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Obtém-se esse efeito através de chaves, que podem ser bidirecionais (TRIAC´s e SCR´s), no
caso de um controle por fase, ou através de chaves (interruptoras), com sequências de liga e
desliga, pelo chamado controle de ciclo integral.
O Controle de ciclo integral controla a potência da fonte para a carga alterando, de acordo
com a necessidade do circuito o ciclo de trabalho “d”.
Este tipo de controle é aplicado para o ajuste de temperaturas em fornos. Não é aplicável para
cargas com constante de tempo pequenas.
1 𝑇
𝑈𝑅𝑀𝑆 = √ ∫0 (𝑈𝑀 . 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)2 )𝑑𝑡 eq. 01
𝑇
Por definição de valor médio de uma função, conforme a nossa tabela de derivadas e integrais.
Então, aplicando a definição para o caso em questão, teremos, para uma carga resistiva de
valor R:
2 2
𝑈𝑅𝑀𝑆. 𝑇𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑈𝑅𝑀𝑆
𝑃𝑚𝑒𝑑 = = . 𝑑 eq. 02
𝑅.𝑇 𝑅
O valor RMS da tensão de saída será dado por:
𝑈𝑀 𝑇𝐿𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜
𝑈𝑅𝑀𝑆 = √ = 𝑈𝑅𝑀𝑆(𝑒𝑛𝑡) . √𝑑 eq. 03
√2 𝑇
Como este tipo de conversor, mesmo tendo carga resistiva, terá por vezes a ausência da fonte
de corrente no circuito, então, haverá uma alteração no fator de potência, que neste caso
será dado por:
𝑇𝐿𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜
𝐹𝑃 = √ = √𝑑 eq. 04
𝑇
O controle por fase poderá ser feito usando TRIAC´s ou SCR´s conforme a figura 2.
Figura 3 - Formas de onda de tensão e correntes para os circuitos da figura 2 (se equivalem)
Controle por fase e carga resistiva.
As formas de onda de interesse para esse circuito (nas condições apresentadas na figura 4) são
mostradas na figura 5.
O período do sinal é de 2π, sendo o ângulo de disparo igual a α (neste caso igual a 30o.
A expressão matemática para o cálculo da tensão de saída RMS, pode ser calculada a partir da
equação 01 e terá como resultado a equação 05.
𝛼 𝑠𝑒𝑛(2𝛼)
𝑈𝑅𝑀𝑆(𝑠) = 𝑈𝑅𝑀𝑆(𝑒𝑛𝑡) . √1 − + eq. 05
𝜋 2𝜋
É interessante salientar que, para o cálculo de potência dissipada nos componentes , as
correntes a serem consideradas no TRIAC e no SCR, serão calculadas da seguinte forma:
No SCR
𝐼 𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎(𝑟𝑚𝑠) eq. 07
𝑆𝐶𝑅(𝑟𝑚𝑠)=
√2
Pela análise das equações, em especial a 05, verifica-se que a potência variará com a variação
do ângulo α.
Mais uma vez, como a corrente não é senoidal, o fator de potência será menor do que um (1),
mesmo que a carga seja resistiva.
Então:
𝑃 𝑈 2 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎(𝑟𝑚𝑠) ÷𝑅 𝑈𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎(𝑟𝑚𝑠)
𝐹𝑃 = = = eq. 09
𝑈𝑟𝑚𝑠(𝑒𝑛𝑡) 𝑥𝐼𝑟𝑚𝑠(𝑒𝑛𝑡) 𝑈𝑒𝑛𝑡(𝑟𝑚𝑠) 𝑥(𝑈𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎(𝑟𝑚𝑠) ÷𝑅) 𝑈𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎(𝑟𝑚𝑠)
𝛼 𝑠𝑒𝑛(2𝛼)
𝐹𝑃 = √1 − + eq. 10
𝜋 2𝜋
Podemos observar que o fator de potência, neste caso será igual a 1, somente quando α = 0. A
medida em que α aumenta o FP diminui.
Considere o circuito da figura 04, agora com a chave aberta, incluindo o indutor de 10mH.
A corrente de saída isaida inicia em α, porém não se extingue em π, mas continua até o ângulo β.
O ângulo β é conhecido como ângulo de extinção. Assim a carga conduz durante o intervalo
definido por γ conhecido por ângulo de condução. Esse ângulo tem extensão γ = β – α, isso
significa que durante um pequeno intervalo de tempo (no caso) haverá corrente reversa na
carga (β – π). A tensão de saída na carga será igual a tensão de entrada, sempre que os SCR´s
estiverem em condução.
O valor RMS da corrente de saída (carga) será dado pela expressão 11.
𝑈𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎(𝑟𝑚𝑠) 𝛼 1 6
𝐼𝑠𝑎í𝑑𝑎(𝑟𝑚𝑠) = √{4 (1 − ) (𝑐𝑜𝑠 2 𝛼 + ) + 𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑐𝑜𝑠𝛼} eq. 11
𝑅 𝜋 2 𝜋
Exercícios em anexo.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
O controle de potência por fase, normalmente com uso de triac´s é utilizado nas duchas
eletrônicas (fig. 08).
Figura 8 - Típica ducha eletrônica
O circuito de controle, é feito por uma rede RC com diac para excitar o gate do TRIAC. A
resistência R é variada, utilizando-se um potenciômetro.