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FACULDADE DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA

CURSO: ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

SISTEMAS PREDIAIS DE DRENAGEM DE ÁGUAS


RESIDUAIS PLUVIAIS E FREÁTICAS

atumaneiacumba@gmail.com 9/11/2023
SISTEMAS PREDIAIS DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
1. GENERALIADES:
 A drenagem das águas residuais pluviais dos edifícios é
normalmente obtida através de ramal de ligação, que estabelece
a ligação entre a câmara de ramal de ligação e o colector
público, ou através de valetas de arruamentos.
 Independentemente do tipo de sistema de drenagem público ou
da sua inexistência, estes devem ser conduzidos nas redes de
forma tipo separativo ou unitário.
 No caso de inexistência de rede pública de drenagem, as águas
residuais pluviais não deverão em caso algum ser conduzidas
para eventuais sistemas simplificados de tratamento de águas
residuais existentes.
Nos sistemas de drenagem pública de águas residuais pluviais são permit
idos os lançamentos de águas provenientes:

 Da chuva;

 Da rega de jardins, lavagens de arruamentos, pátios, parques

de estacionamento;

 Circuitos de refrigeração e instalações de aquecimento;

 Piscinas e depósitos de armazenamento de água;

 Drenagem do subsolo.

Contudo, a drenagem deste tipo de águas pode ser feita de forma


gravítica, com elevação ou por meio de sistemas mistos.
CONSTITUIÇÃO DOS SISTEMAS
Caleiras e algerozes: dispositivos de recolha destinados a
conduzir as águas para ramais ou tubos de queda.
Ramal de descarga:
canalização destinada ao
transporte das águas
provenientes dos
dispositivos de recolha
(ralos, etc.), para o tubo
de queda ou colector
predial.
Tubo de queda: canalização destinada a aglutinar em si
as descargas provenientes das zonas de recolha e
transportá-las para o colector predial ou valeta;
Colectores prediais: canalização destinada a aglutinar em si as
descargas provenientes dos tubos de queda e eventualmente
de ramais adjacentes, transportá-las até à câmara de ramal de
ligação e posteriormente para o ramal público caso haja ou para
locais previamente definidos;

Colunas de ventilação: canalização destinada a eventualmente


a ventilar poços de bombagem, tubos de queda ou outro tipo
de componente do sistema de drenagem de águas pluviais.
Materiais aplicados
Nos condutores verticais, devem ser empregados tubos e
conexões de ferro fundido, fibrocimento, PVC rígido, aço
galvanizado, cobre, chapas de aço galvanizado, folhas-de-
flandres, chapas de cobre, aço inoxidável, alumínio ou fibra de
vidro.
Nos condutores horizontais, devem ser empregados tubos e
conexões de ferro fundido, fibrocimento, PVC rígido, aço
galvanizado, cerâmica vidrada, concreto, cobre, canais de
concreto ou alvenaria.
Nos telhados empregam-se calhas que podem ser de aço
galvanizado, folhas-deflandres, cobre, aço inoxidável, alumínio,
fibrocimento, PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria.
DIMENSIONAMENTO
a) Fatores meteorológicos
A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de
projeto, deve ser feita a partir da fixação de valores
adequados para a duração de precipitação e o período de
retorno. Tomam-se como base dados pluviométricos locais.
O período de retorno deve ser fixado segundo as
características da área a ser drenada, obedecendo ao
estabelecido a seguir:
T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos
possam ser tolerados;
T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;
A duração de precipitação deve ser fixada em t = 5min.
𝐼 = 𝑎 ∗ 𝑡𝑏; 𝐼 = 32 ∗ 𝑇 0.18 /(𝑡 + 15)0.90

Onde:
I - intensidade de precipitação (mm/h)
t - Duração da precipitação (min)
a,b - constantes dependentes do período de retomo
Área de contribuição
No cálculo da área de contribuição, devem-se considerar os
incrementos devidos à inclinação da cobertura e às paredes que
interceptem água de chuva que também deva ser drenada pela
cobertura.

A = 𝑨𝒄 + 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐
Caudal de cálculo
De entre os métodos simplificados para o cálculo de caudais de
escoamento pluviais, destacam-se o método Racional, Jaritov-
nazarov, Alexeiev, Talbot, Burkli-ziegler, e Ital-consult, geralmente
aplicadas em consonância com as condições pluviometrica ou
topográficas local.
Estudos feitos por POUNCE (1989) demonstraram que de entre
vários métodos empíricos aplicados no calculo do caudal em
áreas pequenas, o método racional era o que mais apresentava
valores credíveis.
𝑸𝒄 = 𝑪 ∗ 𝑰 ∗ 𝑨; 𝑸 = 𝟏𝟔, 𝟔𝟕𝑪 ∗ 𝑰 ∗ 𝑨

Em que:
Qc - caudal de cálculo (l/min);
C - coeficiente de escoamento, que depende da natureza e inclinação do terreno;
I - intensidade da precipitação (l/ min.m2), dependendo do período de retorno
(mínimo 5 anos) e da duração da precipitação (5 minutos);
A - área a drenar, medida em projecção horizontal (m2 ).
Caleiras e algerozes
A altura da lâmina líquida no interior das caleiras e dos algerozes não deve
ultrapassar 7/10 da altura da secção transversal, salvo se for assegurado que,
em caso de transbordo, este não será para o interior do edifício.
As inclinações das caleiras e algerozes deverão oscilar entre 5 e 10 mm/m.
Como normalmente as caleiras são semicirculares, isto é têm secção D/2 e
a altura do escoamento h= (7/10)*(D/2), então:
Ramais de descarga
 Os ramais de descarga individuais poderão ser dimensionados

para escoamentos com secção cheia.

 As inclinações dos ramais de descarga não deverão ser

inferiores a 5mm/m. O diâmetro mínimo admitido é de 40mm.

 Se lhe são aplicados ralos de campainha então o seu valor

mínimo passa a 50mm.

 Os ramais de descarga podem ser dimensionados pela fórmula

de Manning-Strickler ou através do Quadro a seguir.


Tubos de Quedas

Para esses sistemas, um tubo de queda deverá ser assim


considerado quando o seu comprimento L ≥ 40 D quando tem
uma entrada com aresta viva ou L ≥ 1m com entrada cónica.
Quando L não atinge nenhuma das medidas acima
mencionadas em função do tipo de entrada, o escoamento será
considerado acidental.
Coletores Prediais

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