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H. Clark
Lição 5 – Sequências Monótonas, Subsequências, C. Vinagre
Introdução
O
Também nesta Lição, todas as sequências serão de números reais e
ÇA˜
serão chamadas simplesmente sequência ou sucessão.
Sequências Monótonas
A
Definição 5.1 Diz-se que (xn )n∈N é uma sequência não-decrescente quando
R
xn ≤ xn+1 para todo n ∈ N e que (xn )n∈N é crescente quando xn < xn+1 para
todo n ∈ N. Em particular, sequências crescentes constituem um caso es-
A
Prova: A hipótese é que (xn )n∈N é monótona e limitada. Há dois casos a
considerar:
1
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
Elementos
de
Análise Caso (a) Suponha que (xn )n∈N é uma sequência limitada não-decrescente.
Real Sendo limitada, tem-se, pela Definição 4.3, que o conjunto dos valores de
(xn )n∈N , A = {xn ; n ∈ N} é limitado. Então, pelo Axioma do Supremo,
existe s = sup A. Resta mostrar que lim xn = s. Com efeito, considere ϵ > 0
fixado. Então, pelo Lema 2.1, s − ϵ não é cota superior de A. Portanto,
existe n0 ∈ N tal que s − ϵ < xn0 . Seja n ∈ N tal que n > n0 . Como
(xn )n∈N é uma sequência não-decrescente então xn0 ≤ xn , e assim segue que
s − ϵ < xn0 ≤ xn ≤ s < s + ϵ. Pode-se então afirmar que |xn − s| < ϵ para
todo n > n0 . Logo, pela Definição 4.2, xn → s quando n → ∞.
Caso (b) (xn )n∈N é uma sequência limitada não-crescente. Sendo limitada,
O
tem-se pela Definição 4.3 que A = {xn ; n ∈ N} é um conjunto limitado.
Daı́ e pela Proposição 2.4, existe i = inf A. A prova de que lim xn = i é
ÇA˜
inteiramente análoga ao caso (a) e fica como um exercı́cio.
√
Exemplo 5.1 (a) Mostrar que lim(1/ 3 n) = 0 (1 ). De fato, note que
√
(1/ 3 n)n∈N é uma sequência decrescente, para n ∈ N tem-se n < n + 1 (2 )
√ √
A
e assim 1/ 3 n + 1 < 1/ 3 n. Ou seja, xn+1 < xn . Como n ∈ N foi arbitra-
R
riamente fixado, então xn+1 < xn para todo n ∈ N. Além disso, o conjunto
{xn ; n ∈ N} é limitado (inferiormente por zero e superiormente por x1 = 1,
A
pois a sequência é decrescente). Portanto, pela Definição 4.3 a sequência é
EP
1 1
L3 = (lim xn )3 = lim(xn )3 = lim = 0 ⇒ L = lim 1/3 = 0.
n n
2
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
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C. Vinagre
O
de um número real positivo x, denotado por ln x, é definido pela equação
ÇA˜
eln x = x.
( )
1 n
(c) Mostrar que e = lim 1 + .
n→∞ n
Chame xn = (1 + 1/n)n e fixe n ∈ N. Usando a fórmula binomial,
veja Exemplo 4.2 (d), tem-se A
R
n 1 n(n − 1) 1 n(n − 1)(n − 2) · · · 2 · 1 1
xn = 1 + · + · 2 + ··· + · n
1 n 2! n n! n
A
( ) ( )( ) ( )
1 1 1 1 2 n−1
=1+1+ 1− + ··· + 1− 1− ··· 1 − .
EP
2! n n! n n n
Fazendo o mesmo para xn+1 e comparando as respectivas parcelas, vê-se que
xn+1 < xn . (3 ) (Verifique!) Além disso, da expressão de xn tem-se que
PR
Resta mostrar que lim xn = lim sn = e. Com efeito, pelo Corolário 4.1,
tem-se que lim xn ≤ lim sn = e, pois xn < sn para todo n ∈ N e ambas as
sequências são convergentes. Agora, tomando n > m, vale
( ) ( )( ) ( )
1 1 1 1 2 m−1
xn ≥ 1 + 1 + 1− + ··· + 1− 1− ··· 1 − .
2! n m! n n n
Fixando m e fazendo n → ∞ obtém-se
1 1
lim xn ≥ 1 + + ··· + = sm .
2! m!
Fazendo m → ∞, resulta que lim xn ≥ lim sm = e. Logo, lim xn = e.
m→∞
3
As quatro primeiras parcelas de xn+1 na forma binomial, são
n n(n − 1)(n + 2)
xn+1 = 1 + 1 + + .
(n + 1)2 2!(n + 1)3
3
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
Elementos
de
Análise Subsequências
Real
Obtém-se uma subsequência de uma sequência dada, escolhendo-se
termos da sequência obedecendo-se a ordem estritamente crescente dos ı́ndices.
Definição 5.2 Seja (xn )n∈N uma sequência de números reais e (nk )k∈N
uma sequência crescente de números naturais, n1 < n2 < · · · < nk < · · · . A
sequência (xnk )k∈N = (xn1 , xn2 , . . . , xnk , . . . ) é chamada uma subsequência
de (xn )n∈N .
O
x : N → R. Dada uma função n : N → N qualquer (isto é, uma sequência
de números naturais), a função composta x ◦ n : N → R é também uma
ÇA˜
sequência de números reais. Uma subsequência da sequência (xn )n∈N é o
caso particular desta situação em que a função n é crescente. Ou seja,
para obter-se uma subsequência de (xn )n∈N , escolhe-se termos da sequência
A
respeitando-se uma ordem estritamente crescente dos ı́ndices.
Por exemplo, as sequências (1/2k)k∈N e (1/(2k − 1))k∈N são ambas
R
subsequências da sequência (1/n)n∈N , com nk = 2k e nk = 2k − 1 para
A
k ∈ N, respectivamente. Outros exemplos de subsequências dessa mesma
sequência são as sequências (1/2k )k∈N e (1/k!)k∈N , onde nk = 2k e nk = k!,
EP
k∈N k∈N
Teorema 5.2 Se uma sequência (xn )n∈N converge para L ∈ R então qual-
quer subsequência (xnk ) de (xn )n∈N também converge para L.
EM
Prova: Seja (xn )n∈N uma sequência tal que lim xn = L e seja (xnk ) uma
n→∞
subsequência de (xn )n∈N . Deve-se mostrar que lim xnk = L . Seja ϵ > 0.
nk →∞
Pela Definição 4.2, para este ϵ > 0 existe n0 tal que
4
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
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Corolário 5.1 Sejam (xn )n∈N uma sequência e (xnk )nk ∈N e (xnj )nj ∈N duas
subsequências de (xn )n∈N que convergem para limites diferentes. Então a
sequência (xn )n∈N é divergente.
Prova: De fato, suponha por absurdo que a sequência (xn )n∈N é conver-
gente. Então, do Teorema 5.2 as duas subsequências convergem para o
mesmo limite. Isto contraria a hipótese, de que elas convergem para limites
diferentes. Portanto, a sequência (xn )n∈N não é convergente.
( 1 )n2
Exemplo 5.2 (a) lim 1 + 2 = e. De fato, a sequência (yk )k∈N
( ) 2
n
k
onde yk = 1 + 1/k 2 é uma subsequência da sequência (tn )n∈N onde
O
n
tn = (1 + 1/n) , cuja convergência foi estudada no Exemplo 5.1 (c). Logo,
( )k 2
ÇA˜
pelo Teorema 5.2, lim 1 + 1/k 2 = lim(1 + 1/n)n = e.
(b) A sequência
( )
1 + (−1)n (−1)n
(xn )n∈N =
2
−
n A n∈N
R
é divergente. Com efeito, as subsequências (x2k−1 )k∈N e (x2k )k∈N de
1
(xn )n∈N são tais que x2k−1 = 2k−1 e x2k = 1 − 2k
1
, se k ∈ N, e portanto, con-
A
é divergente.
monótonas, basta que exista uma subsequência limitada para se poder ga-
rantir que a sequência é convergente.
Prova: Exercı́cio.
5
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Elementos
de
Análise Prova: • Aqui P[n] é pun+1 > √u√ n q. De fato, em primeiro lugar, tem-se que
√ √ √ √
Real u1 = √ 2 e u2 = 2u1 = 2 2. Como 2 > 1 então 2 2 > 2 e daı́,
√ √
u2 = 2 2 > 2 = u1 , ou seja, p[1] é verdadeira. Suponha agora que n ∈ N
e que un+1 > un , ou seja, P[n] é verdadeira (esta é a HI). Deve-se provar que
un+2 > un+1 . De fato, da hipótese de indução vem que 2un+1 > 2un ; daı́
√ √
un+2 = 2un+1 > 2un = un+1 ,
ou seja, P[n+1] é verdadeira. Mostrou-se que para todo n ∈ N, P[n] implica
P[n+1]. Junto com a outra etapa, pode-se concluir pelo PIM, que a sequência
(un )n∈N é monótona crescente.
• Um raciocı́nio semelhante, por indução (PIM) sobre n, permite concluir que
O
(un )n∈N é limitada superiormente por 2. (Faz parte do seu estudo fazer estas
ÇA˜
contas, neste caso P[n] é pun ≤ 2q).
• Sendo (un )n∈N crescente e limitada, pelo Teorema 5.1, (un )n∈N converge.
Ou seja, existe L ∈ R tal que lim un = L . Como (un+1 )n∈N é uma sub-
n→∞
sequência de (un )n∈N , o Teorema 5.2 garante que lim un+1 = L . Logo
√
L = lim un+1 = lim 2un = 2L .
n→∞ n→∞
A
√
n→∞
R
A última passagem vem do resultado do Exemplo 4.1 (b). Chega-se assim que
√
L = 2L. Resolvendo, chega-se a L = 2 ou L = 0. Mas L = 0 não é possı́vel
A
Exemplo 5.4 (a) Seja (an )n∈N a sequência definida pela relação de re-
corrência
1
a1 = 0 e an+1 = (an + 1) .
2
EM
6
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O
n→∞
é uma subsequência de (an )n∈N então pelo Teorema 5.2 (ou Proposição 5.1)
ÇA˜
tem-se L = lim an+1 . Assim, pela definição da sequência tem-se que
n→∞
1 1( )
L = lim an+1 = lim (an + 1) = lim (an + 1)
n→∞ n→∞ 2 2 n→∞
1( ) 1
= ( lim an ) + 1 = (L + 1) .
2 n→∞ 2 A
R
Daı́, L = (L + 1) /2, o que implica L = 1. Logo, o limite de (an )n∈N é 1.
A
(b) Seja (xn )n∈N definida pela relação de recorrência
EP
xn
x1 = 1, xn+1 = +1 para todo n ∈ N.
3
Mostre usando o PIM, que (xn )n∈N é crescente e limitada superiormente
PR
por 2. Conclua que (xn )n∈N é convergente e usando o Teorema 5.2 que
xn → 3/2.
(i) Deve-se mostrar que xn < xn+1 ≤ 2 para todo n ∈ N. Note que
Agora suponha que k ∈ N e que valha xk < xk+1 ≤ 2 para este k fixado.
Daı́,
xk xk+1 2 xk xk+1 2 5
< ≤ ∴ +1< +1≤ +1= .
3 3 3 3 3 3 3
Logo, vale xk+1 < xk+2 ≤ 2. Pelas duas etapas anteriores e pelo PIM,
conclui-se que 1 ≤ xn < xn+1 < 2 para todo n ∈ N.
(ii) O limite da sucessão é 3/2. Como (xn )n∈N é crescente e limitada,
tem-se, pelo Teorema 5.1, que existe L = lim xn . Daı́ e do Teorema 5.2,
a subsequência (xn+1 )n∈N converge para o mesmo limite L de (xn )n∈N . Ou
seja,
(x ) ( lim x )
L L
n n
L = lim xn+1 = lim +1 = +1 = +1 ∴L= +1
3 3 3 3
obtém-se 3L = L + 3 e daı́ segue que L = 3/2.
7
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
Elementos
de
Análise (c) Seja (xn )n∈N definida indutivamente por
Real √
x1 = 0, xn+1 = 2 + xn para todo n ∈ N.
e, assim 0 ≤ xk+1 < xk+2 ≤ 2. Pelo PIM, 0 ≤ xn < xn+1 ≤ 2 para todo
O
n ∈ N.
ÇA˜
(ii) Como (xn )n∈N é uma sequência crescente e limitada, o Teorema 5.1
assegura que existe L = lim xn (com L = sup{xn ; n ∈ N}). Como a sub-
sequência (xn+1 ) converge para o mesmo limite que (xn )n∈N (Teorema 5.2),
√
√ A
tomando o limite na relação xn+1 = 2 + xn , usando o Exemplo 4.5 (b) e
o Teorema 4.6, obtém-se L = 2 + L e 0 ≤ L ≤ 2. Vê-se então que L é
R
uma raiz não-negativa da equação x2 − x − 2 = 0 cujas raı́zes são −1 e 2.
A
Logo L = 2. como afirmado.
EP
Teorema de Bolzano-Weierstrass
Prova: Seja (xn )n∈N uma sequência limitada com o seu conjunto-imagem,
{xn : n ∈ N}, infinito (caso contrário, basta tomar uma subsequência cons-
EM
tante). Como, por hipótese, (xn )n∈N é limitada então todos os seus valores
estão contidos num intervalo fechado I. Seja c o comprimento de I.
I
c=b−a
a b
Dividindo este intervalo I ao meio, obtém-se dois novos intervalos
(fechados) de mesmo comprimento c/2.
I1 c b−a
2 = 2
a c b
2
Um dos quais necessariamente conterá infinitos elementos da sequência.
Seja I1 este intervalo (se os dois intervalos contiverem infinitos elementos da
sequência, escolhe-se qualquer um deles para ser I1 ). O mesmo procedi-
mento aplicado a I1 conduz a um intervalo fechado I2 , de comprimento
c/22 , contendo infinitos elementos da sequência.
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Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
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I2 c b−a
22
= 22
a c b
22
Continuando indefinidamente com este procedimento, obtém-se uma sequência
de intervalos fechados e encaixados In , tais que
I1 ⊃ I2 ⊃ . . . ⊃ In ⊃ . . .
O
(xn )n∈N no intervalo I2 de modo que n2 > n1 (como em I2 existem infinitos
ÇA˜
elementos da sequência, isto será possı́vel), um elemento xn3 no intervalo
I3 de tal modo que n3 > n2 , e assim sucessivamente. Portanto, obtém-se
uma subsequência (xnk )nk ∈N da sequência (xn ) onde para cada nk ∈ N, vale
xnk ∈ Ink . Mostra-se, agora, que (xnk )nk ∈N converge para L. De fato, seja
A
ϵ > 0. Pela Propriedade Arquimediana, existe n0 ∈ N tal que n0 > c/ϵ.
Então, se nk ∈ N e nk ≥ n0 então
R
L, xnk ∈Ink c c c
|xnk − L| ≤ ≤ ≤ < ϵ.
A
2nk nk n0
EP
Definição 5.3 Diz-se que (xn )n∈N é uma sequência de Cauchy quando para
todo ϵ > 0 existe n0 ∈ N tal que para todos m, n ∈ N, se m > n0 e n > n0
EM
1 1
2
− 2 < ϵ.
m n
Note que é muito parecido com a Definição 4.2 de limite de sequência (na
verdade, possuem a mesma “estrutura lógica”).
Como quem orienta a demonstração, na maioria das vezes, é a própria
estrutura do enunciado que se deve provar, a demonstração de que (1/n2 )n∈N
é sequência de Cauchy tem as seguintes passagens, necessariamente:
9
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
Elementos
de
Análise Seja (ou suponha) ϵ > 0 onde ϵ ∈ R.
Real Pela Propriedade Arquimediana, existe um natural n0 > . . . ·
Sejam m, n ∈ N tais que m, n > n0
(Note que m, n > n0 significa m > n0 e n > n0 ).
Então |1/m2 − 1/n2 | . . . . . . . . . ·
..
.
contas
..
.
Então |1/m2 − 1/n2 | < . . . < ϵ.
Como no caso da Definição 4.2 de limite, é necessário
O
fazer um procedimento algébrico preliminar para achar n0 .
ÇA˜
Exemplo 5.5 Mostre, pela definição, que (1/n2 )n∈N é uma sequência de
A
Cauchy. De fato, suponha ϵ > 0. Pela Propriedade Arquimediana, existe
√
R
n0 ∈ N tal que n0 > 2/ϵ. Sejam m, n ∈ N tais que m, n > n0 . Portanto,
A
1 1 1 1
− < 2+ 2.
m2 n2 m n
EP
√
Como m > n0 , n > n0 e n0 > 2/ϵ então 1/m2 < 1/n20 < ϵ/2 e
1/n2 < 1/n20 < ϵ/2. Daı́,
PR
1 1 1 1 ϵ ϵ
− < 2 + 2 < + = ϵ.
m2 n2 m n 2 2
Dizer que (xn )n∈N não é uma sequência de Cauchy significa existir
ϵ0 > 0 tal que para todo k ∈ N, existem mk , nk ∈ N tais que mk > n0 ,
nk > n0 e |xmk − xnk | ≥ ϵ0 .
Lema 5.1 Se uma sequência (xn )n∈N é convergente então (xn )n∈N é uma
sequência de Cauchy.
10
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Prova: Por hipótese existe L ∈ R tal que L = lim xn . Então, dado ϵ > 0
existe n0 = n0 (ϵ/2) ∈ N tal que se n > n0 então |xn − L| < ϵ. Logo, para
todos m, n ∈ N, satisfazendo m > n0 , n > n0 , tem-se
O
Lema 5.2 Toda sequência de Cauchy é limitada.
ÇA˜
Prova: Por hipótese (xn )n∈N é uma sequência de Cauchy. Seja ϵ = 1. Se
n0 = n0 (1) e n > n0 então |xn − xn0 +1 | < 1. Logo, pela deiguadade
triangular, tem-se |xn | ≤ |xn0 +1 | + 1 para todo n >0 . Seja
A
M = max{|x1 |, |x2 |, . . . , |xn0 |, |xn0 +1 | + 1}.
R
Então resulta que |xn | ≤ M para todo n ∈ N. Logo, (xn )n∈N é limitada.
A
EP
Prova: (⇒) O Lema 5.1 assegura que toda sequência convergente é uma
sequência de Cauchy.
(⇐) Seja (xn )n∈N uma sequência de Cauchy. Então, pelo Lema 5.2, (xn )n∈N
é limitada. Portanto, pelo Teorema de Bolzano-Weierstrass 5.3, existe uma
EM
11
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Elementos
de
Análise Limites Infinitos
Real
Algumas sequência divergentes possuem um comportamente especı́fico:
é conveniente ter-se uma definição para a situação descrita dizendo-se que
sequência (xn )n∈N “tende a ±∞”.
(i) Diz-se que (xn )n∈N tende a +∞, e escreve-se lim xn = +∞, se para
todo M > 0 existe n0 = n0 (M ) ∈ N tal que se n > n0 então xn > M .
O
(ii) Diz-se que (xn )n∈N tende a −∞, e escreve-se lim xn = −∞, se para
todo M > 0 existe n0 = n0 (M ) ∈ N tal que se n > n0 então xn < −M .
ÇA˜
(iii) Diz-se que (xn )n∈N é propriamente divergente quando lim xn = +∞
ou lim xn = −∞.
A
Observe que lim xn = −∞ se, e somente se, lim(−xn ) = ∞.
R
Exemplo 5.7 (a) lim n = +∞. De fato, dado M > 0 existe, pela Propri-
A
edade Arquimediana, um n0 ∈ N tal que n0 > M . Assim n > M para
todo n > n0 .
EP
(b) Se b > 1 então lim bn = +∞, pois se b = 1+c então c = b−1 > 0. Pela
desigualdade de Bernoulli tem-se bn = (1 + c)n ≥ 1 + nc. Portando,
PR
(ii) Se lim xn = +∞ e existe c > 0 tal que yn > c para todo n ∈ N então
lim(xn yn ) = +∞.
12
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O
Observe que se lim xn = +∞ e lim yn = −∞ então nada pode ser
ÇA˜
afirmado sobre a divergência ou convergência da sequência (xn + yn )n∈N .
Por exemplo, se xn = n + 1/n e yn = −n então (xn + yn )n∈N é convergente
e lim(xn + yn ) = 0. Se xn = 2n e yn = −n então lim(xn + yn ) = +∞.
Finalmente, se xn = n + (−1)n e yn = −n então (xn + yn )n∈N é divergente,
mas não propriamente divergente. A
R
Teorema 5.6 Uma sequência monótona é propriamente divergente se, e
A
somente se, é ilimitada. Além disso,
(i) Se (xn )n∈N é uma sequência ilimitada não-decrescente então
EP
lim xn = +∞.
(ii) Se (xn )n∈N é uma sequência ilimitada não-crescente então lim xn = −∞.
PR
Prova: Suponha que (xn )n∈N é uma sequência não-decrescente. Então, pelo
Teorema 5.1, se (xn )n∈N é limitada então ela é convergente. Portanto, se ela é
propriamente divergente então tem que ser ilimitada. Se (xn )n∈N é ilimitada,
ela não é limitada superiormente. Daı́, dado M > 0 existe n0 ∈ N tal que
EM
xn0 > M . Como (xn )n∈N é não-decrescente, se n > n0 então xn ≥ xn0 > M .
Logo, lim xn = +∞.
A afirmação (ii) se reduz a (i) considerando a sequência (−xn )n∈N .
O seguinte “critério de comparação” é frequentemente utilizado para
demonstrar que uma sequência é propriamente divergente.
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Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
Elementos
de
Análise tal que n > n0 implica xn > M . Assim, se n > n0 , de (⋆) segue que yn > M .
Real Logo, por definição, lim yn = +∞.
A afirmação (ii) se reduz a (i) considerando-se as sequências (−xn )n∈N
e (−yn )n∈N .
O Teorema 5.7 continua verdadeiro se a hipótese (⋆) for “enfraquecida”
para: existe m0 ∈ N tal que xn ≤ yn para todo n ≥ m0 .
O seguinte resultado também serve como um “critério de comparação”
e é bastante útil nos casos em que não se tem a condição (⋆).
Teorema 5.8 Sejam (xn )n∈N e (yn )n∈N sequências de números reais posi-
O
tivos e suponha que para algum L > 0 se tenha
ÇA˜
xn
lim = L. (⋆⋆)
yn
Então lim xn = +∞ se, e somente se, lim yn = +∞.
A
Prova: Pela hipótese (⋆⋆) tem-se, por definição, para ϵ = L/2 > 0 que
existe m0 ∈ N tal que
R
1 xn 3
L< < L para todo n ≥ m0 .
A
2 yn 2
EP
Como xn e yn são positivos para todo n ∈ N então (L/2)yn < xn < (3L/2)yn
para todo n ∈ N. A conclusão segue do Teorema 5.7.
PR
Exercı́cios Propostos - EP
14
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
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O
(a) Mostre que (an )n∈N é monótona e limitada;
ÇA˜
(b) Conclua que a sequência é convergente e mostre, usando o Teorema 5.1,
que seu limite é 1.
1
EP5.3 Considere a sequência (an )n∈N definida por an = .
n+1
(a) Mostre que (an )n∈N é monótona e limitada. A
R
(b) Conclua que a sequência é convergente e que seu limite é zero, usando
o Teorema 5.1.
A
κ1
(b) existe n1 ∈ N, tal que |an − L| ≤ κ2 para todo natural n ≥ n1 ∈ N,
n
onde κ1 , κ2 ∈ N são fixos.
a seguinte afirmação:
1
a1 = 1 e an+1 = (2an + 3) .
3
Mostre, pelo Princı́pio de Indução Patemática - PIM, que (an )n∈N é monótona
crescente e limitada superiormente por 4. Mostre que seu limite é 3.
EP5.7 Seja (xn )n∈N uma sequência real convergente tal que xn < 0 para
todo n ∈ N. Mostre que se x0 é limite de (xn )n∈N então x0 ≤ 0. Dê exemplo
de uma sequência (xn )n∈N que satisfaça as hipóteses e que convirja para
zero. Sugestão para a prova: Estude a do Teorema 4.5 .
15
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Elementos
de
Análise EP5.8 Considere a sucessão (an )n∈N definida por an = an onde 0 ≤ a < 1.
Real Mostre que:
(a) (an )n∈N é monótona e limitada (sugestão: separe nos casos a = 0 e
a ̸= 0. Para este último, use indução matemática);
(b) (an )n∈N converge para zero.
EP5.10 Mostre por meio da definição, que a sucessão (xn )n∈N , onde
O
1 1 1 ∑ 1 n
ÇA˜
xn = 1 + + + ··· + 2 =
4 9 n k2
k=1
(√ ) ( )
EP5.11 Mostre que as sequências: (a) n n∈N e (b) √n ,
n+1 n∈N
são propriamente divergentes.
PR
16
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
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Agora que você já fez ou pelo menos tentou fazer os exercı́cios propos-
tos, eis suas resoluções e, também, serão feitas algumas obsevações visando
consolidar sua aprendizagem.
REP5.1 (a) Neste caso, só pode ser uma sequência de termos negativos
que convirja para 0, como por exemplo, ( −1
n )n∈N .
(b) Impossı́vel, pela Proposição 4.2.
(c) A sequência da resposta do item (a) é um exemplo.
(d) Impossı́vel, pois pelo Teorema 5.2, se uma sequência converge para 1,
O
toda subsequência dela converge para o mesmo limite.
ÇA˜
(e) Impossı́vel, pelo Teorema 5.2.
(f ) Impossı́vel. Pelo Teorema 5.1, toda sequência limitada e crescente é
convergente. Como a sequência é subsequência de si mesma, toda sequência
A
monótona limitada possui subsequência convergente (na verdade, toda sub-
sequência dela será convergente).
R
(g) Impossı́vel. Pelo Teorema de Bolzano-Weierstrass, toda sequência limi-
A
tada possui subsequência convergente.
(h) (1, −1, 2, −1, 3, −1, 4, −1, 5, −1, . . . , ).
EP
é estritamente monótona.
(l) Impossı́vel. Toda subsequência de uma sequência monótona é monótona.
Assim, (an )n∈N é não decrescente (ou crescente), logo monótona. Além
disso, como n < n + 1 para todo n ∈ N então an = n/(n + 1) < 1 para todo
n ∈ N. Portanto, (an )n∈N é limitada.
(b) Como a sequência é monótona não decrescente e limitada, pelo Teorema
17
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
Elementos
de
Análise 5.1 tem-se que ela é convergente. Além disso, o Teorema 5.1 diz que
Real n { n }
lim = sup A onde A = an = ; n∈N .
n→∞ n + 1 n+1
Portanto, basta mostrar que sup A = 1.
Pelo item (a) tem-se que 1 é uma cota superior de A, pois mostrou-se
que an ≤ 1 para todo n ∈ N. Para mostrar que 1 é a menor das cotas
superiores de A, deve-se provar que para todo número real b < 1, existe
x = n0n+1
0
∈ A tal que b < x. Seja então b < 1 um real. Logo 1−b
b
∈ R.
A Propriedade Arquimediana garante então que existe n0 ∈ N tal que
b
O
n0 > . (∗)
1−b
ÇA˜
Daı́, usando as propriedades algébricas de R e como 1 − b > 0, tem-se
Como n0 + 1 > 0 então b < n0n+1 . Assim, existe x = n0n+1 ∈ A tal que
0
A 0
b < x. Isto diz que nenhum número menor do que 1 é cota superior de
R
A, ou seja, 1 é a menor das cotas superiores de A. Portanto, 1 = sup A.
n
Logo, lim n+1 = sup A = 1.
A
1−ϵ 1 1 1
n> = −1 ∴ n+1> ∴ <ϵ ∴
ϵ ϵ ϵ n+1
n n−n−1 1
−1 = = < ϵ,
n+1 n+1 n+1
EM
REP5.3 (a) Listando os elementos de (an )n∈N conjectura-se (isto é, imagina-
se) que a sequência é decrescente (ou não crescente). Mas esta suposição
precisa ser demonstrada. Pode-se proceder exatamente como no exercı́cio
anterior. É fácil ver que (faça as contas!)
an n+2
= > 1, pois n + 2 > n + 1 para todo n ∈ N.
an+1 n+1
18
Sequências Monótonas, Subsequências, Sequências de Cauchy e Limites Infinitos
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C. Vinagre
Portanto, an > an+1 para todo n ∈ N. Assim, (an )n∈N é monótona decres-
cente. Além disso, como n + 1 > 0 para todo n ∈ N então 1/(n + 1) > 0 para
todo n ∈ N. Então, (an )n∈N é limitada inferiomente por 0, e superiormente
por 1 já que n + 1 > 1 para todo n ∈ N.
(b) Como a sequência é monótona decrescente e limitada inferiomente, ela
é convergente, pelo Teorema 5.1. Pelo mesmo Teorema, para concluir que
seu limite é 0, basta mostrar que
{ 1 }
inf A = 0 onde A = an = ; n∈N .
n+1
• Mostrando que inf A = 0: Pela Definição 2.4 da Lição 2 devem-se mostrar
O
duas propriedades:
ÇA˜
(I1) 0 é uma cota inferior de A. Isto é fato, pois 1/(n + 1) > 0 para todo
n ∈ N.
(I2) 0 é a maior das cotas inferiores de A. Para isto, mostra-se que se a ∈ R,
com a > 0 existe existe pelo menos um n01+1 ∈ A tal que a > n01+1 . De fato,
seja a ∈ R, a > 0. Então 1−a A
a ∈ R. Pela Propriedade Arquimediana existe
R
um n0 ∈ N tal que n0 > a . Daı́, usando as propriedades algébricas de R,
1−a
1
an0 > 1 − a ∴ n0 a + a > 1 ∴ a(n0 + 1) > 1 ∴ a >
EP
.
n0 + 1
Portanto, existe um elemento 1/(n0 + 1) ∈ A tal que a > 1/(n0 + 1). Assim,
a > 0 não é cota inferior para A, e consequentemente 0 é a maior das cotas
PR
REP5.4 (a) Por hipótese, |an − L| ≤ n22 para todo n ∈ N. Seja ϵ > 0. Pela
√
Propriedade Arquimediana, existe n0 ∈ N tal que n0 > 2/ϵ. Seja n ∈ N
EM
(por hip.) 2 2
|an − L| ≤ 2
< 2 < ϵ.
n n0
Assim, para todo ϵ > 0 dado, existe n0 ∈ N tal que, para todo n ∈ N, se
n > n0 então |an − L| < ϵ. Pela definição de limite de sequência, tem-se que
lim an = L.
n→∞
(b) Por hipótese, |an − L| ≤ nκκ12 para todo natural n ≥ n1 ∈ N, onde
κ1 , κ2 ∈ N. Seja ϵ > 0. Pela Propriedade Arquimediana, existe n0 ∈ N
{ ( κ )1/κ2 }
1
tal que n0 > max n1 , (faça um rascunho!). Seja n ∈ N tal
ϵ
κ1
que n > n0 . Então n > n0 > n1 e nκ2 > nκ0 2 > . Destas últimas
ϵ
desigualdades, resulta
κ1 κ1 κ1 ϵ
< κ2 < = ϵ.
nκ2 n0 κ1
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Elementos
de
Análise Assim
κ1 (1)
n>n1
Real |an − L| ≤ < ϵ.
nκ2
Portanto, para todo ϵ > 0 dado, existe n0 ∈ N tal que, para todo n ∈ N,
se n > n0 então |an − L| < ϵ . Pela definição de limite de sequência, tem-se
que lim an = L.
n→∞
REP5.5 Falsa! Por exemplo, para a sequência (an )n∈N definida por an =
(−1)n /n tem-se que ela é limitada, pois −1 ≤ an ≤ 1/2 para todo n ∈ N e
{ } { }
(−1)n 1 −1 (−1)n 1
sup ; n ∈ N = sup −1, , ,..., , . . . = ∈ R,
n 2 3 n 2
O
n
mas lim (−1) = 0. Mostre este limite pela definição e veja também o
n→∞ n
ÇA˜
Teorema 4.2. Por que o supremo acima é 1/2?
Observação: Por que este exemplo não contradiz o item (a) do Teorema 5.1?
REP5.6 Deve-se mostrar que an < an+1 para todo n ∈ N, por indução.
Aqui, então P[n] é pan < an+1 q. Ora,
•
A
R
Para n = 1 tem-se que a1 = 1 < 5/3 = a2 .
Desta última desigualdade tem-se, por definição da sequência que an+1 <
an+2 . Assim, P[n] ⇒ P[n+1]. Logo, pelas duas etapas e pelo PIM, a
sequência (an )n∈N é monótona crescente.
EM
(b) Deve-se mostrar por indução que que an < 4 para todo n ∈ N. Aqui
P[n] é pan < 4q. De fato,
• Para n = 1 tem-se que a1 = 1 < 4.
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C. Vinagre
REP5.7 Suponha, por absurdo, que x0 > 0. Como (xn )n∈N converge para
x0 , então para todo ϵ > 0 existe um n0 ∈ N tal que |xn − x0 | < ϵ para todo
n ≥ n0 . Daı́, pode-se tomar, em particular, ϵ = x0 , o qual é positivo por
hipótese (hipótese assumida acima), e obter que existe um n0 ∈ N tal que
O
|xn − x0 | < x0 para todo n ≥ n0 . Ou seja,
ÇA˜
0 = x0 − x0 < xn < x0 + x0 para todo n ≥ n0 .
Hipótese de indução: fixe n ∈ N e suponha que an+1 < an , isto é, P[n]
verdadeira. Deve-se mostrar que an+2 < an+1 . De fato, da hipótese de
indução e de a > 0 segue que
EM
21
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Elementos
de
Análise mesmo limite, obtém-se L = L · a, e daı́, L(1 − a) = 0. Como a ̸= 1 então
Real L = 0 necessariamente.
O
Dado ϵ > 0, deve-se encontrar n0 ∈ N tal que
ÇA˜
|an − 0| = |an | < ϵ para todo n ∈ N com n ≥ n0 .
∑
n
1 ∑
m
1 1 ∑ ∑
n
n
1
|xn − xm | = 2
− = =
k k2 k 2 k2
k=1 k=1 k=m+1 k=m+1
∑n ∑
n ( )
1 1 1
< = − .
k(k − 1) k−1 k
k=m+1 k=m+1
Nas duas últimas passagens, usamos a sugestão dada (como vale para cada
parcela, vale para o somatório -faz parte do seu estudo, entender estas pas-
sagens: se preciso, “abra”o somatório, escrevendo algumas parcelas para
ajudar a entender.
Continuando, recaı́mos numa “soma telescópica”(verifique, desenvol-
4
se x, y ∈ R, positivos e x < y então exp x < exp y.
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C. Vinagre
∑
n ( )
1 1 1 1 −1/n<1/n 1 1 n,m>n0 1 1 ϵ ϵ
− = − < + < + < + = ϵ.
k−1 k m n m n n0 n0 2 2
k=m+1
∑
n
1 ∑
m
1
|xn − xm | = 2
− < ϵ.
k k2
k=1 k=1
Como ϵ > 0 é arbitrário, mostramos que para todo ϵ > 0, existe n0 > ϵ/2
∑
n ∑
m
tal que para todos m, n ∈ N, se n, m > n0 então 1
− 1
< ϵ. Logo
O
k 2 k2
k=1 k=1
por definição, a sequência (xn )n∈N é do tipo Cauchy.
ÇA˜
(√ )
REP5.11 (a) n n∈N é uma sequência propriamente divergentes, pois
ela satisfaz a Definição 5.4. Veja, para todo M > 0 existe n0 = n0 (M ) ∈ N
√
tal que se n > n0 > M 2 então n > M .
2n = n + n ≥ n + 1 então 2n 1
≤ n+1
1
, e daı́ √21√n ≤ √n+1
1
A
(b) Neste exercı́cio será usado o Teorema 5.7. Para isto, observando que
R
. Multiplicando
ambos os lados desta
√
última desigualdade por n ∈ N (observe que n > 0)
√
A
n
tem-se √2√n = √2 ≤ √n+1
n n
. Sendo √12 n ≤ √n+1 n
, tem-se pelo item (a)
acima e pelo item (a) do Teorema 5.7, a conclusão desejada.
EP
23