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PROJETO INTEGRADOR: INSTALAÇÕES PREDIAIS

UA 02 – INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS PREDIAIS

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SUMÁRIO

1. Introdução............................................................................................................ 01
2. Terminologia ...................................................................................................... 02
3. Sistemas de abastecimento.......................................................................... 09
4. Principais componentes das instalações de água fria......................... 03

5. Dimensionamento do reservatório.............................................................. 12
6. Dimensionamento da tubulação de água fria.......................................... 15
Referências ........................................................................................................ 22

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1. INTRODUÇÃO

O abastecimento de água para o consumo humano foi sempre preocupação de todos os


povos em todas as épocas.

As civilizações, desde a mais remota Antigüidade, sempre se desenvolveram próximas


de cursos d’água; é fato conhecido que, sem água, não pode existir vida humana.

Na época moderna, qualquer grupamento humano não prescinde de abastecimento de


água canalizada e tratada, assim como de redes de esgotos que permitem melhorar os
índices sanitários das coletividades.

Na elaboração dos projetos de instalações hidráulicas, o projetista deve estudar a


interdependência das diversas partes do conjunto, visando ao abastecimento nos
pontos de consumo dentro da melhor técnica e economia.

De maneira geral, um projeto completo de instalações hidráulicas compreende:


a) planta, cortes, detalhes e vistas isométricas (perspectiva a cavaleira), com
dimensionamento e traçado dos condutores;
b) memórias descritivas, justificativas e de cálculo;
c) especificações do material e normas para a sua aplicação;
d) orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços unitário e
global da obra.

Para a elaboração do projeto, são imprescindíveis as plantas completas de arquitetura


de prédio, bem como entendimentos indispensáveis com o autor do projeto e o
calculista estrutural, a fim de se conseguir a solução mais estética dentro da melhor

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técnica e economia.

Deve ficar clara a localização das caixas-d’água, da rede de abastecimento do prédio,


das bombas e dos diversos pontos de consumo.

A escala de projeto mais usual é a de 1/50, podendo, em alguns casos, ser de 1/100;
porém, os detalhes devem ser feitos em escalas de 1/20 ou 1/25.

De acordo com a Norma, as instalações de água fria devem ser projetadas e construídas
de modo a:

a) “garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente, com


pressões e velo- cidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças de utilização
e dos sistemas de tubulações”;
b) “preservar rigorosamente a quantidade de água do sistema de abastecimento”; c)
“preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis de ruído”.

2. TERMINOLOGIA

ALIMENTADOR PREDIAL
Tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou válvula de
flutuador de reservatório.

APARELHO SANITÁRIO
Aparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber dejetos e/ou
águas servidas.

AUTOMÁTICO DE BÓIA
Dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcionamento
automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos.

BARRILETE
Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual derivam as colunas de
distribuição.

CAIXA DE DESCARGA
Dispositivo colocado acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias ou mictórios,
destinados à reservação de água para suas limpezas.

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CAIXA DE QUEBRA-PRESSÃO
Caixa destinada a reduzir a pressão nas colunas de distribuição.

COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO
Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.

CONJUNTO ELEVATÓRIO
Sistema para elevação de água.

CONSUMO DIÁRIO
Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência de todos os
usos do edifício no período.

DISPOSITIVO ANTIVIBRATÓRIO
Dispositivo instalado em conjuntos elevatórios para reduzir vibrações e ruídos e evitar
sua transmissão.

EXTRAVASOR
Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e das
caixas de descarga.

INSPEÇÃO
Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.

INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA
Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água para
o reservatório de distribuição.

INSTALAÇÃO HIDROPNEUMÁTICA
Conjunto de tubulações, equipamentos, instalações elevatórias, reservatórios
hidropneumáticos e dispo- sitivos destinados a manter sob pressão a rede de
distribuição predial.

INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA


Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, existentes a partir
do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água do
prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema
de abastecimento.

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INTERCONEXÃO
Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre dois sistemas
de abastecimento.

LIGAÇÃO DE APARELHO SANITÁRIO


Tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o dispositivo de entrada de água
no aparelho sanitário.

LIMITADOR DE VAZÃO
Dispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.

NÍVEL DE TRANSBORDAMENTO
Nível atingido pela água ao verter pela borda do aparelho sanitário, ou do extravasor
no caso de caixa de descarga e reservatório.

NÍVEL OPERACIONAL
Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga, quando o dispositivo da
torneira de bóia se apresenta na posição fechada e em repouso.

QUEBRADOR DE VÁCUO
Dispositivo destinado a evitar o refluxo por sucção da água nas tubulações.

PEÇA DE UTILIZAÇÃO
Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água.

PONTO DE UTILIZAÇÃO
Extremidade de jusante do sub-ramal.

PRESSÃO DE SERVIÇO
É a pressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula, registro ou
outro dispositivo, quando em uso normal.

PRESSÃO TOTAL DE FECHAMENTO


Valor máximo de pressão atingido pela água na seção logo a montante de uma peça de
utilização em seguida a seu fechamento, equivalendo à soma da sobrepressão de
fechamento com a pressão estática na seção considerada.

RAMAL
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.

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RAMAL PREDIAL
Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação predial.
O limite entre o ramal predial deve ser definido pelo regulamento da companhia
concessionária de água local.

REDE PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO


Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e
sub-ramais, ou de alguns desses elementos.

REFLUXO
Retorno eventual e não-previsto de fluidos, misturas ou substâncias para o sistema de
distribuição predial de água.

REGISTRO DE FECHO
Registro instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da passagem de água.

REGISTRO DE UTILIZAÇÃO
Registro instalado no sub-ramal, ou no ponto de utilização, destinado ao fechamento
ou à regulagem da vazão da água a ser utilizada.

REGULADOR DE VAZÃO
Aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão, qualquer que
seja a pressão a montante.

RESERVATÓRIO HIDROPNEUMÁTICO
Reservatório para ar e água destinado a manter sob pressão a rede de distribuição
predial.

RESERVATÓRIO INFERIOR
Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória,
destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.

RESERVATÓRIO SUPERIOR
Reservatório ligado ao alimentador predial ou à tubulação de recalque, destinado a
alimentar a rede predial de distribuição.

RETROSSIFONAGEM
Refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para o sistema de consumo, em
decorrência de pressões negativas.

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SEPARAÇÃO ATMOSFÉRICA
Distância vertical, sem obstáculos e através da atmosfera, entre a saída da água da peça
de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários, caixas de descarga
e reservatórios.

SISTEMA DE ABASTECIMENTO
Rede pública ou qualquer sistema particular de água que abasteça a instalação predial.

SOBREPRESSÃO DE FECHAMENTO
Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão estática durante e logo após o
fechamento de uma peça de utilização.

SUBPRESSÃO DE ABERTURA
Maior decréscimo de pressão que se verifica na pressão estática logo após a abertura
de uma peça de utilização.

SUB-RAMAL
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário.

TORNEIRA DE BÓIA
Válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios e caixas
de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.

TRECHO
Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última
conexão da coluna de distribuição.

TUBO DE DESCARGA
Tubo que liga a válvula ou caixa de descarga à bacia sanitária ou mictório.

TUBO DE VENTILADOR
Tubulação destinada à entrada de ar em tubulações para evitar subpressões nesses
condutos.

TUBULAÇÃO DE LIMPEZA
Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a sua manutenção
e limpeza.

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TUBULAÇÃO DE RECALQUE
Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descarga no
reservatório de distribuição.

TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO
Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o orifício
de entrada da bomba.

VÁLVULA DE DESCARGA
Válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal de alimentação
de bacias sanitá- rias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água para sua
limpeza.

VÁLVULA DE ESCOAMENTO UNIDIRECIONAL


Válvula que permite o escoamento em uma única direção.

VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO


Válvula que mantém a jusante uma pressão estabelecida, qualquer que seja a pressão
dinâmica a montante.

VAZÃO DE REGIME
Vazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para as condições
normais de operação.

VOLUME DE DESCARGA
Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para promover a perfeita
limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.

3. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

É mais usual ser a rede de distribuição predial alimentada por distribuidor público,
porém poderá ser feita por fonte particular (nascentes, poços etc.), desde que garantida
a sua potabilidade por exame de laboratório.

Há casos de distribuição mista, ou seja, feita por distribuidor público e fonte particular.

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3.1 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

Sistema de Distribuição Direto

Utilizado quando a pressão da rede pública é suficiente e tem-se uma garantia de


continuidade do abastecimento, não havendo necessidade do uso de reservatório.

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Sistema de Distribuição Indireto, sem bombeamento

Utilizado quando se tem pressão suficiente, porém não há continuidade no


abastecimento, havendo então necessidade de prever um reservatório superior.

Sistema de Distribuição Indireto, com bombeamento

Utilizado quando a pressão é insuficiente e há interrupções no abastecimento. Desta


forma, temos a necessidade de prever pelo menos dois reservatórios (um inferior e um
superior), além do sistema de bombeamento.

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4. MATERIAIS EMPREGADOS NAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

TUBOS E CONEXÕES

PVC para água

Função – conduzir água nas instalações prediais de água.


Tipos – PVC rígido soldável (cor marrom, pressão máxima de serviço de 7,5 kgf/cm²)
PVC rígido roscável (cor branca, pressão máxima de serviço de 7,5 kgf/cm²).

Tubos e conexões de PVC soldável

Tubos e conexões de PVC roscável

CPVC

Componentes da linha de fabricados de CPVC (policloreto de vinila clorado).

As vantagens do tubo de CPVC são inúmeras, dentre elas resistência e durabilidade. O


produto ainda se destaca pela instalação fácil. Ao contrário das tubulações metálicas,
o material é mais leve, simplificando o transporte e a armazenagem. Além disso, como
a união entre os tubos e as conexões é feito por meio de soldagem a frio, com uso de
adesivo, facilita o trabalho do instalador e garante melhor custo-benefício para a obra.

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Tubos e conexões de CPVC

PEX

O PEX (Polietileno Reticulado) é uma das alternativas existentes no mercado brasileiro


para instalações prediais de água fria e quente. O sistema utiliza tubulações flexíveis
de plástico para transportar água para os diversos pontos de consumo de um edifício.

As tubulações do PEX possuem baixa rugosidade — fator que reduz a perda de carga ao
longo das tubulações. O material também é leve, o que facilita o transporte do produto,
sua estocagem e instalação.

Eles são flexíveis e têm como principal benefício a redução de conexões necessárias
nos sistemas de água, gás e ar-condicionado.

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5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS PROJETOS HIDRÁULICOS

A representação gráfica dos projetos hidráulicos se dá através da apresentação das


vistas superiores e vista isométricas das instalações.

Inicialmente devemos nos atentar a altura dos pontos. O posicionamento dos pontos de
entrada de água e a posição de registros e outros elementos pode variar em função de
determinados modelos de aparelhos. Porém, as alturas mais utilizadas para diversos
tipos de aparelhos são:

Altura dos pontos

A seguir, temos algumas representações de vistas de projetos hidráulicos.

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6. DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO

1° Passo: Consumo Diário (CD)

O consumo diário (CD) pode ser calculado utilizando-se a seguinte equação:

𝐶𝐷 = 𝑃 𝑥 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎

Para fins de cálculo do consumo residencial diário, temos as seguintes considerações


para o cálculo da população (P):

- Cada quarto social ocupado por 2 pessoas;


- Cada quarto de serviço, por 1 pessoa.

Na falta de outra indicação, consideramos a seguinte taxa de ocupação para os prédios


públicos ou comerciais, conforme a tabela:

Para a determinação do consumo per capita podemos utilizar os dados da tabela a


seguir:

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2° Passo: Capacidade de reservação

Como em quase todas as localidades brasileiras há deficiência no abastecimento


público de água, é pouco usual a distribuição direta, ou seja, com pressão do
distribuidor público (ascensional); então, somos levados a construir reservatórios
superiores.
É de boa norma prevermos reservatórios com capacidade suficiente para uns dois dias
de consumo diário, tendo em vista a intermitência do abastecimento da rede pública; o
reservatório inferior deve armazenar 60% e o superior 40% do consumo. Devemos
prever também a reserva de incêndio, estimada em 20% do consumo diário.

𝑉𝑅 = 𝐶𝐷 + 𝑅𝑖𝑛𝑐ê𝑛𝑑𝑖𝑜

7. DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO DE ÁGUA FRIA

1° Passo: Determinar os pesos e vazões na tubulação

Tabela 1 – Vazão e peso dos pontos de utilização

Fonte: ABNT, 5326/1998

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A partir da Tabela 1, devem ser determinados os pesos referentes a cada um dos
pontos de utilização presentes no ambiente.

2º Passo: Cálculo da Vazão “Q” em cada trecho

A equação abaixo serve para determinarmos a vazão em cada trecho da tubulação.

O somatório dos pesos deve ser feito de forma cumulativa a partir do ponto mais
extremo.

3º Passo: Pré-dimensionamento do diâmetro das tubulações

A partir do somatório de pesos realizado para cada trecho, através do ábaco


simplificado abaixo, devemos realizar o pré-dimensionamento do diâmetro do tubo para
cada trecho.

4° Passo: Calcular velocidade nos trechos

Devemos calcular também a velocidade do fluido em cada trecho. Lembrando que A


NBR 5626/1998 estabelece uma velocidade máxima de 3 m/s.

Onde:
Q – vazão no trecho (m³/s)
D – diâmetro da tubulação (m)

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5° Passo: Cálculo da perda de carga unitária (Ju)

O cálculo da perda de carga unitária (Ju) será realizado a partir da fórmula de Fair-
Whipple-Hisiao, considerando a tubulação de plástico, através da formulação a seguir:

Onde:
Q – vazão (m³/s)
d – diâmetro da tubulação (m)

6° Passo: Determinação das cotas

Deve ser verificado em cada trecho a diferença de nível entre os pontos extremos
(montante – jusante). O valor da cota assumirá valores positivos (+) caso a cota esteja
a favor da gravidade e valores negativos (-) caso a cota esteja contra a gravidade.

7° Passo: Calcular o comprimento real dos trechos

O comprimento real de cada trecho deve ser extraído a partir do traçado inicial das
tubulações, medindo-se os comprimentos de tubulação de um ponto a outro de cada
trecho.

8° Passo: Calcular o comprimento equivalente dos trechos

O comprimento equivalente de cada trecho, leva em consideração a perda de carga


localizada causa pelas conexões presentes no trecho. Sendo assim, esses
comprimentos podem ser obtidos através da tabela a seguir:

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9° Passo: Cálculo da perda de carga real (Jr)

A perda de carga real pode ser calculada a partir do produto entre a perda de carga
unitária (Ju) e o comprimento real do trecho (L real).

𝐽𝑟 = 𝐽𝑢 𝑥 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙

10° Passo: Cálculo da perda de carga equivalente (Jeq)

A perda de carga equivalente pode ser calculada a partir do produto entre a perda
de carga unitária (Ju) e o comprimento equivalente do trecho (L real).

𝐽𝑒𝑞 = 𝐽𝑢 𝑥 𝐿𝑒𝑞

11° Passo: Cálculo da perda de carga total (Jtotal)

A perda de carga total resulta da soma entre a perda de carga real (Jr) e a perda de
carga equivalente (Jeq).
𝐽𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐽𝑟 + 𝐽𝑒𝑞

12° Passo: Verificação das pressões nos pontos de utilização

Ao final devemos ter uma pressão disponível nos pontos de utilização suficiente para
o seu correto abastecimento.

Assim, podemos calcular a pressão disponível (Pdis) a partir da equação abaixo:

𝑃𝑑𝑖𝑠 = 𝑃1 + 𝐶𝑜𝑡𝑎 − 𝐽𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Onde:
P1 – pressão disponível a montante do trecho;
J total – perda de carga total.

A partir da tabela abaixo, devemos verificar se as pressões disponíveis atendem as


pressões mínimas.

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Se a pressão disponível for menor que a pressão minima requerida no ponto de
utilização, ou se a pressão for negativa, devemos fazer uma análise de correção, ou
adotando um diâmetro maior para a tubulação de cada trecho ou mesmo modificando
a elevação do reservatório.

Pressão máxima: Em condições estáticas, ou seja, sem escoamento, a pressão da água


em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior
a 40 mca, pois, caso contrário, pode haver risco de explosão da tubulação.

Além disso, a pressão excessiva na peça de utilização tende a aumentar


desnecessariamente o consumo de água. E a solução para isso é dimensionar a
tubulação para trabalhar próximo aos limites mínimos de pressão, que veremos a
seguir.

Pressão mínima: No geral, a pressão na tubulação de utilização não deve ser inferior a
1 mca.

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REFERÊNCIAS

CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. 6. ed. LTC, 2006.

SANTOS, Philipe do Prado. Instalações Prediais Hidrossanitárias: Rede de Distribuição de


água fria. Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR).

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