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Projeto Perito Federal – Engenharia Civil

Engenharia Civil
Instalações Hidrossanitárias
Conteúdo
Os estudos de Instalaçõ es Hidrossanitá rias é importante para os concursos de Engenharia Civil em todo tipo de concurso.
Seguem entã o os conceitos introdutó rios da matéria. Entre “aspas” será a integralidade da NBR 5626/2020 e NBR
8160/1999. Marcarei em vermelho os conceitos que mais costumam cair em prova.

 NBR 5626: “Essa Norma especifica requisitos para projeto, execução, operação e manutenção de sistemas prediais de
água fria e água quente (SPAFAQ). Os requisitos estabelecidos tratam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom
desempenho dos sistemas, uso racional de água e energia, bem como de garantir a preservação da potabilidade da água.
Sendo aplicável ao sistema predial que possibilita o uso da água potável fria e quente em qualquer tipo de edifício,
residencial ou não. “

 Termos Relevantes:

o Alimentador predial: “tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água ou à


rede de distribuição predial.”

 A Alimentação predial pode ser DIRETA ou INDIRETA.

 Alimentação Direta: Quando a água que vem da distribuição não entra em


nenhum reservatório e vai direto para as instalações prediais.

Figura 1: htt ps://neoipsum.com.br/sistemas-de-distribuicao-hidraulica-predial/

 Alimentação Indireta: É aquela que é armazenada em cisternas e/ou reservatórios


de água da edificação. Usa-se nesse caso a gravidade (ou bombeamento) para gerar
a pressão nas tubulações internas.

o Torneira de boia: “componente instalado a jusante do alimentador predial em sistema indireto,


destinado a controlar a admissão de água e limitar o máximo nível operacional do reservatório
predial.”

o Tubulação de extravasão: “conjunto de componentes destinado a escoar o eventual excesso de


água de reservatório quando é superado o nível de transbordamento”

Foco no seu objetivo!


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o Tubulação de limpeza: “tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir sua
limpeza e manutenção”

o Sistema de distribuição: “conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição,


ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização”

o Ramal predial: “tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a


extremidade a montante do alimentador predial ou da rede predial de distribuição”

o Barrilete: “tubulação da qual derivam as colunas de distribuição.”

o Coluna de distribuição: “tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.”

o Ramal: “tubulação derivada da coluna de distribuição ou diretamente de barrilete, destinada a


alimentar sub-ramais.”

o Sub-ramal: “tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização”

o Registro de fechamento: “componente destinado a permitir interrupção do fluxo da água, usado


totalmente fechado ou totalmente aberto”

o Retrossifonagem: “refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de


qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, pelo fato da sua pressão ser inferior à
atmosférica”

o Válvula de Retenção: É a válvula que permite a passagem de água em apenas um sentido

o Válvula redutora de pressão: “equipamento que reduz a pressão dinâmica da água a jusante de
determinado trecho do SPAFAQ e que impede a transmissão da pressão estática de montante para
jusante na ausência de escoamento”

 Especificações de Projetos

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o Reservatórios de água fria potável: forma e capacidade: “O volume total de água reservado deve
atender no mínimo 24 h de consumo normal no edifício e deve considerar eventual volume adicional
de água para combate a incêndio quando este estiver armazenado conjuntamente”

o Vazão de abastecimento de reservatório de água potável: “A vazão a considerar no abastecimento


do reservatório deve ser suficiente para a reposição total do volume destinado ao consumo
diário de água em até 6h. No caso de residências unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de
até 3h.”

o Velocidades mínima e máxima da água: “As tubulações devem ser dimensionadas de modo a limitar
a velocidade de escoamento a valores que evitem golpes de aríete com intensidades prejudiciais aos
componentes. NOTA O dimensionamento da tubulação assumindo um limite máximo de velocidade
média da água de 3 m/s não evita a ocorrência de golpe de aríete, mas limita a magnitude dos picos de
sobrepressão.” – Na norma antiga havia a limitação de 3m/s como velocidade máxima, a
atualização da norma NÃO ESTABELECE VELOCIDADE MÁXIMA!

o Pressões mínima e máxima no sistema de distribuição: “Em qualquer ponto do sistema de


distribuição, a pressão dinâmica da água não pode ser inferior a 5 kPa (0,5 mca), excetuados os
trechos verticais de tomada d’água nas saídas de reservatórios elevados para os respectivos barriletes
em sistemas indiretos. A pressão estática nos pontos de utilização não pode superar 400 kPa (40
mca).”

o Prevenção e atenuação do golpe de aríete: “Quando necessário, um dispositivo ou componente com


função amortecedora da energia do golpe de aríete deve ser previsto para absorver o pico de
sobrepressão em ponto próximo do local de geração do transiente.”

o Requisitos sobre materiais e componentes:

 “Os materiais e componentes em contato com a água não podem afetar a sua potabilidade;

 O desempenho dos materiais e componentes não pode ser comprometido pelas


características da água potável, bem como pela ação do meio onde se acham inseridos;

 Os materiais e componentes devem apresentar desempenho adequado às solicitações a que


ficam submetidos quando em uso.”

 “Superfícies de componentes em contato direto com a água potável devem ser resistentes a
processos de corrosão”

 Sistema de água quente

o Limitação da temperatura: “Trechos de tubulações que podem conduzir água com nível de
temperatura acima de 70 °C devem ser identificados, isolados e protegidos.” “Onde houver
possibilidade de a temperatura da água quente ultrapassar 45 °C em pontos de utilização de água
quente para uso corporal, deve-se empregar recurso de segurança intrínseca com atuação
automática para limitar a temperatura a este valor”

o Materiais: Para o transporte de água quente não deve-se usar o PVC (embora o CPVC possa ser
utilizado), como também não pode-se usar PVC para a mistura de água fria com água quente
(normalmente usa-se material de cobre).

 NBR 8160: “estabelece as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos
sistemas prediais de esgoto sanitário, para atenderem às exigências mínimas quanto à higiene, segurança e conforto dos
usuários, tendo em vista a qualidade destes sistemas.”

 Termos Relevantes:

o Altura do fecho hídrico: “Profundidade da camada líquida, medida entre o nível de saída e o ponto
mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os compartimentos ou ramos de
entrada e saída desse dispositivo.”

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o Fecho hídrico: “Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem
dos gases.” – A altura mínima do fecho hídrico é de 0,05m (50mm).

o Barrilete de ventilação: “Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, destinada a
receber dois ou mais tubos ventiladores”

o Caixa coletora: “Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação mecânica.”

o Caixa de Inspeção: “destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto sanitário.” –


Também serve para realizar a mudança do diâmetro das tubulações.

o Caixa Sifonada: “caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação


secundária de esgoto.”

o Desconector: “Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no


sentido oposto ao deslocamento do esgoto.”

o Coletor predial: “Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal
de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular”

o Coluna de ventilação: “Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e cuja
extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete
de ventilação”

o Instalação primária de esgoto: “Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento”

o Instalação secundária de esgoto: “Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso os
gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.” – A ligação do
instalação secundária do esgoto com a primária precisa ter um DESCONECTOR.

o Ralo seco: “Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.”

o Ralo sifonado: “Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a receber
águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.”

o Ramal de descarga: “Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.”

o Ramal de esgoto: “Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente
ou a partir de um desconector.”

o Ramal de ventilação: “Tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou


ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo
ventilador primário.”

o Sifão: “Desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário.”

o Unidade de Hunter de contribuição (UHC): “Fator numérico que representa a contribuição


considerada em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.”

o Ventilação primária: “Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo núcleo do tubo de queda, o
qual é prolongado até a atmosfera, constituindo a tubulação de ventilação primária”

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o Ventilação secundária: “Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo interior de colunas, ramais
ou barriletes de ventilação, constituindo a tubulação de ventilação secundária.”

 Definições de Projeto de Esgoto:

o Ramais de descarga e de esgoto: Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e


transporte de esgoto sanitário devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade,
devendo, para isso, apresentar uma declividade constante.

Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:

a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;

b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.

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