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INTERCEPTORES

Canalização que recebe coletores ao longo de seu comprimento, não recebendo ligações
prediais diretas e geralmente localizado próximo de cursos de água ou lagos. Os interceptores de
pequeno diâmetro são dimensionados como redes coletoras. Porém, os de grandes dimensões são
dimensionados seguindo o roteiro abaixo:

1. Determinação das vazões: para cada trecho devem ser estimadas as vazões inicial e final.
• Vazão inicial do trecho n:

• Vazão final do trecho n:

Quando a vazão inicial é muito pequena para o interceptor, é admitido o lançamento


permanente ou temporário de vazões (“contribuição de tempo seco”) provenientes de cursos
d’água ou do sistema de drenagem superficial. Isso deve ser feito através de dispositivo que
evite a entrada de material grosseiro, detritos e areia, e não deve superar 20% da vazão final
do trecho a jusante do ponto de admissão.
- Amortecimento das vazões: efeito gerado em interceptores de grande porte por conta do
amortecimento em marcha produzido pelo balanço de volumes no interior de grandes coletores
e pelas variações do regime de escoamento, e também pela defasagem em marcha resultante
das adições sucessivamente defasadas das contribuições dos coletores tronco.
Essa defasagem pode ser calculada por dois critérios:
a) Diminuição do coeficiente de pico (K=K1 x K2): a medida que as áreas de contribuição
crescem, os picos de vazão diminuem.
b) Composição de hidrogramas: são feitos hidrogramas dos coletores-tronco das bacias
contribuintes aos interceptores, considerando as defasagens decorrentes dos tempos de
percurso no interceptor e nos próprios coletores-tronco. Pode-se calcular utilizando o
método matemático:
2. Dimensionamento hidráulico: o regime de escoamento no interceptor é gradualmente
variado e não uniforme, porém, para seu dimensionamento hidráulico, geralmente se
considera regime permanente e uniforme. É importante que nos interceptores, a tensão
trativa seja no mínimo de 1,5Pa, já que estes geralmente são feitos de concreto e são
atacados pelo ácido sulfúrico. Assim, a declividade mínima para a implantação da obra é de
0,0005m/m. A declividade máxima admitida é aquela para qual tenha-se velocidade de 5m/s
no final do plano, obtida pela fórmula:

Seguindo a mesma ideia vista anteriormente, quando a velocidade final Vf é superior


a velocidade crítica Vc, a lâmina máxima admissível deve ser de 50% do diâmetro do tubo,
assegurando a ventilação do trecho.

A lâmina de água nos interceptores deve ser no máximo de 85% do diâmetro da


tubulação, para a vazão final.
O ângulo máximo de deflexão do interceptor em planta é de 30°.

❖ EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE INTERCEPTOR:

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