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ELÉTRICOS
AULA 6
𝑃 =𝑉∙𝐼 (1)
𝑣(𝑡) = 𝑉𝑝 ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑣 )
(3)
𝑖(𝑡) = 𝐼𝑝 ∙ cos(𝜔𝑡 + 𝜃𝑖 )
1. potência ativa;
2. potência reativa;
3. potência aparente.
3
𝑄 = 𝑉𝑅𝑀𝑆 ∙ 𝐼𝑅𝑀𝑆 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 ) (8)
𝑃
𝐹𝑃 = = cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 ) (10)
𝑆
𝑆 = 𝑃 + 𝑗𝑄 (11)
em que a potência ativa (𝑃) é a parte real de 𝑆 e a potência reativa (𝑄) é a parte
complexa de 𝑆.
4
1.3 Triângulo de potências
5
Com base no triângulo, chegamos à Equação (12), utilizando Pitágoras:
𝑆 2 = 𝑃2 + 𝑄 2 (12)
𝑃 = √𝑆 2 − 𝑄 2
(13)
𝑄= √𝑆 2 − 𝑃2
𝑄 = √𝑆 2 − 𝑃2
𝑄 = 180𝑉𝐴𝑟
O fator de potência é dado por (10) e pode ser calculado como mostrado
em (15):
𝑃 240
𝐹𝑃 = = = 0,8 (15)
𝑆 300
𝐹𝑃 = cos(𝜃) = 0,8
(16)
𝜃 = acos(0,8) = 36,9°
6
𝑸 = 𝟏𝟖𝟎𝑽𝑨𝒓
𝑷 = 𝟐𝟒𝟎𝑾
Fonte: Ilustração da autora.
7
𝑸𝟐 = 𝟑𝟎𝟎𝑽𝑨𝒓
𝑺𝟏 = 𝟏𝟎𝟎𝑽𝑨 𝑷𝟑 = 𝟔𝟎𝑾
𝑷𝟏 = 𝟏𝟎𝟎𝑾 𝑷𝟐 = 𝟒𝟎𝟎𝑾
𝑸𝟑 = 𝟖𝟎𝑽𝑨𝒓
Fonte: Ilustração da autora.
𝑃𝑇 = 𝑃1 + 𝑃2 + 𝑃3
(17)
𝑃𝑇 = 100 + 400 + 60 = 560𝑊
𝑄𝑇 = 𝑄1 + 𝑄2 + 𝑄3
(18)
𝑄𝑇 = 0 + 300 − 80 = 220𝑉𝐴𝑟
𝑆𝑇 2 = 𝑃𝑇 2 + 𝑄𝑇 2
𝑆𝑇 = √𝑃𝑇 2 + 𝑄𝑇 2 (19)
𝑃𝑇 560
𝐹𝑃 = = = 0,93 (20)
𝑆𝑇 601,7
8
Para calcular o ângulo de defasagem entre tensão e corrente, podemos
utilizar a equação do fator de potência aplicando o arco cosseno, como mostrado
em (21):
𝐹𝑃 = 0,93 = cos(𝜃)
acos(0,93) = 𝜃 (21)
𝜃 = 21,56°
𝑷 = 𝟓𝟔𝟎𝑾
𝑸𝟐 = 𝟐𝟐𝟎𝑽𝑨𝒓
𝑸 = 𝟐𝟐𝟎𝑽𝑨𝒓
𝑺 = 𝟔𝟎𝟏, 𝟕𝑽𝑨
𝑭𝑷 = 𝟎, 𝟗𝟑
𝑷𝟐 = 𝟓𝟔𝟎𝑾
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Os principais elementos que levam a um baixo fator de potência são
motores e transformadores que “operam a vazio”, com pouca carga ou
sobredimensionados.
Um circuito com e sem a correção do fator de potência é apresentado na
Figura 7. O triângulo de potência do circuito com e sem a correção do fator de
potências é apresentado na Figura 8, em que os valores 𝑃, 𝑄1 e 𝑆1 representam
o triângulo de potências do circuito inicial e 𝑃, 𝑄2 e 𝑆2 representam o circuito
após a correção do fator de potência. 𝑄𝐶 representa a quantidade de potência
reativa capacitiva que foi adicionada para diminuir a potência reativa total.
Figura 7 – (a) Circuito sem a correção do fator de potência (carga original); (b)
Circuito com a correção de potência (carga mais o capacitor para corrigir o fator
de potência)
(a) (b)
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Assim, para saber o valor de potência reativa capacitiva a ser adicionado,
basta calcularmos a diferença, como mostrado em (22):
𝑄𝐶 = 𝑄1 − 𝑄2 (22)
𝑉𝑅𝑀𝑆 2
𝑄𝐶 =
𝑋𝐶
(23)
𝑄𝐶
𝐶=
𝜔 ∙ 𝑉𝑅𝑀𝑆 2
𝑃1 4000
𝑆1 = = = 5000𝑉𝐴 (24)
𝐹𝑃1 0,8
𝑃2 4000
𝑆2 = = = 4210,5𝑉𝐴 (26)
𝐹𝑃2 0,95
11
Com o resultado, podemos calcular a diferença de potência reativa entre
o primeiro e o segundo caso, como em vemos em (28):
𝑄𝐶 = 𝑄1 − 𝑄2
𝑄𝐶 = 1685,3𝑉𝐴𝑟
Por fim, para saber o valor do capacitor a ser adicionado, basta utilizarmos
a Equação (23), como mostrado em (29):
𝑄𝐶 1685,3
𝐶= 2 = = 310,5𝜇𝐹 (29)
𝜔 ∙ 𝑉𝑅𝑀𝑆 2 ∙ 𝜋 ∙ 60 ∙ 1202
𝑉𝑎𝑛 = 𝑉𝑚 ∢0°
em que 𝑉𝑚 é o valor máximo da forma de onda senoidal e cada uma das tensões
está referenciada ao neutro do circuito. Um gráfico com as três formas de onda
juntas pode ser visto na figura 9.
12
Figura 9 – Formas de onda de um sistema trifásico
Diagramas fasoriais das três formas de onda podem ser vistos na Figura
10(a) para a sequência de fase 𝑎𝑏𝑐, ou sequência positiva, e na Figura 10(b)
para a sequência 𝑎𝑐𝑏, ou sequência negativa.
(a) (b)
Assim, caso seja utilizada a sequência negativa, o valor das tensões não
será como mostrado em (30), e, sim, como em (31).
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𝑉𝑎𝑛 = 𝑉𝑚 ∢0°
(a)
(b)
1. estrela-estrela;
2. estrela-triângulo;
3. triângulo-triângulo;
4. triângulo-estrela.
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3.1 Conexão estrela-estrela
𝑉𝑎𝑛 = 𝑉𝑚 ∢0°
𝑉𝑐𝑛 = 𝑉𝑚 ∢120°
É chamada de tensão de linha aquela que ocorre entre uma fase e outra,
por exemplo, a tensão entre a primeira e a segunda fases. No caso, as três
tensões de linha para esse circuito são apresentadas em (33):
𝑉𝑎𝑏 = √3 ∙ 𝑉𝑚 ∢30°
𝑉𝑐𝑎 = √3 ∙ 𝑉𝑚 ∢150°
15
Assim, de modo geral, desconsiderando o ângulo, podemos considerar
que a tensão de linha (𝑉𝐿 ) e a tensão de fase (𝑉𝐹 ) se relacionam como mostrado
em (34):
𝑉𝐿 = √3 ∙ 𝑉𝐹 (34)
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Figura 14 – Conexão estrela-triângulo
𝐼𝐿 = √3 ∙ 𝐼𝐹 ∢ − 30° (35)
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Para essa conexão, a tensão da fonte será a mesma em cada uma das
cargas, e a corrente será como previamente mostrado em (32). Para esse caso,
as tensões de linha e de fase são iguais, uma vez que a tensão de cada fonte é
a própria tensão entre cada uma das fases.
Para o valor das correntes, assim como no caso da Equação (35), cada
corrente de linha (representada na figura como 𝐼𝑎 ) estará defasada em −30° em
relação à corrente de fase (representada na figura como 𝐼𝐴𝐵 ) e será √3 vezes
superior ao mostrado em (36):
𝐼𝐿 = √3 ∙ 𝐼𝐹 (36)
𝑉𝐹
𝑉𝑍 = ∢ − 30° (37)
√3
18
TEMA 4 – TRANSFORMADOR IDEAL
(a) (b)
19
Figura 18 – Circuito com um transformador ideal
𝑑𝜑
𝑣𝑝 = 𝑁𝑝 ∙ (38)
𝑑𝑡
𝑑𝜑
𝑣𝑠 = 𝑁𝑠 ∙ (39)
𝑑𝑡
𝑣𝑠 𝑁𝑠
= =𝑛 (40)
𝑣𝑝 𝑁𝑝
Com base nessa equação, podemos concluir que quanto maior for o
número de espiras de um dos lados, maior será o valor da tensão desse mesmo
lado. Por exemplo, se for necessário dobrar o valor da tensão do secundário em
relação ao valor de tensão do primário, devemos ter o dobro de espiras no
secundário em relação ao primário.
Considerando que o transformador é ideal, é importante salientarmos que
a potência do primário deverá ser a mesma no secundário, utilizando o princípio
da conservação de energia, como mostrado em (41):
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𝑃𝑝 = 𝑃𝑠 (41)
𝑣𝑝 ∙ 𝑖𝑝 = 𝑣𝑠 ∙ 𝑖𝑠 (42)
𝐼𝑝 𝑉𝑠
= =𝑛 (43)
𝐼𝑠 𝑉𝑝
𝑣𝑠 𝑁𝑠
=
𝑣𝑝 𝑁𝑝
𝑣𝑠 500 (44)
=
220 5000
𝑣𝑠 = 22𝑉
𝑃𝑝 = 𝑉𝑝 ∙ 𝐼𝑝 (45)
21
𝑃𝑝 100
𝐼𝑝 = = = 0,4545𝐴
𝑉𝑝 220
𝑃𝑠 100
𝐼𝑠 = = = 4,5454𝐴
𝑉𝑠 22
Quando uma parte do circuito afeta outra parte do circuito por meio de seu
campo magnético, podemos dizer que eles estão magneticamente acoplados,
como é o caso das bobinas de um transformador.
Sempre que duas bobinas estão próximas, de forma que o campo
magnético de uma interfere no da outra (gerando tensão), nos referimos à
interação de ambas como indutância mútua, ou seja, aquela em que a
capacidade de um indutor ou bobina induz tensão em um outro indutor que esteja
próximo.
Um transformador funciona com base no fenômeno de indutância mútua,
conforme podemos observar na Figura 19.
𝑑𝜑𝑝
𝑣𝑝 = 𝑁𝑝 ∙ (46)
𝑑𝑡
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Dessa equação, e com base na equação de indutância, temos (47):
𝑑𝑖𝑝
𝑣𝑝 = 𝐿𝑝 ∙ (47)
𝑑𝑡
𝑑𝜑𝑚
𝑣𝑠 = 𝑁𝑠 ∙ (48)
𝑑𝑡
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Para enrolamentos sobrepostos, como o que vemos na Figura 21, o
acoplamento é próximo a 1, uma vez que aproximadamente todo o campo
magnético produzido pela primeira bobina atravessará a segunda bobina.
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𝑑𝜑𝑝
𝑣𝑠 = 𝑘 ∙ 𝑁𝑠 ∙ (50)
𝑑𝑡
𝑑𝜑𝑚
𝑀 = 𝑁𝑠 ∙
𝑑𝑖𝑝
(51)
𝑑𝜑𝑝
𝑀 = 𝑁𝑝 ∙
𝑑𝑖𝑠
𝑀 = 𝑘 ∙ √𝐿𝑝 ∙ 𝐿𝑠 (52)
FINALIZANDO
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aula possibilita ao aluno projetar circuitos elétricos ou melhorar aqueles já
existentes.
Por meio do correto dimensionamento de um circuito, podemos criar
equipamentos ou sistemas que visem o melhor aproveitamento de energia sem
que haja demasiado desperdício. Por meio da análise das potências é possível
desenvolver ou otimizar circuitos que apresentem um elevado fator de potência,
por exemplo.
Depois de estudar os temas de hoje desta disciplina, o aluno será capaz
de calcular, projetar e analisar circuitos eletrônicos em corrente contínua e
corrente alternada, podendo usar essas ferramentas em diversas disciplinas
mais avançadas.
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REFERÊNCIAS
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