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Sequências e Séries Infinitas

Escola de Ci^
encias e Tecnologia (ECT)
ECT2301 - CÁLCULO III

Me. Jocenrique Carlo de O. Rios Filho

jocenrique.rios@ufrn.br
Sumário

Sequências

Séries

O Teste da Integral e Estimativa de Somas

Os Testes de Comparação

Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz


Sequências
1.9 Nota A sequência {rn } é convergente se −1 < r ≤ 1 e divergente
para todos os outros valores de r.

(
n 0 se − 1 < r < 1
lim r =
n→∞ 1 se r = 1

3
Sequências
1.9 Nota A sequência {rn } é convergente se −1 < r ≤ 1 e divergente
para todos os outros valores de r.

(
n 0 se − 1 < r < 1
lim r =
n→∞ 1 se r = 1

1.10 Definição Uma sequência {an } é chamada crescente se an < an+1


para todo n ≥ 1, isso é, a1 < a2 < a3 < · · · . É chamada decrescente
se se an > an+1 para todo n ≥ 1. Uma sequência é monótona se for
crescente ou decrescente.

3
Sequências
 
3
Exemplo 1.12 A sequência é decrescente porque
n+5

3 3 3
> >
n+5 (n + 1) + 5 n+6

e, portanto, an > an+1 para todo n ≥ 1.

4
Sequências
 
3
Exemplo 1.12 A sequência é decrescente porque
n+5

3 3 3
> >
n+5 (n + 1) + 5 n+6

e, portanto, an > an+1 para todo n ≥ 1.


n
Exemplo 1.13 Mostre que a sequência an = é decrescente.
n2 +1

4
Sequências
 
3
Exemplo 1.12 A sequência é decrescente porque
n+5

3 3 3
> >
n+5 (n + 1) + 5 n+6

e, portanto, an > an+1 para todo n ≥ 1.


n
Exemplo 1.13 Mostre que a sequência an = é decrescente.
n2 +1
Solução:
Devemos mostrar que an+1 < an , isto é,
n+1 n
< 2 ⇐⇒ 1 < n2 + n.
(n + 1)2 + 1 n +1

Como n ≥ 1, sabemos que a desigualdade n2 + n > 1 é verdadeira.


Portanto an+1 < an e {an } é decrescente. 4
Sequências
1.11 Definição Uma sequência {an } é limitada superiormente se existir
um número M tal que

an ≤ M para todo n ≥ 1.

Ela é limitada inferiormente se existir um número m tal que

m ≤ an para todo n ≥ 1.

Se ela for limitada superiormente e inferiormente, então {an } é uma


sequência limitada.

5
Sequências
1.11 Definição Uma sequência {an } é limitada superiormente se existir
um número M tal que

an ≤ M para todo n ≥ 1.

Ela é limitada inferiormente se existir um número m tal que

m ≤ an para todo n ≥ 1.

Se ela for limitada superiormente e inferiormente, então {an } é uma


sequência limitada.

1.12 Teorema da Sequência Monótona Toda sequência monótona lim-


itada é convergente.

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Séries
Em geral, se tentarmos somar os termos de uma sequência infinita {an }∞
n=1 ,
obteremos uma expressão da forma

2.1 a1 + a2 + a3 + · · · + an + . . .

que é denominada uma série infinita (ou apenas série) e é denotada, por
simplicidade, pelo sı́mbolo

X X
an ou an .
n=1

6
Séries
Para determinar se uma série geral 2.1 tem uma soma ou não, consider-
amos as somas parciais s1 = a1 , s2 = a1 + a2 , s3 = a1 + a2 + a3 e, em
geral,
n
X
sn = a1 + a2 + a3 + · · · + an = ai .
i=1

Essas somas parciais formam uma nova sequência {sn }, que pode ou não
ter um limite. Se limn→∞ sn = s existir
P (como um número finito), então,
o chamamos soma da série infinita an .

7
Séries
P∞
2.2 Definição Dada uma série n=1 an = a1 + a2 + a3 + · · · , denote
por sn sua n-ésima soma parcial:
n
X
sn = ai = a1 + a2 + · · · + an .
i=1

Se a sequência {sn } for convergente


P e limn→∞ sn = s existir como um
número real, então a série an é chamada convergente, e escrevemos

X
a1 + a2 + · · · + an + · · · = s ou an = s.
n=1

O número s é chamada soma da série. Se a sequência {sn } é divergente,


então a série é chamada divergente.

8
Séries
ExemploP2.1 Suponhamos que se saiba a soma dos primeiros n termos
da série ∞
n=1 an seja

2n
sn = a1 + a2 + · · · + an =
3n + 5
Em seguida, a soma da série é o limite da sequência {sn }:

X 2n 2 2
an = lim sn = lim = lim 5 = .
n→∞ n→∞ 3n + 5 n→∞ 3 + 3
n=1 n

9
Séries
Exemplo 2.2 Um exemplo importante de uma série infinita é a série
geométrica

X
a + ar + ar2 + ar3 + · · · + arn + · · · = arn−1 a 6= 0.
n=1

Cada termo é obtido a partir do anterior, multiplicando-se pela razão


comum r.

Se r = 1, então sn = a + a + · · · + a = na → ±∞. Como limn→∞ sn


não existe, a série geométrica diverge nesse caso.

10
Séries
Exemplo 2.2 (continuação)

Se r 6= 1, temos

sn = a + ar + ar2 + · · · + arn−1

rsn = a + ar + ar2 + · · · + arn−1 .

Subtraindo essas equações, obtemos

sn − rsn = a − arn
a(1 − rn )
2.3 sn =
1−r

11
Séries
Exemplo 2.2 (continuação)

Se −1 < r < 1, sabemos, a partir de (1.9), que rn → 0 quando n → ∞,


assim
a(1 − rn ) a a a
lim sn = lim = − lim rn = .
n→∞ n→∞ 1−r 1 − r 1 − r n→∞ 1−r
Então, quando |r| < 1, a série geométrica é convergente, e sua soma é
a/(1 − r).

Se r ≤ −1 ou r > 1, a sequência {rn } é divergente por (1.9); assim,


pela Equação (2.3), limn→∞ sn não existe. Portanto, a série geométrica
diverge nesses casos.

12
Séries
2.4 Nota A série geométrica

X
arn−1 = a + ar + ar2 + · · ·
n=1

é convergente se |r| < 1 e sua soma é



X a
arn−1 = , |r| < 1.
1−r
n=1

Se |r| ≥ 1, a série geométrica é divergente.

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Séries
Exemplo 2.3 Encontra a soma da série geométrica
10 20 40
5− + − + ···
3 9 27

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Séries
Exemplo 2.3 Encontra a soma da série geométrica
10 20 40
5− + − + ···
3 9 27
Solução:
O primeiro termo é a = 5 e a razão comum é r = − 23 . Como
|r| = 32 < 1, a série é convergente por (2.4) e sua soma é

10 20 40 5 5
5− + − + ··· = 2
 = 5 = 3.
3 9 27 1 − −3 3

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Séries

X
Exemplo 2.4 A série 22n 31−n é convergente ou divergente?
n=1

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Séries

X
Exemplo 2.4 A série 22n 31−n é convergente ou divergente?
n=1

Solução:
Vamos reescrever o termo n-ésimo termo da série na forma arn−1 :
∞ ∞ ∞ ∞  n−1
X
2n 1−n
X
2 n −(n−1)
X 4n X 4
2 3 = (2 ) 3 = n−1
= 4 ,
3 3
n=1 n=1 n=1 n=1

que reconhecemos como uma série geométrica com a = 4 e r = 43 .


Como r > 1, a série diverge por (2.4).

15
Séries

xn onde |x| < 1.
P
Exemplo 2.6 Encontre a soma da série
n=0

16
Séries

xn onde |x| < 1.
P
Exemplo 2.6 Encontre a soma da série
n=0

Solução:
Observe que esta série começa com n = 0, de modo que o primeiro
termo é x0 = 1. Assim

X
xn = 1 + x + x2 + x3 + x4 + · · ·
n=0

Esta é uma série geométrica com a = 1 e r = x. Uma vez que


|r| = |x| < 1, que converge e (2.4) resulta em

2.5
X 1
xn =
1−x
n=0

16
Séries
Exemplo 2.8 Mostre que a série harmônica

X 1 1 1 1
= 1 + + + + ···
n 2 3 4
n=1

é divergente.

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Séries
Exemplo 2.8 Mostre que a série harmônica

X 1 1 1 1
= 1 + + + + ···
n 2 3 4
n=1

é divergente.

Solução:
Para essa série particular é conveniente considerar as somas parciaiss2 , s4 ,
s8 , s16 , s32 , . . . e mostrar que elas se tornam grandes.
1
s2 =1 +
2    
1 1 1 1 1 1 2
s4 =1 + + + >1+ + + =1+ .
2 3 4 2 4 4 2

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Séries
Solução (continuação):
Analogamente, s8 > 1 + 32 , s16 > 1 + 42 , s32 > 1 + 52 , s64 > 1 + 6
2 e, em
geral,
n
s2n > 1 + .
2
Isso mostra que s2n → ∞ quando n → ∞ e assim {sn } é divergente.
Portanto, a série harmônica diverge.

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Séries

P
2.6 Teorema Se a série an for convergente, então lim an = 0.
n=1 n→∞

19
Séries

P
2.6 Teorema Se a série an for convergente, então lim an = 0.
n=1 n→∞

P
Observação 1 Com qualquer série an associamos duas sequências: a
sequência
P {sn } de suas somas parciais e a sequência {an } de seus termos.
Se an for convergente, o limite da sequência {sn } é s (a soma da série)
e, como o Teorema 2.6 afirma, o limite da sequência {an } é 0.

19
Séries

P
2.6 Teorema Se a série an for convergente, então lim an = 0.
n=1 n→∞

P
Observação 1 Com qualquer série an associamos duas sequências: a
sequência
P {sn } de suas somas parciais e a sequência {an } de seus termos.
Se an for convergente, o limite da sequência {sn } é s (a soma da série)
e, como o Teorema 2.6 afirma, o limite da sequência {an } é 0.

Observação 2 A recı́proca do Teorema 2.6 não é verdadeira, em geral. Se


limn→∞ an = 0, não podemos P concluir que {an } é convergente. Observe
P an = 1/n → 0 quando n → ∞,
que, para a série harmônica 1/n, temos
mas mostramos no Exemplo 2.8 que 1/n é divergente.

19
Séries
2.7 Teorema de Divergência Se lim an não existir ou se lim an 6= 0,
n→∞ n→∞

P
então a série an é divergente.
n=1

20
Séries
2.7 Teorema de Divergência Se lim an não existir ou se lim an 6= 0,
n→∞ n→∞

P
então a série an é divergente.
n=1


P n2
Exemplo 2.9 Mostre que a série 2
diverge.
n=1 5n + 4

20
Séries
2.7 Teorema de Divergência Se lim an não existir ou se lim an 6= 0,
n→∞ n→∞

P
então a série an é divergente.
n=1


P n2
Exemplo 2.9 Mostre que a série 2
diverge.
n=1 5n + 4

Solução:

n2 1 1
lim an = lim = lim = 6= 0.
n→∞ n→∞ 5n2 + 4 n→∞ 5 + 4/n2 5

Desse modo, a série diverge pelo Teste para Divergência.

20
Séries
P
Observação 3 Se descobrirmos que lim an 6= 0, saberemos que an
n→∞
é divergente. Se acharmos lim an = 0, não saberemos sobre a con-
n→∞
P
vergência ou divergênciaPde an . Lembre-se o aviso na Observação 2:
se lim an 6= 0, a série an pode convergir ou divergir.
n→∞

21
Séries
P
Observação 3 Se descobrirmos que lim an 6= 0, saberemos que an
n→∞
é divergente. Se acharmos lim an = 0, não saberemos sobre a con-
n→∞
P
vergência ou divergênciaPde an . Lembre-se o aviso na Observação 2:
se lim an 6= 0, a série an pode convergir ou divergir.
n→∞
P P
2.8 Teorema P Se an e bn forem séries convergentes,
P entãoPtambém o
serão as séries can (onde c é uma constante), (ab +bn ) e (an −bn )
e

X ∞
X ∞
X ∞
X ∞
X
(i) can = c an , (ii) (an + bn ) = an + bn ,
n=1 n=1 n=1 n=1 n=1
X∞ ∞
X ∞
X
(iii) (an − bn ) = an − bn .
n=1 n=1 n=1

21
Séries

 
P 3 1
Exemplo 2.10 Calcule a soma da série + .
n=1 n(n + 1) 2n

22
Séries

 
P 3 1
Exemplo 2.10 Calcule a soma da série + .
n=1 n(n + 1) 2n
Solução:
1
1/2n é uma série geométrica com a = e r = 12 , assim
P
A série 2

∞ 1
X 1 2
= 1 = 1.
2n 1 − 2
n=1

No Exemplo 2.7 encontramos que



X 1
= 1.
n(n + 1)
n=1

22
Séries
Solução (continuação):
Assim, pelo Teorema 2.8, a série dada é convergente e
∞   ∞ ∞
X 3 1 X 1 X 1
+ n =3 + = 3 · 1 + 1 = 4.
n(n + 1) 2 n(n + 1) 2n
n=1 n=1 n=1

23
Séries
Observação 4 Um número finito de termos não afeta a convergência ou
divergência P
de uma série. Por exemplo: suponha que possamos mostrar
que a série ∞ n
n=4 n3 +1 é convergente. Uma vez que

∞ ∞
X n 1 2 3 X n
= + + + .
n3 + 1 2 9 28 n3 + 1
n=1 n=4
P∞ n
P∞ n=1 n3 +1 é convergente. Analogamente, se
Segue que a série inteira
soubemos que a série n=N +1 an converge, então a série completa


X N
X ∞
X
an = an + an
n=1 n=1 n=N +1

também é convergente.

24
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
O Teste da Integral Suponha que f seja uma função contı́nua,
P∞ positiva e
decrescente em [1, ∞) e seja an = f (n). Então
R∞ a série n=1 n é conver-
a
gente se, e somente se, a integral imprópria 1 f (x)dx for convergente.
Em outras palavras:
R∞ ∞
P
(i) Se f (x)dx for convergente, então an é convergente.
1 n=1
R∞ ∞
P
(ii) Se f (x)dx for divergente, então an é divergente.
1 n=1

25
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
Observação Quando você usar o Teste da Integral lembre-se de que não é
necessário começar a série ou a integral em n = 1. Por exemplo, testando
a série
∞ Z ∞
X 1 1
2
usamos dx.
(n − 3) 4 (x − 3)2
n=4

Também não é necessário que f seja sempre decrescente. O importante


é que f seja decrescente a partir de certo
P∞ ponto, isto é, decrescente para
x
P∞ maior que algum número N. Então, n=N an é convergente, e assim
n=1 an é convergente pela Observação 4 da Seção 2.

26
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
P∞ 1
Exemplo 3.1 Teste a série n=1 n2 +1 quanto à convergência ou di-
vergência.

27
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
P∞ 1
Exemplo 3.1 Teste a série n=1 n2 +1 quanto à convergência ou di-
vergência.
Solução:
A função f (x) = 1/(x2 + 1) é contı́nua, positiva e decrescente em
[1, ∞) e assim usamos o Teste da Integral:
Z ∞ Z t
1 1 t
dx = lim tg−1 x 1

2
dx = lim
1 x +1 t→∞ +1 x2
1 π π π π
= lim tg−1 t − = − = .
t→∞ 4 2 4 4
R∞
Então, 1 1/(x2 + 1)dx éPuma integral convergente e, dessa forma, pelo
Teste da Integral, a série ∞ 1
n=1 n2 +1 é convergente.

27
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
P∞ 1
Exemplo 3.2 Para que valores de p a série n=1 np é convergente?

28
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
P∞ 1
Exemplo 3.2 Para que valores de p a série n=1 np é convergente?

P 1
3.1 A série np é convergente se p > 1 e divergente se p ≤ 1.
n=1

28
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
P∞ 1
Exemplo 3.2 Para que valores de p a série n=1 np é convergente?

P 1
3.1 A série np é convergente se p > 1 e divergente se p ≤ 1.
n=1

Observação Não devemos inferir a partir do Teste da Integral que a soma


da série é igual ao valor da integral. De fato,
∞ ∞
π2
Z
X 1 1
= enquanto dx = 1.
n2 6 1 x2
n=1

Portanto, em geral,

X Z ∞
an 6= f (x)dx.
n=1 1

28
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
P∞ ln n
Exemplo 3.4 Determine se a série converge ou diverge.
n=1 n

29
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
3.1 Estimativa do Resto Para o Teste da Integral Suponha que
f (k) = ak , onde
P f é uma função contı́nua, positiva, decrescente
para x ≥ n e an é convergente. Se o resto Rn = s − sn , então
Z ∞ Z ∞
f (x)dx ≤ Rn ≤ f (x)dx.
n+1 n

30
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
3.1 Estimativa do Resto Para o Teste da Integral Suponha que
f (k) = ak , onde
P f é uma função contı́nua, positiva, decrescente
para x ≥ n e an é convergente. Se o resto Rn = s − sn , então
Z ∞ Z ∞
f (x)dx ≤ Rn ≤ f (x)dx.
n+1 n

Exemplo 3.5
1/n3 usando a soma dos 10 primeiros
P
(a) Aproxime a soma da série
termos. Estime o erro envolvido nessa aproximação.
(b) Quantos termos são necessários para garantir que a soma tenha
precisão de 0, 0005?

30
O Teste da Integral e Estimativa de Somas
Se acrescentarmos sn para cada lado das desigualdades em 2 , obtemos
Z ∞ Z ∞
3.3 sn + f (x)dx ≤ s ≤ sn + f (x)dx
n+1 n
como sn + Rn = s. As desigualdades em 3.3 dão um limite inferior e
um limite superior para s. Eles fornecem uma aproximação mais precisa
para a soma da série do que a soma parcial sn .
P∞ 1
Exemplo 3.6 Use 3.3 com n = 10 para estimar a soma da série 3
.
n=1 n

31
Os Testes de Comparação
Nos testes de comparação, a ideia é comparar uma série dada com uma
que sabemos ser convergente ou divergente. Por exemplo, a série

X 1
4.1 2n +1
n=1

nos remete a série ∞ n 1


P
n=1 1/2 , que é uma série geométrica com a = 2 e
r = 21 e é, portanto, convergente. Como a série 4.1 é muito similar a
uma série, temos a impressão de que esta também deve ser convergente
(e, na verdade, é).

32
Os Testes de Comparação
P P
O Teste de Comparação Suponha que an e bn sejam séries com
termos positivos.
P P
(i) Se bn for convergente e an ≤ bn para todo n, então an
também será convergente.
P P
(ii) Se bn for divergente e an ≥ bn para todo n, então an também
será divergente.

Observação 1 Embora a condição an ≤ bn ou an ≥ bn no Teste de


Comparação seja dada para todo n, precisamos verificar apenas que ela
vale para n ≥ N , onde N é algum inteiro fixo, porque a convergência de
uma série não é afetada por um número finito de termos.

33
Os Testes de Comparação

P 5
Exemplo 4.1 Determine se a série 2n2 +4n+3
converge ou diverge.
n=1

34
Os Testes de Comparação
P∞ ln k
Exemplo 4.2 Teste a série quanto à convergência ou divergência.
k=1 k

Observação 2 Os termos da série sendo testada devem ser menores que


aqueles de uma série convergente ou maiores que aqueles de uma série
divergente. Se os termos forem maiores que os de uma série convergente
ou menores que os de uma série divergente, então o Teste de Comparação
não se aplica.

35
Os Testes de Comparação
P P
O Teste de Comparação de Limite Suponha que an e bn sejam
séries com termos positivos. Se
an
lim =c
n→∞ bn

onde c é um número finito e c > 0, então ambas as séries convergem ou


ambas as séries divergem.

36
Os Testes de Comparação

P 1
Exemplo 4.3 Teste a série n−1
quanto à convergência ou di-
n=1 2
vergência.

37
Os Testes de Comparação
P∞ 2n2 + 3n
Exemplo 4.4 Determine se a série √ converge ou diverge.
n=1 5 + n5

38
Os Testes de Comparação
Exemplo 4.5 P Use a soma dos 100 primeiros termos para aproximar a
soma da série 1/(n3 + 1). Estime o erro envolvido nessa aproximação.

39
Séries Alternadas
Uma série alternada é aquela cujos termos são alternadamente positivos
e negativos. Aqui estão dois exemplos:

1 1 1 1 1 X 1
1− + − + − + ··· = (−1)n−1 ,
2 3 4 5 6 n
n=1

1 2 3 4 5 6 X n
− + − + − + − ··· = (−1)n .
2 3 4 5 6 7 n+1
n=1

Vemos desses exemplos que o n-ésimo termo de uma série alternada é da


forma

an = (−1)n−1 bn ou an = (−1)n bn ,

onde bn é um número positivo (De fato, bn = |an |).

40
Séries Alternadas
Teste da Série Alternada Se a série alternada

X
(−1)n−1 bn = b1 − b2 + b3 − b4 + b5 − b6 + · · · bn > 0
n=1

satisfaz

(i) bn+1 ≤ bn para todo n


(ii) lim bn = 0
n→∞

então a série é convergente.

41
Séries Alternadas
Exemplo 5.1 A série harmônica alternada

X (−1)n−1
1 1 1
1− + − + ··· =
2 3 4 n
n=1

satisfaz
1 1
(i) bn+1 < bn uma vez que < ,
n+1 n
1
(ii) lim bn = lim = 0,
n→∞ n→∞ n

logo, a série é convergente pelo Teste da Série Alternada.

42
Séries Alternadas
P∞ (−1)n 3n
Exemplo 5.2 A série n=1 4n−1 é alternada, mas

(−1)n 3n 3 3
lim bn = lim = lim 1 = ,
n→∞ n→∞ 4n − 1 n→∞ 4 − 4
n

assim, a condição (ii) não é satisfeita. Em vez disso, olhamos para o limite
do n-ésimo termo da série:
(−1)n 3n
lim an = lim .
n→∞ n→∞ 4n − 1

Este limite não existe, logo a série é divergente pelo Teste da Divergência.

43
Séries Alternadas
P∞ (−1)n 3n
Exemplo 5.3 Teste a série n=1 4n−1 quanto à convergência ou di-
vergência.

44
Séries Alternadas
(−1)n−1 bn for
P
Teorema da Estimativa de Séries Alternadas Se s =
a soma de uma série alternada que satisfaz

(i) bn+1 ≤ bn e (ii) lim bn = 0


n→∞

então, |Rn | = |s − sn | ≤ bn+1 .

45
Séries Alternadas
(−1)n−1 bn for
P
Teorema da Estimativa de Séries Alternadas Se s =
a soma de uma série alternada que satisfaz

(i) bn+1 ≤ bn e (ii) lim bn = 0


n→∞

então, |Rn | = |s − sn | ≤ bn+1 .


P∞ (−1)n
Exemplo 5.4 Encontre a soma da série n=0 n! com precisão de três
casas decimais.

45
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P
6.1 Definição Uma série P an é dita absolutamente convergente se a
série de valores absolutos |an | for convergente.

46
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P
6.1 Definição Uma série P an é dita absolutamente convergente se a
série de valores absolutos |an | for convergente.

Exemplo 6.1 A série



X (−1)n−1 1 1 1
=1− + 2 − 2 + ···
n2 22 3 4
n=1

é absolutamente convergente porque


∞ ∞
(−1)n−1 X

X 1 1 1 1

n2
=
2
= 1 + 2 + 2 + 2 + ···
n 2 3 4
n=1 n=1

é uma série p convergente (p = 2).

46
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
Exemplo 6.2 Sabemos que a série harmônica alternada

X (−1)n−1 1 1 1
=1− + − + ···
n 2 3 4
n=1

é convergente, mas não é absolutamente convergente, porque a série de


valores absolutos correspondentes é
∞ ∞
(−1)n−1 X

X 1 1 1 1
= = 1 + + + + ···
n n 2 3 4
n=1 n=1

que é a série harmônica (série p com p = 1) e é, portanto, divergente.

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Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P
6.2 Definição Uma série an é dita condicionalmente convergente
se ela for convergente, mas não for absolutamente convergente.

48
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P
6.2 Definição Uma série an é dita condicionalmente convergente
se ela for convergente, mas não for absolutamente convergente.
P
6.3 Teorema Se uma série an for absolutamente convergente, então
ela é convergente.

48
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P
6.2 Definição Uma série an é dita condicionalmente convergente
se ela for convergente, mas não for absolutamente convergente.
P
6.3 Teorema Se uma série an for absolutamente convergente, então
ela é convergente.

Exemplo 6.3 Determine se a série



X cos n cos 1 cos 2 cos 3
= + 2 + 2 + ···
n2 12 2 3
n=1

é convergente ou divergente.

48
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
O Teste da Razão


an+1 P
(i) Se lim = L < 1, então a série an é absolutamente
n→∞ an n=1
convergente (e, portanto, convergente).


an+1 an+1 P
(ii) Se lim = L > 1 ou lim = ∞, então a série an
n→∞ an n→∞ an n=1
é divergente.

an+1
(iii) lim = 1, o Teste da Razão é inconclusivo, ou seja,
n→∞ an
nenhuma conclusão
P pode ser tirada sobre a convergência ou
divergência de an .

49
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
n n3
P∞
Exemplo 6.4 Teste a série n=1 (−1) 3n quanto a convergência abso-
luta.

50
Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P∞ nn
Exemplo 6.5 Teste a convergência da série n=1 n! .

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Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
O Teste da Raiz
p ∞
P
n
(i) Se lim |an | = L < 1, então a série an é absolutamente
n→∞ n=1
convergente (e, portanto, convergente).
p p ∞
P
(ii) Se lim n |an | = L > 1 ou lim n |an | = ∞, então a série an
n→∞ n→∞ n=1
é divergente.
p
(iii) lim n |an | = 1, o Teste da Razão é inconclusivo, ou seja,
n→∞
nenhuma conclusão
P pode ser tirada sobre a convergência ou
divergência de an .

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Convergência Absouta e os Testes da Razão e da Raiz
P∞  2n+3 n
Exemplo 6.6 Teste a convergência da série n=1 3n+2 .

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