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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Escola de Ciências e Tecnologia


Física Experimental 2
Discente 01:___________________________________________ Subturma:_______
Discente 02:___________________________________________ Subturma:_______
Discente 03:___________________________________________ Subturma:_______
Discente 04:___________________________________________ Subturma:_______
Data:_____/_____/_________

Roteiro 7 – Filtro passa-banda

1. Objetivos

1.1.Verificar a potência de saída, em função da frequência de uma fonte de tensão alternada, de um circuito
resistivo-indutivo-capacitivo (RLC) em série.
1.2.Verificar como circuitos RLC podem ser usados como filtros passa-banda, que selecionam a faixa
(banda) de frequências para a qual a tensão de saída deve ser relevante e suprimem a tensão de saída
fora dessa faixa.
1.3.Realizar a linearização da curva de potência de saída versus frequência da fonte alternada e usar a
ferramenta PROJ.LIN() para analisar os dados e obter as estatísticas da regressão.
1.4.Verificar se o modelo esperado para o espectro de potência do filtro passa-banda descreve os dados
experimentais fazendo-se o uso dos testes de significância.
1.5.Reconhecer que se pode construir um receptor de rádio usando um circuito RLC em série, onde a fonte
de tensão variável com o tempo é suprida por uma antena que capta as transmissões provenientes de
uma estação transmissora em uma dada frequência, e converte essas transmissões em voltagem.

2. Materiais necessários

Os seguintes itens que serão usados nesta prática são:


- 01 Osciloscópio para leitura de voltagens rms e de frequência.
- 01 Gerador de funções (fonte AC).
- 01 Multímetro de bancada.
- 01 Bobina de 600 espiras (indutor).
- 01 kit Cidepe com resistores (de 100 Ω) e capacitores (de 2,2 μF).
- 04 cabos com terminações pino banana – pino banana.
- 03 cabos com terminações BNC – pino banana.

3. Problema base.

O circuito LRC–série constitui o circuito sintonizador elementar (equivalente ao ressonador elementar


na Mecânica) ou, ainda, um filtro passa-banda, cuja importância é difícil superestimar. Ele é composto por

1
um resistor (𝑅), um capacitor (𝐶) e um indutor (𝐿) ideais ligados em série com uma fonte de tensão alternada
(ℰ) que oscila harmonicamente com frequência 𝑓 (ver Figura 1).

Figura 1: Desenho esquemático de um filtro passa-banda formado por um resistor, um capacitor e um indutor ideais em série com a fonte
de tensão alternada.

Usando-se a lei das malhas e as expressões para as tensões em cada componente do circuito, pode-se
mostrar que a corrente 𝑖 tem de obedecer à equação

𝑞 𝑑𝑖
ℰ− − (𝑅 + 𝑅0 )𝑖 − 𝐿 = 0, 1
𝐶 𝑑𝑡

onde 𝑖 = 𝑑𝑞 ⁄𝑑𝑡, 𝑞 é a carga do capacitor e 𝑅0 é a resistência equivalente de outros componentes do circuito,


como o indutor e a fonte (pois neste experimento estes dispositivos não são ideais). Como a fonte oscila
harmonicamente com uma frequência 𝑓, a tensão por ela fornecida pode ser escrita como


= 𝑉in cos(2𝜋𝑓𝑡) , 2
√2

onde 𝑉in é a tensão RMS (root-mean-square) da fonte (tensão de entrada). Combinando-se as equações 1 e 2,
pode-se demonstrar que a solução estacionária da equação 1 é

𝑖 𝑉in
= cos(2𝜋𝑓𝑡 − 𝜑), 3
√2 𝑍

onde 𝑍 é a impedância do circuito e 𝜑 é defasagem da corrente, dados por

𝑍 = √(𝑅 + 𝑅0 )2 + (𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 )2 , 4
𝑋𝐿 − 𝑋𝐶
tan 𝜑 = , 5
𝑅 + 𝑅0
com − 𝜋⁄2 ≤ 𝜑 ≤ + 𝜋⁄2, e onde
𝑋𝐿 = 2𝜋𝑓𝐿 , 6
1
𝑋𝐶 = , 7
2𝜋𝑓𝐶

são as reatâncias indutiva e capacitiva do circuito, respectivamente. Se 𝑋𝐿 > 𝑋𝐶 , diz-se que a impedância do
circuito é indutiva; se 𝑋𝐿 < 𝑋𝐶 , a impedância é capacitiva e, por fim, se 𝑋𝐿 = 𝑋𝐶 a impedância é resistiva e a

2
defasagem da corrente é nula. Quando isso ocorre diz-se que o circuito está em ressonância com a fonte à
frequência 𝑓 = 𝑓0 , que é solução da equação:

1 1
2𝜋𝑓0 𝐿 = ⟹ 𝑓0 = . 8
2𝜋𝑓0 𝐶 2𝜋√𝐿𝐶

Esta é a frequência de ressonância. A potência média dissipada no resistor (ou potência de saída 𝑃out ) num
ciclo é dada por
2
𝑉out 𝑅𝑉in2
𝑃out = = , 9
𝑅 (𝑅 + 𝑅0 )2 + (𝑋𝐿 − 𝑋𝐶 )2

onde 𝑉out = 𝑅𝑖rms é a tensão RMS lida no resistor (tensão de saída). Usando as equações 6 a 8, a equação 9
poderá ser reescrita na forma
𝑉out 2 𝒫max
𝒫=( ) = 2,
𝑉in 𝑓 𝑓0
10
1 + 𝑄2 ( − )
𝑓0 𝑓
2
𝑅
𝒫max = ( ) , 11
𝑅 + 𝑅0
√𝐿⁄𝐶
𝑄= , 12
𝑅 + 𝑅0
onde 𝑄 é o fator de qualidade do circuito. Na expressão 10, 𝒫 é uma quantidade adimensional que é
proporcional à potência de saída,
𝑉in2
𝑃out = 𝒫, 13
𝑅

à qual chamaremos de potência de saída relativa. Vê-se que 𝒫 possui um valor máximo 𝒫max em 𝑓 = 𝑓0 e
tende a zero nos limites 𝑓 → 0 e 𝑓 → +∞. Logo, este circuito só deixa “passar potência” numa faixa de
frequências, ou banda, em torno de 𝑓 = 𝑓0 , razão pela qual esse tipo de circuito é chamado de filtro passa-
banda. A largura de banda do filtro é definida por

𝑓0 𝑅 + 𝑅0
∆𝑓 = = . 14
𝑄 2𝜋𝐿

A expressão 14 para a largura de banda fornece o significado físico para o fator de qualidade 𝑄 do circuito.
Um circuito com um alto fator de qualidade tem uma largura de banda estreita e, por isso, a potência de saída
é característica de um espectro de banda estreita. Circuitos de banda estreita são também chamados de
circuitos sintonizadores. No outro extremo, quando o circuito possui um baixo fator de qualidade, a potência
de saída é característica de um espectro de banda larga.
Para finalizar, ressalte-se o fato de que a frequência de ressonância 𝑓0 para a potência de saída também
é a frequência para a qual a tensão RMS no resistor é máxima. Logo, 𝑓0 também é a frequência da ressonância
resistiva do circuito. Equivalentemente, existem também a frequência 𝑓𝐶 da ressonância capacitiva e a
frequência 𝑓𝐿 da ressonância indutiva, para as quais as tensões RMS no capacitor e no indutor,
respectivamente, atingem seus valores máximos. Para um capacitor e um indutor ideais, pode-se demonstrar
que essas frequências são determinadas pelas seguintes equações:

3
Figura 2: Ilustração dos espectros de potência de dois circuitos LRC–série, de mesmos 𝑳 e 𝑪, mas com 𝑹 diferentes. O circuito com 𝑹 grande
é o que possui baixo fator de qualidade e, por conseguinte, grande largura de banda e pico de potência baixo (espectro de banda larga). O
circuito com 𝑹 pequeno possui alto fator de qualidade, com pequena largura de banda e pico de potência alto (espectro de banda estreita).

(∆𝑓)2
𝑓𝐶2 = 𝑓02 − , 15
2

𝑓𝐿 𝑓𝐶 = 𝑓02 . 16

Note-se que 𝑓𝐶2 > 0 (e por conseguinte 𝑓𝐿2 > 0) apenas se ∆𝑓 < 𝑓0 √2, o que significa que as ressonâncias
indutiva e capacitiva existirão apenas se a resistência total do circuito for menor que uma resistência máxima
𝑅max definida por
2𝐿
𝑅 + 𝑅0 < 𝑅max = √ . 17
𝐶

4. Procedimento experimental

Neste experimento dever-se-á construir a curva (𝑉out ⁄𝑉in )2 contra a frequência 𝑓 fornecida pela fonte
AC para o circuito LRC–série, como esquematizado na Figura 1.

Figura 3: Montagem experimental. Embaixo e ao centro estão, respectivamente, o kit com os resistores e capacitores e o kit com o indutor.
Acima à direita está o osciloscópio (que medirá as tensões RMS no resistor e na fonte e a frequência) e à esquerda está a fonte de tensão
alternada de frequência ajustável.

4
Na Figura 3 está a imagem da montagem experimental, composta pelo kit com resistores e capacitores,
o indutor, o osciloscópio (que medirá as tensões e a frequência) e a fonte de tensão alternada. A Figura 4
mostra mais de perto as conexões que devem ser feitas entre os componentes (indutor, capacitor e resistor) do
circuito, a fonte e o osciloscópio.
Após montar o circuito como mostrado na Figura 1, é preciso configurar o osciloscópio para que faça
as medidas de tensão RMS no resistor e na fonte e as medidas de frequência. Para isso, siga os passos descritos
a seguir.

Figura 4: Montagem experimental. Visão de como os componentes do circuito devem ser conectados. Os pinos banana em azul correspondem
aos terminais negativos, enquanto os em cor cinza aos terminais positivos. Na figura, o terminal positivo da fonte é ligado ao indutor, que
por sua vez se conecta ao capacitor (que neste exemplo é o capacitor C2) e este ao resistor R3. Os terminais positivos do osciloscópio estão
ligados aos terminais positivos da fonte (canal CH1) e do resistor (canal CH2). Todos os terminais negativos (do osciloscópio e da fonte) são
conectados na saída do resistor.

4.1.Configurando o osciloscópio:

i. Ligue o osciloscópio.
ii. Ative os canais 1 e 2 pressionando os botões logo abaixo das inscrições CH1 e CH2. Quando
ativados, esses botões brilham numa cor azul (ver Figura 3 para o modelo JC1152CA de
osciloscópio (que chamaremos apenas de M1)). Para o outro modelo de osciloscópio disponível
(DSO1012A, que chamaremos apenas de M2), os botões brilham na cor verde.
iii. Pressione o botão Measure. Um menu irá aparecer na extremidade direita da tela do osciloscópio
(ver a Figura 5 e a Figura 6). Cada opção poderá ser selecionada pressionando-se os botões de tom
azul-petróleo posicionados na lateral da tela. No M2 a seleção é feita com os botões retangulares
(em tom cinza) laterais e também com o botão giratório (BG) exatamente contíguo ao primeiro (de
cima para baixo) botão retangular.
iv. Na aba Source selecione CH1.Para as medidas de tensão da fonte, pressione a seguinte sequência
de botões: Voltage → Voltage 1/3 → Vrms . A sequência de telas no M1 é mostrada na Figura 5.
No M2 a sequência é Tensão → Vrms. Para selecionar o Vrms gire o BG no sentido anti-horário
até encontrá-lo e depois pressione o BG.
v. Repita o procedimento (iv) agora para o canal 2 (CH2).
vi. Para as medidas de frequência, pressione a sequência: Time → Freq. A sequência de telas no M1
é mostrada na Figura 6. No M2 a sequência é Tempo → Frequência, sendo o procedimento é
idêntico ao de seleção das medições de voltagem.

5
vii. Para desativar o menu lateral, no osciloscópio M1 aperte o botão MENUCH/ON/OFF. No
osciloscópio M2 aperte o botão Menu/On/Off. Em ambos os modelos de osciloscópio esse botão
fica no topo dos botões laterais à tela.
Após configurado, você deverá ver os valores medidos, em tempo real, na parte inferior da tela, das tensões
RMS da fonte (𝑉in ) em CH1, do resistor (𝑉out ) em CH2 e da frequência (em CH2).
Para a tomada de dados e preenchimento da Tabela 1, siga as instruções descritas na seção 4.2.

Figura 5: Sequência de telas que aparecem durante a configuração das medidas de voltagem no canal 1 (CH1).

Figura 6: Sequência de telas que aparecem durante a configuração das medidas de frequência no canal 2 (CH2).

Figura 7: Aspecto da tela do osciloscópio para uma medida. Neste exemplo, a curva amarela corresponde à tensão da fonte (CH1) e a curva
azul à tensão no resistor (CH2).

4.2. Tomada dos dados experimentais.

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i. Ligue a fonte alternada e ajuste a amplitude da tensão para 1,50 volts pressionando o botão
Amplitude, digitando “1.5” no teclado numérico e escolhendo a unidade “Vpp”.
ii. Pressione o botão Output para ativar a saída de sinal para ao circuito. Quando ativado, este
botão deverá brilhar na cor verde.
iii. Pressione o botão Frequency e, no teclado numérico, digite o valor de frequência desejado e
escolha “Hz” como unidades.
iv. No osciloscópio, pressione a tecla Auto Set (no osciloscópio M1) ou Auto-Scale (no
osciloscópio M2) e espere que o osciloscópio escolha automaticamente a escala de tempo e de
tensão para as medidas. Depois, aperte o botão MENUCH/ON/OFF (no M1) ou Menu/On/Off
(no M2), para remover o menu lateral na tela do osciloscópio.
v. Após a escala ser definida, pressione a tecla Run/Stop. A imagem que você deverá ver em seu
osciloscópio deve se parecer com algo como mostrado na Figura 7.
vi. Anote os valores de tensão RMS no CH1 (𝑉in ) e no CH2 (𝑉out ) e da frequência mostrados na
linha inferior da tela.
vii. Pressione novamente a tecla Run/Stop e repita o procedimento (iii) a (vi) até ter preenchido
completamente a Tabela 1.

(a) Preencha a Tabela 1 e anexe sua imagem ao seu questionário.

Tabela 1: Medidas de tensão na fonte e no resistor em função da frequência da fonte.

Medida 𝑓[Hz](ref.) 𝑓[Hz](medida) 𝑉in [V] 𝑉out [V] 𝒫 = (𝑉out ⁄𝑉in )2


1 250
2 268
3 288
4 310
5 333
6 357
7 383
8 412
9 442
10 475
11 510

(b) Usando o Excel faça o gráfico 𝒫 versus 𝑓 e anexe sua imagem ao seu questionário.

5. Análise dos Dados Experimentais

Uma vez preenchida a Tabela 1, preciso será analisar os dados para verificar se estes são compatíveis com
um filtro passa-banda do tipo mostrado na Figura 1. Para isso, vamos analisar a curva da potência de saída
contra a frequência da fonte, ou seja, o espectro de potência, e vamos fazer isso com o auxílio da função
PROJ.LIN() do Excel.
Como a potência de saída é dada pela equação 10, fica evidente que não podemos escolher 𝑌 = 𝒫 e 𝑋 =
𝑓, pois a relação entre a potência e a frequência não é linear. Felizmente, porém, a equação 10 é linearizável.
De fato, tomando o recíproco nos dois lados da equação 10, podemos escrever:

7
1 1 − 2𝑄 2 (𝑄 ⁄𝑓0 )2 2 (𝑓0 𝑄)2
= + 𝑓 + (1⁄𝑓 )2 . 18
𝒫 𝒫max 𝒫max 𝒫max
A equação anterior tem a forma de uma equação linear com 3 coeficientes constantes,

𝑌 = 𝑏0 + 𝑏1 (𝑋1 − 𝜇1 ) + 𝑏2 (𝑋2 − 𝜇2 ) , 19

com 𝑌 = 1⁄𝒫 , 𝑋1 = 𝑓 2 e 𝑋2 = (1⁄𝑓 )2 . As quantidades 𝜇1 e 𝜇2 são, respectivamente, iguais a MÉDIA(𝑋1 )


e MÉDIA(𝑋2 ). A escolha de se usar a forma 19 para a regressão linear foi feita para facilitar o cálculo das
incertezas pois, neste caso, as covariâncias entre 𝑏1 e 𝑏0 e entre 𝑏2 e 𝑏0 se anulam (ver Aula 2).
Comparando as equações 18 e 19 obtemos a expressões para os coeficientes:

(𝑓0 𝑄)2
𝑏2 = , 20
𝒫max
(𝑄 ⁄𝑓0 )2
𝑏1 = , 21
𝒫max
1 − 2𝑄 2
𝑏0 − 𝑏1 𝜇1 − 𝑏2 𝜇2 = . 22
𝒫max

Invertendo as equações 20 a 22, podemos escrever 𝒫max , 𝑓0 e a largura de banda ∆𝑓 = 𝑓0 ⁄𝑄 em função dos
coeficientes:


𝑏2 1 4
𝑓0 = ( ) , 23
𝑏1

1
𝒫max = , 24
𝑏0 − 𝑏1 𝜇1 − 𝑏2 𝜇2 + 2√𝑏1 𝑏2

𝑏0 𝑏2
∆𝑓 = √ − 𝜇1 − 𝜇2 + 2√𝑏2 ⁄𝑏1 . 25
𝑏1 𝑏1

O valor estimado 𝑠̂𝑔 para a incerteza-padrão de uma função 𝑔(𝑏0 , 𝑏1 , 𝑏2 ), onde os valores estimados para os
coeficientes e suas incertezas-padrão são obtidos da regressão linear da equação 19, é dado por

𝑠̂𝑔 = √𝑠̂02 𝑔̂02 + 𝑠̂12 𝑔̂12 + 𝑠̂ 22 𝑔̂22 + 2𝑐̂12 𝑔̂1 𝑔̂2 , 26


onde
𝜕𝑔
𝑔̂𝑗 = ( ) , 27
𝜕𝑏𝑗 𝑏 ̂𝑗
𝑗 =𝑏

𝑠̂𝑒2⁄𝑛 𝑟12
𝑐̂12 =− ( 2), 28
𝜎1 𝜎2 1 − 𝑟12

𝜎𝑗 = DESVPAD. P(valores de 𝑋𝑗 ) , 29

8
𝑟12 = CORREL(valores de 𝑋1 ; valores de 𝑋2 ) , 30

com 𝑗 = 0, 1 ou 2. 𝑠̂𝑒 é a incerteza-padrão da regressão (que é uma das saídas da função PROJ.LIN()), 𝜎𝑗 é
o desvio padrão populacional da variável 𝑋𝑗 e 𝑟12 é o coeficiente de correlação linear (ou coeficiente de
correlação de Pearson) entre as variáveis 𝑋1 e 𝑋2. Nas equações 29 e 30 é dada a sintaxe de como esses valores
são calculados no Excel.
O relato da função 𝑔(𝑏0 , 𝑏1 , 𝑏2 ), para um nível de significância 𝛼, é então dado por:

𝑔 = 𝑔̂ ± 𝑘𝑔 𝑠̂𝑔 , 31

𝑘𝑔 = INV. T. BC(𝛼 ; 𝑑𝑔 ) , 32

𝑑𝑔 = MÁXIMO(1 ; 𝑑eff ) , 33
(𝑛 − 3)𝑠̂𝑔4
𝑑eff = 4 4 , 34
𝑠̂0 𝑔̂0 + (𝑠̂12 𝑔̂12 + 𝑐̂12 𝑔̂1 𝑔̂2 )2 + (𝑠̂22 𝑔̂22 + 𝑐̂12 𝑔̂1 𝑔̂2 )2

onde as equações 33 e 34 correspondem à fórmula de Welch-Satterthwaite modificada para o caso em que os


coeficientes não são mais estatisticamente independentes (que é o caso de 𝑏1 e 𝑏2 ) (R Willink 2007 Metrologia
44 340). A função MÁXIMO( ) é uma função do Excel que retorna o maior valor de uma lista de valores.
Note-se que quando a covariância 𝑐̂12 se anula obtem-se a fórmula de Welch-Satterthwaite convencional para
o número de graus de liberdade efetivos.
Na Tabela 2 são mostradas as expressões para as derivadas das equações 23, 24 e 25 em relação aos
coeficientes 𝑏0 , 𝑏1 e 𝑏2 .

Tabela 2: Valores estimados das derivadas de ∆𝒇, 𝓟𝐦𝐚𝐱 e 𝒇𝟎 em relação aos coeficientes da regressão linear.

𝒈(𝒃𝟎 , 𝒃𝟏 , 𝒃𝟐 ) ̂𝟎
𝒈 ̂𝟏
𝒈 ̂𝟐
𝒈
𝒫̂max 𝑓̂0 2 𝒫̂max 2
𝒇𝟎 0 − (∆𝑓̂) (∆𝑓̂)
4 ̂
4𝑓0 3

𝓟𝐦𝐚𝐱 −𝒫̂max
2 𝒫̂max
2
(𝜇1 − 𝑓̂02 ) 𝒫̂max
2
(𝜇2 − 1⁄𝑓̂02 )

𝒫̂max ∆𝑓̂ 𝒫̂max ∆𝑓̂ 2 𝒫̂max ∆𝑓̂


∆𝒇 − (𝜇1 + (∆𝑓̂) − 𝑓̂02 ) − (𝜇2 − 1⁄𝑓̂02 )
2 2 2

(c) Com o auxílio da função PROJ.LIN( ), faça a regressão linear dos seus dados experimentais pelo
modelo 19 e preencha a Tabela 3. Anexe sua tabela ao questionário.

Tabela 3: Estatísticas das variáveis independentes e a covariância dos coeficientes 𝒃𝟏 e 𝒃𝟐 .

𝜇1 [kHz]2 𝜇2 [ms]2 𝜎1 [kHz]2 𝜎2 [ms]2 𝑟12 𝑐̂12

(d) Usando as equações 23, 24 e 25, preencha a Tabela 4. Anexe sua tabela ao questionário.

Tabela 4: Valores estimados para de ∆𝒇, 𝓟𝐦𝐚𝐱 e 𝒇𝟎 .

9
𝑓̂0 [kHz] 𝒫̂max ∆𝑓̂[kHz]

(e) Preencha a Tabela 2 com os valores estimados para as derivadas de ∆𝑓, 𝒫max e 𝑓0 em relação aos
coeficientes de regressão. Anexe sua tabela ao questionário.

(f) Calcule as incertezas-padrão de ∆𝑓, 𝒫max e 𝑓0 e preencha a Tabela 5. Anexe sua tabela ao questionário.

Tabela 5: Incertezas-padrão de ∆𝒇, 𝓟𝐦𝐚𝐱 e 𝒇𝟎 .

𝑠̂𝑓0 [kHz] 𝑠̂𝒫max 𝑠̂∆𝑓 [kHz]

(g) Calcule os graus de liberdade efetivos e o fator de abrangência, para um nível de confiança de 95%,
associados a ∆𝑓, 𝒫max e 𝑓0 e preencha a Tabela 6. Escreva seus resultados com 3 casas decimais. Anexe
sua tabela ao questionário.

Tabela 6: Valores dos graus de liberdade e do fator de abrangência para ∆𝒇, 𝓟𝐦𝐚𝐱 e 𝒇𝟎 .

𝑔(𝑏0 , 𝑏1 , 𝑏2 ) 𝑓0 𝒫max ∆𝑓

𝑑𝑔
𝑘𝑔

(h) Faça o relato da frequência de ressonância 𝑓0 . Considere um nível de confiança de 95%.

(i) Faça o relato da largura de banda ∆𝑓. Considere um nível de confiança de 95%.

(j) Este filtro passa-banda exibe ressonâncias indutiva e capacitiva? JUSTIFIQUE.

(k) Meça a resistência do resistor com o multímetro e anote o resultado: 𝑅[Ω] = ____________. Use este
resultado para calcular os valores estimados de (𝑅 + 𝑅0 ), 𝐿 e 𝐶 e preencher a Tabela 7. Anexe sua
tabela ao questionário.

Tabela 7: Valores estimados para a capacitância (𝑪), indutância (𝑳) e da resistência total (𝑹 + 𝑹𝟎 ) do circuito.

(𝑅 + 𝑅0 )[Ω] 𝐿[mH] 𝐶[μF]

(l) É possível afirmar que o modelo dado pela equação 10 do roteiro experimental é adequado à descrição
dos dados experimentais? JUSTIFIQUE.

(m) Qual o valor máximo do resistor (𝑅) que deve ser usado no circuito para que existam ressonâncias
capacitiva e indutiva no circuito?

(n) Qual o valor do capacitor que você teria de usar, mantendo-se o indutor e o resistor usados no
experimento, para que o circuito seja capaz de sintonizar uma rádio AM à frequência de 84 kHz?

10

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