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Resumos de Mat

Gabriel Moreira

11 de agosto de 2021

1 Símbolos matemáticos
∀ Quantificador universal ∈
/ Não pertence
∩ Interseção de conjuntos \{a} Exceto a
∪ Reunião de conjuntos \ A c; d A Exceto de c a d, c perten-
∃ Quantificador existencial (existe) cendo
∧E \{c; d} Exceto c e d
∨ Ou ∴ Portanto
: Tal que > Maior que
≡ Coincide < Menor que
⇒ Implica > Maior ou igual a
@ Não existe 6 Menor ou igual a
∈ Pertence

2 Potências
Uma potência é uma expressão abreviada de representar um produto de fatores
iguais.
a fatores multiplicadas b vezes
b
a → ∀a, b, c ∈ N Se b = 2 e a = 3 , então 3 ∗ 3

N∈Z∈Q∈I∈R

Figura 1: Números Reais

1
3 Sucessões
Sucessão → função real de variável natural, domínio N e de contradomínio R
→ A imagem u(n) de n ∈ N por u representa-se un e designa-se por
termo geral da sucessão
Como o domínio de uma sucessão u é o conjunto dos números naturais, utiliza-se
usualmente a letra n para representar a variável independente. Tem-se que:
U (1) = u1 é o 1º termo ou termo de ordem 1;
U (2) = u2 é o 2º termo ou termo de ordem 2;
...
U (n) = un é o n-ésimo termo, termo de ordem n ou termo geral;
Na sucessão (un ) de termo geral un = 3 − n
• o 1º termo é u1 = 3 − 1 = 2
• o 2º termo é u1 = 3 − 2 = 1
• o 100º termo é u1 = 3 − 100 = −97
A representação gráfica dos 10 primeiros termos desta sucessão é:

Com isto podemos ver que uma sucessão representada graficamente:


• É um gráfico de pontos
• Não é um gráfico de função continua

Monotonia das funções


Uma sucessão pode ser:

2
• Sucessão monótona crescente
Uma sucessão diz-se monótona crescente se um termo é maior que o termo
anterior, sendo para todo o n ∈ N, un+1 > un ou un+1 − un > 0
• Sucessão monótona decrescente
Uma sucessão diz-se monótona decrescente se um termo é menor que o
termo anterior, sendo para todo o n ∈ N, un+1 < un ou un+1 − un < 0
• Sucessão monótona constante
Uma sucessão diz-se constante se um termo é igual ao termo anterior,
sendo para todo o n ∈ N, un+1 = un ou un+1 − un = 0
• Sucessão monótona decrescente em sentido lato
Uma sucessão diz-se monótona decrescente em sentido lato se para todo o
n ∈ N, un+1 ≤ un ou un+1 − un 6 0
• Sucessão monótona crescente em sentido lato
Uma sucessão diz-se monótona crescente em sentido lato se para todo o n
∈ N, un+1 ≥ un ou un+1 − un > 0
• Sucessão não monótona
Uma sucessão diz-se não monótona quando não é constante, crescente,
decrescente, crescente em sentido lato ou decrescente em sentido lato
Sucessão monótona crescente
Estudado quanto à monotonia a sucessão de termo geral an = 4n2 − 1, temos
que:
an+1 = 4(n + 1)2 − 1 = 4(n2 + 2n + 12 ) − 1 = 4n2 + 8n + 3

an+1 −an = 4n2 +8n+3−(4n2 −1) = 4n2 +8n+3−4n2 +1 = 8n+4 > 0 ⇒ an+1 −an > 0 ⇔ an+1 > an

Como tem-se que n é um número natural, independentemente do seu valor


8n + 4 será sempre positivo, sendo a sucessão portanto uma sucessão monótona
crescente, visto que ∀n ∈ N, an+1 − an > 0
Sucessão monótona decrescente
Estudado quanto à monotonia a sucessão de termo geral bn = 5 − 4n, temos que:
bn+1 = 5 − 4(n + 1) = 5 − 4n − 4 = 1 − 4n

bn+1 −bn = 1−4n−(5−4n) = 1−4n−5+4n = −4 < 0 ⇒ bn+1 −bn < 0 ⇔ an+1 < an

3
Como qualquer termo desta sucessão é menor do que o seu anterior, visto que
∀n ∈ N, bn+1 − bn < 0 , a sucessão é uma sucessão monótona decrescente
Sucessão monótona constante
Estudado quanto à monotonia a sucessão de termo geral cn = 2 − sin(πn), temos
que:
Como n é sempre um número natural teremos que πn será sempre igual a 0.
cn+1 = 2 − sin(πn + 1) = 2
cn+1 − bn = 2 − (2) = 2 − 2 = 0 ⇒ cn+1 − cn = 0 ⇔ cn+1 = cn

Como qualquer termo desta sucessão é igual ao seu anterior, visto que ∀n ∈
N, cn+1 − cn = 0, a sucessão é uma sucessão monótona constante
Sucessão monótona decrescente em sentido lato
5 se n<4

Estudado quanto à monotonia a sucessão de termo geral xn =
−n se n> 4
temos que:
Observe-se que x1 = x2 = x3 = 5 e x4 = −4 Se n for n < 4, xn+1 = 5, então:

xn+1 − xn = 5 − (5) = 0 ⇒ xn+1 − xn = 0 ⇔ xn+1 = xn

Se n for n > 4, xn+1 = −(n + 1) = −n − 1, então:

xn+1 −wxn = −n−1−(−n) = −n−1+n = −1 < 0 ⇒ xn+1 −xn < 0 ⇔ xn+1 < xn

Tem se em qualquer dos casos, que ∀n ∈ N, xn+1 − xn 6 0, sendo a sucessão


uma sucessão monótona decrescente em sentido lato
Sucessão monótona crescente em sentido lato
2n se n ímpar

Estudado quanto à monotonia a sucessão de termo geral wn =
2n − 2 se n par
temos que:
Se n for ímpar,wn+1 é par, portanto wn+1 = 2(n + 1) − 2 = 2n, então:

wn+1 − wn = 2n − (2n) = 0 ⇒ wn+1 − wn = 0 ⇔ wn+1 = wn

Se n for par,wn+1 é ímpar, portanto wn+1 = 2(n + 1) = 2n + 2, então:

wn+1 −wn = 2n+2−(2n−2) = 2n+2−2n+2 = 4 > 0 ⇒ wn+1 −wn > 0 ⇔ wn+1 > wn
Tem se em qualquer dos casos, que ∀n ∈ N, wn+1 − wn ≥ 0, sendo a sucessão
uma sucessão monótona crescente em sentido lato

4
Sucessão não monótona
Estudado quanto à monotonia a sucessão de termo geral un = (n − 5)2 , temos
que:
un+1 = (n + 1 − 5)2 = (n − 4)2 = n2 − 8n + 16

un+1 −un = n2 −8n+16−[(n−5)2 ] = n2 −8n+16−(n2 −10n+25) = n2 −8n+16−n2 +10n−25 = 2n−9 < 0 ⇒


9
⇒n< 2

Como 2n − 9 < 0 ⇔ n < 29 , conclui-se que un+1 − un é negativo para os números


naturais menores do que 5, e positivo para qualquer número natural maior ou
igual a 5, sendo portanto uma sucessão não monótona.
Sucessões limitadas
Conjuntos majorados: Um subconjunto A de R diz-se majorado quando
existe um número real M, que se designa por majorante, tal que ∀a ∈ A, a 6 M
Conjuntos minorados: Um subconjunto A de R diz-se minorado quando
existe um número real m, que se designa por minorante, tal que ∀a ∈ A, a > m
Conjuntos limitados: Um subconjunto A de R diz-se limitado quando fot
majorado e minorado
Exemplo 1 Dado um conjunto A=]-3,7], podemos verificar que:
• -3 é o minorante de A
• 7 é o majorante de A
Também pode-se reparar que
] − ∞, −3] é o conjunto dos minorantes e que [7, +∞[ é o conjunto dos
majorantes, sendo este portanto um conjunto limitado.
Exemplo 2 Dado outro conjunto B=] − ∞, 5[, podemos verificar
que:
• não há minorante de B
• 5 é o majorante de B
Também pode-se reparar que
]5, +∞[ é o conjunto dos majorantes, sendo este portanto um conjunto
majorado não limitado.
Sucessões limitadas: Uma sucessão (un ) diz-se limitada quando for simulta-
neamente majorada e minorada, ou seja, se existirem números reais a e b, tais
que: ∀n ∈ N, a 6 un 6 b
Exemplo 3 Para mostrar que a sucessão (un ) definida por un = 3+ n1
é limitada, repare-se, em primeiro lugar que:
∀n ∈ N, 0 6 1
n 61

5
então, n ∈ N, 3 6 3 + 0 n1 6 4.
Conclui-se, assim que (un ) é limitada. Pode-se observar que 4 é o maior termo
da sucessão e, por isso, sendo A o conjunto dos termos de (un ), diz-se que 4 é o
máximo de A, também se pode observar que a sucessão não tem mínimo, uma
vez que nenhum minorante pertence à sucessão.
Analisando o exemplo anterior percebemos que dado um subconjunto A R,
designa-se por máximo de A um majorante que pertença a A e de mínimo um
minorante pertencente a A.
Segundo o conceito de mínimo e de máximo podemos verificar
então que toda a sucessão crescente é minorada e toda a sucessão decrescente é
majorada.
Sucessões definidas por recorrência
Sucessão definida por recorrência: Dada uma função f : A → A e a ∈ A, a
sucessão (un ) definida por 
u1 = a
un+1 = f (un ), ∀n ∈ N
diz-se definida por recorrência
Exemplo 4 Seja (un ) a sucessão definida, por recorrência, por:
u1 = 2


un+1 = 1+u
2 , ∀n ∈ N
n

1+ 32
Tem-se que u2 = 1+u1
2 = 3
2 e u3 = 1+u2
2 = 2 = 5
4

Exemplo 5 Seja (un ) a sucessão definida, por recorrência, por:


u1 = 4

un+1 = un − 3, ∀n ∈ N
Tem-se que:
• u1 = 4
• u2 = u1 − 3 = 4 − 3 = 1
• u3 = u2 − 3 = 1 − 3 = −2
• u4 = u3 − 3 = −2 − 3 = −5
• u5 = u4 − 3 = −5 − 3 = −8
Analisando a função quanto à monotonia:

un+1 = un − 3 ⇔ un+1 − un = −3 < 0 ⇒ un+1 − un < 0 ⇒ un+1 < un

Sendo portanto uma função monótona decrescente.


Progressão aritmética

6
Progressão aritmética
Uma progressão diz-se aritmética se a diferença entre 2 quaisquer termos suces-
sivos dessa sucessão for sempre igual (razão, r),ou seja, para se obter um termo
somasse uma razão ao termo  anterior. Sendo definida por:
u1 = a
un+1 = un + r, ∀n ∈ N
Sendo r obtido por r = un+1 − un
Exemplo 6 Seja (un ) a sucessão definida por un = 2n+1
3 com razão
3, é uma progressão aritmética, pois:
2

2(n+1)+1
un+1 − un = 3 − 2n+1
3 = 2
3

Analisando a lei de formação aplicada aos primeiros termos da


sucessão permite deduzir uma expressão para o termo geral
u2 = u1 + r = u1 + 1 ∗ r
u3 = u2 + r = u1 + r + r = u1 + 2 ∗ r
u4 = u3 + r = u1 + 2r + r = u1 + 3 ∗ r
Analisando, podemos afirmar que um termo de ordem n é igual ao primeiro
termo somado de (n-1) vezes a razão, r. Sendo assim obtido o termo geral da
progressão aritmética:
un = u1 + (n − 1)r
No entanto, por vezes não nos é dado o 1º termo e sim outro qualquer, por
exemplo se nos derem que u5 = −3 e que r=2, podemos substituir o termo geral
da seguinte forma:
un = u5 + (n − 5)r ⇔ un = −3 + (n − 5)2 ⇔ un = −3 + 2n − 10 ⇔ un = 2n − 13
Razão de uma progressão aritmética:Dada uma progressão aritmética (un )
u −u
de razão r, em que se conhecem up euq , com p 6= q, tem-se que r = pp−q q
Exemplo 7 Sejam b4 = 5 e b10 = 2 termos da sucessõa bn , a razão
da sucessão pode ser dada por:
r= b10 −b4
p−q = 2−5
10−4 = − 12
Sendo (un ) um progressão aritmética de razão r ∈ R:
• se r > 0, (un ) é estritamente crescente;
• se r < 0, (un ) é estritamente decrescente;
• se r = 0, (un ) é constante;
adgadug
adgadug
adgadug

7
Na sucessão:

Temos que N=8, pois u8 = 9 é o maior termo da sucessão


PN Para sabermos a somas
de todos os termos da sucessão seguimos a formula: i=1 ui = (u1 + uN ) ∗ N2 =
u1 +uN
2 ∗N
Substituindo:
P8
i=1 ui = (u1 + u8 ) ∗ = ∗ 8 = 44
8 2+9
2 2

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