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SANEAMENTO BÁSICO

CURSO ENGª CIVIL -FAG


9º PERÍODO
SANEAMENTO BÁSICO

• Dimensionamento Hidráulico
da RCE
SANEAMENTO BÁSICO

Critérios de Dimensionamento:
SANEAMENTO BÁSICO

• Regime hidráulico de escoamento:


“ as redes coletoras são projetadas para
funcionar como conduto livre em regime
permanente e uniforme, de modo que a
declividade da linha de energia equivale à
declividade da tubulação e é igual à perda
de carga unitária.”
Saneamento básico
• Vazão mínima considerada para
dimensionamento hidráulico:
A norma NBR 9649 de 1986 da ABNT recomenda
que, em qualquer trecho da rede coletora, o menor
valor da vazão a ser utilizada nos cálculos é de 1,5
l/s, correspondente ao pico instantâneo de vazão
decorrente da descarga de vaso sanitário. Sempre
que a vazão de jusante do trecho for inferior a
1,5l/s, para cálculos hidráulicos deste trecho deve-
se utilizar o valor 1,5l/s.
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• Diâmetro mínimo:
DN 150 mm como mínimo para redes
coletoras de esgotos.
Utilizando-se excepcionalmente em
pontas de rede, onde não haja
perspectivas de crescimento
populacional, DN 100mm.
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• Declividade mínima:
Para a autolimpeza, deve-se garantir pelo
menos uma vez ao dia, uma tensão trativa
de 1,0 Pa.
A declividade mínima que satisfaz esta
condição pode ser determinada pela
expressão aproximada, para coeficiente de
Manning n=0,013:
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• Imin = 0,0055 Qi ( elevado a -0,47)

Onde :
Imin=declividade mínima, m/m;
Qi = vazão de jusante do trecho no
início do plano, l/s.
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• Declividade máxima:
é aquela para a qual se tenha
velocidade na tubulação igual a
5,0 m/s, para a vazão de final de
plano, e pode ser obtida pela
expressaõ aproximada, para
coeficiente de Manning n= 0,013:
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• Imax= 4,65 Qf(elevado a -0,67)


Onde:

Imax = declividade máxima, m/m ;


Qf = vazão de jusante do trecho no final do
plano,l/s.
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• Lâmina de água máxima
Nas redes coletoras as tubulações são
projetadas para funcionar com lâmina igual ou
inferior a 75% do diâmetro da tubulação,
destinando-se a parte superior da tubulação à
ventilação do sistema e às imprevisões e
flutuações excepcionais de nível de esgotos.
O diâmetro que atende à condição Y/D=0,75,
pode ser calculado pela equação :
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• D = (0,0463. Qf/√I) elevado a 0,375

onde:

D = diâmetro, m;
Qf = vazão final, m3/s;
I = declividade, m/m .
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• Velocidade crítica
Quando a velocidade final ( Vf ) é superior
à velocidade crítica ( VC ), a lâmina de
água máxima deve ser reduzida para 50
% do diâmetro do coletor. Para o caso de
se ter Y/D> 0,5, geralmente o mais
adequado é aumentar o diâmetro do
coletor.
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• A velocidade crítica é definida por :


Vc = 6√gRH
onde:
Vc = velocidade crítica,m/s;
g = aceleração da gravidade, m/s2;
RH = raio hidráulico para a vazão
final,m.
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• Condições de controle de remanso

Sempre que a cota do nível de água na


saída de qualquer PV ou TIL ficar acima de
qualquer das cotas dos níveis de água de
entrada, deve ser verificada a influência do
remanso no trecho de montante.
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Nos projetos de RCE, onde há aumento do


diâmetro da tubulação, isto é, o diâmetro
do coletor de jusante é maior que o de
montante, na prática, para se evitar o
remanso, pode-se fazer coincidir a geratriz
superior dos tubos. Isso sempre ocorrerá
quando se trabalha com profundidades
mínimas.
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Para profundidades superiores à mínima, a
coincidência dos níveis de água de
montante e de jusante , em PV ou TIL é
prática correta e comum para se evitar
remansos.
Quando se tem mais de um coletor
afluente, o nível de água de jusante
deverá coincidir com o nível de água mais
baixo dentre aqueles de montante.
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• Exemplo de dimensionamento de RCE

Projetar a rede coletora de esgotos


para a planta em anexo, com os
seguintes dados:
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• População inicial: Pi = 2000 hab


• População final: Pf = 3500 hab
• Consumo de água efetivo per capita : q =
160 l/hab.dia
• Coeficiente de retorno : C = 0,8
• Coeficiente de máxima vazão diária : K1 =
1,2
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• Coeficiente de máxima vazão horária:
K 2 = 1,5
• Taxa de contribuição de infiltração :
T inf =0,1 l/s x km
• Contribuição localizada: conforme indicadas na
planta, existem duas vazões de ponta, sendo
Qp1 localizado na Rua 30 com Qi=Qf=4,98 l/s e
Qp2 localizado na Rua 19 com Qi=0 l/s e Qf =
3,2 l/s.
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• SOLUÇÃO:

1. Traçado dos coletores

Na planta , escala 1:2000, com levantamento


topográfico plani-altimétrico, com curvas de nível de
metro em metro, foi traçada a rede coletora de esgotos,
onde foram indicadas as singularidades( PV,TIL,CP) e o
sentido de escoamento dos esgotos.
Deve-se procurar seguir tanto quanto possível a
declividade natural do terreno, para diminuir a
profundidade dos coletores.
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2. Distância entre as singularidades

Medir a distância entre singularidades( de


centro a centro) e indicar no desenho.A
distância entre PV,TIL,CP consecutivos deve
ser limitada pelo alcance dos equipamentos de
desobstrução. Normalmente, a distância
adotada é de 100m.
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3. Numeração dos trechos

Fazer a numeração dos coletores e dos trechos,


crescente, de montante para jusante. Assim, o
maior coletor receberá o número 1 e o seu
primeiro trecho será 1. Numera-se, a partir daí,
todos os trechos. O primeiro coletor que chegar
ao coletor 1 será o coletor 2, que terá os seus
trechos numerados de montante para jusante, a
partir de 1 e assim por diante.

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