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Conjunções numéricas

O que são conjuntos numéricos? São coleções de números


que compartilham alguma característica em comum, além do
fato de serem números. Conjuntos numéricos são coleções de
números que possuem características semelhantes. Eles
nasceram como resultado das necessidades da humanidade
em determinado período histórico.~

Módulo

Módulo ou valor absoluto de um número estão associados a sua distância do ponto de origem,
observe:

Percebemos que a distância entre os números é a mesma, dessa forma dizemos que o valor
absoluto dos números – 4 e + 4, indicados por |– 4| e |+ 4|, será 4.

O módulo ou valor absoluto de um número x pode ser indicado pelo próprio x, se x é positivo
ou nulo, e o simétrico de x, se x é negativo. Observe a conclusão geral:

Exemplos

|+3| = 3 e |–3| = –(–3) = 3

|10| = 10 e |–10| = –(–10) = 10

|x – 4| = x – 4, se x – 4 ≥ 0, ou seja, x ≥ 4 – (x – 4), se x – 4 < 0, ou seja, x < 4


Equações modulares

Chamamos de equações modulares as equações em que aparecem módulos de expressões


que contêm incógnita. Exemplos:

|x| = 7

|x + 6| = x + 6

|x – 3| + 4x = 7

|x + 2| = 4

Propriedades

Algumas propriedades são importantes para aplicarmos em soluções de equações modulares.


Essas são:

𝑥| ≥ 0 ∀𝑥 ∈ ℝ 𝑥 + 𝑦| ≤ |𝑥| + |𝑦|

|𝑥| = 0 ⇒ 𝑥 = 0 |𝑥 − 𝑦| ≥ |𝑥| − |𝑦|

|𝑥| ≥ 𝑥 ∀𝑥 ∈ ℝ |𝑥. 𝑦| = |𝑥|. |𝑦|

|𝑥| ≥ |−𝑥| ∀𝑥 ∈ ℝ 𝑥𝑦=𝑥𝑦

|𝑥 2 | = |𝑥| 2 = 𝑥 2 |𝑥| − |𝑦|| ≤ |𝑥 − 𝑦|

Exemplos

Vamos resolver a seguinte equação |3𝑥 + 1| = 2: • Pela definição de módulo, podemos dizer
que:

O que nos dá como solução, o valor de 𝑥 nas duas hipóteses, que são equações do primeiro
grau:
Logo a solução pode ser escrita como:

Exemplos

Resolveremos agora uma equação modular do 2º grau:

|𝑥² − 8𝑥 + 13| = 1

Resolvendo separadamente temos:

Perceba que neste caso, como tínhamos duas equações do segundo grau como as hipóteses
dos dois valores dos módulos, obtemos assim 4 soluções distintas, logo, podemos dizer que a
solução geral é a junção de todos os valores de 𝑥:

Há também equações modulares que possuem mais de uma expressão que estão dentro de
um módulo, por exemplo:

|3𝑥 + 2| = |6 − 𝑥|
Neste caso, a definição dos módulos continua valendo, mas é necessário escolher um dos
extremos da equação para tomar como o módulo principal, ou seja:

ou também podemos escolher:

Resolvendo qualquer uma das duas possíveis representações do valor do módulo, o resultado
final será o mesmo, basta resolver as equações do primeiro grau para obter os valores:

Inequação modular

É toda inequação cuja incógnita aparece em módulo.

Exemplos:

|x| > 6

|x| ≤ 4

|x + 3| > 7

|4x + 1| ≥ 3

Propriedades

Podemos utilizar as propriedades a seguir para resolver esse tipo de inequação:

|x| > a → x < – a ou x > a.

|x| < a → – a < x < a.

|x| ≤ a → – a ≤ x ≤ a.
|x| ≥ a → x ≤ – a ou x ≥ a.

|x – a| ≤ b → – b ≤ x – a ≤ b → a – b ≤ x ≤ a + b

Exemplos

|x| > 6

x < – 6 ou x > 6

S = {x ∈ R | x < – 6 ou x > 6}

|x| ≤ 4

–4≤x≤4

S = {x ∈ R | – 4 ≤ x ≤ 4}

x + 3| > 7

x + 3 < – 7 ou x + 3 > 7

Se x + 3 < – 7, então: x < – 7 – 3 x < – 10

Se x + 3 > 7, então: x > 7 – 3 x > 4

S = {x ∈ R | x < – 10 ou x > 4}
sucessão
Na matemática, a sequência numérica ou
sucessão numérica corresponde a uma função dentro de um
agrupamento de números. De tal modo, os elementos
agrupados numa sequência numérica seguem uma sucessão,
ou seja, uma ordem no conjunto.

 1. Sucessões Numéricas
Definição 1: Seja dada uma lei que faz corresponder a cada número natural 1,2,3,…,n,...
cada número real a1,a2 ,a3 ,…,an ,…. Diz-se que está definida uma sucessão de números
reais, ou seja, sucessão numérica que se designa por {an}ou {an}n ∞=1 , sendo a1 - o
primeiro termo, a2- o segundo termo, a3-o seu terceiro termo, etc, an- o n-ésimo termo.
Geralmente an=f (n ) é o termo geral da sucessão: an: N → R
n→ an=f (n)

Exemplos:
Ex1: Sucessão de números primos positivos (2,3,5,7,11,13,…)
Ex2: Sucessão de algarismos do sistema decimal de numeração (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9)
Ex3: Sucessão de números pares an=2n

Ex4 : an=nn+1, {n+n 1} , {1 2 , 2 3 , 3 4 , …, nn +1 , …}


n ∞=1

Ex5:un=(-1 )n( n+1)3n, { }


(-1)n3(nn+1) n ∞=1

Ex6: an=√n-2,n≥2

Ex7: {cos nπ 6 } n ∞=0


Uma sucessão pode ser finita, quando apresenta último termo ou infinita quando não
apresenta o último termo. As sucessões são indicadas por reticências no final.
Definição 2: Uma sucessão numérica {an } diz-se constante se todos os seus termos são
iguais a
um mesmo número constante a, isto é, an=a, ∀ n∈ N.
Definição 3: Uma sucessão numérica {an } diz-se limitada, sse
∃ k>0:|an|<k ,∀ n∈ N por exemplo, {(-1)n},an=cosn.

Exemplo: Considere a sucessão an=1+ n+1n

Mostre que é verdadeira a proposição 2<an≤ 3 ,∀ n∈N ¿. O que se pode concluir com a
veracidade da proposição anterior?

Resolução:

Portanto a proposição é verdadeira. Podemos concluir que a sucessão an é limitada.

Definição 4: Uma sucessão numérica {an}diz-se enquadrada por duas sucessões


{bn}e{cn} se se verifica a seguinte desigualidade dupla bn≤ an ≤ cn, ∀ n∈N.
Definição 5:
a) Uma sucessão numérica {an}diz-se crescente, sse an+1-an>0 ,∀ n∈N
b) Uma sucessão numérica {an}diz-se decrescente, sse an+1-an<0,∀ n∈N

c) Toda sucessão crescente ou decrescente é chamada sucessão monótona.

n+3
Exemplo: Estude a monotonia da sucessão an=
2!

, a sucessão ee crescente.

Definição 6: Chama-se subsucessão de uma sucessão {an}a qualquer sucessão que dela
se possa obter supressão de termos.
Exemplo: Considere a sucessão vn=(-2)n.
Os primeiros termos são -2, 4, -8,16, -32, 64,…
É evidente que em qualquer sucessão se pode extrair uma infinidade de subsucessões,
como por exemplo a subsucessão de termos de ordem impar: -2,-8,-32,… ou de ordem
par:4, 16, 64,…
Definição 7: Duas sucessões {an}e{bn} dizem-se iguais se e somente se, apresentam
mesmos termos na mesma ordem.
Definição 8: Chama-se soma das sucessões {an}e{bn} à sucessão {cn} tal que cn=an+bn
para todo n∈N.

Chama-se produto das sucessões {an}e {bn} à sucessão {cn} tal que cn=an∗bn para todo
n∈N.
Analogamente, chama-se quociente das sucessões {an}e {bn} à sucessão {cn} tal que
cn= a bn n, bn ≠0 para todo n∈N.

SUCESS’ES LIMITADAS

(iv) Un È estritamente decrescente se un+1 < un; 8n 2 N, isto È, se un+1 un < 0; 8n 2 N.

Uma sucessao crescente ou decrescente, em sentido lato ou estrito, È uma sucessao


monótona.

Uma sucessao crescente È limitada inferiormente, isto È, minorada. Pode ser, ou nao, limitada
superiormente (majorada). Analogamente, qualquer sucessao decrescente È majorada,
podendo ser, ou nao, minorada.

.1 Uma sucess„o Un diz-se limitada se o conjunto dos seus termos for um conjunto limitado.
Isto È, se existirem numeros reais A e B tais que:

: De modo analogo pode definir-se sucessao limitada, se

Sucessões monótonas

Uma sucessão (un) é decrescente se e só se ∀n ∈ N, un+1 −un


< 0. Uma sucessão (un) é crescente se e só se ∀n ∈ N, un+1
−un > 0. Se uma sucessão for crescente ou decrescente diz-
se monótona. Uma sucessão (un) é limitada se for minorada e
majorada.

Uma sucessão de números reais é uma função definida


por:
Numa sucessão u, a imagem de 1 é designada
por primeiro termo ou termo de ordem 1 e representa-se
por u1.
O termo de ordem n é chamado de termo geral da
sucessão e representa-se por un.
Sucessões monótonas
Monótona crescente

Monótona decrescente
Uma sucessão é monótona se for crescente ou
decrescente
Uma sucessão diz-se monótona em sentido lato se for
crescente em sentido lato ou decrescente em sentido lato.

Limites no infinito (ou tendendo ao infinito) são aqueles


em que a variável da função tende ao infinito. E
representamos de duas formas:

limx→+∞f(x)=L
Para quando 𝑥 tende a “mais” infinito, ou:

limx→−∞f(x)=L
Quando 𝑥 tende a “menos” infinito.

Assim como a definição formal de limites, existe também uma


definição formal para limites tendendo ao infinito, que não
difere muito da de limites comuns. Abaixo, a definição para
mais infinito:

Seja 𝑓 uma função e 𝑎 um ponto que pertence ao


intervalo ]𝑎 ,+∞[, contido no domínio de 𝑓. Para qualquer
𝜀>0 existe 𝛿>0, com 𝛿>𝑎 tal que

𝑥 > 𝛿 ⇒ 𝐿−𝜀 < 𝑓(𝑥) < 𝐿+𝜀

O limite L, quando existe, é único e representamos por:

limx→+∞f(x)=L
Há também uma definição para os limites tendendo a menos
infinito:
Seja 𝑓 uma função e 𝑎 um ponto que pertence ao intervalo ]
−∞ ,𝑎[, contido no domínio de 𝑓. Para qualquer 𝜀>0 existe
𝛿>0, com −𝛿<𝑎 tal que

𝑥 < −𝛿 ⇒ 𝐿−𝜀 < 𝑓(𝑥) < 𝐿+𝜀


O limite L, quando existe, é único e representamos por:

limx→−∞f(x)=L
1) Vamos calcular um limite fundamental usando a definição
formal de limites tendendo a mais infinito:

limx→+∞1x=L
Primeiramente, analise o gráfico desta função:

Observe que quanto maior for o valor de 𝑥, mais próximo 𝑓(𝑥)


está de zero, o que intuitivamente poderíamos concluir que o
limite desta função tendendo ao infinito é zero. Mas, podemos
provar este fato usando a definição formal de limites:

Dado 𝜀>0 e, sendo δ=1ϵ dizemos que:


x>δ⇒0<1x<ϵ
Logo,

x>δ⇒0−ϵ<1x<0+ϵ
Concluindo então que:

limx→+∞1x=0
2) Agora, calculemos o limite:

limx→±∞sen xx
Construindo o seu gráfico temos:

Apenas analisando o gráfico podemos dizer que:

limx→+∞sen xx=limx→−∞sen xx=0


3) O limite a seguir terá um valor para mais infinito e outro
para menos infinito:

limx→∞xex
Observe o gráfico
Analisando, percebemos que para −∞ o gráfico é uma
assíntota do eixo 𝑥, o que remete a um limite igual a zero
quanto maior for o valor de 𝑥. Mas, para +∞ o limite diverge
para valores de 𝑥 cada vez maiores, o que nos dá um limite
infinito, conclusão:

limx→+∞xex=+∞
limx→−∞xex=0
indeterminações

Se aplicarmos as regras operatórias sobre limites para a determinação


de um limite de uma função, somos por vezes confrontados com o
aparecimento de expressões que conjugam infinitésimos com
infinitamente grandes, infinitésimos com infinitésimos ou infinitamente
grandes com infinitamente grandes, de tal forma que não podemos
aferir de imediato o valor desse limite, caso exista.
A essas expressões designamos por indeterminações, e devemos
proceder ao seu levantamento que consiste basicamente em redefinir
o próprio limite de modo a eliminar pelo menos um infinitésimo ou um
infinitamente grande, conforme os casos.
Indeterminações do tipo
Seja, por exemplo, o limite em que, ao aplicarmos as regras
operatórias dos limites, somos conduzidos a uma indeterminação do
0
tipo 0 . Tal situação decorre do facto de tanto a expressão do
numerador como a do denominador se anularem para x = 2.
Coloquemos então em evidência os fatores que se anulam:

Como o domínio da expressão do limite é \ , o valor de x é


sempre diferente de 2, logo:

Indeterminações do tipo

Seja, por exemplo, o limite em que, ao aplicarmos as


regras operatórias dos limites, somos conduzidos a uma

indeterminação do tipo . Tal situação decorre do facto de tanto a


expressão do numerador como a do denominador corresponderem a
infinitamente grandes. Coloquemos então em evidência os monómios
de maior grau:

É de notar que as expressões a vermelho são infinitésimos (tendem


para zero quando x tende para infinito), pelo que:
Indeterminações do tipo ∞ - ∞

Seja, por exemplo, o limite com x > 0, em que ao


aplicarmos as regras operatórias dos limites, somos conduzidos a uma
indeterminação do tipo ∞ - ∞. Tal situação decorre do facto de tanto a
expressão irracional√ x+ 1como a expressão irracional
corresponderem a infinitamente grandes. Um processo para levantar
este tipo de indeterminações é multiplicar e dividir a expressão
- pela sua expressão conjugada, + , pelo que:

"Progressão arimética é uma sequência numérica em que a diferença entre um termo e seu
antecessor resulta sempre em um mesmo valor, chamado de razão. Por exemplo, considere a
sequência a seguir:

(2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20...)

Vamos observar o que acontece com a subtração de qualquer termo pelos seus antecessores:

20 – 18 = 2

18 – 16 = 2

16 – 14 = 2

14 – 12 = 2

4–2=2

Podemos então dizer que a razão (r) dessa sequência numérica é 2. Considere a seguinte
sequência numérica:

(a1, a2, a3, a4, …, an-1, an, ...)

Essa sequência numérica pode ser classificada como uma Progressão Aritmética (PA) se para
qualquer elemento da sequência valer:
an = an-1 + r, sendo que r é a razão da PA

Uma progressão aritmética pode ser classificada como:

PA Crescente

Uma PA é dita crescente se cada termo da sequência for maior que o termo anterior. Isso
acontece sempre quando a razão é maior do que zero. Exemplos:

(1, 2, 3, 4, 5, 6, …) → r = 1

(-20, -10, 0, 10, 20, 30,...) → r = 10

PA Constante

Uma PA é considerada constante se cada termo da sequência for igual ao termo anterior ou
posterior. Isso acontece sempre quando a razão é igual a zero. Exemplos:

(1, 1, 1, 1, 1, 1, …) → r = 0

(30, 30, 30, 30, 30, 30,...) → r = 0

PA Decrescente

Dizemos que uma PA é decrescente se cada termo da sequência for menor que o termo
anterior. Isso acontece sempre quando a razão é menor do que zero. Exemplos:

(-5, -6, -7, -8, -9, -10, -11, …) → r = -1

(15, 10, 5, 0, -5, -10,...) → r = -5

Dada uma progressão aritmética qualquer, conhecendo o primeiro termo da sequência e a


razão da progressão, nós conseguimos identificar qualquer outro elemento dessa PA. Observe
que um termo subtraído de seu antecessor sempre resulta na razão. Em uma PA, conseguimos
escrever n igualdades que seguem esse padrão, o que permite a montagem de um sistema de
equações. Somando as (n - 1) equações lado a lado, teremos:

a2 – a1 = r

a3 – a2 = r

a4 – a3 = r

a5 – a4 = r

an – an-1 = r
an – a1 = (n – 1).r

an = a1 + (n – 1).r

Essa fórmula é chamada de Termo Geral de uma PA e, através dela, conseguimos identificar
qualquer termo de uma progressão aritmética.

Se desejarmos identificar a Soma dos termos de uma PA Finita, podemos observar que, em
qualquer progressão aritmética finita, a soma do primeiro e do último termo é igual à soma do
segundo termo com o penúltimo termo e assim por diante. Vejamos um esquema a seguir
para exemplificar esse fato. Sn representa a soma dos termos.

Sn = a1 + a2 + a3 + … + an-2 + an-1 + an,

a1 + an = a2 + an-1 = a3 + an-2

Ao somar cada dupla de termos, encontramos sempre o mesmo valor. Podemos concluir que o
valor de Sn será o produto dessa soma pela quantidade de elementos que a PA possui, dividido
por dois, pois estamos somando os elementos “dois a dois”. Ficamos então com a seguinte
fórmula:

Sn = (a1 + an).n

Progressão geométrica é uma sequência numérica que possui


uma razão fixa q e, a partir do primeiro termo, os termos são
cálculos pela razão q vezes o seu antecessor. Uma progressão
geométrica pode ser crescente, quando sua razão for maior que
um; decrescente, quando a razão for um número entre zero e um;
constante, quando a razão for exatamente um; e oscilante,
quando a razão for menor que zero.

Essa sequência pode ser finita, quando há limitação de termos na


sequência, ou infinita, caso ocorra exatamente o contrário. A
equação do termo geral de uma progressão geométrica e a soma
de todos os seus termos são calculadas a partir de fórmulas
específicas, que dependem do primeiro termo e da razão.

Leia também: Moda, média, mediana – medidas de posição


numérica
O que é uma progressão geométrica?

Progressão geométrica (PG) é uma sequência numérica em que,


após o primeiro termo, os termos posteriores da sequência são
construídos a partir da multiplicação de uma razão q pelo
termo antecessor.

Exemplo:

- PG de razão 3 em que o primeiro termo é 2.

Os termos da sequência são representados por (a 1, a2, a3, a4, a5 …).

a1 = 2

a2 = 2.3 = 6

a3 = 6.3 = 18

a4 = 18.3 = 54

a5 = 54.3 = 162.

A PG do exemplo é, portanto, (2,6,18,54,162...).


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A razão de uma PG pode ser encontrada a partir da divisão de


um termo da sequência pelo seu antecessor. Ao fazer isso, caso
ela seja realmente uma progressão geométrica,
essa divisão sempre será igual a q.

Exemplo:

(1, 2, 4, 8, 16, 32)

Logo, essa PG possui razão q = 2.


Na imagem, os grãos de arroz representam uma PG.

Propriedades da PG

→ 1ª propriedade

Devido ao comportamento da PG, ela preserva algumas


propriedades. A primeira delas é que o produto de termos
equidistantes do extremo é sempre igual.

Exemplo:

(2, 8, 32, 128, 512, 2048)

2∙ 2048= 4096

8∙512 = 4096

32 ∙128 = 4096

Quando a PG possui uma quantidade ímpar de termos, há


um termo central. Esse termo ao quadrado também é igual ao
produto dos termos equidistantes.

Exemplo:

(1, 2, 4, 8, 16, 32, 64)


1∙ 64 = 64

2∙32 = 64

4∙16 = 64

8∙8 = 64

→ 2ª propriedade

O termo central da PG é também a sua média geométrica.

Veja também: Proporção – comparação entre duas grandezas

Classificação de uma PG

Uma PG pode ser classificada como finita, quando existir uma


qualidade limitada de termos, ou infinita. Além disso, também
classificamos a PG de acordo com seu comportamento, podendo
ser crescente, decrescente, constante e oscilante. Essa classificação
depende diretamente da razão q.

 Crescente: Para que ela seja crescente, o segundo termo deve


ser maior que o primeiro e assim sucessivamente, ou seja, a1 <
a2 < a3 < a4 < … < an. Uma PG é crescente se, e somente se, a
razão for maior que um, ou seja, q > 1. Exemplo: (2, 10, 50, 250,
…), q = 5, logo a PG é crescente.

 Constante: Para que ela seja constante, os termos precisam ser


todos iguais: a1 = a2 =...= an. Uma PG é constante se, e
somente se, a razão for igual a 1, ou seja, q = 1. Exemplo: (2, 2,
2, 2, 2, 2), q = 1, logo a PG é constante.
 Decrescente: Para que ela seja decrescente, o segundo termo
deve ser menor que o primeiro e assim sucessivamente, ou
seja, a1 > a2 > a3 > a4 > … > an. Uma PG é decrescente se, e
somente se, a razão for um número entre zero e um, ou seja, 0
> q > 1. Exemplo:

 Oscilante: Para que ela seja oscilante, os termos são


alternadamente negativos e positivos, o que ocorre quando a
razão é negativa, ou seja, q < 0. Exemplo: (1,-4,8,-32,128…) e q
= - 2, logo a PG é oscilante.

Termos de uma PG

Os termos de uma PG podem ser encontrados a partir de uma


fórmula que depende somente do termo inicial e da razão. A
fórmula para encontrar os termos de uma PG é:

Demonstração da fórmula:

Exemplo: Encontre o 9º termo de uma PG que possui a 1 = 3 e q =


5.
Termo geral de uma PG

Quando conhecemos o primeiro termo e a razão, é possível


simplificar a fórmula do termo de uma PG para encontrarmos o
termo geral, que depende somente do valor de n que queremos
encontrar. Para isso, substituímos o valor do primeiro termo e da
razão na fórmula.

Exemplo:

Encontre o termo geral da PG sabendo que a 1 = 81 e q = 1/3.

Resolução:

Note que agora, dado o valor de n, é possível encontrar qualquer


termo dessa sequência.

Soma dos termos de uma PG

Somar os termos de uma PG seria uma tarefa bastante trabalhosa


se a quantidade dos termos fosse muito grande. Para somas
pequenas, a escrita desses termos e a realização da soma
bastariam. Porém, há problemas em que o interesse é realizar
a soma dos n termos de uma PG, mas a quantidade de termos a
serem somados é grande. Nesses casos, devemos usar a seguinte
fórmula:
Note que essa fórmula depende do valor de n, ou seja, ela só
serve para uma quantidade limitada de valores, por isso dizemos
que essa é a soma dos termos de uma PG finita.

Exemplo:

Qual é o valor da soma dos 10 primeiros termos da PG (3,6,12, 24,


…)?

Resolução:

Temos que a1 = 3, n = 10 e, ao dividir um termo pelo antecessor,


vamos encontrar a razão (q = 2).

Assim, a soma dos 10 primeiros termos será:

Um caso particular para soma dos termos da PG é quando ela é


infinita e decrescente. Nesse caso, a razão q é um número entre
zero e 1 (0 < q < 1). Com isso, é possível encontrar uma nova
fórmula que só serve para esses casos:
Exemplo:

Calcule a soma de todos termos da sequência a seguir:

Resolução:

Diferença entre PA e PG

A comparação entre as progressões é muito comum, e as


diferenças estão na definição de cada uma delas. Na progressão
aritmética, a partir do primeiro termo, existe uma razão r que
é somada ao primeiro termo para gerar o segundo termo, logo,
de um termo para o outro, a diferença sempre é igual à razão. Já
na progressão geométrica, a partir do primeiro termo, a
razão q é multiplicada pelo primeiro termo para gerar o segundo
termo, logo a divisão do termo pelo seu antecessor sempre vai ser
igual à razão.

Os termos de uma progressão geométrica crescente


aumentam muito mais rápido que os termos de uma progressão
aritmética. Isso pode ser visto no exemplo a seguir, em que as
progressões possuem mesma razão e mesmo valor inicial, mas
uma é geométrica e a outra é aritmética.

Progressão aritmética de termo a1 = 1 e q = 2:

A sequência será (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19 …).

Progressão geométrica de termo a1 =1 e q = 2

A sequência será (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, …).
BRASIL ESCOLA: Matemática: Equação modular. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-modular.htm Acesso em: 23 set. 2020.

INFOESCOLA. Matemática: Equação modular. Disponível em:


https://www.infoescola.com/matematica/equacao-modular/ Acesso em: 23 set. 2020.

BRASIL ESCOLA. Matemática: Inequações modulares. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/matematica/inequacaomodulares.htm Acesso em: 25 set.
2020.
INFOESCOLA. Matemática: Inequação modular. Disponível em:
https://www.infoescola.com/matematica/inequacao-modular/ Acesso em: 25 set. 2020.

Referências Bibliográficas:

GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo: Volume


1. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2001.

PISKUNOV, N. Cálculo Diferencial e Integral: Volume


1. Moscou: Editora Mir, 1977.

ROGAWSKI, Jon. Cálculo: Volume 1. Porto Alegre:


Bookman, 2009.
1. Encyclopaedia perthensis, editada por J. Brown (1816) [google books]

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