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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOENERGIA

RUHAN NUNES DIAS

ANALISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO


PARA SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR PIVÔ CENTRAL

PALOTINA - PR
2023
RUHAN NUENS DIAS

ANALISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO


PARA SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR PIVÔ CENTRAL

Dissertação apresentada ao Programa de


Pós Graduação em Bioenergia da
Universidade Federal do Paraná – UFPR,
como requisito parcial para obtenção do título
de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. Mauricio Guy de Andrade

PALOTINA - PR
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
TERMO DE APROVAÇÃO
A minha família e amigos, por fazerem parte desta jornada e
por compartilharem comigo esta conquista

Dedico
AGRADECIMENTOS

Á meu pai Jose Carlos Dias in memoriam que sempre me incentivou aos
estudos, sempre batalhou para que eu pudesse alcançar meus objetivos, mas que por
força do destino não pode estar presente neste momento.
Á minha mãe Nilce pelos cuidados, carinho e educação ao longo de toda
minha vida, tornando-me um ser humano, cidadão e profissional correto e honrado.
Á meus irmãos Gustavo e Emanuelly pelos quais tenho profunda admiração
e amor.
Á minha esposa Karina, pelo apoio, carinho, e compreensão ao longo destes
anos e dos muito mais que compartilharemos juntos.
Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.
Friedrich Nietzsche
RESUMO

ANALISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO PARA


SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR PIVÔ CENTRAL

A agricultura nacional se desenvolve ano após ano em busca de maior produtividade,


reduzindo impactos ambientais, recuperando áreas degradadas, poupando recursos
e melhorando o desemprenho dos cultivos, a sustentabilidade na agricultura é um
tema cada vez mais importante e urgente, pois a produção de alimentos e a
preservação do meio ambiente são dois objetivos que devem caminhar juntos para
garantir um futuro seguro e saudável para todos. A agricultura sustentável visa
produzir alimentos de forma eficiente e econômica, sem comprometer a qualidade do
solo, da água e do ar, preservando a biodiversidade e respeitando as condições
sociais e culturais das comunidades rurais. Sendo assim a irrigação é uma ferramenta
útil que incrementa a produtividade e proporciona uma segurança contra anomalias
climáticas, como a falta de chuva. O uso da irrigação no Brasil já está consolidada
com mais 8.2 milhões de hectares irrigados, e com projeção de expansão de 51% na
área irrigada até 2040, (ANA 2021). Esse aumento expressivo deve ser acompanhado
de assistência especializada e projetos ambientalmente viáveis para que os recursos
naturais não sejam exauridos. Além dos recursos naturais como a água é essencial
que se tenha energia suficiente para suprir a demanda destes novos equipamentos.
O consumo de energia no Brasil tem crescido continuamente nas últimas décadas,
impulsionado pelo desenvolvimento econômico e pelo aumento da população, estima-
se que a irrigação seja responsável por cerca de 6.6% do consumo de energia elétrica
no setor agropecuário do país (EPE, 2021). A matriz energética brasileira é
diversificada, com destaque para a hidrelétrica, que é responsável por cerca de dois
terços da produção de energia elétrica, neste senário de produção energética a
energia solar vem ganhando espaço, por proporcionar um custo de produção de kWh
mais barato, e uma proteção contra a variabilidade de impostos e taxas sobre energia
entregue pelas concessionárias. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a
viabilidade econômica do uso de energia fotovoltaica em pivô central, se utilizando de
dados de manejo da irrigação para o dimensionamento correto do sistema. Foram
analisados dados de manejo da irrigação durante as safras de 2021 e 2022 de uma
propriedade rural localizada no município de Atalaia PR com coordenadas
23°10'23.43"S; 52° 0'11.83"O que conta com sistema de irrigação por pivô central para
96 hectares, o consumo de energia no período foi estimado de acordo com as horas
trabalhas da máquina seguindo as recomendações de manejo da irrigação. Os
resultados da análise de investimento apontam uma opção vantajosa para o uso da
energia solar.

Palavras chave: Irrigação. Manejo da irrigação. Custo de produção. Pivô central.


Energia solar fotovoltaica. Viabilidade econômica
ABSTRACT

ECONOMIC VIABILITY ANALYSIS OF A PHOTOVOLTAIC SYSTEM FOR A


CENTER PIVOT IRRIGATION SYSTEM

National agriculture develops year after year in search of higher productivity, reducing
environmental impacts, reclaiming degraded areas, conserving resources, and
improving crop performance. Sustainability in agriculture is an increasingly important
and urgent topic because food production and environmental preservation are two
goals that must go hand in hand to ensure a safe and healthy future for all. Sustainable
agriculture aims to produce food efficiently and economically without compromising
soil, water, and air quality, preserving biodiversity, and respecting the social and
cultural conditions of rural communities. Therefore, irrigation is a useful tool that
enhances productivity and provides security against climate anomalies such as
drought.Irrigation use in Brazil is already well-established, with over 8.2 million irrigated
hectares and a projected 51% expansion in irrigated area by 2040 (ANA 2021). This
significant increase should be accompanied by specialized assistance and
environmentally viable projects to prevent the depletion of natural resources. In
addition to natural resources such as water, it is essential to have sufficient energy to
meet the demand of these new equipment. Energy consumption in Brazil has been
continuously growing in recent decades, driven by economic development and
population growth. It is estimated that irrigation is responsible for approximately 6.6%
of electricity consumption in the country's agricultural sector (EPE, 2021).The Brazilian
energy matrix is diversified, with a significant portion coming from hydroelectric power,
responsible for about two-thirds of electricity production. In this energy production
scenario, solar energy has been gaining ground due to its lower cost per kWh and
protection against the variability of taxes and fees on energy provided by utility
companies.Therefore, the objective of this study was to assess the economic feasibility
of using photovoltaic solar energy in a central pivot irrigation system, using irrigation
management data for proper system sizing. Irrigation management data for the 2021
and 2022 harvests on a rural property located in Atalaia, PR, with coordinates
23°10'23.43"S; 52°0'11.83"W, were analyzed. The property utilizes a central pivot
irrigation system for 96 hectares, and energy consumption during the period was
estimated based on machine working hours following irrigation management
recommendations. The results of the investment analysis indicate an advantageous
option for the use of solar energy.

Keywords: Irrigation, Irrigation management, Production cost, Central pivot,


Photovoltaic solar energy, Economic feasibility
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.: Desenho esquemático mostrando Como funciona um pivô central, a)


vista lateral de um pivô central, b) esquema de instalação de um pivô central em
campo................................................................................................................................. 25
Figura 2. Eficiência dos sistemas de irrigação ............................................................. 36
Figura 3. Celula solar fotovoltaica ................................................................................... 36
Figura 4. Conexão entre celulas fotovoltaicas ............................................................... 37
Figura 5. Sistema On Grid ............................................................................................... 38
Figura 6. Sistema Off grid ............................................................................................... 38
Figura 7. Evolução da capacidade de geraçao de energia no Brasil ........................ 40
Figura 8. Mapa por potencial de mesorregião no estado do Paraná ......................... 41
9

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Cálculo de consumo com base nas horas trabalhadas................................ 53


Tabela 2: Gastos com energia elétrica............................................................................ 54
Tabela 3: Investimento em energia solar ........................................................................ 54
Tabela 4: Parâmetros do calculo de viabilidade 55
Tabela 5: Resultado da analise financeira .................................................................... 56
10

SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................... VI
ABSTRACT.......................................................................................................... VII
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11
2 OBJETIVO ...................................................................................................... 14
2.1 GERAL ......................................................................................................... 14
2.2 ESPECIFICO................................................................................................ 14
3 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 15
3.1 AGRICULTURA ............................................................................................ 15
3.2 AGRICULTURA IRRIGADA ......................................................................... 16
3.3 MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO ........................................................................ 19
3.4 PIVÔ CENTRAL ........................................................................................... 22
3.5 MANEJO DA IRRIGAÇÃO ........................................................................... 26
3.6 FONTES DE ENERGIA ................................................................................ 29
3.6.1 ENERGIA SOLAR ..................................................................................... 33
3.7 SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA ................................................. 39
3.8 VIABILIDADE ECONÔMICA DE EMPREENDIMENTOS ............................. 43
3.8.1 TIR ............................................................................................................ 44
3.8.2 TMA ........................................................................................................... 44
3.8.3 VPL ........................................................................................................... 45
3.8.4 PAYBACK ................................................................................................. 45
3.9 LINHAS DE CREDITO ................................................................................. 46
4 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 49
5 RESULTADOS ................................................................................................ 51
6 CONCLUSÃO ................................................................................................. 55
7 REFERENCIAS ............................................................................................... 56
8 ANEXO 1 ......................................................................................................... 66
11

1 INTRODUÇÃO

A eficiência no uso dos recursos naturais está ligado a todos os setores de


desenvolvimento das sociedades e é essencial para o crescimento global, pois cada
vez mais há um aumento no consumo de produtos, em toda a etapa da cadeia
produtiva é necessário a utilização de energia, que de forma proporcional ao
crescimento populacional tem demandado esforços no aumento de produção e para
se tornar eficiente e renovável.
A agricultura é uma das bases do desenvolvimento humano e tem sua parcela
no consumo de energia, o setor agropecuário é parte importante da economia
brasileira, sendo responsável por uma parcela significativa do PIB e da geração de
empregos no país. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de
commodities agrícolas, como soja, milho, café, açúcar e carne bovina. A agropecuária
foi responsável por movimentar a economia brasileira, no ano de 2022 teve a
participação em 25,5 % do Produto interno bruto (PIB), 2,0 % a baixo do ano de 2021
que foi de 27,5 % um patamar recorde do agronegócio brasileiro (CEPEA, 2022), dos
produtos agrícolas mais cultivados no pais se destacam a soja e o milho, atualmente
o Brasil ocupa a primeira posição como maior produtor mundial de grãos de soja, com
produção de 135,5 milhões de toneladas na safra de 20/2021(CONAB, 2021).
O setor agrícola enfrenta um dilema crucial; como aumentar a produtividade
e reduzir as emissões de poluentes ao mesmo tempo, preservando o meio ambiente
e garantindo a sustentabilidade dos recursos naturais. Dentre esses recursos, a água
desempenha um papel fundamental como principal componente para o
desenvolvimento e crescimento da produção agrícola. A prática da irrigação, por sua
vez, desempenha um papel essencial no desenvolvimento econômico. A irrigação
diminui a sazonalidade de produção e agrega qualidade ao produto, utilizada para
fornecer agua na quantidade certa e no momento exato que o cultivo necessita,
aumentando a produtividade e proporcionando uma segurança alimentar. Segundo
dados FAO (2020), o Brasil ocupa a sexta posição em área agrícola irrigada o
equivalente a 8,2 milhões de hectares, destes, 255.485 hectares estão localizados no
estado do Paraná.
As mudanças climáticas impactam diretamente na produção agrícola,
conforme o relatório de gestão de riscos agropecuários no Brasil elaborado pelo banco
12

mundial em parceria com a EMBRAPA aponta que dentre os múltiplos riscos da


atividade agrícola está a ocorrência de secas (ARIAS et al., 2015). Dos insumos
utilizados na agricultura, a agua é o elemento essencial para o desenvolvimento dos
cultivos, sendo assim um fator limitante para altas produtividade, segundo a agência
nacional de aguas (ANA) agricultura é responsável por 46% da retirada de corpos
hídricos e por 67 % de consumo de agua (ANA, 2021).
O manejo da irrigação está intimamente ligado aos recursos ambientais,
estabelecendo assim um pilar de sustentabilidade ambiental que busca um
desenvolvimento mais equilibrado, garantindo recursos adequados para as gerações
futuras. O conhecimento da evapotranspiração máxima, que representa a perda de
água do solo por evaporação e a perda de água das plantas por transpiração, ao longo
dos diferentes estágios de desenvolvimento e ciclo das culturas, desempenha um
papel crucial na tomada de decisões, tanto na agricultura irrigada quanto na não
irrigada. Essas informações são fundamentais na agricultura irrigada, permitindo
determinar a quantidade e o momento adequados para a irrigação, resultando em
economia de recursos hídricos e energia.
Assegurar a produção de alimentos dentro dos limites da natureza significa
utilizar os recursos de maneira eficiente, ou seja, converter os recursos limitados em
produtos úteis, viáveis economicamente, sendo assim a adoção de tecnologias de
irrigação com maior eficiência produtiva levando em consideração a utilização de
energia, na qual se substitui as tecnologias de combustíveis fósseis ou convencionais
por energias renováveis, em especial no hemisfério sul a tecnologia fotovoltaica.
Atualmente a energia solar fotovoltaica é considerado uma excelente
alternativa de produção de energia para levar energia elétrica a famílias e pequenos
produtores rurais. Sendo considerada também a solução mais barata para a
eletrificação de grandes propriedades rurais formadas por sistemas elétricos
dispersos (BARBOZA, et al., 2016).
A matriz elétrica brasileira é composta por 81,8% de fontes renováveis, com
predomínio das usinas hidroelétricas que correspondem a 63,7% da capacidade
instalada de geração de energia elétrica, seguidas das usinas termoelétricas
baseadas na queima de biomassa com 9,2%, as usinas eólicas aparecem logo depois
com 8% e as fontes solares são responsáveis por 0,9% desta capacidade instalada,
13

de acordo com o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, de


abril de 2018, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME, 2018 )
As novas tecnologias aplicadas a sistemas de energias renováveis, como a
eólica e a solar fotovoltaica, por muito tempo foram vistas como sendo uma inovação
aplicadas apenas aos países considerados desenvolvidos, ou seja, ao seleto grupo
de países mais ricos do mundo. Isso passou a mudar, pois desde 2015 vem se
analisando que que os investimentos em energias renováveis exceto a hídrica, foram
maiores nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos
(FRANKFURT SCHOOL, 2016).
A aplicação de novas tecnologias, que visam ser alternativas de energia
contribui com o pilar ambiental, levando em consideração que esses avanços podem
auxiliar os pilares econômicos e sociais. Afinal, é difícil de imaginar uma cadeia
produtiva e de consumo que não envolva energia, e quanto mais sustentável for esse
processo, trará proteção ao meio ambiente, mas também a economia e a sociedade
(FARIA, 2014).
Com o objetivo de explorar os benefícios da energia solar fotovoltaica na
aplicação de sistemas de irrigação, a pesquisa tem como foco a obtenção de dados
primários sobre o uso conjunto dessas tecnologias. Para aprofundar o estudo, a
metodologia de estudo de caso é adotada como abordagem principal. Dessa forma, a
pesquisa busca investigar de forma mais detalhada e específica a interação entre a
energia solar fotovoltaica e os sistemas de irrigação, visando obter informações
relevantes e concretas sobre os resultados e benefícios dessa combinação.
14

2 OBJETIVO

2.1 GERAL

O objetivo deste estudo é realizar uma análise abrangente da viabilidade técnica,


econômica e ambiental da implementação de um sistema fotovoltaico em um sistema
de irrigação por pivô central. A intenção é avaliar os benefícios resultantes dessa
combinação para os empreendimentos rurais, além de examinar seu potencial para
promover o desenvolvimento rural sustentável.

2.2 ESPECIFICO

A. Apresentar um histórico e panorama nacional da irrigação, aprofundando os


dados para as irrigações abastecidas por fonte solar.
B. Apresentar as tecnologias existentes referentes a sistemas de irrigação
auxiliados por energia solar fotovoltaica.
C. Destacar os principais fatores que influenciam na tomada de decisão para a
instalação de um sistema fotovoltaico em sistemas de irrigação.
D. Demonstrar um levantamento dos custos fixos e variáveis de um sistema de
irrigação por pivô central abastecido por sistema de energia solar fotovoltaica para
suprir a demanda energética.
E. Analisar as políticas públicas que visam fomentar o desenvolvimento rural
sustentável promovido pela agricultura irrigada no estado do Paraná.
15

3 REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo, será realizada uma revisão bibliográfica abordando aspectos


da agricultura nacional e sua relação com a evolução tecnológica, tanto em sistemas
de irrigação e técnicas de manejo, quanto nas oportunidades de geração de energia
por fontes renováveis, como a energia solar fotovoltaica.

3.1 AGRICULTURA

No cenário global, o Brasil ocupa atualmente o terceiro lugar como maior


exportador agrícola. Além disso, o país se destaca como principal nação com potencial
para expandir sua capacidade produtiva sem a necessidade de abrir novas áreas, mas
sim através da recuperação de áreas degradadas por meio de investimentos e
avanços tecnológicos. A perspectiva favorável tem impulsionado o setor do
agronegócio, que desempenha um papel crucial na geração de riquezas e contribui
significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Tal oportunidade de
crescimento tem beneficiado não apenas o setor agrícola, mas também a economia
como um todo.
O estado do Paraná, desempenha um papel fundamental na economia do
país. O Brasil é reconhecido como um dos principais produtores e exportadores
agrícolas do mundo, e o Paraná tem uma contribuição significativa nesse cenário. O
estado possui um ambiente propício para a agricultura, com uma diversidade de
climas e solos que favorecem o cultivo de uma ampla variedade de culturas. Além
disso, a região conta com uma infraestrutura agrícola bem desenvolvida, incluindo
sistemas de irrigação, armazenamento e transporte eficientes. Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o PIB do Estado teve participação
de 6,4% no produto da economia brasileira em 2017, neste mesmo ano a participação
estadual da agropecuária, incluindo, silvicultura, piscicultura e aquicultura, ficou em
torno de 7,9% do valor bruto de produção do Paraná. Já no Brasil, este setor
respondeu por 4 ,91% do total do valor bruto de produção nacional (IBGE, 2020a).
16

A agricultura paranaense tem se destacado pela adoção de práticas


modernas e tecnologias avançadas, resultando em altos níveis de produtividade. Os
produtores do estado têm investido em pesquisa e desenvolvimento, buscando
constantemente aprimorar as técnicas de cultivo e aumentar a eficiência no uso dos
recursos.
Um dos principais desafios enfrentados pela agricultura paranaense é a
sustentabilidade ambiental. No entanto, o estado tem mostrado um compromisso em
conciliar o crescimento agrícola com a preservação dos recursos naturais. Há uma
crescente preocupação com a conservação do solo, a gestão adequada dos recursos
hídricos e a adoção de práticas sustentáveis de manejo.
De acordo com Marin et al. (2016) o adicional de dois bilhões de pessoas em
áreas urbanas de países em desenvolvimento previsto para o ano de 2050 aumentará
os riscos de insegurança alimentar no futuro próximo, uma vez que o aumento da
produção de alimentos deverá ser obtido exclusivamente dos ganhos em
produtividade e minimização dos impactos ambientais. Com o aumento na demanda
por alimentos em todas as nações a uma necessidade de maximizar e eficiência nos
processos de produção em conjunto com boas práticas que asseguram aos
consumidores que as commodities estão em conformidade com os melhores padrões
industriais (COSTA JUNIOR, 2018).

3.2 AGRICULTURA IRRIGADA

No Brasil, até meados do século XX a agricultura era rudimentar, com baixa


tecnologia embarcada nos processos, desde a genética das culturas aos
equipamentos utilizados para a implantação, colheita, armazenagem e
processamento dos cultivos, neste período apenas 2% das propriedades possuíam
maquinário agrícola apropriado (EMBRAPA, 2018).
Com o passar dos anos, houve uma melhoria na economia global e nacional
que possibilitou a chegada de novas tecnologias no mercado interno melhorando o
processo produtivo e colocando o Brasil entre os maiores produtores mundiais de
alimento, um indicador desta melhoria é a área irrigada que entre os anos de 1960 e
2015 expandiu consideravelmente , passando de 462 mil hectares para 6,95 milhões
de hectares (Mha), e pode expandir mais 45% até 2030, atingindo 10 Mha, segundo
17

o Atlas Irrigação (ANA, 2017). O último relatório da Ana publicado em 2021 aponta
que a área Irrigada o equivalente a 8,2 milhões de hectares, destes, 255.485 hectares
estão localizados no estado do Paraná. A modernização do campo é um processo de
transformações que ocorre com o objetivo de adequar a agricultura à economia global.
Neste avanço podemos observar números cada vez mais elevados e mais
expressivos de produtividade como por exemplo a safra 2019/20, a produção de feijão
estimada em 3181,2 mil toneladas. Já a cultura da soja, a estimada era de que o país
produzisse 120,9 milhões de toneladas, mas bateu o recorde histórico, com 135,5
milhões de toneladas do grão, o que representando um acréscimo de mais de 5,1%
em relação ao ano anterior. O milho considerando as três safras, a avaliação é de
102,1 milhões de toneladas produzidas, aumento de 2,1% em relação ao último
exercício, e recorde na série histórica (CONAB, 2020).
Fica evidente que a agricultura irrigada terá papel fundamental na oferta futura
de alimentos para a humanidade. Os ganhos em produtividade são bastante
conhecidos e, de acordo com a FAO (2018), a agricultura irrigada corresponde a 20%
das áreas cultivadas no planeta, mas respondem por cerca de 40% da oferta de
alimentos, fibras e culturas bioenergéticas.
No Brasil a preocupação com a inovação tecnológica vem sendo debatido a
décadas, entretanto o direito vigente muitas vezes é rotulado como inibidor da
inovação. Porém, essas discussões levaram ao Projeto de Lei 2.177/2011, que deu
origem em 2016 o projeto de criação do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação, um marco legal que regula os estímulos destinados ao desenvolvimento
científico, à capacitação cientifica e tecnológica, à pesquisa e à inovação. Surgiu
assim a proposta de Emenda Constitucional nº 85, que alterou e adicionou dispositivos
na Constituição Federal para atualizar o tratamento de ciência, tecnologia e inovação
(MENDES et al, 2016, p. 21-2).
No setor da irrigação, a dependência de tecnologias importadas é
predominante atualmente. No entanto, é evidente a necessidade de promover
iniciativas que impulsionem o desenvolvimento de tecnologias nacionais nesse
campo. Segundo Lamas (2017), a tecnologia desempenha um papel fundamental
como parceira do ser humano na agricultura. Contudo, para que a tecnologia seja
efetivamente benéfica para a humanidade, é imperativo que haja um crescente
investimento em conhecimento. Apenas por meio do conhecimento seremos capazes
18

de empregar as tecnologias de maneira apropriada, aproveitando ao máximo as


inovações que estão constantemente ao nosso alcance.
Para alcançar esse objetivo, é fundamental direcionar pesquisas voltadas
para as condições específicas da agricultura brasileira, buscando criar equipamentos
e softwares desenvolvidos localmente, que atendam às demandas dos agricultores.
De acordo com Simões el al.,(2017, p. 52):
Termos, como Tecnologia da Informação na Agricultura, Agricultura de
Precisão, Agricultura Digital e Agricultura 4.0, estão começando a ‘viralizar’,
com o apoio das nuvens (cloud), computação de alto desempenho e por meio
dos aplicativos para dispositivos móveis (apps) usados no dia a dia do
campo.[...] O país, com seu protagonismo no agronegócio, vem aplicando
geotecnologias para agricultura de precisão, como o uso de sensores,
nanotecnologia, previsão de safra, monitoramento in situ, modelagem de
cenários de mudanças globais.

Essas iniciativas têm o potencial de gerar um aumento significativo na


eficiência e sustentabilidade da produtividade agrícola. Vieira Filho e Fishlow (2017)
argumentam que o aumento da produtividade não está ligado à distribuição de terras,
mas sim ao uso da tecnologia, o qual depende da capacidade de assimilação de novos
conhecimentos. Ao projetar tecnologias específicas para as necessidades e
características do contexto brasileiro, é possível otimizar o uso de recursos como água
e energia, reduzir os impactos ambientais e melhorar os resultados econômicos dos
agricultores. A eficácia das novas tecnologias agrícolas está ligada à promessa de
aumentar a produção de alimentos enquanto minimiza o uso de recursos naturais.
No entanto, é crucial abordar com seriedade o agravamento do risco de
desigualdades sociais em várias partes do mundo. A tecnologia tem o potencial de
impulsionar a concentração de poder, incluindo tecnologia, terra e capital, o que pode
resultar na marginalização das pessoas e, por conseguinte, em problemas como a
insegurança alimentar, a poluição e outras questões relacionadas. É imperativo
assegurar que o desenvolvimento tecnológico não amplie as desigualdades sociais,
mas sim as reduza (MUHL e OLIVEIRA, 2022).
A pesquisa aplicada e o desenvolvimento de tecnologias nacionais em
irrigação desempenham um papel fundamental nesse processo. Ao investir em
estudos e experimentos voltados para as particularidades do ambiente agrícola
19

brasileiro, é possível identificar soluções inovadoras que atendam aos desafios


enfrentados pelos agricultores, como a escassez de água e a necessidade de
aumentar a produtividade de forma sustentável.
A promoção dessas iniciativas requer um ambiente propício, com incentivos à
pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico, bem como parcerias entre instituições
acadêmicas, empresas e agricultores, é importante estabelecer políticas públicas que
estimulem a inovação e facilitem a adoção das novas tecnologias pelos agricultores.

Scuderi et al. (2022) enfatizam que a chave para a transformação digital no


setor primário é adotar a visão de uma cadeia de suprimentos estendida, do campo
ao consumidor, conhecida como "farm to fork". Isso implica em um novo modelo de
rastreabilidade abrangente que promove a qualidade e reduz o desperdício de
alimentos, promovendo uma abordagem proativa e sustentável que abrange as
dimensões econômica, ambiental e social.
Dessa forma, o fomento ao desenvolvimento de tecnologias nacionais em
irrigação não apenas reduz a dependência externa, mas também fortalece a
agricultura brasileira, proporcionando maior autonomia e competitividade no mercado
global. Essas iniciativas são fundamentais para impulsionar a produtividade agrícola
de forma eficiente e sustentável, contribuindo para o crescimento do setor e para o
desenvolvimento socioeconômico do país.

3.3 MÉTODOS DE IRRIGAÇÃO

A irrigação é um processo fundamental na agricultura, que consiste na


aplicação controlada de água sobre o solo para suprir as necessidades hídricas das
plantas. Esse método pode ser realizado de maneira manual, com a intervenção direta
do agricultor, ou de forma automática, por meio de sistemas automatizados. Para a
escolha do método de irrigação adequado é necessário a análise de alguns fatores
que como a quantidade de água necessária para a cultura e a área a ser irrigada, é
importante considerar a eficiência do sistema, a disponibilidade de recursos hídricos
e a topografia do terreno.
O uso da irrigação é um processo que envolve não apenas o uso de água,
mas também de energia e insumos. Por essa razão, é essencial planejar os turnos de
20

rega, de forma a otimizar o uso dos recursos e minimizar os custos de produção, é


importante avaliar a eficiência do sistema de irrigação utilizado, buscando tecnologias
e práticas que permitam uma distribuição uniforme da água, evitando perdas por
evaporação excessiva ou escoamento superficial. Para Santos et al. (2018) O uso de
tecnologias avançadas, como sensores de umidade do solo e sistemas de irrigação
automatizados, pode tornar o uso da água na agricultura muito mais eficiente.
A adoção de técnicas de manejo adequadas, como a programação de
irrigação baseada em dados meteorológicos e sensores de umidade do solo, também
contribui para uma utilização mais eficiente da água .Um planejamento eficiente da
irrigação envolve o conhecimento das necessidades hídricas da cultura em diferentes
estágios de desenvolvimento, levando em consideração fatores como o tipo de solo,
o clima local e a demanda evaporativa (GOMES, 2013).
A escolha do método de irrigação é um aspecto crucial na agricultura, pois
determina a forma como a água será fornecida às plantas. Existem diferentes métodos
disponíveis, cada um com suas características e aplicações específicas. A aplicação
excessiva de água pode levar à lixiviação de nutrientes e ao aumento dos custos de
produção, enquanto a aplicação insuficiente pode prejudicar o crescimento das
plantas e reduzir a produtividade da cultura (PAZOLINI, 2022).
Um dos métodos mais comuns é a irrigação por superfície, que consiste em
aplicar água diretamente sobre a superfície do solo. Isso pode ser feito por meio de
inundação, em que a água é distribuída através de canais ou sulcos, ou por aspersão
de baixa pressão, onde a água é pulverizada sobre a lavoura. Embora seja um método
relativamente simples, a irrigação por superfície pode resultar em perdas significativas
de água devido à evaporação e ao escoamento superficial.
Outro método é a irrigação por aspersão, que envolve o uso de aspersores
para distribuir a água em forma de gotas sobre a lavoura. Existem diferentes formas
de aplicação da irrigação por aspersão, como a convencional, em que os aspersores
são fixos em postes ou torres, e o pivô central, em que os aspersores estão montados
em uma estrutura que gira em torno de um ponto central. A irrigação por aspersão é
versátil e pode ser adaptada a diversos tipos de culturas, no entanto, pode ocorrer
perda de água devido à evaporação e o consumo de energia para o seu
funcionamento pode ser significativo (NASCIMENTO et al., 2017)..
21

A irrigação localizada é outro método amplamente utilizado. Nesse caso, a


água é aplicada diretamente na região próxima às raízes das plantas, em pequenas
quantidades e de forma mais precisa (BARBOSA ET AL. 2019). Existem diferentes
técnicas de irrigação localizada, como o gotejamento superficial, em que a água é
liberada em gotas sobre o solo, o gotejamento enterrado, em que os emissores estão
enterrados no solo, e a microaspersão, em que a água é pulverizada em forma de
névoa. A irrigação localizada é altamente eficiente em termos de uso da água,
reduzindo as perdas por evaporação e permitindo uma aplicação precisa, porém,
requer uma infraestrutura mais complexa e um manejo adequado para evitar
obstruções nos emissores.
Os métodos de irrigação por aspersão são os mais utilizados, com 48% da
área irrigada, seguido pela irrigação localizada (24,4%) e, por fim, o método de
superfície (22,3%). O gotejamento consiste no sistema mais empregado em
estabelecimentos de até 50 ha (617.423 ha), seguido da aspersão convencional
(514.893 ha), e o pivô central destaca-se em áreas acima de 50 ha (1.362.828 ha). A
região Sudeste (38,6%) e os Estados do Rio Grande do Sul (20,4%), Minas Gerais
(16,6%) e São Paulo (16,0%) destacam-se pela maior área irrigada do país, sendo
que o Minas Gerais apresentou o maior crescimento de área irrigada no período 2006-
2017 (116,1%), em razão da expansão das áreas irrigadas com o sistema pivô central
(CARVALHO et al., 2020).
A irrigação desempenha um papel crucial na suplementação da água
fornecida pelas chuvas, sendo necessária a consideração de vários aspectos na
escolha do método e sistema adequados. Dentre os pontos a serem levados em
consideração estão a eficiência do sistema, o tipo de cultura a ser irrigada, as
condições climáticas, as características do solo, a topografia do terreno e a
disponibilidade de água. Esses fatores desempenham um papel fundamental na
determinação da eficácia e sustentabilidade da prática de irrigação, garantindo o
suprimento adequado de água às plantas, evitando desperdícios e promovendo o uso
eficiente dos recursos hídricos disponíveis. A escolha criteriosa desses elementos é
essencial para maximizar a produtividade agrícola, minimizar os impactos ambientais
e garantir a viabilidade econômica das atividades agrícolas.
22

3.4 PIVÔ CENTRAL

O sistema de pivô central é uma técnica de irrigação por aspersão que teve
origem nos Estados Unidos da América, mais precisamente no estado do Colorado,
em 1947, o inventor Frank Zybach concebeu o primeiro modelo de uma máquina de
irrigação de pivô central. Nos anos subsequentes, ele aprimorou e refinou
continuamente o projeto para melhorar sua eficiência operacional. Em 1954, Zybach
licenciou sua patente para o empresário Robert Daugherty, da Valley Manufacturing.
Na década seguinte, o protótipo passou por melhorias substanciais, tornando-
se mais robusto, mais alto e mais confiável ao longo do tempo. Em apenas alguns
anos, essa tecnologia já era considerada inovadora e introduziu uma característica
notável: a capacidade de irrigar áreas de terreno que não eram completamente
planas. Isso abriu possibilidades para a agricultura em áreas anteriormente
consideradas impraticáveis. Além disso, essa evolução resultou na transição do
sistema de acionamento por energia hidráulica para a energia elétrica. (LIVING
HISTORY FARM, 2021).
Por característica o sistema de pivô central apresenta um movimento radial
(figura 1b, resultante de tempos diferentes de operação das sucessivas torres que
compõem o sistema (figura 1a). A velocidade de deslocamento da última é que
determina o volume da lamina a ser aplicada durante seu tempo de revolução. A agua
é conduzida por um conduto forçado, a adutora, que pode ser de aço ou pvc, até o
centro do pivô, a movimentação das torres exige um sistema trifásico de 380 a 460
volts. As torres possuem motor elétrico, com no máximo 1.1/2 Cv, que transmite o
movimento através de um eixo cardam e a redutores que acionam as rodas.
Atualmente, o pivô central é o sistema de irrigação automatizado mais utilizado no
mundo (TESTEZLAF, 2017).
O custo do sistema aumenta de forma aproximadamente linear com o
comprimento, o que resulta em um aumento quadrático na área irrigada.
Consequentemente, o custo por hectare aumenta à medida que o tamanho do pivô
aumenta. É importante destacar que o sistema de pivô central é um projeto altamente
organizado e aprimorado. Inicialmente, são realizados levantamentos abrangentes
que incluem informações sobre a topografia do terreno, fornecimento de energia,
concessões de água, entre outros fatores. Esses levantamentos determinam a
23

intensidade de aplicação, a quantidade de água a ser aplicada e como essa água se


relaciona com as culturas em questão. (BERNARDO et al., 2019).

Figura 1: Desenho esquemático mostrando Como funciona um pivô central, a) vista lateral de um pivô
central, b) esquema de instalação de um pivô central em campo.
Fonte: adaptado de TESTESLAF, 2014).

Esse sistema apresenta diversas vantagens, tais como: economia de mão-de-


obra; alta produtividade grande possibilidade de quimigação e de total automação boa
uniformidade de irrigação, manutenção do alinhamento e da velocidade em todas as
áreas irrigadas (PERRONI, 2008). Além disso, como todo sistema de irrigação,
permite a produção de duas ou mais safras por ano com colheitas na entressafra ne
protege os agricultores contra variações climáticas inesperadas. A eficiência de uso
da água em pivôs centrais varia entre 60% a 85% (RIBEIRO, 2008; EVANGELISTA,
2010). A eficácia de um sistema de irrigação por pivô central é, em essência,
determinada por dois principais fatores: a uniformidade de distribuição e a eficiência
de aplicação (BERNARDO; SOARES; MANTOVANI, 2008).A eficiência de aplicação
é capaz de representar as perdas causadas pela evaporação e pelo arraste pelo vento
ao longo do trajeto da água desde os emissores até o solo.
Entre os diversos sistemas de irrigação disponíveis atualmente no mercado,
o pivô central tem se destacado devido ao seu alto rendimento operacional. No
24

entanto, é importante ressaltar que esse sistema também apresenta uma


desvantagem significativa: o custo de aquisição elevado. Portanto, é necessário
realizar uma análise minuciosa para avaliar a viabilidade da implantação desse tipo
de sistema, assim coemo definir estratégias adequadas de manejo, visando garantir
a utilização racional dos recursos hídricos e financeiros.
Segundo MAROUELLI & SILVA (1998), os valores do consumo médio de
energia por método de irrigação para determinada eficiência de aplicação de água
está apresentado na figura 2 em que pode se observar que os métodos de irrigação
pressurizadas demandam maior consumo de energia quando comparado com
irrigação por superfície.

Figura 2: Eficiência dos sistemas de irrigação


Fonte: MAROUELLI & SILVA (1998).

O custo da energia elétrica corresponde aproximadamente 22% do custo


variável para implantar uma lavoura irrigada de milho no Brasil, desconsiderando os
custos indiretos como, amortização, manutenção e assistência técnica, a opção tem
sido produzir o que o mercado remunera melhor, como sementes, feijão na
entressafra, frutas e oleícolas. (FOLEGATTI et al 1998).
Embora, variável de acordo com a cultura, região e condições climáticas do
ano agrícola, e valor variável cobrado pela concessionaria de energia. Na Tabela 1
estão apresentados os gastos anuais como consumo e demanda de energia elétrica
de um equipamento de irrigação por pivô central, operando 1405 horas por ano com
um motor padrão e, com motor de alto rendimento adequado as condições de carga,
bem como os gastos para a substituição proposta do conjunto moto-bomba atual por
25

outro mais adequado as condições de projeto (conjunto adequado) (ESPINDULA et al


2003).
Tabela 1: comparaçao de caracteristicas do motor padrao, motor de alto rendimento adequado e
conjunto motobomba adequado

Fonte: Espindula (2003)

O pivô central possui a menor relação “potência da bomba x área irrigada”


dentre os sistemas de irrigação por aspersão de alta vazão devido à capacidade de
irrigar grandes áreas, mas acarreta um alto custo da energia elétrica (PERRONI,
2008). De acordo com DALRI E CRUZ (2002) a irrigação sempre esteve presente na
agricultura tenrificada, pois é uma tecnologia que proporciona maiores produtividades.
Contudo, para adoção desta técnica, faz-se necessário quantificar seus benefícios
econômicos, mensurando o aumento esperado na produtividade em função do
aumento da água aplicada.
Na maioria dos projetos de irrigação, é necessário realizar um planejamento
elétrico adequado e possivelmente efetuar alterações na rede elétrica para atender às
demandas específicas dos equipamentos, que geralmente requerem motores
trifásicos de alto rendimento. A disponibilidade de energia elétrica é um fator crucial
para o funcionamento eficiente do sistema de irrigação. Essa energia é necessária
para alimentar os componentes-chave, Como o conjunto moto bomba responsável
pela movimentação e pressurização da água, o acionamento das válvulas para
automatizar a irrigação e os motores elétricos utilizados para mover as rodas do
sistema.
26

3.5 MANEJO DA IRRIGAÇÃO

A gestão da água no Brasil é complexa por envolver diversos agentes, como


estados, municípios, usuários, categorias profissionais, entidades ambientais, entre
outros, que atuam com finalidades diversas e, às vezes, conflitantes. Além disso, a
gestão da água envolve diversas atividades, como planejamento, fiscalização de uso,
fiscalização de poluição, manutenção de obras, fiscalização de outorga de direitos de
uso. A gestão das fontes hídricas deve ser considerada de forma integrada, tanto na
perspectiva de sua melhor utilização, como na de sua preservação e proteção. O
manejo envolve a gestão e o planejamento do uso da água para o cultivo de plantas.
Embora a irrigação esteja vinculada a níveis avançados de tecnologia conforme
destacado por MAROUELLI et al., (2011), sua prática no Brasil ainda é inadequada, o
que leva a um significativo desperdício de água.
O manejo da irrigação é crucial para garantir que as plantas recebam a
quantidade adequada de água para crescer de forma saudável e produtiva. É preciso
levar em conta múltiplos fatores ao planejar e executar uma irrigação, incluindo o tipo
de planta, o clima e o solo da região, além de qualquer restrição de água ou
regulamentação local (KINCAID, D; & HORNBAKER, R. H. 2010) . É relevante levar
em conta o uso da irrigação tecnológica, que capacita o agricultor a gerenciar de
maneira eficaz as decisões relacionadas à irrigação, mantendo as condições ideais
para o crescimento da cultura, evitando excessos e otimizando o uso de energia.
(MANTOVANI; BERNARDO; PALARETTI, 2009).
O aproveitamento de uma fonte de água deve ser considerado dentro de um
quadro mais amplo do que o local e do que a atividade específica para a qual se
destina. Para a água que se pretende utilizar em determinado projeto deve ser
considerado o ciclo hidrológico, os usos antigos, as condições climáticas do local, a
capacidade de auto renovação da fonte, os usos futuros, os níveis aceitáveis de
poluição, as atividades de preservação que devem ser adotadas, dentre outras. A
agricultura 4.0 contribuirá com a redução do consumo de água, fertilizantes e
pesticidas, comumente aplicados de forma uniforme nos campos. Com a tecnologia,
será possível utilizar apenas as quantidades mínimas necessárias, aplicadas em
áreas específicas (RIBEIRO, et al, 2018)
27

Atualmente a água disponível para a agricultura é geralmente limitada e o


conhecimento da relação entre produtividade, qualidade do produto e o regime de
irrigação é um importante fator para maximizar o efeito do suprimento da água
(PAPADOPOULOS, 2000). A água é um recurso renovável, mas isso não significa
que a sua disponibilidade seja ilimitada. Sendo assim, os métodos de irrigação são
empregados para suprir a demanda hídrica das culturas, que decorrente das
condições climáticas podem passar por períodos de estresse, o que resulta na queda
da produtividade e prejuízos significativos ao produtor rural.
Os autores, ABUBAKAR E ATTANDA (2013) explicam que a sustentabilidade
da agricultura é um fator importante para a melhoria da produtividade, visando não
prejudicar o meio ambiente e a saúde pública. Os autores também destacam que a
agricultura moderna terá um grande desafio no tocante à criação de políticas e
tecnologias para se atingir as metas necessárias.
Sendo assim um novo termo que aparece na literatura e que é de grande
relevância é a “pegada hídrica” ou (water footprint), que foi introduzido por Allan é
utilizado por HOEKSTRA (2003). A autora SEIXAS (2011) sita que a pegada hídrica é
um novo indicador relativo ao consumo de água cuja principal função é contabilizar a
quantidade de água utilizada nos bens e serviços que são consumidos pelos
habitantes de um país, tendo em consideração o comércio internacional. Este conceito
inclui informação baseada no conceito de água virtual e demonstra a quantidade real
de água necessária para sustentar e satisfazer a sociedade (HOEKSTRA et al., 2011).
A pegada hídrica de um produto é definida como o volume total de água doce
utilizada e poluída direta ou indiretamente para o produzir. É estimada através do
cálculo do consumo de água e poluição em todas as etapas da cadeia de produção.
O procedimento utilizado é semelhante para todos os tipos de produtos, quer sejam
agrícolas ou industriais (SEIXAS 2011). O autor MARANO, (2014) cita que, há nações
com alta população e alto consumo de produtos/alimentos, onde uma porcentagem
significativa da pegada hídrica é importada, ao tempo que em outros países, como o
Brasil são notadamente exportadores de água virtual, incorporada em cada tonelada
de alimento produzido, sendo um valor agregado ainda não quantificado
adequadamente nesses países.
A agenda 2030 elenca a água limpa e a energia limpa e acessível como
objetivos de desenvolvimento sustentável, tendo como metas a universalidade do
28

acesso à energia, aumentar substancialmente a participação das energias renováveis


na matriz energética global, dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética,
reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso a pesquisa e tecnologias
de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias
de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas, e promover o investimento em
infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa e expandir a infraestrutura
e modernizar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e
sustentáveis para todos nos países em desenvolvimento, particularmente nos países
menos desenvolvidos, nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e nos
países em desenvolvimento sem litoral, de acordo com seus respectivos programas
de apoio (ONU, 2015).
No contexto do pensamento ambiental, ao se discutir sobre sustentabilidade,
Leonardo Boff diz que devemos dar uma atenção especial a chamada ´Pegada
Ecológica da Terra´, avaliando o quanto de solo, nutrientes, água, florestas, energia
etc, o planeta precisa para alcançar a reparação dos danos causados pelo consumo
humano? (BOFF, 2015).
A tarefa de equilibrar meio ambiente e economia produtiva nem sempre é fácil,
afinal o homem sempre buscou, busca e buscará o lucro e sua propriedade. A história
nos convence que nossos antepassados não pensaram muito nos efeitos de seus atos
em busca de equilíbrio econômico. Entretanto, o direito à inovação é inato ao ser
humano, que busca desenvolver seus potenciais, e é considerado hoje um alicerce
essencial para o desenvolvimento socioeconômico de qualquer setor da sociedade
(ALMEIDA, 2017). Não é possível a produção de energia com um impacto ambiental
zero, pois toda produção de energia demanda um custo ambiental. As inovações
tecnológicas ecoamigavéis vem auxiliando no processo de desenvolvimento e
protegendo a natureza, levando a produção de energia a ser mais sustentável e
cuidando do meio ambiente. (BOFF, 2014)
Atrelado ao manejo da irrigação devemos considerar também a gestão de
energia elétrica , que consiste em monitorar os gastos de energia na propriedade,
identificar os horários de maior consumo, identificar fugas de energia e picos atípicos
de consumo, com isso adequar o uso dos equipamentos para menor consumo de
energia, assim partir de uma rotina de boa gestão, o produtor se organiza e planeja
suas ações definindo a quantidade de capital e a qualidade de seus investimentos
29

com menor chance de falhas. (DIEGO ,2016). Pouco se fala na literatura sobre a
gestão de energia em propriedades rurais, e tão pouco em propriedades com sistemas
de irrigação.

3.6 FONTES DE ENERGIA

A energia desempenha um papel fundamental na manutenção da vida,


fornecendo iluminação, água, transporte, aquecimento residencial, além de sustentar
serviços essenciais como saúde, educação, segurança pública, produção de
alimentos e diversas outras atividades (Silveira et al. 2019).
É importante destacar que as fontes de energia podem ser divididas em dois
grandes grupos: renováveis e não renováveis. A classificação das fontes de energia
é baseada em análises físico-químicas. As fontes renováveis, como energia solar,
eólica e hidrelétrica, são consideradas renováveis porque seus recursos naturais são
constantemente renovados. Além de serem fontes de energia limpa e sustentável,
elas também desempenham um papel significativo na geração de empregos e no
desenvolvimento econômico de regiões.
No Brasil, as fontes renováveis de energia têm sido cada vez mais utilizadas
nos últimos anos. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em 2019,
as fontes renováveis representaram mais de 70% da produção de energia no país.
(Empresa de Pesquisa Energética (Brasil), 2019, p. 16).
As principais fontes renováveis de energia no Brasil são a hidroelétrica, a
energia eólica, a energia solar e a biomassa. A hidroeletricidade é gerada por meio da
força da água, que é usada para acionar turbinas e produzir energia elétrica (FORTES;
MUTENDA; RAIMUNDO, 2020).O Brasil é um dos principais produtores de energia
hidrelétrica do mundo, com usinas hidrelétricas espalhadas por todo o país. A Usina
Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, é a maior
usina hidrelétrica do mundo em produção de energia. (QUEIROZ et al., 2013).
A energia eólica é gerada por meio do uso de aerogeradores, que captam a
energia do vento e a convertem em energia elétrica (MORELLI, 2012). O Brasil possui
um grande potencial para a produção de energia eólica, com ventos fortes em várias
regiões do país.
30

A busca por fontes alternativas de energia para atender a crescente demanda


por energia tem sido foco de muitos estudos e pesquisas nos últimos anos. Nesse
contexto, a energia eólica tem ganhado grande atenção em todo o mundo e seu uso
vem aumentando rapidamente nos últimos anos, é uma das fontes de energia
renovável que apresenta maior potencial para a geração de energia elétrica e vem
sendo cada vez mais utilizada como alternativa ao uso de combustíveis fósseis, como
petróleo e carvão. De acordo com a ABE Eólica (2020), o nascimento da geração
de energia eólica no Brasil se deu com o primeiro aerogerador instalado, iniciando
sua operação em 1992, no arquipélago de Fenando de Noronha (PE)
A energia eólica está disponível em qualquer lugar do mundo e tem baixo
impacto no meio ambiente, é uma fonte renovável e seus custos são bastante baixos,
em comparação com outras fontes de energia, (DUTRA 2020). Esse método de
geração de energia é usada há séculos para moer grãos, bombear água e velejar. As
turbinas eólicas convertem a energia do vento em energia mecânica, que é usada
para gerar eletricidade.
Existem muitos aspectos técnicos que devem ser considerados na construção
de um parque eólico. O estudo do recurso eólico (potencial eólico) é um aspecto
importante da fase de pré-projeto, pois o vento é um recurso natural variável,
consofrme o exposto por RIBEIRO (2017) um elemento que exerce influência sobre
os padrões de vento em áreas montanhosas é a existência de ventos locais, os quais
oscilam em consonância com as particularidades climáticas da região.
De acordo com Pereira (2016), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), afirma que considerando as atuais tecnologias para produção de energia a
partir do vento e, principalmente, a utilização de aerogeradores posicionados a 100
metros de altura, o potencial eólico brasileiro onshore (em terra) pode chegar a 880,5
GW, sendo que 522 GW são considerados tecnicamente viáveis. Além disso, o
potencial eólico brasileiro offshore (no mar) pode alcançar 1,3 TW, tendo a região
oceânica costeira do Nordeste as áreas mais favoráveis. Para a Região nordestina,
as estimativas apontam potencial onshore de 309 GW (PEREIRA, 2016)
Um dos principais fatores que tornam o investimento em energia eólica
atrativo é o crescente aumento da consciência ambiental. A preocupação com o meio
ambiente tem incentivado o uso de fontes de energia renováveis, que não agridem o
meio ambiente.
31

A biomassa é gerada pela queima de matéria orgânica, como madeira,


bagaço de cana e resíduos agrícolas. A biomassa desempenha um papel muito
importante no Brasil, especialmente na produção de energia térmica, como calor e
vapor. É uma fonte de energia alternativa extremamente atrativa, pois aproveita uma
ampla variedade de resíduos e oferece aplicações diversificadas e resultados úteis.
Ela pode ser usada, por exemplo, na produção de biodiesel, contribuindo assim para
a redução das emissões de gases poluentes. (SILVA & FREITAS, 2008, p. 844).
Conforme um estudo divulgado pelo IPEA, a utilização de biodiesel pode levar a uma
redução da poluição gerada por veículos automotores de até 70%. (MORAIS J. M.,
2019, p. 20). A energia gerada a partir da biomassa, bem como a energia hidráulica
renovável, tem potencial para gerar energia elétrica de forma barata, limpa, e sem a
necessidade de grandes barragens. O biogás é composto por uma mistura de gases
que tem sua concentração de terminada pelas características do resíduo e as
condições de funcionamento do processo de digestão.
A digestão anaeróbia é um processo altamente eficiente em termos de
energia, porque a energia presente nos resíduos orgânicos é conservada e utilizada
para a digestão, geração de energia elétrica e/ou combustíveis fósseis alternativos.
Além da energia gerada, outros produtos podem ser obtidos como o biogás, que pode
ser utilizado para fins domésticos e industriais, o composto orgânico rico em nutrientes
e o efluente rico em nutrientes, que pode ser utilizado como adubo orgânico para a
agricultura. Os efluentes originários do biodigestor a partir de dejetos agropecuários,
o biofertilizante, podem se mostrar eficazes no desenvolvimento de meios alternativos
para culturas de microalgas, pois os mesmos são ricos em nitrogênio, fósforo e
potássio (YUPING et al., 2021). Mas o principal benefício dos biodigestores
anaeróbicos é a produção de energia renovável na forma de metano, além de reduzir
as emissões de gases do efeito estufa gerado pelos dejetos (GUARES et al., 2021).
O biogás é um gás natural de origem orgânica. Sua composição é
principalmente dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), que é o principal gás que
compõe o gás natural. Quando o metano é queimado, a energia produzida é o
equivalente ao que seria produzido pela queima de gás natural, ele é comumente
utilizado como um substituto para combustíveis fósseis, como gás natural e diesel,
para fins de geração de energia elétrica e térmica. Até o ano de 2008, havia no Brasil
um total de 23 plantasde biogás, sendo somente oito no estado do Paraná. Em 2021,
32

encontravam-se em operação cerca de 800 plantas de biogás, das quais 150 no


Paraná (CIBIOGAS, 2022)
Além das fontes mencionadas anteriormente, existem outras formas de
energia que desempenham um papel relevante no panorama energético. Entre elas,
destacam-se a energia nuclear e os combustíveis fósseis.
A energia nuclear é obtida a partir da fissão ou fusão nuclear. A fissão nuclear
ocorre quando o núcleo de um átomo é dividido, liberando uma grande quantidade de
energia. já a fusão nuclear é o processo de união de núcleos atômicos leves para
formar um núcleo mais pesado, liberando uma quantidade ainda maior de energia.
(GONÇALVES; RUIZ, 2016).Apesar de ser uma fonte de energia considerada limpa
em termos de emissões de gases de efeito estufa, a energia nuclear também
apresenta desafios relacionados ao gerenciamento seguro de resíduos radioativos e
à segurança das instalações nucleares. No estudo conduzido por Pires (2019),
observa-se que, por esse motivo, o futuro do setor elétrico demanda um equilíbrio
entre as fontes de energia remotas, sujeitas a sazonalidade e intermitência, e fontes
de geração de energia constantes, próximas aos centros de consumo. Isso visa
assegurar a estabilidade e a segurança do sistema elétrico. A fonte de energia nuclear
não sofre com a intermitência ou sazonalidade que são características comuns das
fontes de energia renovável (CESARETTI, 2010).
Os combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural, são fontes
não renováveis de energia que resultam da decomposição de matéria orgânica ao
longo de milhões de anos. Esses combustíveis são amplamente utilizados para a
geração de eletricidade, produção de calor e como combustível para o transporte. No
entanto, seu uso contribui para a emissão de gases de efeito estufa e para o
aquecimento global, além de estar sujeito a questões relacionadas à escassez e à
dependência de importações.
Para alcançar um sistema energético mais sustentável e reduzir a
dependência de combustíveis fósseis, é crucial diversificar a matriz energética por
meio de investimentos em fontes renováveis, tais como energia solar, eólica,
hidrelétrica e biomassa. É fundamental o desenvolvimento contínuo de tecnologias
mais eficientes e limpas. A utilização dessas fontes renováveis, combinada com
medidas de eficiência energética e uma conscientização sobre o consumo
responsável, desempenha um papel crucial na redução das emissões de gases de
33

efeito estufa e na preservação do meio ambiente. Essas ações são essenciais para
garantir um futuro mais sustentável e promissor para as próximas gerações.

3.6.1 ENERGIA SOLAR

A energia solar é obtida através do aproveitamento da radiação solar, ela é


um recurso natural abundante e de baixo custo de captação é considerada uma das
fontes energéticas mais promissoras, pois até o final do século XXI, com a melhoria
tecnológica, a energia solar poderá ser a mais barata e renovável
De acordo com a ANEEL:
Entre os vários processos de aproveitamento da energia solar, os mais
usados atualmente são o aquecimento de água e a geração fotovoltaica de
energia elétrica. No Brasil, o primeiro é mais encontrado nas regiões Sul e
Sudeste, devido a características climáticas, e o segundo, nas regiões Norte
e Nordeste, em comunidades isoladas da rede de energia elétrica. (ANEEL,
s.d., p. 29)
.
A conversão da radiação solar em energia elétrica é executada através de um
sistema que incorpora células fotovoltaicas de silício, podendo ser conectado a
residências, indústrias e outros tipos de edifícios, bem como em instalações de grande
porte, como usinas de energia solar. Além das células fotovoltaicas, esses sistemas
também incluem componentes adicionais, baterias, inversores e controladores de
carga, que variam de acordo com suas funções específicas.
De forma mais especifica Uma célula fotovoltaica é composta por
semicondutores dos tipos P e N, uma base metálica, e uma grade também metálica.
O procedimento está representado na Figura 3 , com os terminais elétricos localizados
na grade metálica e na base metálica. A luz incide no semicondutor do tipo N,
concedendo aos elétrons energia suficiente para atravessar a zona de depleção,
gerando uma corrente que percorre o trajeto elétrico estabelecido pelas partes
metálicas da célula fotovoltaica. (VILLALVA, 2015).
34

Figura 03: Celula solar fotovoltaica


Fonte : VILLALVA, (2015)

Atualmente, o Silício é o material mais amplamente empregado na fabricação


de células fotovoltaicas e, por extensão, em módulos fotovoltaicos. Isso se deve à
abundância e ao custo significativamente mais acessível desse material em
comparação com outros. As células de Silício monocristalino e policristalino são as
mais reconhecidas e utilizadas nesse contexto. (VILLALVA, 2015).
Uma única célula fotovoltaica gera aproximadamente 0,6 V. Para elevar o
valor da tensão gerada, é criado um agrupamento de células fotovoltaicas, conforme
exemplificado na Figura 04. Essa união é denominada módulo fotovoltaico.
Tipicamente, as células são dispostas em série para incrementar a tensão resultante
(VILLALVA, 2015)

Figura 04: Conexão entre celulas fotovoltaicas


Fonte: VILLALVA, (2015)
35

Tendo como base o esquema apresentado anterirormente os sistemas


solares podem ser divididos em duas formas que sao elas:
O sistema On-grid figura 05 opera com base em sua ligação à rede de
transmissão. Essa configuração possibilita a transferência do excedente de energia
gerado, não utilizado pela residência, de Volta para a rede de transmissão. Essa
energia excedente é então convertida em créditos de energia, os quais podem ser
utilizados pela própria residência. Isso está ilustrado Na Figura. (BOSO et. al., 2015).

Figura 05: Sistema On Grid


Fonte: PORTAL DO SOL, (2023)

Por outro lado, o sistema Off-grid figura 06 é autossuficiente e requer a


utilização de baterias para armazenar a energia gerada pelas placas fotovoltaicas,
conforme representado na Figura (BOSO et. al., 2015).
36

Figura 06: Sistema Off grid


Fonte: PORTAL DO SOL (2023)

No Brasil a energia solar está se tornando cada vez mais utilizada devido à
crescente conscientização da população quanto ao cuidado com o meio ambiente e a
necessidade de se economizar energia elétrica. De acordo com Bezerra (2021), nos
últimos anos, a energia solar no Brasil teve um grande aumento, graças aos avanços
do marco legal da geração distribuída e a baixa dos preços dos aparelhos
fotovoltaicos. A partir de 2017, a capacidade de geração solar apresentou crescimento
significativo, atingindo 7.977,7 MW de capacidade instalada no final do ano de 2020,
conforme se pode observar Na figura 07 .

Figura 07: Evolução da capacidade de geraçao de energia no Brasil


Fonte: Aneel (2021 apud BEZERRA, 2021)
37

O Brasil em relação a energias renováveis, em especial a energia solar


fotovoltaica tem grande potencial, pois encontra-se próximo à linha do Equador, de
modo que a duração solar do dia varia pouco durante o ano, comparando-se aos
países europeus.
A adoção de tecnologias que aproveitam a energia solar, especialmente em
áreas rurais, tem se revelado eficaz, considerando a viabilidade técnica que é
observada em praticamente todo o território nacional. (KEMERICH et al., 2016). O
estado do Paraná possui um grande potencial para aplicação de outras fontes como
a solar fotovoltaica (TIEPOLO et al., 2014). Assim, o aumento no uso de sistemas
fotovoltaicos por unidades consumidoras tem sido significativo. No entanto, o
progresso na implementação dessa tecnologia na área rural ainda é modesto em
comparação com as áreas urbanas. (ANEEL, 2021).
Observa-se uma falta de pesquisa e inovação a nível nacional em métodos
que integram a energia fotovoltaica diretamente ao funcionamento de pivôs centrais.
Em junho de 2020, o conglomerado multinacional Valmont anunciou o primeiro pivô
central do mundo, implantado no Brasil e alimentado exclusivamente por energia
solar. Desde então, a empresa tem disponibilizado essa tecnologia globalmente..
(MALISZEWSKI 2020). Um outro fator que favorece a produção solar no Brasil é a
localização geográfica do país, que fica entre o equador e o Trópico de Capricórnio
(SILVA, 2022) .
O estado do Paraná está localizado na região sul do Brasil, abrangendo uma
área de 199.880 km2. Sua população, distribuída em 399 municípios, totaliza
10.444.526 habitantes. No ano de 2020, a região registrou um consumo de energia
elétrica em torno de 29 TWh (IPARDES, 2020). A viabilidade técnica da
implementação de energia solar fotovoltaica tem sido evidenciada por meio de
pesquisas científicas no setor. Essas pesquisas realizam comparações entre o estado
do Paraná e seus índices de irradiação solar, que atingem uma média anual de 1.986
kWh/m², em contraste com os países europeus, que apresentam valores médios de
irradiação e produtividade total anual de 1.490 kWh/m². (TIEPOLO et al., 2014)

Conforme o Atlas de Energia Solar do Estado do Paraná, as características


climáticas dessa região apresentam contrastes nos padrões de precipitação e
temperatura, em grande parte influenciados pelo relevo e pela localização geográfica
38

do estado. A posição geográfica também contribui para uma das maiores amplitudes
do ciclo anual de temperatura no Brasil, destacando-se pelo notável contraste entre
as estações de inverno e verão. Adicionalmente, as elevações do planalto meridional
e das serras exercem impacto significativo na distribuição das temperaturas, tornando
o Paraná uma das regiões do Sul do Brasil onde ocorre precipitação em forma de
neve.
O estado do Paraná é atualmente o maior gerador de eletricidade do país,
gerando aproximadamente 16,4% de toda a energia produzida no país (EMPRESA
DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2018).Essa produção de energia é proveniente de
hidroelétricas, uma vez que o Paraná dispõe de recursos hídricos abundantes,
provenientes de várias bacias hidrográficas. Na Figura 08 , é exibida a soma diária da
irradiação global horizontal no estado do Paraná, evidenciando o potencial de geração
fotovoltaica na região.

Figura 08: Mapa de irradiaçao global


Fonte: TIEPOLO et al, (2017).

O estado do Paraná possui uma irradiação média total anual de 1.705


kWh/m² (TIEPOLO et al.,2017). Na Figura 09, é exibido o potencial médio anual de
energia solar, dividindo o estado em mesorregiões. Pode-se notar que a mesorregião
Noroeste apresenta a maior irradiação média anual global horizontal, atingindo 1.802
kWh/m², enquanto a região metropolitana de Curitiba possui o menor potencial, com
1.492 kWh/m².
39

Figura 08: Mapa por potencial de mesorregião no estado do Paraná


Fonte: TIEPOLO et al, (2017)

3.7 SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA

Considerando a escassez de recursos naturais, que são inerentemente finitos,


a palavra "sustentabilidade" tem sido objeto de extensas pesquisas e debates, tanto
na esfera acadêmica quanto na sociedade em geral. A palavra sustentabilidade
origina-se do verbo sustentar, que vem do latim sustentare e significa conservar,
amparar, defender, manter (BEVILAQUA, 2016).
Segundo Fortuna (2010) No contexto brasileiro, as questões ambientais
ganharam destaque devido ao paradigma que orientou a modernização da agricultura,
uma vez que esse paradigma teve um impacto significativo na transformação do meio
ambiente em busca de maior produtividade.
A agricultura sustentável é um conjunto de práticas e tecnologias que visam
maximizar a produção agrícola de maneira a preservar os recursos naturais e ao
mesmo tempo promover o bem-estar social e econômico das comunidades
envolvidas. Ela é uma alternativa ao modelo convencional de agricultura, que tem sido
amplamente criticado por sua intensiva utilização de agrotóxicos e fertilizantes
químicos, bem como por sua dependência de monoculturas e sua contribuição para a
degradação do solo e da biodiversidade.
40

A transição para uma agricultura sustentável é um processo complexo que


requer o envolvimento de diversos atores, incluindo governos, organizações não-
governamentais, setor privado e a sociedade civil. A transição exige a adoção de
novas tecnologias e práticas agrícolas, bem como a mudança de comportamento dos
agricultores e outros atores envolvidos no sistema alimentar. Para Boff (2017) e
fundamental que todos compreendam que a sustentabilidade global é absolutamente
essencial e só será realizável quando houver um uso responsável dos recursos não
renováveis, permitindo à natureza o tempo necessário para sua regeneração.
Uma das principais vantagens da agricultura sustentável é a sua capacidade
de promover a conservação dos recursos naturais, como a água e o solo, que são
fundamentais para a produção agrícola. Isso é conseguido através de técnicas como
a rotação de culturas, o plantio consorciado e a utilização de adubos orgânicos, que
ajudam a manter a fertilidade do solo e a diminuir a erosão. Além disso, a agricultura
sustentável também promove a conservação da biodiversidade, já que incentiva o
plantio de espécies nativas e a criação de sistemas agroflorestais, que são capazes
de proteger a fauna e a flora locais. Nesse contexto, a sustentabilidade sobressai-se
ao permitir o desenvolvimento de novas competências, a implementação de novos
procedimentos, a inovação de produtos e o avanço em capacidades tecnológicas.
(LOURENÇO; CARVALHO, 2013)
Outra vantagem da agricultura sustentável é a sua capacidade de promover o
bem-estar social e econômico das comunidades rurais. Isso é conseguido através de
práticas como a produção de alimentos saudáveis, a geração de emprego e renda nas
áreas rurais e a valorização das culturas locais. Além disso, a agricultura sustentável
também pode contribuir para a redução da pobreza e da insegurança alimentar, já que
garante o acesso a alimentos de qualidade para as populações mais vulneráveis.
Devido o desenvolvimento e crescimento populacional se faz necessário uma
agricultura sustentável e uma agricultura que assegure a produção de alimentos em
quantidade e qualidade suficientes para atender a população de forma saudável, sem
comprometer o meio ambiente e sem esgotar os recursos naturais, segundo a FAO
(2019), a procura por alimentos é crescente e projeta-se uma necessidade de aumento
da produção em 70% até 2050.
A sustentabilidade deve ser entendida como um processo continuo de
melhoria, que visa a conservação do meio ambiente, da biodiversidade, dos solos e
41

da agua, bem como o uso racional dos recursos naturais, deve também ser capaz de
atender as necessidades alimentares da população, de forma a assegurar o bem-estar
das gerações presentes e futuras.
Boff (2012) afirma que:
ATerra [...] é a coexistência, inter-relação de todos estes fatores
interdependentes e de tal forma articulados entre si que fazem da terra um
sistema vivo, dinâmico, sempre em movimento em evolução. Durante toda
sua longa história, a Terra foi geologicamente muito ativa. De tempos
em tempos explodiam vulcões ou era torpedeada por meteoros imensos
que lhedeixaram crateras enormes, mas que também lhe trouxeram
quantidade considerável de água e de outros metais e, segundo alguns,
as moléculas básicas, construtoras da vida. (Boff, 2012, p. 23-24).

Nas últimas décadas, o desenvolvimento de metodologias para a avaliação


de impactos ambientais causados por atividades agropecuárias e o investimento em
pesquisas sobre o potencial produtivo de sistemas de produção sustentável tem sido
decisivo para a elaboração de políticas públicas mais adequadas ao tratamento
desses temas.
A sustentabilidade abrange o ambiente a sociedade e a economia, onde o
ambiente deve suportar as necessidades da sociedade e este processo deve ser
economicamente viável. Segundo a Lei n° 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional
do Meio Ambiente, “meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas” (BRASIL, 1981, art. 1)
Neste contesto cabe as empresas e produtores rurais, tomar conhecimento
do seu papel neste processo e buscar meios que possibilitem o desenvolvimento rural
sustentável, tecnologias capazes de melhorar a produtividade sem agredir o ambiente,
já que suas práticas estão intrinsicamente ligadas ao ambiente.
Existem diversas políticas públicas que podem contribuir para o
desenvolvimento rural sustentável, algumas delas são: Investimentos em
infraestrutura rural, desenvolvimento de tecnologias apropriadas, incluindo a pesquisa
e o desenvolvimento de tecnologias que sejam acessíveis e adaptadas às condições
locais, como sistemas agroflorestais e técnicas de conservação do solo e da água,
42

programas de assistência técnica, com a oferta de treinamentos e capacitação para


os produtores rurais, visando o aprimoramento das suas habilidades e o aumento da
produtividade de maneira sustentável, promoção de atividades econômicas
alternativas, tendo o incentivo à criação de cooperativas, empresas locais e outras
formas de organização econômica que possam gerar renda e emprego de maneira
sustentável nas áreas rurais. Essas são apenas algumas das políticas que podem
contribuir para o desenvolvimento rural sustentável. Cada região pode ter
necessidades e condições específicas, portanto é importante avaliar qual abordagem
é mais adequada para cada contexto.
43

3.8 VIABILIDADE ECONÔMICA DE EMPREENDIMENTOS

A viabilidade econômica de um empreendimento, consiste em estimar os


gastos inerentes ao investimento inicial, custo de operação, manutenção e as receitas
geradas durante um determinado período, (BASTOS, et al.2022). Assim montando um
fluxo de caixa relativo a esse investimento, custos e receitas que irão determinar quais
serão os indicadores econômicos alcançados com esse empreendimento. Para
Rezende; Oliveira (2001) antes de ser implantado, é ideal que todo projeto passe por
uma análise de viabilidade econômica, que verifique as receitas e gastos e o resultado
final seja positivo, que iguale ou supere as expectativas do investidor, cabe também
comparar investimentos e analisar qual o mais viável.
Para avaliar a viabilidade econômica de um empreendimento, é necessário
realizar um estudo de viabilidade financeira, que consiste em projetar e avaliar as
receitas, custos e despesas do projeto. Esse estudo permite estimar o fluxo de caixa
esperado e calcular o retorno sobre o investimento (ROI).
Existem vários indicadores financeiros que podem ser utilizados para avaliar
a viabilidade econômica de um empreendimento, como o payback, o valor presente
líquido (VPL) e o índice de rentabilidade (IR). O payback é o período de tempo
necessário para que o projeto pague de volta o capital investido. O VPL é a diferença
entre o valor presente das receitas e o valor presente dos investimentos. O IR é o
retorno esperado sobre o investimento, expressado como uma porcentagem. Além de
avaliar os indicadores financeiros, é importante levar em consideração outros fatores
que podem afetar a viabilidade econômica de um empreendimento, como o cenário
econômico e a concorrência. É preciso também considerar a viabilidade técnica e
ambiental do projeto, pois problemas técnicos ou impactos ambientais negativos
podem afetar sua viabilidade econômica.
44

3.8.1 TIR

Segundo RABUSKE et al., 2016 A Taxa Interna de Retorno (TIR) é um


indicador calculado com base em uma projeção hipotética de fluxo de caixa, que é
uma ferramenta crucial para avaliar a saúde financeira de um empreendimento A TIR
é determinada quando o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto é igual a zero. Esse
indicador é empregado para determinar a viabilidade de um projeto, indicando se ele
é atrativo ou não. A TIR é calculada para um investimento que não prevê impactos
financeiros negativos ou positivos.
A TIR é expressa em valor percentual e se baseia nos fluxos de caixa para
mostrar se o investimento é vantajoso ou não. A fórmula para calcular a Taxa Interna
de Retorno é:

3.8.2 TMA
Taxa mínima de Atratividade (TMA): é a taxa mínima que um investidor se
propõe a pagar ou receber pelo montante investido ou aplicado em determinado bem
(PILÃO E HUMMEL, 2003). É usada para avaliar a viabilidade econômica de um
projeto e determinar se ele é atrativo o suficiente para ser realizado. A TMA é definida
pelo investidor e pode variar de acordo com o perfil de risco e as expectativas de
retorno desejadas. Por exemplo, um investidor com um perfil mais conservador pode
exigir uma TMA mais elevada, enquanto um investidor com um perfil mais arrojado
pode aceitar uma TMA mais baixa.
Para avaliar a viabilidade econômica de um projeto, é necessário comparar a
TMA com a taxa interna de retorno (TIR) esperada. Se a TIR esperada for maior que
a TMA, o projeto é considerado viável e atrativo. Se a TIR esperada for menor que a
45

TMA, o projeto é considerado inviável e não atrativo. O cálculo da TMA é importante


para os investidores, pois permite avaliar a rentabilidade esperada de um projeto e
tomar uma decisão sobre se vale a pena investir nele ou não. No entanto, é importante
lembrar que a TMA é apenas uma referência e que o sucesso de um projeto pode
depender de muitos outros fatores além da rentabilidade esperada.

3.8.3 VPL

O Valor Presente Líquido (VPL) é nomeado em grande parte da literatura


financeira como um dos métodos mais tradicionais e eficientes na avaliação de
projetos de investimentos (SCHROEDER; COSTA; SHINODA, 2005). Este parâmetro
corresponde ao valor dos fluxos de caixas futuros a uma dada taxa de juros, de forma
que se possa verificar o valor atual, do montante aplicado. Nada mais é do que
aplicando uma taxa de juros, determinar o rendimento que o investimento teria se
aplicado, por exemplo, na poupança (SAMANEZ, 2009).
O VPL, de acordo com Silva et al. (2005), é a diferença entre o valor presente
das receitas e o Valor presente dos custos. Para a obtenção do seu valor, é adotada
a seguinte expressão matemática:

3.8.4 PAYBACK

O payback corresponde ao período ao qual deverá ser esperado para que se


obtenha retorno do investimento, muitas vezes conhecido com período de
recuperação (OLIVEIRA 2008, apud RABUSKE, 2016). Sabendo que o resultado do
payback indica o número de períodos necessários para a recuperação do
46

investimento, pode-se perceber que quanto menor o payback de um projeto, menor o


risco do investimento. Por outro lado, um payback alto revela um risco elevado na
execução do projeto em estudo. (SOUZA; CLEMENTE, 2009)

3.9 LINHAS DE CREDITO

Com o apoio do crédito rural, que desempenhou um papel significativo nas


décadas de 1930 a 1960, o desenvolvimento do capitalismo no Brasil experimentou a
transição de uma economia predominantemente agrária para mudanças estruturais
voltadas para a industrialização (LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016; SANTOS, 1988).
O progresso na agricultura da época foi grandemente moldado pelos princípios da
Revolução Industrial, que se espalhou pelos países europeus a partir do século XVIII.
(LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016).
Essa influência desempenhou um papel significativo na promoção da
abordagem produtivista no Brasil, trazendo uma perspectiva inovadora para a
agricultura e a produção de alimentos. (LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016). A
modernização da agricultura no Brasil teve sua raiz na divisão das atividades
econômicas do país, impulsionada pelos princípios da Revolução Verde,
transformando a agricultura nacional em um processo de caráter industrial. (LOPES;
LOWERY; PEROBA, 2016; SANTOS, 1988). Essa estrutura se mostrou fundamental
para impulsionar as transformações tecnológicas no Brasil, fortalecendo a
incorporação de inovações provenientes do melhoramento genético das culturas, o
uso de insumos químicos para o solo, práticas de manejo cultural, técnicas de preparo
do solo e mecanização. (BELIK; PAULILLO; VIAN, 2012). As atividades de pesquisa
agropecuária, assistência técnica e o seguro rural desempenharam papéis
complementares às ações coletivas voltadas para a modernização do setor
agropecuário (BELIK; PAULILLO; VIAN, 2012; LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016).
Esta situação marcou o estágio de convergência entre setores, resultando em
uma fusão entre a agricultura e os locais de produção em massa das indústrias. Essa
transformação posicionou a agricultura como um setor intermediário, passando a ser
tanto consumidora de bens industriais quanto fornecedora de matéria-prima para as
indústrias de processamento. (BELIK; PAULILLO; VIAN, 2012; LOPES; LOWERY;
47

PEROBA, 2016) Essa integração trouxe impactos positivos na produtividade do Brasil,


especialmente a partir de 1964, quando o Sistema Nacional de Crédito Rural foi
estabelecido. SNCR) (LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016).
Atuando como um motor propulsor desse processo, o crédito rural
desempenhou o papel de um instrumento estatal fundamental para fortalecer a
modernização da agricultura. (SANTOS, 1988). Com o objetivo principal de aprimorar
a competitividade dos produtos destinados à exportação, tais subsídios acabaram por
agravar a disparidade no cenário rural, especialmente quando começaram a privilegiar
os produtores de médio e grande porte do país, com o intuito de torná-los ainda mais
proficientes e produtivos. (BELIK; PAULILLO; VIAN, 2012; LOPES; LOWERY;
PEROBA, 2016; SANTOS, 1988)
A partir de 1953, ocorreu uma rápida expansão dos créditos agrícolas (BELIK;
PAULILLO; VIAN, 2012; LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016; SANTOS, 1988) A partir
da estruturação do CREAI, esses recursos passaram a ser direcionados para o
financiamento com taxas de juros reduzidas e prazos de pagamento estendidos
(SANTOS, 1988). Essa medida promoveu o aprimoramento da produção agrícola
daquele período, alterando os padrões de produção e estimulando, sobretudo, a
aquisição de sementes, fertilizantes químicos, pesticidas e outros insumos
agropecuários. (BELIK; PAULILLO; VIAN, 2012).
Essa etapa se estendeu até o término da década de 70, sendo sua
característica preeminente a intervenção significativa do governo como um
influenciador fundamental nas diretrizes das políticas agrícolas. BELIK; PAULILLO;
VIAN, 2012; LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016). Contudo, na esteira da crise
econômica dos anos 80, o crédito rural enfraqueceu, e o setor agropecuário viu-se
desprovido do respaldo das políticas públicas setoriais. (BELIK; PAULILLO; VIAN,
2012; LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016). Os únicos investimentos remanescentes
foram esporádicos, direcionados a determinados setores dentro da agricultura e
pecuária BELIK; PAULILLO; VIAN, 2012; LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016) O
distanciamento do Estado se intensificou ainda mais na década de 90, em grande
parte devido às políticas de orientação liberal que promoveram a abertura da
economia (LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016).
48

A redução das barreiras à importação levou o agronegócio a se distanciar das


políticas públicas, em comparação com fases anteriores. (BELIK; PAULILLO; VIAN,
2012; LOPES; LOWERY; PEROBA, 2016)
O fomento da agricultura nacional é essencial, principalmente concedendo
credito a pequenos e médios produtores, para que possam se desenvolver e melhorar
os processos de produção, adquirindo maquinas e equipamentos que promovam
aumento na produtividade. Os subsídios de investimentos agrícola e as linhas
especiais de crédito possibilitaram um extraordinário crescimento da agricultura
com a produção em grandes áreas planas, favorecendo a mecanização do processo
produtivo (Andersonet al.,2020).
O crédito rural é considerado um dos mais importantes mecanismos da
política agrícola do país (BACHA et al., 2005 Ao longo da história, o crédito rural tem
desempenhado um papel fundamental na formulação da política agrícola brasileira,
visando estimular a produtividade e o incremento da renda no setor agrário (LOPES;
LOWERY; PEROBA, 2016). Em 1995 o governo brasileiro, visando promover o
desenvolvimento rural, criou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (PRONAF), que visa atender os agricultores familiares com intuito de
fortalecer suas atividades desenvolvidas. No ano de 2021 o governo brasileiro,
disponibilizou R$ 39,34 bilhões para a agricultura familiar no Plano Safra 2021/2022
(VALENTE, 2021). Já para o Plano Safra 2022/2023 foram disponibilizados R$ 53,61
milhões (VILELA, 2022).
4 MATERIAIS E MÉTODOS

Com o intuito de projetar e analisar as principais parâmetros envolvidas em


uma análise econômica e financeira através do investimento em um sistema
fotovoltaico, a aplicação deste estudo utilizara o método de estudo de caso. O estudo
de caso que visa investigar de forma empírica os fenômenos contemporâneos em
profundidade e em seu contexto real, trazendo os limites existentes no contexto da
pesquisa.
O objeto da pesquisa exploratória está localizado no município de Atalaia no
região Noroeste do Paraná, onde foram instalados três sistemas de irrigação por pivô
central da marca Lindsay para irrigar 24.5 hectares cada com expansão para mais
uma máquina 22.5 hectares totalizando 96 hectares irrigados, alimentado por energia
trifásica vinda da concessionária de energia.
A fonte de agua que abastece o sistema é um córrego que corta a
propriedade, onde fora feito um canal de chamada para a instalação da sucção, a
tubulação de sucção é de aço zincado de 150 mm com válvula de pé com crivo e filtro
para folhas. A tubulação principal é de pvc do tipo DeFoFo que inicia com diâmetro de
250 mm e termina em 150 mm. O sistema de bombeamento é composto por dois
conjuntos motobomba de 60 c.v. cada associados em série já instalados, totalizando
120 c.v. os motores elétricos são da marca Weg de alto rendimento, o consumo de
cada motor é de 44.16 KW/h, é previsto no dimensionamento elétrico mais um
conjunto de duas motobombas de 60 c.v. para a expansão futura totalizando 240 c.v.
Cada pivô central possui 5 lances de 53,27 metros de comprimento de
diâmetro 6 5/8” e um balanço de 12 metros com diâmetro padrão de 6” com canhão
final, cada lance possui um conjunto motoredutor de 0,75cv.
O sistema solar projetado é on grid, com 548 placa, 2 inversores montados
em estrutura de solo tendo como objetivo reduzir a fatura de energia elétrica e
consequentemente reduzir os custos na produção irrigada, e amparar os conceitos de
sustentabilidade ambiental e econômica no projeto executado.
Além do levantamento a campo, como forma de validação argumentativa, foi
realizado um levantamento bibliográfico com base em periódicos, atlas, dissertações,
reportagens e notícias nacionais, descritos no capítulo anterior A revisão de literatura
tem vários objetivos, entre os quais citamos: a) proporcionar um aprendizado sobre
uma determinada área do conhecimento; b) facilitar a identificação e seleção dos
métodos e técnicas a serem utilizados pelo pesquisador; c) oferecer subsídios para a
redação da introdução e revisão da literatura e redação da discussão do trabalho
científico (PIZZANI, et al, 2012)
5 RESULTADOS

Inicialmente para o dimensionamento do sistema fotovoltaico foram


considerados os gastos com energia ao longo de 12 meses e também a expansão
futura do sistema de irrigação (tabela 1). A potência útil (Pu) somada dos dois
conjuntos motobomba é de 240 c.v., é sabido que 1 cv corresponde a 0,736 KW, ou
seja uma potência útil de 176,64 kW, em toda transferência de energia há uma perda
de potencial, para o conjunto de motobomba em questão foi considerada um
rendimento de 90% o que resulta em uma potência absorvida (Pa)158.97 kW/hora de
consumo. Se utilizando dos dados de manejo de irrigação que dependem das
características do sistema, como, área irrigada, lamina projetada, tempo de uma volta
completa a rele 100%, bomba booster para canhão e cultivos no período que foram
soja e milho nos anos de 2021 e 2022 respectivamente, chegamos a uma média de
1923 horas trabalhadas, o consumo total de energia no período de 305.710,8 KW.

Tabela 01: Cálculo de consumo com base nas horas trabalhadas.


CALCULO DE CONSUMO DE ENERGIA

Potência do motor (c.v.) 240


Potencia útil (kW) 176,64
Potencia absorvida 90% de eficiência (kW) 158,97
Consumo de energia hora (kW/h) 158,97
Consumo de energia por ano (kW/ano) 305.710,8

Com base na energia consumida pelo pivô no período e no valor do kW


subsidiado pela distribuidora estadual, o consumo anual de energia é de R$
225.602.99 (tabela 02) foram considerados os seguintes valores de tarifa; Horário de
ponta R$1.21 por kW Horário intermediário R$0.81 por KW Horário fora de ponta R$
0.61por KW (COPEL 2023), sendo, 20% do consumo total divididos igualmente entre
os horário de ponta e intermediário e os outros 80% em horário fora de ponta.
Tabela 02: Gastos com energia elétrica.
GASTOS COM ENERGIA ELÉTRICA

Horário fora de ponta R$ 0,67


Horário intermediário R$ 0,81
Horário de ponta R$ 1,21

TOTAL GASTO NO PERÍODO R$ 225. 602,98

Importante ressaltar que em alguns meses do ano não são feitas irrigações, o
que reduz o valor de energia no corrente mês, por isso não será apresentado o valor
mensal gasto e sim o total no ano. Nos meses de menor consumo ou consumo zero
o credito será gerado para os meses de maior demanda.
O sistema solar fotovoltaico dimensionado para suprir a demanda de 310000
kw/ano possui 548 placas, 2 inversores, ainda são considerados valores de estrutura
de solo, adequações e documentação o total para implementar o projeto é de R$1,175
056.37 descrito na Tabela 03

Tabela 03: Investimento em energia solar


INVESTIMENTO EM ENERGIA SOLAR

Valor do sistema R$ 1.062.191,00


Terraplanagem R$ 20. 000,00
Estrutura de solo R$ 32. 000,00
Cercas e pedra brita R$ 15. 000,00
Abrigo para inversor R$ 6.500,00
Adequação da rede elétrica particular R$ 22. 000,00
Documentação R$ 17. 365,37

TOTAL INVESTIDO R$ 1.175.056,37

Sendo assim foram simulados os valores de financiamento com taxa


especifica para investimento em energia solar.
Tabelo 04: Parâmetros do calculo de viabilidade
PARÂMETROS

Valor do sistema (CAPEX) R$ 1.175. 032,00


Juros do financiamento (10 ANOS) R$ 1,361, 818.00
OPEX R$ 5, 875.16
Tarifa de energia R$ 0.80
Geração do sistema KW/ano 300000
Fatura de energia (ano) R$ 240, 000.00
TMA (SELIC) 13.75%
Fluxo de caixa 20%

A taxa mínima de atratividade esperada é de um investimento em mercado de


ações com retorno de 100% Selic, o período de análise foi de 25 anos, pois é o tempo
estipulado pelos fabricantes de maior aproveitamento do sistema fotovoltaico.
Neste investimento o Capex que são as despesas de capital no período do
financiamento é de R$ 253, 685.00 ao ano, este valor compreende as parcelas do
financiamento com os juros anuais de 8% a.a. O Opex é um valor estimado de
manutenção do sistema como, troca de placas que venham a apresentar problema,
limpeza de placas, limpeza do local, monitoramento e segurança, isso corresponde a
0,5%a.a do valor gasto para instalação. Somados os valores de Capex e Opex temos
as despesas anuais que no período do financiamento somarão R$2.592.000,00. Neste
caso o fluxo de caixa que é resultante das receitas menos as despesas no período, é
negativo, pois o valor da parcela do financiamento é maior que o valor da geração de
energia, o saldo negativo é de R$195.601,00 em 10 anos. A partir do momento em
que o financiamento for quitado, as únicas despesas com o sistema são as de
manutenção, descritas anteriormente, com isso o valor do fluxo de caixa passa a ser
positivo, somando um valor de R$3.551.872,50 nos 15 anos que ainda restam de
funcionamento pleno do sistema.
A Taxa interna de retorno para o investimento no período de 25 anos foi de
29%, taxa maior que a determinada para o investimento que é de 13% (Selic do ano
de contratação)

Tabela 5: Resultado da analise financeira


RESULTADO DA ANALISE FINANCEIRA

TIR 29%

VPL R$611.130,00
PAYBACK 10
LCOE R$ 0.79
6 CONCLUSÃO

A partir do estudo pode se concluir que para as condições avaliadas de


consumo de energia e tarifas aplicadas se torna viável o invertimento no sistema solar
fotoltaico, uma vez que a taxa interna de retormo é de 29% quanto a taxa Selic de
13,75%.

O payback se mostrou menos atrativo já que se espera um período de 5 anos


para retorno de investimentos padrão, isso se deve ao volor investistido e taxas de
juro perante ao retorno. Uma alternativa para reduzir o payback é aumentar a
produção de energia e vender o excedido.

Não cabe comparar o estudo com investimentos diversos, como em renda fixa
ou variável, pois, o investimento é através de recurso bancário. Em caso de recurso
prorio onde o produtor teria o valor pra investimento a vista, o investimento em bolsa
de valores se toranaria mais atrativo, onde o retorno mensal dos ativos seria superior
ao consumo de energia na propriedade.
7 REFERENCIAS

ABE Eólica dialoga para avaliar impactos da Covid-19. (2020). Canal Energia.
https://www.canalenergia.com.br/noticias/53133107/abeeolica-dialoga-para-avaliar-
impactos-da-covid-19.

ABUBAKAR, M. S.; ATTANDA, M. L. The Concept of Sustainable Agriculture:


Challenges and Prospects. IOP Conference Series: Materials Science and
Engineering, v. 53, n. 1, p. 12001, 2013. Disponível em:
https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1757-899X/53/1/012001

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (Brasil). Atlas irrigação: uso da água na agricultura


irrigada. Agência Nacional de Águas. Brasília: ANA, 2017.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS (Brasil). Atlas irrigação: uso da água na agricultura


irrigada. Agência Nacional de Águas. Brasília: ANA, 2020.

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO. Atlas Irrigação:


Uso da Água na Agricultura Irrigada. 2ª Edição. 2021

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO. Conjuntura dos


recursos hídricos no Brasil: informe 2012. Ed. Especial. Brasília: ANA, 2012.

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8

Tempo CAPEX OPEX Outras Despesas Despesas Geração (valor presente) Receita FCVP VPL
1 R$ 253,685.00 R$ 253,685.00 263,736.26 185,484.84 - 68,200 -R$ 68,200.16
ANEXO 1

2 R$ 253,685.00 R$ 4,540.64 R$ 258,225.64 231,856.06 143,352.62 - 114,873 R$ 75,152.46


3 R$ 253,685.00 R$ 3,991.77 R$ 257,676.77 203,829.50 110,790.57 - 146,886 R$ 185,943.03
4 R$ 253,685.00 R$ 3,509.25 R$ 257,194.25 179,190.77 85,624.88 - 171,569 R$ 271,567.92
5 R$ 253,685.00 R$ 3,085.05 R$ 256,770.05 157,530.35 66,175.49 - 190,595 R$ 337,743.41
6 R$ 253,685.00 R$ 2,712.13 R$ 256,397.13 138,488.22 51,143.96 - 205,253 R$ 388,887.37
7 R$ 253,685.00 R$ 2,384.29 R$ 256,069.29 121,747.88 39,526.79 - 216,543 R$ 428,414.17
8 R$ 253,685.00 R$ 2,096.08 R$ 255,781.08 107,031.11 30,548.42 - 225,233 R$ 458,962.59
9 R$ 253,685.00 R$ 1,842.71 R$ 29,375.80 R$ 284,903.51 94,093.28 23,609.45 - 261,294 R$ 482,572.04
10 R$ 253,685.00 R$ 1,619.97 R$ 255,304.97 82,719.37 18,246.65 - 237,058 R$ 500,818.69
11 R$ 1,424.15 R$ 1,424.15 72,720.32 14,101.99 12,678 R$ 514,920.68
12 R$ 1,252.00 R$ 1,252.00 63,929.95 10,898.77 9,647 R$ 525,819.45
13 R$ 1,100.66 R$ 1,100.66 56,202.16 8,423.15 7,322 R$ 534,242.60
14 R$ 967.61 R$ 967.61 49,408.49 6,509.86 5,542 R$ 540,752.47
15 R$ 850.65 R$ 850.65 43,436.04 5,031.17 4,181 R$ 545,783.64
16 R$ 747.82 R$ 747.82 38,185.53 3,888.36 3,141 R$ 549,671.99
17 R$ 657.42 R$ 657.42 33,569.69 3,005.13 2,348 R$ 552,677.13
18 R$ 577.96 R$ 577.96 29,511.82 2,322.53 1,745 R$ 554,999.65
19 R$ 508.09 R$ 508.09 25,944.46 1,794.97 1,287 R$ 556,794.63
20 R$ 446.67 R$ 29,375.80 R$ 29,822.47 22,808.31 1,387.25 - 28,435 R$ 558,181.88
21 R$ 392.68 R$ 392.68 20,051.26 1,072.14 679 R$ 559,254.02
22 R$ 345.21 R$ 345.21 17,627.48 828.61 483 R$ 560,082.63
23 R$ 303.49 R$ 303.49 15,496.69 640.39 337 R$ 560,723.02
24 R$ 266.80 R$ 266.80 13,623.46 494.93 228 R$ 561,217.95
25 R$ 234.55 R$ 234.55 11,976.67 382.51 148 R$ 561,600.46

soma R$ 2,631,459.25 R$ 2,094,715.12


TIR 29%
VPL R$ 561,600.46 R$
PAYBACK 10 anos
LCOE 0.796027954 R$/kW

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