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Introdução
Diversas vezes precisamos calcular a soma de uma quantidade de termos de uma sequência, como por exemplo,
sendo (an ), n = 1 · · · 7, a sequêcia das horas trabalhadas por um funcionário de uma empresa durante a
semana. Em algumas vezes esta quantidade de termos pode ser ”infinita” como na matemática financeira no
cálculo de perpetuidades (ver seção de série geométrica), no cáculo da probabilidades de um evento ocrrer
mais do que um determinado número de vezes, entre outros.
Matematicamente, seja (an )n≥1 , uma sequência de números reais. A soma indicada de todos os termos da
sequência, tal como
a1 + a2 + a3 + · · · + an + · · ·
é chamada série infinita, ou simplesmente série. Usando o sı́mbolo de somatório, podemos escrever mais
+∞
X
compactamente como an . Os números a1 , a2 , a3 , · são chamados termos da série e an é chamado
n=0
n-ésimo termo ou termo geral da série.
Embora não possamos literalmente calcular a soma de um número infinito de termos, podemos atribuir um
valor numérico para uma série infinita atravéde uma definição especial e se referir a esse valor como sendo a
”soma” da série, antes porém vamos introduzir o conceito de soma parcial.
+∞
X
A soma dos k primeiros termos de uma série an é chamada de k-ésima soma parcial, ou seja,
n=1
k
X
sk = a1 + a2 + a3 + · · · + ak = an
n=1
Se a sequência (sn )n≥1 das somas parciais converge para um número real S, dizemos que a série converge
e que sua soma é S.
1
2 CHAPTER 1. INTRODUÇÃO
+∞
X
Definição. 1. Se a sequência (sn )n≥1 das somas parciais da série infinita an converge para um limite
n=1
+∞
X
S lim sn , dizemos que a série infinita an converge e que sua soma é S.
n→∞
n=1
+∞
X
Nota. 1. Se a série an converge e sua soma é S, escrevemos:
n=1
+∞
X
S= an
n=1
Nota. 2. Quando uma série não converge dizemos que a série diverge.
Nesta seção vemos a condição suficiente para que uma série seja divergente, então, em alguns casos, usando
o critério que será aprese3ntado podemos dedecidir de imediato que uma série diverge.
∞
X ∞
X ∞
X
1. Se an e bn são séries convergentes, então a série (an + bn ) também é convergente e
n=0 n=0 n=0
∞
X ∞
X ∞
X
(an + bn ) = an + bn
n=0 n=0 n=0
∞
X ∞
X
2. Se an é uma série convergente e c ∈ R é uma constante, então a série c.an também é
n=0 n=0
convergente e
∞
X ∞
X
c.an = c an ,
n=0 n=0
∞
X ∞
X
e se an é uma série divergente e c uma constante, então a série c.an também é divergente.
n=0 n=0
∞
X ∞
X ∞
X
Teorema 4. Se an converge e bn diverge, então a série (an + bn ) diverge.
n=0 n=0 n=0
Nota 1.3.1
∞
X ∞
X ∞
X
Observe que se ambas as séries an e bn divergem, a série (an + bn ) pode convergir.
n=0 n=0 n=0
Vejamos um exemplo.
4
2.1. SÉRIE GEOMÉTRICA 5
Chapter 2
Alguns tipos de séries se destacam tanto como pela importância de suas aplicações como plea frequência
que elas ocorrem nos problemas de matemática, engenharia, finanças e etc... Entre elas estão as séries
geométricas, série harmônica e as séries telescópicas.
Considere o problema do cáculo do valor presente V P de uma série uniforme de pagamentos como uma
sucessão de recebimentos ou prestações, de mesmo valor, representados por R, divididos regularmente num
perı́odo de tempo.
Na matemática financeira é mostrado que o valor presente desta série de pagamentos uniforme capitalizados
mensamente a uma taxa de juros i ao mês, é dada pela f´rmulua
[(1 + i)n − 1]
VP =R (2.1)
i.(1 + i)n
que é deduzida a partir de umaa soma dos n primeiros termos de uma progressão geomm étrica limitada,
1
de razão r = 1+i .
No caso em que esta série uniforme de pagamento for uma perpetuidade, como uma pensão vitalı́cia ou um
dividendo anual, por exemplo, para calcular a expressão do seu valor presente, temos que calcular a seguinte
soma
R R R
VP = + 2
+ + ...
1 + i (1 + i) (1 + i)3
que é um exemplo de série geométrica infinita. Nesta seção vamos demonstrar que o valor da soma acima é
R
VP = .
i
6 CHAPTER 2. ALGUMAS SÉRIES IMPORTANTES
Nestas série cada termo éobtido pela multiplicação do seu precendente imediato por uma constante r, a
qual chamamos de razão. Para deduzir uma expressão para a soma acima, lembramos do fato que a soma
dos k primeiros termos de uma progressão geométrica como a mostrada acima, é dada por
1 − rn
sn = a , se r 6= 1
1−r
1 − rn
a
lim sn = lim a = ;
n→∞ n→∞ 1−r 1−r
R R
1+i 1+i R 1+
i
VP = 1 ⇒ VP = ⇒VP = ·
1− 1+i
1+i−
1+i 1 1+
i
i
A série harmônica é uma série que ocorre frequentemente na análise matemática. É um caso particular das
p-séries, com p = 1, assunto que vamos ver mais adiante.
Série Harmônica
∞
X 1 1 1 1 1
= 1 + + + + + ··· + + ···
n=1
n 2 3 3 n
Nota. 3. Vamos provar a seguir que a série harmônica diverge. Ela é, portanto, um exemplo clássico de
série onde limn→∞ an = 0 e a série diverge.
Nota. 4. Denominamos por Hn as n-ésimas somas parciais da série harmônica, ou seja
n
X 1 1 1 1 1
Hn = = 1 + + + + + ··· +
k 2 3 3 n
k=1
Escrevamos alguns termos da sequência Hn das somas parciais da série harmônica, e vamos compará-los
com os termos da sequência Kn , que é uma sequência com a seguinte lei de formação:
1
K2j = 1 + j ·
2
Mas iremos escrever os termos Kn de maneira conveniente afim de comparar os termos Hn com estes.
Note que:
H1 = 1 e k1 = 1,
1 1
H2 = 1 + e K2 = 1 + ,
2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1
H4 = 1 + + + , e K4 = 1 + + + (note que k4 = K22 = 1 + + 2 · = 1 + 2 ·
2 3 4 2 4 4 2 4 2
Já é possı́vel notar que H4 > K4
1 1 1 1 1 1 1
H8 = 1 + + + + + + + , enquanto que
2 3 4 |5 6 {z 7 8}
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
k8 = 1 + + + + + + + (= 1 + + 2 · + 4 · = 1 + 3 ·
2 4 4 |8 8 {z 8 8} 2 4 8 2
Onde é notório que H8 > K8 , portanto é natural conjecturar que
Hn ≥ Kn , ∀n ∈ N,
como
1
lim Kn = lim 1+n· = +∞,
n→∞ n→∞ 2
temos que a sequência dos Kn diverge, e devido a desigualdade Hn ≥ Kn , ∀n ∈ N, temos que a sequência
dos Hn também diverge, logo a série harmônica diverge.
2.3. SÉRIES TELESCÓPICAS 9
Nota 2.3.1
∞
X
De um modo geral, se (bn )n≥1 é uma sequência, então uma série da forma (bn − bn+1 ) é uma
n=1
série telescópica.
∞
X
(bn − bn+1 ) = lim sn = lim (b1 − bn+1 ) = b1 − L
n→∞ k→∞
n=1
10 CHAPTER 2. ALGUMAS SÉRIES IMPORTANTES
3 A B
= +
9n2 + 3n − 2 3n − 1 3n + 2
e agora vamos ajustar os coeficiente A e B
A B A(3n + 2) + B(3n − 1)
+ =
3n − 1 3n + 2 9n2 + 3n − 2
3An + 2A + 3Bn − B
=
9n2 + 3n − 2
3 (3A + 3B)n + 2A − B
=
9n2 + 3n − 2 9n2 + 3n − 2
Também podemos ter somas telescópicas como a do próximo exemplo onde os termos se cancelam mas de
modo diferente dos exemplos anteriores.
Para que as frações do primeiro e último membro da igualdade acima sejam equivaletes, A e B
devem ser as souluções do sistema (
A+ B =0
4A + 2B = 1
1
, cuja solução é A = 2 e B = − 12 , portanto a séie acima pode ser escrita na forma
∞
X 1/2 1/2
−
n=0
n+2 n+4
Após cancelar os termos com sinais opostos temos que a k-ésima soma parcial Sk é
1 1 1
Sk = + −
4 6 2(k + 4)
assim
∞
X 1
2 + 6n + 8
= lim Sk
n=0
n k→∞
1 1 1
= lim + −
k→∞ 4 6 2(k + 4)
1 1
= +
4 6
∞
X 1 5
=
n=0
n2 + 6n + 8 12
e a afirmação é falsa.
12 CHAPTER 2. ALGUMAS SÉRIES IMPORTANTES
Exercise 2.3.1
∞
X 1
1. (ANPEC - 2014) (adaptado) - Diga se a série 2 + 3n + 2
converge ou não, e caso afirma-
n=0
n
tivo, calcule sua soma.
∞
X 1 1
2. (ANPEC - 2015) - Diga se é falso ou verdadeiro que 2 + 8n + 3
=
n=1
4n 2
Chapter 3
Testes de Convergẽcia
Nesta seção vamos aprender os critérios que nos permitem saber se uma série converge ou não. Vamos iniciar
nosso estudo pelas séries de termos não negativos.
∞
X
O teste da integral é baseado na comparação de uma série da forma an com as áreas abaixo do gráfico
n=1
da função f (x) onde f (x) tem a mesma expressão que o termo an . Geometricamente, a idèia básica é muito
simples, e é mostrada na figura abaixo.
cont texto...
Teste da Integral
Suponha que f é uma função contı́nua, decrescente e não negativa no intervalo [1, +∞).
∞
R∞ X
• Se a integral imprópria 1
f (x)dx converge, então a s’erie f (n) converge.
n=1
R∞ P∞
• Se a integral imprópria 1
f (x)dx diverge, então a s’erie n=1 f (n) diverge.
Uma aplicação importante dpo teste da integral é a análise da convergência das p-séries, que será visto a
seguir.
13
14 CHAPTER 3. TESTES DE CONVERGẼCIA
∞
X 1
Teorema 5. A série p, converge se p > 1 e diverge se p ≤ 1.
n=1
np
Exemplos Práticos
1
Nesta série temos que f (n) = 1+n2 , apliquemos então o teste da integral
Z ∞ Z A
1 1 π π π
dx = lim dx = lim arctg(A)|A
1 = lim [arctg(A) − arctg1] = − = .
1 1 + x2 A→∞ 1 1+x 2 A→∞ A→∞ 2 4 4
Nesta série temos que f (n) = lnnn , apliquemos então o teste da integral
Z ∞ Z A
lnx lnx
dx = lim dx
1 x A→∞ 1 x
Para resolver esta integral, fazemos a sunstituição u = lnx ⇒ du = x1 dx, portanto temos
Z Z Z
lnx 1
dx = lnx dx = udu = lnu
x x
3.1. SÉRIES DE TERMOS NÃO-NEGATIVOS 15
lim lnx|A
1 = lim [lnA − zln1] = ∞
A→∞ A→∞
Exercı́cios
Exercise 3.1.1
Utilizando o teste da integral analise a convergência das séries:
∞
X n
1.
n=1
n2 +1
∞
X 2
2. nen
n=1
Este teste é bem prático e consiste em comparar uma série dada com uma série que sabemos se convenge
ou diverge. Séries geométricas, séries p e as séries telescópicas são tipos de séries muito úteis no teste da
comparação, então demos ter um ”feeling” para eleger a série adequada para compararmos com a série que
queremos analisar.
Teste da Comparação
∞
X ∞
X
Sejam an e bn duas séries cujos termos são não negativos.
n=1 n=1
∞
X ∞
X
1. (i) Se bn converge e an ≤ bn ∀n ∈ N , então a série an converge.
n=1 n=1
∞
X ∞
X
2. (ii) Se bn diverge e an ≥ bn ∀n ∈ N , então a série an diverge.
n=1 n=1
Nota 3.1.1
P∞ P∞ P∞
Sejam n=1 an eP n=1 bn duas séries cujos termos são não negativos. Dizemos que a série n=1 bn
∞
domina a seérie a
n=1 n se an ≤ bn ∀n ∈ N
Exemplos Práticos
16 CHAPTER 3. TESTES DE CONVERGẼCIA
O fato do termo geral da série possuir polinômios no numerador e no denominador nos sugere comparar
4n2 + 1 4n2 4
esta série com uma p-série. Note que > 3 = . Note que para
3
n +n +12 n + n2 + 1 n + n1 + n12
∞
4 4 X 4
valores de n maiores que 10, por exemplo, > , além disto, a série
n + n1 + n12 n + 0.11 n=0
n + 0.11
diverge pelo teste da integral (confira!), então, para n > 10, temos:
4n2 + 1 4
3 2
>
n +n +1 n + 0.11
Portanto pela comparação acima a série deste exercı́cio diverge.
Solução:
sen(n2 + 3) 1
Sabemos que −1 ≤ sen(n2 + 3) ≤ 1 portanto − n12 ≤ 2
≤ 2 (∗), temos também que
n n
∞ ∞
X 1 X 1
as séries − 2 e − 2 convergem (teste da integral), portanto pela desigualdade (*) a série
n=0
n n=0
n
∞ 2
X sen(n + 3)
também converge.
n=0
n2
Exercı́cios
Exercise 3.1.2
Utilizando o teste da comparação analise a convergência das séries:
∞
X n + 3 + sen(2n)
1.
n=0
n3
∞
X 2 + n2
2.
n=0
n3
3.1. SÉRIES DE TERMOS NÃO-NEGATIVOS 17
Este teste difere um pouco do teste da comparação pelo fato de agora não necessariamente precisarmos de
uma desigualdade do tipo bn ≤ an ou bn ≥ an , mas de saber o que acontece após um determinado termo
e isto será descoberto atravé do cálculo de um limite.
Exemplos Práticos
Solução:
√
Como os termos dominantes no numerador e no denominador são 2n2 e n5 respectivamente, então
2n2 2n2 + 3n
podemos fazer bn = √ afim de fazer a comparação por limite com a série de termos an = √ .
n5 n5 + 5
Desse modo,
2
2n
√ +3n
√ ! √ !
2n2 + 3n n5 2 + n3 n5
an 5
n +5
lim = lim 2 = lim √ · = lim √ · =1
n→∞ bn n→∞ 2n
√
5n
n→∞ n5 + 5 2n2 n→∞ n5 + 5 2
2n2 2
Como a série de termos bn = √ = 1/2 diverge, pelo teste da comparação por limite a série
n5 n
+∞
X 2n2 + 3n
√ também diverge.
n=1
n5 + 5
18 CHAPTER 3. TESTES DE CONVERGẼCIA
Exercı́cios
Exercise 3.1.3
Utilizando o teste da comparação por limite analise a convergência das séries:
∞
X 2n + 3
1. √
n=1
n5 + 2n3 + 5n + 1
∞
X an + 3
2.
n=1
n! + 1
3.2. SÉRIES COM TERMOS POSITIVOS E NEGATIVOS 19
Até agora estudamos apenas séries com termos positivos, mas, felizmente, é possı́vel usar os resultados das
séries de termos positivos em outros tipos de séries, devido a um resultado que será mostrado a seuir. Antes,
porém vamos ver a definição de convergência absoluta.
a1 + a2 + a3 + · · · + an + · · · (3.1)
diz-se absolutamente convergente se série formada com os valores absolutos do seus termos
converge.
Nota 3.2.1
Se uma série converge, mas não converge absolutamente, então é chamada condicionalmente conver-
gente.
Existem séries cujos termos trocam de sinal termo a termo, ou seja, são séries com a forma
a1 − a2 + a3 − a4 + · · · + (−1)n+1 an + · · ·
Se ak é uma sequência descrescente de termos positivos com limn→∞ ak = 0, então a série alternada
X∞
(−1)k−1 ak é convergente.
k=1
20 CHAPTER 3. TESTES DE CONVERGẼCIA
Exemplos Práticos
Solução:
Expandindo o somatório acima temos
∞
X 1 1 1 1 (−1)n+1
(−1)n+1 = 1 − + − + ··· + + ···
n=1
n 2 3 4 n
1 1
Nesta série temos que |an+1 | ≤ |an |, pois |an+1 | = n+1 < n = |an |, ∀ n ∈ N, e como a série é
alternada, então a série converge.
∞
X 1
Nota. 6. A série acima é uma série importante e sua soma é conhecida. (−1)n+1 = ln2.
n=1
n
Solução:
1 1
Nesta série, temos que |an+1 | = 2n+1 e |an | = 2n−1 , portanto vale a desigualdade |an+1 | ≤
|an |, ∀n ∈ N, então a série dade é convergente.
Nota. 7. A série acima é uma série importante, sua soma é conhecida e vamos deduzı́-la usando
∞
X 1 π
séries de potências, assunto que veremos adiante. O valor de (−1)n+1 = .
n=1
2n − 1 4
Exercise 3.2.1
Utilizando o teste da série alternada analise a convergência das séries:
∞
X 1
1. (−1)n+1
n=2
lnn
∞
X arctg(n)
2. (−1)n
n=1
n2
3.2. SÉRIES COM TERMOS POSITIVOS E NEGATIVOS 21
Exemplos Práticos
n
2n+1
Solução: Vamos usar o teste da razão. Sabemos que an = 2n2 , portanto an+1 = (n+1)2 , então
substituindo na expressão (1) temos:
n+1
2
an+1 (n+1)2
L = lim = lim n
=
n→∞ an n→∞ 2n2
2n .2 n2 2n2
= lim · = lim =2
n→∞ n2 + 2n + 1 2n n→∞ n2 + 2n + 1
n
2n+1
Solução: Vamos usar o teste da razão. Sabemos que an = an! , portanto an+1 = (n+1)2 , então
substituindo na expressão (1) temos:
n+1
a
an+1 (n+1)!
L = lim = lim n
=
n→∞ an n→∞ an!
an .a n! an
= lim · n = lim =0
n→∞ (n + 1).n! a n→∞ n + 1
(n+1)!
Solução: Vamos usar o teste da razão. Sabemos que an = nn!n , portanto an+1 = (n+1)n+1 , então
substituindo na expressão (1) temos:
(n+1)!
an+1 (n+1)n+1
L = lim = lim =
n→∞ an n→∞ nn!n
n
nn
(n + 1).n! n
= lim · = lim =
n→∞ (n + 1)n .(n + 1) n! n→∞ n + 1
" −1 #n −n
n+1 1
= lim = lim 1 + =
n→∞ n n→∞ n
n −1 n −1
1 1 1
= lim 1+ = lim 1+ = [e−1 ] = <1
n→∞ n n→∞ n e
Exercı́cios
Exercise 3.2.2
Utilizando o teste da razão analise a convergência das séries:
∞
X 2
1. e−n
n=0
∞
X
2. n3 e−kn , k>0
n=0
3.2. SÉRIES COM TERMOS POSITIVOS E NEGATIVOS 23
Exemplos Práticos
Solução:
n
n
Como an = , aplicando diretamente o teste da raı́z temos:
2n + 1
s n
n n n 1
L = lim = lim =
n→∞ 2n + 1 n→∞ 2n + 1 2
1
Como L = 2 < 1, então a série converge.
Solução:
Os termos da série dada frações que possuem sempre números consecutivos no seu denominador,
começando com 2 no primeiro termo e números ı́mpares no denominador, mas precisamente,
antecessores de múltiplos de 4, ou seja, números da forma 4n − 1, e estas frações estão sempre
n
n+1
elevadas a ordem do respectivo termos, portanto, o termo geral desta série é an = .
4n − 1
Aplicando o teste da raı́z temos:
s n
n n+1 n+1 1
L = lim = lim =
n→∞ 4n − 1 n→∞ 4n − 1 4
1
Como L = 4 < 1, então a série converge.
24 CHAPTER 3. TESTES DE CONVERGẼCIA
Nota 3.2.2
∞
n! X n!
Para provar que lim = 0 vamos considerar a série , onde provamos sua con-
n→∞ nn n n
n=1
vergência usando o teste da razão no exemplo prático 4.11 na seção anterior.
Exercı́cios
Exercise 3.2.3
Utilizando o teste da raı́z analise a convergência das séries:
∞
X n √
n
1. n
, dica: lim n=1
n=0
2 n→∞
∞
X
2. e−n
n=0
Chapter 4
Séries de Funções
4.1 Introdução
x2 x3 xn
1+x+ + + ··· + + ...
2 3! n!
cos 2x cos 3x cos nx
cos x +2
+ 2
+ ··· + + ...
2 3 n2
a2 a3 a4
a0 + a1 x + (3x2 − 1) + (5x3 − 3x) + (35x4 − 30x2 + 3) + . . .
2 2 8
Nota. Os exemplos acima são exemplos de séries de MacLaurin, séries de Fourier e séries de Fourier-
Legendre, sendo as duas últimas exemplos de expansão em funções ortogonais, mas estes assuntos serão
estudados com mais detalhes em outros cursos.
Dando a x diferentes valores numéricos, obtemos diferentes séries numéricas que podem ser tanto convergentes
como divergentes.
Exemplo 1: Considere a seguinte expansão em série
x2 x3 x4 xn
f (x) = x − + − + · · · + (−1)n+1 + ...
2 3 4 n
note que para x = 1 temos
1 1 1 (−1)n+1
f (1) = 1 −
+ − + ··· + + ...
2 3 4 n
que é uma série convergente (prove usando o teste da série alternada). Já para x = −1, temos:
1 1 1 1
f (−1) = 1 − − − − ··· − + ...
2 3 4 n
que é uma série divergente, pois, a menos do primeiro termo (portanto um número finito de termos), é um
múltiplo da série harmônica.
25
26 CHAPTER 4. SÉRIES DE FUNÇÕES
Como vimos no exemplo acima, uma série de funções pode convergir para um valor de x e pode divergir
para outro, o que nos leva à seguinte definição:
Definição. Domı́nio de convergência é o conjunto dos valores de x para o qual uma série converge,
Exemplo 2: Um bom exemplo para iniciarmos o estudo do domı́nio de convergência de uma série, é o da
série
1
= 1 + x + x2 + x3 + · · · + xn + . . .
1−x
que é uma série geométrica, onde bem sabemos desde o ensino médio, que esta converge para valores de x
tais que |x| < 1, ou também
−1 < x < 1 (4.1)
então do mı́nio de convergência da expansaão em série acima é um intervalo, neste caso dizemos que o
conjunto I =] − 1, 1[ é o intervalo de convergência da série.
Algumas vezes é útil derivarmos ou integrarmos séries de funçẽs, adiante neste livro, vamos ver alguma
aplicações muito interessantes onde usamos derivação e integração de séries, uma delas irá nos ajudar a
calcular o valor de π4 .
majorante em um intervalo [a, b] e seja s(x) sua soma. Então a integral de s(x) de a até x, pertencentes ao
intervalo [a, b] é igual a soma das integrais com os mesmos limites de integração dos termos da série dada,
ou seja, Z x Z x Z Zx x
s(x) = u1 (x)dx + u( x)dx + · · · + un (x)dx + . . .
a a a a
formad pelas derivadas dos seus termos, é majorante neste segmento, então a soma da série das derivadas é
igual a derivada da soma da série inicial, ou seja,
Obs.1: As demonstrações dos teoremas acima fogem ao escopo deste curso, mas o leitor mais interessado
pode encontrá-la no livro Cálculo Diferencial e Integral vol. 2 de N. Piskunov.
1
Exemplo 3. Na seção xx vamos ver que a expansão em série da função f (x) = 1−x é dada por
1
= 1 − x + x2 + · · · + (−1)n xn + . . .
1+x
4.1. INTRODUÇÃO 27
cujo intervalo de convergência é ] − 1.1[. Para encontrarmos a expansão em série da função ln (1 − x) basta
integrarmos termo a termo, ou seja,
Z x Z x Z x Z x Z x
1
dx = 1dx − xdx + x2 dx + · · · + (−1)n xn dx + . . .
0 1−x 0 0 0 0
assim temos:
x2 x3 xn+1
ln (1 + x) = x − + + · · · + (−1)n + ...
2 3 n+1
Exemplo 4. Considere a expansão em série de Mac Laurin da função sin x
x3 x5 x2n−1
sin x = x − + + · · · + (−1)n+1 + ...
3! 5! (2n − 1)!
Derive a série acima termo a termo a encontre a expansão em série de MacLaurin para a função y = cos x.
Solução:
0
0 2n−1 0
x3x5
0 0 n+1 x
(sin x) = (x) − + + · · · + (−1) + ...
3!5! (2n − 1)!
0 0 0
3x2 5x4 (2n − 1)x2n−2
= 1− + + · · · + (−1)n+1 + ...
3 × 2! 5 × 4! (2n − 1)(2n − 2)!
e chegamos a
x2 x4 x2n−2
cos x = 1 − + + · · · + (−1)n+1 + ...
2! 4! (2n − 2)!
a0 + a1 (x − a) + a2 (x − a)2 + · · · + an (x − a)n + . . .
Observação 2: Demonstra-se (porém mais uma vexz vamos omitir a demonstração pois esta foge ao escopo
deste curso) que o domı́nio de convergência de uma série de potências é um intervalo com centro em x = a.
Intervalo de Convergência
Para encontrar o intervalo de convergência de uma série podemos usar o teste da razão.
Consedirere a seguinte expansão em série de potências
1
|x − a| <
bn+1
limn→∞
bn
n
(2x)
2x n
lim × n
n→∞ n + 1 (2x)
n
= lim |2x|
n→∞ n + 1
= |2x| < 1
4.1. INTRODUÇÃO 29
1 1
Portanto a série converge quando |2x| < 1, ou seja, nos valores de x tais que − < x < . Agora vamos
2 2
analisar a convergência da série quando x assume os valores extremos do intervalo.
1
• x=−
2
1
Para x = − a série fica
2
1 1 1
1−
− − ··· − − ...
2 3 n
que a menos de um termo (portanto uma quantidade finita de termos) é o oposto da série harmônica,
portanto divergente.
1
• x=
2
1
Para x = a série fica
2
1 1 1
+ + · · · + (−1)n+1 − . . .
1−
2 3 n
a qual converge pelo teste da série alternada (prove!). Portanto, o intervalo de convergência desta
série é (− 21 , 12 ].
Note que o limite L encontrado pelo teste da razão é menor que 1 independente do valor de x, assim a série
converge para todo x ∈ R, ou seja, o seu domı́nio de convergência é R.
Exercı́cios de fixação
Como um caso particular das séries de funções, podemos derivar e integrar as séries de potências termo a
termo, Vamos enunciar um teorema que será útil para resolvermos equações diferenciais ordinárias usando
séries de potências.
f (x) = a0 + a1 x + a2 x2 + · · · + an xn + . . .
obtida derivando-se termo a termo a série (xx) temo o mesmo intervalo de convergência (−R, R); sendo
g(x) = f 0 (x) quando |x| < R, ou seja, dentro do intervalo de convergência a derivada da soma da série de
potências (xx) é igual a soma da série obtida pela derivação termo a termo da série (xx).
|z| < R
|x − a| < R
a−R< x <a+R
Nota 4.1.1
Assim como vimos nas séries de potências de x, os extremos do intervalo de convergência devem ser
analisados individualmente.
∞
X (x − 2)n
Exemplo. 3. Encontre o intervalo de convergência da série (−1)n .
n=1
n2
∞
X zn
Solução: 3. Façamos asubstituição z = x − 2. Então a série se torna (−1)n .
n=1
n2
Calculemos o raio de convergência aplicando o teste da razão.
1
(−1)n+1
an+1 2
(n + 1)
L = lim = lim
n→∞ an n→∞ 1
(−1)n 2
n
1 n2
= lim 2
×
n→∞ (n + 1) 1
n2 + 2n + 1
= lim
n→∞ n2
L = 1.
1
mas, R = = 1, assim a série converge quando −1 < z < 1. Desfazendo a substituição temos que série
L
dada converge no valores de x tais que −1 < x − 2 < 1, ou seja, nos valores de x tais que
1<x<3.
Para x = 1 temos:
∞ ∞
X (1 − 2)n X (−1)n
(−1)n = (−1)n
n=1
n2 n=1
n2
∞
X 1
= (−1)2n
n=1
n2
∞
X 1
= 2
n=1
n
que também é uma série convergente, então x = 3 pertence ao intervalo de convergência. Assim o intervalo
de convergência da série é [1, 3].
No próximo exemplo temos uma série apenas com potêcias pares de (x − a).
∞
X (x − 1)2n
Exemplo. 4. Encontre o intervalo de convergência da série .
n=1
n22n
Solução: 4. Neste exercı́cio alẃ de fazermosFaça asubstituição z = x − 1 demos recorre ao teste da rzão
afim de demonstrar que o raio de convergência desta série será a raı́z quadrada do raio de convergência
∞
X zn
usual. Após a substituição, a série se torna .
n=1
n22n
Calculemos o raio de convergência aplicando o teste da razão.
1
2n+2
an+1 z 2(n+1)
2(n+1)
z
= lim (n + 1)2
lim
n→∞ an z 2n n→∞ 1 2n
2n
z
n2
2n
1 × n2
= lim 2n+2
z 2n
2n
n→∞ (n + 1)2 z
n
= lim · z2
n→∞ (n + 1)22
n
= lim · z2
n→∞ 4n + 4
1 2
= z <1
4
z2 < 4
assim, resolvendo a inequação z 2 − 4 < 0, vemos que a série converge quando −2 < z < 2. Desfazendo a
substituição temos que série dada converge no valores de x tais que −2 < x − 1 < 2, ou seja, nos valores de
x tais que
−1 < x < 3 .
4.1. INTRODUÇÃO 33
que é a conhecida série harmônica, a qual é divergente, então x = −1 não pertence ao intervalo de con-
vergência.
Para x = 3 temos:
∞ ∞
X (3 − 1)n X 22n
=
n=1
n2 n=1
n22n
∞
X 1
=
n=1
n
portanto novamente chegamos na série harmônica, a qual é divergente, então x = 3 não pertence ao intervalo
de convergência. Assim o intervalo de convergência da série é (−1, 3).
∞ ∞
X n3 X en √ 3n
(c) (x − 2)n (g) (x − 3)
n=0
n + 1 n=0
22n
∞ ∞ √
X ln n √ X n + 3(x − 7)n
(d) n
(x − 2)n (h)
n=0
2 n=0
(n + 5)2
Respostas:
√ √ √ q √ q
(a) I = R (d) I = ( 2 − 2, 2 + 2) (g) I = [ 3 − 3 4e , 3 + 3 4e ]
(b) I = [2, 4) (e) x = 2
(c) I = (1, 3) (f) I = [3 − 1e , 3 + 1e ] (h) I = [6, 8]
34 CHAPTER 4. SÉRIES DE FUNÇÕES
Agora que vimos os polinômios de Taylor, que é uma expressão com um número finito de termos, vamos
estudar as séries de Taylor, que são somas com um número inifinito de termos. Vamos ver também quais as
funções que possuem uma representação em séries, encontrar estas representações e fazer algumas aplicações
interessantes e que são ferramentas úteis no cálculo e nas ciências aplicadas.
Seja f (x) uma função que possui derivadas até a (n + 1)-ésima ordem numa vizinhança de um ponto a (um
intervalo contendo a), é válida a fórmula de Taylor:
(x − a)n+1 (n+1)
Rn (x) = f [a + θ(x − a)] , 0 < θ < 1. (4.9)
(n + 1)!
Note que, sendo Pn (x) o polinômio de Taylor de grau n da função f (x), temos que
Se a função f (x) possui derivadas de todas as ordens numa vizinhança do ponto a, então podemos tornar
n arbitrariamente grande na fórmula de taylor. Suponhamos que na vizinhança considerada o termo Rn (x)
tende a zero, quando n tende a infinito:
lim Rn (x) = 0 (4.11)
n→∞
Então passando a fórmula (xx) ao limite qyando n → ∞, obtemos ã direita uma série infinita que se chama
série de Taylor :
Nota 4.2.1
Assim como em outros trechos deste livro, a demonstração deste fato será omitida.
O caso particular da série de Taylor no qual a = 0 é chamado de série de Maclaurin, portanto é da forma
Nota 4.2.2
Se escrevemos formalmente a série de taylor de uma função, então, para demonstrar que a série escrita
efetivamente representa a função dada, é preciso demonstrar que o termo complementar tende a zero
quando n → ∞ (eq (xx)), ou convercer-se, de uma ou outra maneira, de que a série escritq converge
a função dada.
Nota 4.2.3
Para cada uma das funções elementares, como ex , cos x, sin x, ln x, arcsin x, arctg(x) e outras,
existem a e R tais que estas funções possuem uma expansão em série de Taylor (ou de Maclaurin no
caso em que a = 0) no intervalo (a − R, a + R).
Note que as derivadas de ordem ı́mpar de f (x) são iguais a ±sen(x), assim as derivadas de ordem
2k − 1, n ∈ N em x = 0 são nulas. Já as derivadas de ordem par em x = 0, são iguais a ±1. Assim é
matural conjecturar que:
f (6) (0) = −1, f (8) (0) = 1, . . .
Agora substituindo na fórmula (xx) da série de Maclaurin os valores de f (0), f 0 (0), f 00 (0), . . . encon-
trados acima, chegamos a
x2 x4 x6 x2n−2
cos x = 1 − + + − · · · + (−1)n−1 + ...
2! 4! 6! (2n − 2)!
Agora substituindo na fórmula (xx) da série de Taylor os valores de f (0), f 0 (0), f 00 (0), . . . encontrados
acima, chegamos a
Exercise 4.2.1
Encontre a expansão em série de Maclaurin das seguintes funções.
Exercise 4.2.2
Encontre a expansão em série de Taylor das seguintes funções em torno do ponto a dado e determine
seus respectivos intervalos de convergência.
(a) f (x) = ex , a = 2. 1
(c) f (x) = , a = 2.
x
(b) f (x) = ln (1 + x), a = 1. (d) f (x) = x3 − 4x2 + 5x − 7, a = 3.
Estudo dirigido
Exercise 4.2.3
Neste exercı́cio vamos encontrar a expansão em séries das funções sen2 x e cos2 x.
(a) Considerando a expansão de uma função em séries de Maclaurin da função cos x, substitua x
por 2x e encontre a expansão em série de Maclaurin da função cos 2x.
1 − cos 2x
(b) Usando a identidade trigonométrica sen2 x = encontre a expansão em séries da função
2
sen2 x.
1 + cos 2x
(c) Usando a identidade trigonométrica cos2 x = encontre a expansão em séries da função
2
cos2 x.
38 CHAPTER 4. SÉRIES DE FUNÇÕES
Exercı́cio 4.2.1
∞
x3 x5 x2n−1 X x2n−1
(a) ex = x − + + · · · + (−1)n+1 + ... = (−1)n+1
3! 5! (2n − 1)! n=1
(2n − 1)!
∞
x x x x2n−1 X x2n−1
(b) arctg x = x − + − + · · · + (−1)n+1 + ... = (−1)n+1
3 5 7 2n − 1 n=1
2n − 1
∞
1 1 b b2 b3 bn X bn
(c) = − 2 x + 3 x2 − 4 x3 + · · · + n+1 xn + . . . = (−1)n n+1 xn
a + bx a a a a a n=0
a
√ x x2 x3 5x4 7x5
(d) 1+x=1+ − + − + + ....
2 8 16 128 256
∞
ln2 (a) 2 ln3 (a) 3 ln4 (a) 4 lnn (a) n X lnn (a) n
(e) ax = 1 + ln (a)x + x + x + x + ··· + x + ... = x
2 3! 4! n! n=0
n!
5x 17x2 65x3
(f) ln (x2 − 5x + 4) = ln 4 − − − + ...
4 32 192
Exercı́cio 4.2.2
∞
e2 e2 e2 e2 X e2
(a) ex = e2 + e2 (x − 2) + (x − 2)2 + (x − 2)3 + (x − 2)4 + · · · + (x − 2)n + . . . = (x − 2)n
2 3! 4! n! n=0
n!
I = (a, b)
∞
(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4 (x − 1)n X (x − 1)n
(b) ln 1 + x = (x−1)− + − +· · ·+(−1)n+1 +. . . = (−1)n+1
2 3 4 n n=1
n
I = (a, b)
∞
1 (x − 2) 1 2 1 3 1 4 n 1 n
X 1
(c) − + (x−2) − (x−2) + (x−2) +· · ·+(−1) n+1 (x−2) +. . . = (−1)m n+1 (x−2)n
2 4 8 16 32 2 n=0
2
I = (a, b)
(d) f (x) = (x − 3)3 + 5(x − 3)2 + 8(x − 3) − 1
I = (a, b)
4.3. APLICAÇÃO DA SÉRIES AO CÁLCULO 39
2
Sabemos dos cursos iniciais de cálculo, que a função ex não possui uma primitiva. Assim, para calcular a
integral acima, fazemos o uso de séries.
Sabemos que a expansão em série de Maclaurin da função da funçã ex é
x2 x3 xn
ex = 1 + x + + + ··· + + ...
2 3! n!
Exercı́cios de Fixação
Exercise 4.3.1
1. Calcule um aproximação com erro menor que 0.001 para
Z 1
2
ex dx
0
x2 x3 x4 xn
ln (1 + x) = x − + − + · · · + (−1)n+1 + ...
2 3 4 n!
x2 x3 x4 xn
ln (1 − x) = −x − − − − ··· − + ... (4.14)
2 3 4 n!
1
• E finalmente, para x = 2 na série encontrada acima, temos:
3 1 5 1 2n+1
1
1 2 12
1+ 2
2 2 2 2
ln 1 = 2× + + + ··· + + ...
1− 2
2 3 5 2n + 1
∞
1 1 1 X 1
ln 3 = 1+ 2
+ 4
+ · · · + 2n
+ . . . =
3×2 5×2 (2n + 1) × 2 n=0
(2n + 1) × 22n
4.3. APLICAÇÃO DA SÉRIES AO CÁLCULO 41
x2 x3 xn
ex = 1 + x + + + ··· + + ... (4.15)
2 3! n!
x3 x5 x2n+1
sin x = x − + · · · + (−1)n + ... (4.16)
3! 5! (2n + 1)!
x2 x4 x2n
cos x = 1 − + + · · · + (−1)n + ... (4.17)
2 4! (2n)!
1
= 1 + x + x2 + · · · + xn + . . . , |x| ≤ 1 (4.18)
1−x
Seção
1. Derive a série em (17) e verfique que (cos x)0 = sin x.
1
2. Substitua x por −x e encontre uma representação em série para y = .
1+x
3. Integre termo a termo a série encontrada no exercı́cio anterior e encontre uma representação em série
para y = ln (1 + x).
1+x
4. Representação em séries para y = ln 1−x
(a) Integre a série em (19) e encontre uma representação em séries para ln (1 − x).
(b) Usando a propriedade
A
ln A − ln B = ln
B
subtraia termo a termos as séries de ln(1 + x) e ln(1 − x) e encontre a série desejada.
1
5. Substitua x por −x2 em (19) e contre uma representação em séries para a função y = .
1 + x2
6. Integre termo a termo a série encontrada no exercı́cio anterior e encontre uma representação em séries
para a função y = arctan x.
7. Susbstitua x por −x na série em (16) e encontre uma representação em séries para y = e−x .
ex + e−x ex − e−x
[blond]gray cosh x = e [blond]gray sinh x =
2 2
(a) Some termo a termo as séries em (16) e a obtida no exercı́cio anterior e depois divida por dois
todos termos do resultado obtido e encontre uma representação em série para y = cosh x.
42 CHAPTER 4. SÉRIES DE FUNÇÕES
(b) Faça um procedimento análogo para obter uma representação em série para = sinh x.
x
9. Substitua x por e após algumas manipulações algébricas, encontre uma representação em séries para
r
1
y= .
x−r
1
10. Enconte uma representação em séries para y = .
x2 − 4x + 3
(a) Decomponha a expressão de y em frações parciais.
(b) Encontre as séries de cada fração obtida no item anterior.
(c) Some termo a termo as séries.
Chapter 5
Exercı́cios Propostos
Exercise 5.1.1
Utilizando os testes de convergência vistos, analise a convergência das séries abaixo.
∞ √ ∞ ∞
X n
n X 1 + 3n2 X 3
1. 9. 17. 2n2 e−n
n=1
n + 1 n=1
2n n=1
∞ ∞ −k
X 4 X ke ∞ n
2. 3 10. X 2n + 8
(K 2 + 1) 2 k2 + 1 18.
n=0 k=1
n=1
n + 27
∞ ∞
X 2 X 1
3. 11. ∞
3n +1 (lnk)k X 13 + 8n2
n=0 k=2 19. √
∞ n=1
3 − n4 + 5n6 + n8
∞
X sen2 n X 1
4. 12. √
n2 n2 + 1 ∞ n 2
n=1 n=0 X n
20.
∞ ∞ 2 n n+1
X 1 X n + 3n + 8 n=1
5. n 13.
n=0
2 +n
n=1
2n2 + n − 10
∞
X (n!)2
∞
an
∞ 3n 21.
X X 2n (2n)!
6. 14. n=1
n=1
1 + a2n n+1
n=1
∞
∞ ∞ X n+1
X 1 X 6n3 + 5 22.
7. 15. 2n3 − 1
k 2 lnk 3n4 + 1 n=1
k=2 n=0
∞ ∞ ∞
X 2 X 3n + 4n X 3n + n2
8. 2
16. 23.
n=1
n + 5n + 6 n=1
5n n=1
n!
43
44 CHAPTER 5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Exercise 5.1.2
∞
X n! + an
1. , a > 1.
n=1
nn
∞
X √ √
2. n+1− n−1
n=1
∞
X 2
3. 2 + 4n + 3
n=1
n
∞
X 1 + n2
4.
n=1
n2 + 3n + 2
∞
X n!n2
5.
n=1
(2n)!
∞
X 3n + n2
6.
n=1
n! + 1
Exercise 5.1.3
1 1 1
Encontre a soma da série S = + + ··· + + ···
1·2·3 2·3·4 n · (n + 1) · (n + 2)
Exercise 5.1.4
√ √
n+1− n−1
Analise a convergência da série S = √
n
Chapter 6
Exercı́cios Complementares
Exercise 6.1.1
Mostre que as séries abaixo convergem e encontre a sua soma:
1 1 1 1
1. + + + ··· + + ...
1·2 2·3 3·4 n · (n + 1)
1 1 1 1
2. + + + ··· + + ...
2·5 3·6 4·7 (n + 1) · (n + 4)
∞
X 1
3.
n=1
n(n + 1)(n + 2)
1 1 1 1
4. + + + ··· + + ...
1·3 3·5 5·7 (2n − 1) · (2n + 1)
1 1 1
5. + + ··· + + ...
1·4 4·7 (3n − 2)(3n + 1)
1 1 1
6. + + ··· + + ...
1·4 2·5 n(n + 3)
1 1 1
7. + + ··· + + ...
1·7 3·9 (2n − 1) · (2n + 5)
3 5 2n + 1
8. + + ··· + 2 + ...
4 36 n (n + 1)2
∞
X 1
9.
k=1
k(k + 1)(k + 2) . . . (k + p)
45
46 CHAPTER 6. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
∞
X 1
10.
k=1
(4k + 1)(4k + 5)
∞
X 1
11.
k=1
(5k + 1)(4k + 5)(4k + 9)
Respostas:
1. 1 1 23 1
4. 7. 10.
2 90 4
2. 13 1
36 5. 8. 1
3
1 11 1 1
3. 6. 9. 11.
4 18 p!p 40
Exercise 6.2.1
Analise a convergência das séries, e em caso de convergência calcule a sua soma.
∞
X
1. e−k
k=0
∞
X 2n + 3n
2.
6n
k=1
6.3. TESTE DA COMPARAÇÃO 47
Exercise 6.3.1
Analise a convergência das séries.
1.
π π π
sin + sin + · · · + sin n + . . .
2 4 2
2.
1+2 1+3 1+n
1+ 2
+ 2
+ ··· + + ...
1+2 1+3 1 + n2
3.
1 1 1
1+ + + ··· + + ...
2×5 3×6 n(n + 4)
4.
π π π
tan + tan + · · · + tan + ...
4 8 4n
5.
1 1 1
+ + ··· + + ...
2 5 3n − 1
6.
∞ 2
X 1 + n2
n=1
1 + n3
7.
∞
X 1
√
n=1
n2 + 2n
8.
∞
X √ √
n− n−1
n=1
9.
∞ r
X 1
n=1
n4 + 1
10.
∞
X 1 √ √
n+1− n−1
n=1
n
11.
∞
X 1 p 2 p
n + n + 1 − n2 − n + 1
n=1
n
12.
∞
X 1 p 2 p
n + n + 1 − n2 + n − 1
n=1
n
48 CHAPTER 6. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
Respostas
1.
π π π
tan + 2 tan + · · · + tan n+1 + . . .
4 8 2
2.
π π π
2 sin + 4 sin + · · · + n sin n + . . .
2 4 2
Exercise 6.5.1
Analise a convergência das séries usando o texte da raı́z.
1 1 1
1. 2 + 3 + ··· + n + ...
2 ln 2 3 ln 3 n ln n
∞ 2n−1
X 2n + 5
2.
n=1
3n − 1
∞
X nn
3.
n=1
31+3n
∞
X (−1)n
4.
n=1
(arctg n)n
∞ k k2
X k k
5. un , onde u2k−1 = e u2k−1 =
n=1
2k + 1 3k − 1
∞ n2
X 1
6. 1+
n=1
n
Respostas:
Exercise 6.6.1
Prove cada um dos limites com o auxı́xilio de uma série cujo termo geral é a função dada
an nn
1. lim = 0. 3. lim = 0.
n→∞ n! n→∞ (n!)2
nn n!
2. lim = 0. 4. lim = 0.
n→∞ (2n)! n→∞ nn2
Exercise 6.7.1
Classifique as séries abaixo como absolutamente convergente, condicionalmente convergente ou diver-
gente.
1 1 1
1. 1 − + + · · · + (−1)n+1 + ...
3 5 2n − 1
1 1 1
2. − + · · · + (−1)n + ...
ln 2 ln 3 ln n
3 n+1
3. 2 − + · · · + (−1)n+1 + ...
2 n
1 8 n3
4. − + · · · + (−1)n+1 n + . . .
2 4 2
∞
X (−1)n
5.
n=1
n − ln n
∞
X 2n2
6. (−1)n+1
n=1
n!
Respostas:
Exercise 6.8.1
∞
X ∞
X ∞
X
Mostre que se a2n e b2n são séries convergentes, então an bn ë uma série absolutamente
n=1 n=1 n=1
convergente.
Exercise 6.8.2
∞ ∞
X X n+1
Mostre que se an é absolutamente convergente, então a série an também é absolutamente
n=1 n=1
n
convergente
Exercise 6.8.3
Para que valores de k a série
∞
X (n!)2
n=1
(kn)!
é convergente?
Exercise 6.8.4
∞
X
Prove que se an é absolutamente convergente, então
n=1
X∞ X ∞
an ≤ |an |
n=1 n=1