Exercício 2
 Calcule a potência de dissipação no rotor de um motor
trifásico de quatro pólos, 460 V e 60 Hz com uma
resistência de armadura de 0,056 Ω operando na
velocidade de 1738 rpm, com uma potência de entrada
de 47,4 kW e uma corrente de terminal de 76,2 A.
Despreze as perdas no núcleo.

12
Análise do circuito equivalente
 O conjugado eletromecânico correspondente à potência
mecânica é

 Com a velocidade angular mecânica síncrona dada por

Análise do circuito equivalente


 Considerando que o conjugado mecânico não é o
conjugado de saída disponível no eixo, pois devemos
considerar o atrito, a ventilação e as perdas
suplementares.
 A potência e o conjugado de saída (no eixo) são

Onde Prot e Trot são a potência e o conjugado associados às


perdas rotacionais.

13
Análise do circuito equivalente
 As perdas no núcleo podem ser deduzidas da potência
mecânica fornecendo um circuito equivalente mais
simples

Exercício 3
 Um motor de indução trifásico, ligado em Y, de seis polos,
220 V (tensão de linha), 7,5 kW e 60 Hz tem os seguintes
valores de parâmetros, em Ω/fase, referidos ao estator:
R1 = 0,294 R2 = 0,144
X1 = 0,503 X2 = 0,209 Xm = 13,25
 Pode-se assumir que as perdas totais por atrito, ventilação e
no núcleo sejam de 403 W constantes, independentemente
da carga.
 Para um escorregamento de 2 por cento, calcule a
velocidade, o conjugado e a potência de saída, a corrente de
estator, o fator de potência e o rendimento, quando o motor é
operado em tensão e frequência constantes.

14
Exercício 4
 Encontre a velocidade, a potência de saída e o
rendimento do motor do exercício anterior quando está
operando na tensão e frequência nominais, para um
escorregamento de 1,5%.

Conjugado e potência usando o


teorema de Thévenin
 O teorema de Thévenin permite a substituição de
qualquer rede, vista em 2 terminais a e b, (constituída
por elementos de circuitos lineares e fontes de tensão)
por uma única fonte de tensão em série com uma
impedância.

15
Conjugado e potência usando o
teorema de Thévenin
 A tensão da fonte equivalente que aparece nos
terminais a e b ao remover o circuito do rotor é

Conjugado e potência usando o


teorema de Thévenin
 A impedância equivalente entre os terminais a e b vista
em direção à fonte cuja tensão foi zerada é

ou

16
Conjugado e potência usando o
teorema de Thévenin
 O circuito equivalente de Thévenin é

 A corrente I2 pode ser obtida por

Conjugado e potência usando o


teorema de Thévenin
 O conjugado eletromecânico pode ser determinado por

17
Conjugado e potência usando o
teorema de Thévenin
 A curva de conjugado x escorregamento está mostrada
na figura abaixo

Conjugado e potência usando o


teorema de Thévenin
 A curva de conjugado, potência e corrente (para o
exercício anterior – motor 7,5 kW) é

18
Conjugado e potência usando o
teorema de Thévenin
 Qual a equação do escorregamento para conjugado
eletromecânico máximo?

Conjugado e potência usando o


teorema de Thévenin
 Considerando que o conjugado eletromecânico será
máximo quando a potência entregue para a R2/s é
máxima.
 Esta potência será máxima quando a impedância de
R2/s for igual ao módulo da impedância
Rth + j(Xth + X2). Portanto,

ou

19
Conjugado e potência usando o
teorema de Thévenin
 O conjugado eletromecânico máximo é

 A componente de carga da corrente de estator é

Exercício 5
 Para o motor do Exercício 3, determine:
a) a componente de carga I2 da corrente de estator, o
conjugado eletromecânico Tmec e a potência
eletromecânica Pmec para um escorregamento
s = 0,03;
b) o conjugado eletromecânico máximo e a
correspondente velocidade; e
c) o conjugado eletromecânico de partida Tpartida e a
correspondente corrente de carga do estator I2partida.

20
Exercício 6
 O rotor de um motor de indução do exercício anterior é
substituído por um rotor com o dobro da resistência de
rotor mas que, de outro modo, é idêntico ao rotor
original. Repita os cálculos de problema anterior.

Exercício 7
 Para o motor de indução do exercício 5, encontre:
a) a resistência de rotor requerida para produzir o
conjugado eletromecânico de pico com velocidade
zero (isto é, SmáxT = 1,0); e
b) o correspondente Tmáx.

21
Conjugado e potência usando o
teorema de Thévenin
 A influência do aumento da resistência do rotor sobre a curva
característica de conjugado x velocidade está mostrada
abaixo para frequência constante.

Exercício 8
 Um motor de indução trifásico de rotor bobinado, quatro
pólos, 60 Hz e 12 kW tem os seguintes parâmetros,
expressos em Ω/fase.

R1 = 0,095 X1 = 0,680 X2 = 0,672 Xm = 18,7

 Usando um programa gráfico, plote o conjugado


eletromecânico Tmec em função da velocidade do rotor
em RPM para as resistências de rotor R2 = 0,1, 0,2, 0,5,
1,0 e 1,5 Ω.

22
Rotores de barras profundas e
dupla gaiola de esquilo
 Na partida, a frequência do rotor é
igual a do estator. A plena carga a
frequência do rotor é muito baixa.
 A figura ao lado mostra o campo de
dispersão de uma ranhura produzido
pela corrente na barra. A indutância
de dispersão na camada da base
(hachurada) é maior do que a da
camada do topo (hachurada) porque a
camada inferior está concatenada por
mais fluxo.

Rotores de barras profundas e


dupla gaiola de esquilo
 Como as camadas estão em paralelo, em AC, a
corrente nas camadas superiores de baixa relutância
será maior do que aquela nas camadas inferiores. A
corrente será forçada em direção ao topo da ranhura e
será adiantada em relação à corrente nas camadas
inferiores.
 Esta distribuição não uniforme resulta em um aumento
da resistência efetiva da barra e uma diminuição menor
da indutância efetiva de dispersão. Portanto, a
resistência efetiva varia com a frequência, além da
profundidade, permeabilidade e resistividade da barra.

23
Rotores de barras profundas e
dupla gaiola de esquilo
 Efeito pelicular em uma barra de rotor de cobre 2,5 cm
de profundidade.

Rotores de barras profundas e


dupla gaiola de esquilo
 Uma forma alternativa de se obter resultados
semelhantes é a disposição em dupla gaiola de esquilo.

24

Você também pode gostar