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O Prefeito Municipal de Uberlândia, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nas Leis
nºs 1555, 1779 e 1954, de 23 de novembro de 1.967, 29 de dezembro de 1.969 e 24 de agosto de 1.971,
respectivamente, DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Código e Instalações Hidráulicas, que fixam as condições mínimas para as
instalações de Saneamento Básico e Prediais de água e esgoto do Município de Uberlândia, que
acompanha este Decreto.
Art. 3º Ninguém poderá alegar o desconhecimento ou incompreensão das disposições deste Código.
Art. 4º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
VIRGÍLIO GALASSI
Prefeito Municipal
CAPÍTULO I
TERMINOLOGIA DE ÁGUA FRIA
Art. 1º Para os efeitos deste Código e do trato dos assuntos nele elaborados, é adotada a seguinte
terminologia:
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APARELHO REGULADOR DE VAZÃO - Aparelho intercalado numa canalização para manter constante sua
vazão qualquer que seja a pressão a montante.
APARELHO SANITÁRIO - Aparelho ligado à instalação predial e destinado ao uso da água para fins
higiênicos, ou a receber dejetos e águas serviçadas.
CAIXA DE QUEBRA-PRESSÃO - Caixa destinada a evitar pressão excessiva nas colunas de distribuição.
DISPOSITIVO LIMITADOR DE VAZÃO - Dispositivo adaptado a uma peça de utilização para limitar sua
vazão.
DISPOSITIVO QUEBRADOR DE VÁCUO - Dispositivo destinado a evitar o refluxo de água nas canalizações,
por sucção.
LIMITADOR DE CONSUMO - Dispositivo instalado no ramal predial para limitar o consumo de água.
PRESSÃO RESIDUAL - Pressão que se verifica nos encanamentos, quando em funcionamento os aparelhos
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indicados.
REGISTRO DE FECHO - Registro instalado no ramal predial, em frente ao prédio, para permitir a
interrupção do fornecimento de água.
TORNEIRA DE BOIA - Válvula destinada a interromper a entrada d`água nos reservatórios e caixas quando
atingido o nível máximo de água.
VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO - Válvula aplicada a uma canalização para reduzir a pressão.
CAPÍTULO II
TERMINOLOGIA DE ESGOTOS SANITÁRIOS
Art. 2ºPara os efeitos deste Código e do trato dos assuntos nele abordados, é adotada a seguinte
terminologia:
- Aparelho ligado à instalado predial e destinado ao uso de água para fins higiênicos ou a receber dejetos
e águas serviçadas.
CAIXA COLETORA - Caixa situada em nível inferior ou sup. do coletor predial e onde se coletam despejos,
cujo esgotamento exige elevação.
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CAIXA SIFONADA FECHADA - Caixa dotada de fecho hídrico, destinada a receber efluentes de aparelhos
sanitários, exclusive os de bacias sanitárias, e descarregá-los diretamente em canalização primária.
CAIXA SIFONADA COM GRELHA - Caixa sifonada dotada de grelha na parte superior, destinadas a receber
águas de lavagem de pisos e efluentes de aparelhos sanitários, exclusive os de bacias sanitárias e
mictórios.
CAIXA DETENTORA - Caixa destinada a reter substância as prejudiciais ao bom funcionamento dos
coletores sanitários.
CAIXA DILUIDORA - Caixa destinada a corrigir a acidez dos despejos por adição de água.
CAIXA NEUTRALIZADORA - Caixa destinada a corrigir a acidez dos desejos por adoção de agente químico.
CAIXA DE RESFRIAMENTO - Caixa destinada a provocar resfriamento de despejo cuja temperatura seja
superior a 40ºC.
CANALIZAÇÃO PRIMÁRIA - Canalização onde tem acesso gases provenientes do coletor público.
CANALIZAÇÃO SECUNDÁRIA - Canalização protegida por das conector contra acesso de gases
provenientes de coletor público.
COLETOR PREDIAL - Canalização compreendida entre a última inserção de subcoletor, ramal e esgoto ou
de descarga e a rede pública ou local de lançamento dos despejos.
FECHO HÍDRICO - Coluna líquida que, em um sifão sanitário, veda a passagem de gases.
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RAMAL DE VENTILAÇÃO - Tubo ventilador secundário ligando dois ou mais tubos ventiladores individuais
a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário.
RALO - Caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas de lavagens de pisos ou de
chuveiro.
SIFÃO SANITÁRIO - Dispositivo hidráulico destinado a vedar a passagem de gases das canalizações de
esgoto para o interior do prédio.
SUBCOLETOR - Canalização que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.
TUBOS DE QUEDA - Canalização vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e ramais
de descarga.
TUBO VENTILADOR PRIMÁRIO - Tubo ventilador tendo uma extremidade aberta, situada acima da
cobertura do edifício.
TUBO VENTILADOR SECUNDÁRIO - Tubo ventilador tendo uma extremidade superior ligada a um tubo
ventilador primário a uma coluna de ventilação ou a outro tubo ventilador secundário.
TUBO VENTILADOR DE CIRCUITO - Tubo ventilador secundário ligado a um ramal de esgoto e servindo um
grupo de aparelhos sem ventilação individual.
TUBO VENTILADOR INDIVIDUAL - Tubo ventilador secundário ligado ao sifão ou ao tubo de descargas de
um aparelho sanitário.
TUBO VENTILADOR SUPLEMENTAR - Canalização vertical ligando um ramal de esgoto ao tubo de circuito
correspondente.
TUBO VENTILADOR CONTÍNUO - Tubo ventilador constituído pelo prolongamento do trecho vertical de
um ramal de descarga, ao qual se liga por intermédio de um T ou de um Y.
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 4ºSomente o DMAE poderá operar as instalações públicas de abastecimento de água no município
de Uberlândia.
Art. 5ºAntes de iniciar qualquer construção, seja de natureza residencial, comercial ou industrial, pública
ou particular, localizada em logradouro saneado ou não, deverá o interessado apresentar ao DMAE o
respectivo projeto de instalações de água e esgoto para exame e aprovação.
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Art. 6º O engenheiro legalmente habilitado no CREA e devidamente registrado no DMAE, que assinar
como projetista é o responsável pela observância do disposto neste Código.
Art. 7º Verificada infração às disposições deste Código, o projetista responsável será intimado a corrigir a
irregularidade em prazo compatível com o vulto de trabalho das correções a serem feitas.
Art. 8º Se, a qualquer tempo, ficar constatado que a infração é capaz de por em risco a salubridade
pública ou acarretar prejuízos operacionais ou financeiros ao DMAE poderá ser negado ou suspenso o
fornecimento de água ao imóvel até que a irregularidade seja sanada, após a competente notificação
extrajudicial.
Art. 9º Em qualquer tempo o DMAE poderá exigir a modificação no todo ou em parte, das instalações
que contrariem as determinações deste CÓDIGO.
O DMAE não assume qualquer responsabilidade em razão de obras mal executadas uma vez que
Art. 11 -
o exame dos projetos se cinge aos preceitos deste CÓDIGO.
Art. 12 - O proprietário ou usuário se obriga a permitir aos servidores do DMAE, em qualquer tempo, o
acesso ao quadro ou cavalete, com a finalidade de modificá-lo, colocar ou substituir hidrômetro, bem
como fazer a leitura periódica, ou efetuar o corte de água, ou quando for o caso.
Art. 14 - A restauração de pisos, passeios, asfalto, revestimentos, paredes, muros, lajes de piso e de
entrepisos, para execução, desobstrução, reparação ou substituição, de ramais prediais ou de coletores
cloacais, correrá por conta do proprietário da edificação.
CAPÍTULO IV
INSCRIÇÃO PROFISSIONAL
Art. 15 - Somente poderão projetar instalações de água e esgoto domiciliar no Município de Uberlândia,
as pessoas físicas e jurídicas devidamente inscritas no DMAE, respeitadas as atribuições fixadas na Lei
Federal.
Art. 16 - O DMAE fará a inscrição dos engenheiros habilitados a projetar e fiscalizará execução de
instalações hidráulicas e sanitárias.
Parágrafo Único - A inscrição a que se refere este artigo será feita em duas categorias; a saber:
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Art. 17 - As pessoas físicas e jurídicas, habilitadas na forma da Lei, poderão pleitear inscrição no DMAE
como projetista de obras hidráulicas e sanitárias instruindo o pedido, dirigido ao Sr. Diretor, com a
seguinte documentação:
CATEGORIA A:
CATEGORIA B:
I - Contrato Social;
II - Certidão expedida pelo CREA, pela qual se comprove que a firma está habilitada a executar projeto
de instalação de água e esgoto, contendo nome e titulação de seu responsável técnico;
Parágrafo Único - O Valor da inscrição a que se refere o artigo 16º será de 200 (duzentas) vezes o
preço do metro cúbico (m³) de agua para a categoria A, e (400) quatrocentas vezes o preço do metro
cúbico (m³) de água para a categoria B.
Os inscritos nas categorias A e B, ficam obrigados a informar ao DMAE sempre que houver
Art. 18 -
mudança de endereço.
Art. 19 -As inscrições serão anualmente, até 31 de março, com pagamento de taxa de renovação idêntica
a prevista no artigo 17.
Art. 20 - No caso de categoria B, sempre que houver substituição de responsável através de certidão de
CREA, a firma promoverá a inscrição do novo responsável.
Art. 21 -O DMAE poderá cancelar a inscrição de pessoa física ou jurídica registrada nas categorias A ou B,
a título de penalidade.
Parágrafo Único - Os profissionais ou firmas de outras regiões deverão atender o que dispõe neste
artigo e comprovar o visto do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas
Gerais.
CAPÍTULO V
DOS PROJETOS DE INSTALAÇÕES PREDIAIS
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Nenhum projeto de instalação predial de água poderá ser executado sem que esteja aprovado
Art. 23 -
pelo DMAE.
Art. 24 - Os projetos deverão ser elaborados de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) e deste Código.
Art. 25 - Os projetos das instalações prediais conterão todos os elementos necessários à perfeita
elucidação da obra proposta e constarão de:
a) os requerimentos para instalação de hidrômetros em uma economia com ligação já executada sem
hidrômetro, em época anterior à vigência deste código;
b) construções com "habite-se" de época anterior à execução da rede pública que sirva às mesmas.
Art. 26 - Para o atendimento do artigo 25, o DMAE fornecerá o projeto de instalações hidráulicas aos
projetos de casas populares fornecidos pela Secretaria Municipal de Obras Públicas.
Para o atendimento do artigo 25, os projetos de instalações prediais residenciais com área de
Art. 27 -
construção de até 200,00m, populares ou não, deverá conter:
a.2. Legenda
a.3. Especificações
b. Água Fria
b.1. Planta baixa na escala 1:50 contendo:
b.1.1. posição das unidades sanitárias;
b.1.2. denominação dos compartimentos;
b.1.3. posição e capacidade do hidrômetro;
b.1.4. posição e capacidade dos reservatórios;
b.1.5. diâmetro (s) de saída (s) do (s) reservatório (s);
b.1.6. esquema do ramal predial e das redes de abastecimento com seus diâmetros.
b.2. Legenda
b.3. Especificações
c. Telhado
c.1. Planta do telhado na escala 100 contendo:
c.1.1. sentido de escoamento das águas;
c.1.2. posição das calhas e colunas de água pluvial;
c.1.3. detalhe da seção da calha na escala 1:10;
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Art. 28 - Para o atendimento do artigo 25 os projetos de instalações prediais residenciais com área de
construção de 200,00m² a 750,00m² e de natureza comercial, industrial ou institucional, público ou
particular, de qualquer faixa de áreas, deverão conter:
b. Pavimento tipo
b.1. posições das unidades sanitárias;
b.2. denominação de todos os compartimentos;
b.3. posição, numeração e diâmetro das colunas de esgoto sanitário, ventilação, água pluvial e água
fria;
b.4. rede de esgoto primário.
c.2. Diagrama vertical de água fria, para qualquer número de pavimento, contendo:
c.2.1. numeração e diâmetro das colunas e derivações;
c.2.2. nível médio da água em relação ao forro;
c.2.3. diâmetro do recalque e sucção das bombas;
c.2.4. capacidade dos reservatórios inferior e superior;
d. Telhado e barriletes.
d.1. planta do telhado na escala 1:100 contendo:
d.1.1. divisões do telhado com sentidos de escoamento das águas;
d.1.2. posição das calhas e colunas de água pluvial;
d.1.3. barriletes com diâmetros e posições de descidas de colunas de água fria.
e. Esquemas isométricos, na escala 1:20, de cada compartimento com Unidades sanitárias, contendo:
e.1. diâmetro dos tubos;
e.2. posição e cotas de registros e válvulas;
e.3. contas dos pontos de tomada de água.
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g. Detalhes.
g.1. de caixa de inspeção, de areia e de gordura na escala 1:20;
g.2. das calhas na escala 1:10;
g.3. do barrilete das bombas na escala 1:20.
i. Legendas.
Art. 29 -Para o atendimento do artigo 25º os projetos de instalações prediais de natureza residencial,
comercial, industrial ou institucional público ou particular de área superior a 750,00m², deverão conter o
requerido no artigo 29 e mais o memorial de cálculos com as planilhas fornecendo as pressões estáticas e
dinâmicas nos aparelhos de utilização.
Todas as pranchas de desenho de projetos deverão ter o "selo" no canto inferior direito com
Art. 30 -
dimensões 210 x 297mm com os dados:
CAPÍTULO VI
DOS PROJETOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Seção I
Da Apresentação do Projeto
Art. 32 - Para o atendimento do artigo anterior os projetos deverão ser elaborados por engenheiro civil,
devidamente habilitado e conterão:
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b.3. Perfil do terreno e da rede nas escalas: vertical 1:100 e horizontal 1:1000, contendo:
b.3.1. indicação e numeração dos poços de visita;
b.3.2. cotas de tampa e da geratriz inferior da rede;
b.3.3. comprimento, diâmetro e declividade dos trechos;
b.3.4. ruas interceptadas.
Art. 33 -As especificações técnicas para cálculos das redes devem obedecer à norma P-NB-567 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas e ao que se segue:
a. Recomendações gerais
a.1. densidade de saturação em habitante/hectare.
- Bairro residencial com lote padrão de 800m² - 100 hab/ha.
- Bairro residencial com lote de 450m² - 120 hab/ha.
- Bairro residencial com lote padrão de 300m - 150 hab./ha.
- Bairro residencial/comercial de prédio de 3 a 4 pavimentos - 300 hab./ha.
- Bairro residencial, zona central, com predominância de prédios de 10 a 12 pavimentos - 450 hab./ha.
- Bairro residencial/comercial/industrial com predominância de comércio e indústria artesanal e leves 600
hab/ha.
- Bairro comercial, da zona central com predominância de edifícios de escritórios - 1000 hab./ha.
b. Água Fria
b.1. consumo per capita 260 litros/hab.
b.2. Diâmetro mínimo - 2 polegadas.
b.3. Redes em todos os passeios públicos.
b.4. Ligações domiciliares em rede de diâmetro máximo de 3 polegadas.
b.5. Pressão dinâmica de 10 m.c.a. (metros de coluna de água) e estática máxima de 50 m.c.a.
b.6. Registros - todas as derivações das linhas principais e em todos os trechos destas linhas, há
intervalos de 800m nos cruzamentos, de forma a isolar secções de, aproximadamente 800m de
canalização e nos pontos de cotas inferiores para esgotamento de limpeza.
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c. Esgoto sanitário.
c.1. Diâmetro mínimo - 6 polegadas
c.2. Profundidade mínima - 1,50m
c.3. Velocidade mínima - 0,60 m/s
c.4. Declividade mínima para tubo de 150 mm - 0,007m/m
c.5. Comprimento máximo entre poços de visita - 120m
c.6. Material manilha cerâmica ou P.V.C.
Todas as pranchas de desenho dos projetos deverão ter o selo no canto inferior direito com as
Art. 34 -
dimensões 210 x 297 mm, com os dados:
CAPÍTULO VII
DA RESERVA DE ÁGUA
Art. 35 - Nos edifícios com até dois pavimentos será obrigatórios a instalação de reservatório elevado; a
instalação do reservatório inferior e dos grupos de recalque dependerá das condições piezométricas no
distribuidor público a juízo do DMAE.
Se a edificação tiver mais de dois pavimentos, além do reservatório elevado, será obrigatória a
Art. 36.
construção de reservatório inferior e de sistema de recalque.
Art. 37 - A reserva de água para edificações será no mínimo correspondente ao consumo de um dia e no
cálculo da reserva será observada a tabela 1.1, com as estimativas obedecendo as quantidades que se
seguem:
3. Restaurantes:
- uma pessoa por 1,40m² de área.
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CAPÍTULO VIII
DA MEDIÇÃO
Art. 38 - Para a medição do consumo, toda a edificação abastecida pela rede pública terá,
obrigatoriamente, ramal hidráulico dotado de hidrômetro, quer se trate de economia residencial
individual ou coletiva, privada ou pública, comercial ou industrial.
Art. 39 -Somente o DAME através do seu serviço especializado poderá instalar, reparar, remover ou
deslocar o hidrômetro, ficando o proprietário do imóvel sujeito ao pagamento de multa.
Art. 40 - O hidrômetro será instalado em caixa de abrigo padronizada, adquirida junto ao DMAE e a
instalação obedecerá ao que se segue:
Art. 41 -Qualquer derivação, de canalização antes do hidrômetro importará em sanção pecuniária, a que
se sujeita o infrator.
CAPÍTULO IX
DO RAMAL PREDIAL
Art. 42 - O ramal predial será de ferro galvanizado, devendo obedecer ao que se segue:
Art. 44 - A instalação e ligação do ramal só serão efetivadas após o interessado pagar todas as taxas, cujos
valores são anualmente fixados em Decreto.
Art. 45 - Para os efeitos deste CÓDIGO considera-se o cavalete como parte integrante do ramal predial.
Art. 46 - A conservação do ramal predial e a sua substituição quando necessária, são de competência
exclusiva do DMAE e será executada à expensa do interessado.
Art. 47 - Não será permitida a passagem de ramal predial de uma edificação, através de imóveis de
terceiros.
Parágrafo Único - Será permitido esta passagem quando a autorização for dada por escrito com firma
reconhecida.
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CAPÍTULO X
DAS INSTALAÇÕES CONTRA INCÊNDIO
Seção I
Dispositivos Gerais
Art. 48 -A instalação hidráulica de combate a incêndio deverá ser totalmente independente da instalação
hidráulica de abastecimento predial.
Art. 49 - A instalação deve ser executada com material tecnicamente indicado é ser perfeitamente
estanque.
a) A instalação deve ser projetada e executada de modo a permitir rápido, fácil e efetivo
funcionamento.
b) O DMAE e o Corpo de Bombeiros poderão fiscalizar as instalações de proteção contra incêndio a
qualquer época e submetê-las a provas de eficiência.
Seção II
Da Proteção Contra Incêndios;
Art. 50 - Toda edificação com altura superior a 12m, medida da soleira de entrada e o piso do último
pavimento, será dotada de instalação hidráulica de proteção contra incêndio, projetada e construída de
acordo com o que dispõe este CÓDIGO, bem como aquelas edificações com altura inferior a 12m e área
total coberta superior a 750m² destinados a:
Art. 51 - Nos prédios de ocupação mista com área superior ao limite indicado deste artigo, será exigida
instalação hidráulica de proteção contra incêndio sempre que a área de ocupação do risco que exigir esta
instalação for superior a 375m².
Parágrafo Único - Estão isentas das exigências deste artigo as edificações que estejam subdivididas em
áreas isoladas de até 750m² mediante paredes corta-fogo, dotadas ou não de portas corta-fogo, com
resistência mínima de 1:00 hora para prédios de pequeno risco, de 3:00 horas para prédios de médio
risco, e de 4:00 horas para prédios de grande risco.
As instalações prediais de proteção contra incêndio poderão ser sob comando e/ou automáticas,
Art. 52 -
com as definições:
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a) São instalações sob comando aquelas em que o afluxo da água, ao ponto de aplicação, faz-se
mediante manobra manual de dispositivos adequados;
b) São instalações automáticas aquelas em que o fluxo da água, ao ponto de aplicação, faz-se
independentemente de qualquer intervenção uma vez atingidas certas condições ambientais pré-
estabelecidas.
Art. 53 - Todos os valores tabelados neste capítulo serão automaticamente alterados sempre que ocorrer
modificações nas normas da ABNT, relativas a sistemas hidráulicos de proteção contra incêndios.
Seção III
Das Instalações Sob Comando
Art. 54 - A instalação sob comando será constituída de reservatório, barrilete de incêndio, válvula de
retenção, colunas de incêndio e hidrante de passeio.
Art. 55 - A reserva técnica para incêndio deverá ser armazenada em reservatório superior, considerada
condicional.
A capacidade de armazenamento de água para incêndio deverá ser tal que possa alimentar duas
Art. 56 -
tomadas de incêndio durante 30 minutos com as vasões indicadas no artigo 73º.
Art. 57 - O alcance mínimo dos jatos d`água para os riscos de classe pequena poderá ser reduzido até 4m
(quatro metros) nas tomadas de incêndio mais desfavoráveis.
Art. 58 -A altura do reservatório ou pressão de recalque deverá ser tal que assegure as condições fixadas
no artigo anterior.
Art. 59 -As colunas e barriletes de incêndio deverão ser de ferro fundido EB-43 ou EB-137 ou de aço
galvanizado BB.182.
Art. 60 - As colunas e barriletes de incêndio deverão ser dimensionadas de modo a ter, em qualquer caso,
2.1/2" de diâmetro interno mínimo nominal.
Art. 61 -As colunas de incêndio unir-se-ão no pavimento térreo da edificação e será prolongada até o
hidrante de passeio com registro e curva de 909, com boca voltada para cima, protegida por caixa de ferro
com tampa e equipada conforme disposto neste artigo, a saber:
a) a caixa com registro a que se refere este artigo poderá ser colocada na fachada do prédio ou no
passeio devendo ficar defronte à entrada principal do prédio distante 0,50 m do meio-fio;
b) os registros a que se refere este artigo serão do tipo adequado de 2.1/2" de diâmetro, dotados de
junta de união "storz", com tampão cuja boca ficará situada a profundidade máxima de 0,15m.
Art. 62 -As caixas de incêndio abrigarão as tomadas de incêndio e as mangueiras com os respectivos
esguichos e juntas de união, e terão as seguintes dimensões mínimas:
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_______________________________
| DIÂMETRO |PROF.|LARGURA|ALTURA|
|----------|-----|-------|------|
|Mangueira | cm | cm | cm |
|==========|=====|=======|======|
|1.1/2" |17 |45 |75 |
|----------|-----|-------|------|
|2.1/2" |20 |60 |90 |
|__________|_____|_______|______|
Art. 63 - As caixas de incêndio serão dispostas em cada pavimento de modo que qualquer foco de
incêndio possa ser alcançado por dois jatos simultaneamente, considerando-se um comprimento máximo
de 30 (trinta) metros de mangueira e um jato mínimo de 10 metros, salvo o disposto no artigo 57º.
Art. 64 - Nas edículas, mezaninos, zeladorias, escritórios ou compartimentos em andares superiores, não
será necessária a colocação de tomadas de incêndio quando a área construída for de até 200m², desde
que as tomadas de incêndio do pavimento inferior assegurem a sua proteção, respeitadas as condições
deste Código.
Art. 65 -As tomadas de incêndio terão adaptador tipo "Storz" 2.1/2" de diâmetro, com adaptador móvel
"Storz" 2.1/2" x 1.1/2", guando do diâmetro exigido de mangueira for 1.1/2".
Art. 66 - As tomadas de incêndio serão instaladas em altura entre 1,00m e 1,50m, acima do piso e terão o
adaptador "Storz" montado em ângulo de 45º, com saída voltada para baixo.
As tomadas de incêndio deverão ser localizadas em locais de fácil acesso, de preferência próximo
Art. 67 -
às entradas e de modo que não possam ficar bloqueadas pelo fogo, sendo vedado sua localização em
compartimentos fechados com postas providas de fechaduras e nas escadas enclausuradas a prova de
fumaça.
Art. 68 -Os abrigos deverão ter ventilação permanente, fechamento por meio de trinco com chave,
permitindo a abertura manual pelo lado interno, tendo na porta amplo visor de vidro com dizeres em cor
contrastante: "INCÊNDIO" - quebre o vidro e abra o trinco.
Art. 69 -As linhas de mangueira serão constituídas de mangueiras flexíveis, de fibras resistentes a
umidade, revestidas internamente de borracha, resistentes á pressão mínima de 200 mc. a. (duzentos
metros de coluna de água).
Serão previstas mangueiras de 1.1/2", 2.1/2" de diâmetro nominal. O diâmetro será exigido de
Art. 70 -
acordo com as classes de risco e conforme a seguinte tabela:
__________________________________________________________________________
| CLASSE DE RISCO | MANGUEIRAS |DIÂMETRO DO REQUINTE|
| |----------------------------------| |
| |COMPRIMENTO MÁXIMO|DIÂMETRO MÍNIMO| |
|==================|==================|===============|====================|
|A) Pequeno |30 m |1.1/2" |1/2" |
|------------------|------------------|---------------|--------------------|
|B) Médio |30 m |2.1/2" |1" |
|------------------|------------------|---------------|--------------------|
|C) Grande |30 m |2.1/2" |1" |
|__________________|__________________|_______________|____________________|
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2 - risco médio (classe B) - prédios com classificação 3 até 6 na Lista de Ocupações da Tarifa de Seguro
- Incêndio do Brasil, bem como os depósitos de classe de ocupação 1 e 2;
3 - risco grande (classe C) - prédios com classificação 7 até 13 na Lista de ocupações de Tarifa de
Seguro Incêndio do Brasil.
- Nos prédios com mais de uma ocupação prevalecerá, em cada pavimento, a classificação de maior risco,
se os entrepisos forem de concreto armado.
As tomadas de incêndio terão capacidade de vazão livre determinada pela classe de risco, de
Art. 73 -
acordo com a seguinte tabela:
_____________________________
|CLASSE DE RISCO| VAZÃO |
|===============|=============|
|Pequeno (A) |250 1/min. |
|---------------|-------------|
|Médio (B) |500 1/min. |
|---------------|-------------|
|Grande (C) |900 1/min. |
|_______________|_____________|
Art. 74 - As bombas de incêndio, que devem recalcar diretamente na rede de incêndio, devem ser
acionadas por acoplamento direto.
Art. 75 - O motor de acionamento das bombas de incêndio poderá ser elétrica ou de combustão interna.
Art. 76 - A instalação de energia elétrica para alimentar grupos motor-bomba deve ser independente de
instalação geral do prédio ou ser executada de tal modo que permita desligar a instalação geral sem
interromper a operação do grupo motor-bomba.
Art. 77 - Os grupos motor-bomba devem ser instalados em área protegida contra danos mecânico,
intempéries, agentes químicos, fogo e umidade.
Art. 79 - Quando usadas bombas de partida automática sua entrada deverá ser denunciada por
dispositivo de alarme.
1 - no sistema sob comando possa alimentar duas tomadas de incêndio na posição mais desfavorável
com as condições especificadas;
2 - no sistema misto, possa satisfazer ao estabelecido para o sistema automático e mais uma tomada
de incêndio na condições mínimas especificadas.
Seção IV
Das Instalações Automáticas
Art. 81 - Será exigida a instalação de chuveiros automáticos tipo "SPRINKLERS" ou similar de acordo com
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as especificações abaixo:
a) nos prédios com mais de 20 metros de altura, contados da soleira de entrada ao piso do último
pavimento quando destinados às seguintes ocupações:
1 - Escritórios;
2 - Garagem com abastecimento, exceto as de prédios exclusivamente residências.
b) Prédios com altura superior a 12 metros contados da soleira de entrada ao piso de último
pavimento quando destinadas as seguintes ocupações:
1 - repartições públicas e quartéis;
2 - hospitais, asilos, hotéis, internatos, pensões e creches;
3 - garagem com abastecimento;
4 - locais de reunião de público;
5 - comércio, tais como: lojas, supermercados e similares;
6 - depósitos e armazéns;
7 - indústrias;
8 - estação de televisão, rádio, centrais elétricas, telefônicas e centros de processamento de dados;
9 - refinarias de petróleo;
10 - todos os prédios não mencionados neste artigo, exceto os residências e os de carga incêndio com
severidade menor a 1 (uma) hora, correspondente à classificação adotada pelo Corpo de Bombeiros
enquanto não houver norma Brasileira.
c) Prédios com área superior a 5.000m², independentemente de altura, quando destinados às
ocupações indicadas nos números 1 e 2 da letra "b", deste artigo.
d) prédios com área superior a 1.500m², independentemente da altura, quando destinados às
ocupações indicadas nos números 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e 10 da letra "b", deste artigo;
e) prédios com pavimentos abaixo do nível da soleira da entrada, tendo seu acesso somente no
pavimento térreo e com área superior a 500m² destinados a reunião de pessoas e de usos cujas classes de
risco de incêndio sejam médio e grande (B e C);
f) as áreas - referidas neste artigo serão cobertas e na forma das plantas aprovadas pela DOPM;
g) nos prédios de ocupação mista, com área superior aos limites indicados nas letras "o" e "e" deste
artigo, será exigida a instalação de chuveiros automáticos, sempre que a área de ocupação for superior a
50% das áreas limites referidas, risco a exigir esta instalação;
h) prédios de ocupação mista e os de uso residencial ficarão obrigados à instalação de chuveiros
automáticos quando em mesmo nível ou em nível inferior, sem separação de risco;
i) os prédios referidos nas letras c, d e f deste artigo ficarão isentos da exigência de chuveiros
automáticos, quando tiverem altura inferior a 12m e forem subdivididos em áreas até os limites indicados
com paredes corta-fogo, com ou sem portas corta-fogo de resistência mínima ao fogo de uma hora para
prédios de Pequeno Risco Incêndio, três horas para Prédios de Médio Risco Incêndio, e quatro horas para
Prédios de Grande Risco Incêndio.
Enquanto não houver norma brasileira específica, os projetos e instalações dos equipamentos de
Art. 83 -
chuveiros automáticos obedecerão as normas reconhecidas por órgãos oficiais internacionais e adotadas
pelo Corpo de Bombeiros.
CAPÍTULO XI
DOS RESERVATÓRIOS, SUCÇÃO E RECALQUE
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Seção I
Dos Reservatórios em Geral
a) ser instalados e construídos em local de fácil acesso de forma a permitir a inspeção dos seus lados
e fundo;
b) ser estanque e construído com material de qualidade comprovada;
c) ter as faces internas lisas e impermeáveis;
d) ser dotado na sua lage superior de abertura de visita situada sobre a válvula de flutuador, com
dimensões mínima de 50 x 50 cm para inspeção, com os bordos sobressaindo 10 cm acima da superfície
superior da cobertura;
e) a válvula de boia será colocada de modo que haja separação atmosférica mínima de 10 cm;
f) não poderão ser empregados pinturas, revestimentos ou impermeabilizantes que transmitem odor
ou sabor de água ou liberem substâncias nocivas à saúde;
g) ter tampa vedação de abertura de visita, com bordos voltados para baixo, com dimensões mínimas
de 54 x 54 cm;
h) os reservatórios da instalação predial deverão ter capacidade útil correspondente ao consumo
mínimo do prédio em 24 horas;
i) quando a capacidade útil tiver volume igual ou superior a 10.000 litros, os reservatórios serão
divididos em dois compartimentos iguais, visando facilitar a limpeza sem interrupção do abastecimento
normal de todos os pontos de consumo do prédio;
j) não será permitido a passagem de conduto de esgoto pelo interior, sobre a cobertura ou sobre a
tampa do reservatório;
k) os reservatórios deverão ser dotados de canalização para limpeza, extravazão, aviso e ventilação,
sendo que estas três últimas deverão ser dotadas de tela fina, com 0,5 mm no máximo de malha, para
impedir a entrada de insetos;
l) a superfície superior externa do reservatório deverá ter declividade mínima de 2% no sentido das
bordas, para evitar o empoçamento de água exterior.
Seção II
Canalizações Principais do Reservatório
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Seção III
Do Reservatório Inferior
Art. 85 - O reservatório inferior poderá ser construído acima da superfície do terreno e ser de concreto
armado.
Art. 86 - O reservatório inferior deverá ter capacidade para armazenar 60% do consumo de um dia.
Art. 87 -A tampa da abertura de visita do reservatório deverá estar no mínimo a 40cm do piso
circundante.
Art. 88 - Os reservatórios inferiores poderão ser localizados em espaços cobertos ou descobertos do lote,
e a parte destinada a abertura para inspeção deverá estar situada em espaço não habitável.
Seção IV
Do Reservatório Superior
Art. 89 - O reservatório superior de distribuição deverá ter capacidade mínima de 40% do consumo de
um dia.
Art. 90 - O reservatório superior deverá ficar em altura tal que assegure as pressões dinâmicas e estáticas
mínimas de serviços para todos os aparelhos instalados, de acordo com as normas da ABNT.
Art. 91 - A coloração dos barriletes será feita de maneira que fique assegurado o que dispõe o artigo 88º.
Art. 92 -Do barrilete poderão ser derivadas tantas colunas de água fria quantas forem necessárias, para
garantir uma alimentação racional e econômica das instalações.
Seção V
Da Redução e Recalque
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Art. 94 - Para a elevação de água ao reservatório superior deverão ser instalados, no mínimo, dois grupos
de recalque cada um com a vazão horária mínima de 15% do consumo predial de um dia.
Art. 95 -Os grupos de recalque deverão ser instalados em local conveniente, próximo ao reservatório do
qual será elevada a água.
Art. 96 - Quando houver altura de sucção, a respectiva tubulação deverá ser dotada de válvula de pé e a
título de proteção, deverá ser colocado um filtro ou crivo antes da válvula de pé.
Art. 97 -Em se tratando de reservatório dividido em compartimentos, a tubulação de sucção deverá ser
feita de forma que possibilite o trabalho de qualquer das bombas, a partir de cada compartimento,
isoladamente.
Art. 98 - A canalização de sucção deverá ser de tubos de diâmetro comercial imediatamente superior ao
dimensionamento para a tubulação de recalque.
Art. 100 -Para a elevação de água ao reservatório superior deverão ser instalados, no mínimo, dois
grupos de recalque, cada um com a vazão horária mínima de 15% do consumo predial de um dia.
Art. 101 - A canalização de recalque será dotada de válvula de retenção e de registro de gaveta.
Art. 102 - A canalização de recalque bem como a linha alimentadora do reservatório superior, quando não
houver recalque, não poderão ter qualquer interligação ou by-pass, temporário ou permanente, com as
canalizações de distribuição.
Art. 103 - A entrada dos condutores de alimentação dos reservatórios distará, no mínimo, de 10cm,
abaixo da face inferior da abertura e será dotada de válvula de bóia.
Art. 104 - É vedado o emprego de uma mesma tubulação para recalque de água e para alimentação do
reservatório superior.
Art. 105 - Sempre que em uma edificação se tornar necessário o emprego de recalque, constará do
projeto o cálculo do dimensionamento das características dos grupos moto-bombas.
Art. 106 - O espaço destinado a cada bomba terá, pelo menos, um metro quadrado e a porta em material
metálico dotada de veneziana.
CAPÍTULO XI
DOS DESPEJOS INDUSTRIAIS
Os despejos industriais poderão ser lançados no coletor público cloacal do logradouro ou dos
Art. 107 -
fundos da edificação, desde que não ataquem e não causem qualquer dano ao sistema de veiculação do
esgoto cloacal.
Art. 108 - Juntamente com o projeto hidráulico-sanitário o proprietário entregará formulário (impresso nº
01) especificando a natureza e o volume dos líquidos e resíduos que serão lançados na rede cloacal.
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Art. 109 - Não será permitido o lançamento nas redes coletoras de esgoto cloacal de despejos industriais
que contenham:
Art. 110 - Os despejos industriais a serem lançados na rede cloacal deverão atender o que segue:
Conforme a natureza e o volume dos despejos industriais, deverão ser adotados dispositivos
Art. 111 -
apropriados, antes do lançamento na rede coletora, tais como:
1 - resíduos cuja temperatura for superior a 40º C, deverão passar por uma "caixa de esfriamento"
antes de serem lançados no coletor;
5 - os despejos provenientes de estábulos, cocheiras, ou estrumeiras deverão passar por uma CAIXA
DETENTORA de estrume antes de serem lançados;
6 - quando o DMAE julgar conveniente, em qualquer tempo, poderá exigir tratamento prévio do
efluente antes de ser lançado na rede pública cloacal.
CAPÍTULO XII
DOS POSTOS DE LAVAGEM E LUBRIFICAÇÃO
Art. 112 -Os postos de serviço de lavagem e lubrificação de veículos, assim como garagens, oficinas ou
instalações industriais que manipulem graxa ou gasolina só poderão escoar, para a rede cloacal as águas
provenientes de sanitários, lavatórios, chuveiros e pias de cozinha.
O escoamento de águas pluviais, as de lavagem dos pisos das garagens e oficinas, as águas de
Art. 113 -
tanques de lavagens de peças e outros assemelhados serão canalizados para a rede de esgoto pluvial.
§ 1º - Estas águas, antes de serem lançadas na rede pluvial, deverão passar em CAIXAS DETENTORAS
DE LAMA e CAIXAS SEPARADORAS DE ÓLEO.
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Art. 114 - Em qualquer tipo de CAIXA SEPARADORA, a canalização de óleo deverá ser ligada a um depósito
que poderá ser subterrâneo, com capacidade mínima para 200 litros.
Art. 115 -As caixas detentoras e as caixas separadoras poderão ser feitas de ferro fundido, de concreto ou
alvenaria de tijolo, revestidas internamente com argamassa de cimento e areia alisada à colher, devendo
permitir fácil inspeção e limpeza.
CAPÍTULO XIII
DOS CONJUNTOS RESIDENCIAIS
Art. 117 -Os edifícios ou blocos, que compõem conjuntos residenciais, receberão uma ligação para cada
conjunto de apartamento atendido por entrada ou escada independente e suas instalações deverão ser
constituídas atendendo esta condição.
Art. 118 - Para cada ligação em conjunto residencial será emitida uma conta.
Art. 119 -Nos conjuntos residenciais, ou em parte deles não cortados por vias públicas, devidamente
cercados, com condomínio construído legalmente e cujas redes abastecedoras e coletoras sejam de uso
exclusivo do condomínio, serão permitidas ligações únicas de esgoto aos sistemas públicos.
CAPÍTULO XIV
DAS INSTALAÇÕES DE ESGOTO
Seção I
Das Instalações Prediais
Art. 120 - Nas instalações prediais de esgoto cloacal é adota do o sistema separador absoluto, não sendo,
portanto, tolerada qualquer interconexão entre os condutores dos esgotos pluvial e cloacal.
Art. 121 - As instalações de esgoto cloacal destinam-se a coletar e afastar do prédio, encaminhando para
o coletor público, todos os despejos domésticos e industriais.
As instalações prediais de esgoto cloacal deverão ser projetadas e executadas tendo em vista as
Art. 122 -
possíveis e futuras operações de inspeção e desobstrução, tanto das canalizações internas, caixas de
inspeção, de gorduras, sifonadas, assim como dos coletores e subcoletores prediais, rápido escoamento
dos despejos e deverão, ainda, vedar a passagem dos gases e animais para o interior das edificações
impedindo a contaminação da água potável e não apresentarem vazamento.
Art. 123 -Toda a edificação que tiver à disposição coletor de esgoto cloacal em logradouro público ou nos
fundos da edificação, está obrigada a ter suas instalações prediais de esgoto sanitário ligadas aos
referidos coletores, a bem da saúde pública.
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§ 1º - Antes de se proceder a ligação de instalação predial de esgoto cloacal ao coletor público, deverá
ser eliminada a fossa existente e examinadas as canalizações para que elas possam ser aproveitadas
parcial ou totalmente.
Art. 124 - O DMAE poderá executar a ligação de instalação predial de esgoto cloacal ao coletor público,
independentemente de solicitação ou autorização do proprietário, quando a salubridade pública assim o
exigir, emitindo conta posteriormente.
Parágrafo Único - Efetivada a ligação ao coletor público, caberá ao proprietário tomar todas as
providências necessárias, de acordo com as determinações deste CÓDIGO.
A rede pública de esgoto cloacal não poderá receber direta ou indiretamente águas pluviais ou
Art. 125 -
outros despejos que possam vir a prejudicar seu funcionamento.
Parágrafo Único - Sempre que ficar constatado, nas edificações em construção, e nas já existentes,
que as águas pluviais são conduzidas para as canalizações cloacais e vice-versa, o infrator será autuado e
intimado a regularizar a situação anormal, a sua própria custa, em prazo a ser fixado, construindo
canalizações próprias e independentes para veicular estas águas ao seu respectivo coletor, ficando o
infrator sujeito a multa.
Art. 126 - É vedado o escoamento de águas de piscinas, direta ou indiretamente, para a rede cloacal.
Art. 127 -Os extravasores e os expurgos de reservatórios de água não poderão ser ligados às canalizações
sanitárias, ainda que na ligação se interponha qualquer desconector.
Art. 128 - O coletor de fundos será projetado, executado e custeado pelo DMAE, por competência,
cabendo a cada proprietário arcar com a despesa de seu próprio ramal até junto ao referido coletor.
§ 1º - O DMAE poderá delegar ao particular, a execução deste coletor mas sempre sob sua fiscalização
e responsabilidade.
§ 4º - A ligação a que se refere o parágrafo 3º será feita no ato do lançamento do coletor de fundos e
pela mesma equipe encarregada de sua implantação.
Art. 129 - O coletor de fundos deverá ser lançado, de preferência, em áreas não edificadas com o fim de
garantir sua integridade e facilitar a tarefa de sua conservação.
Seção II
Do Afastamento Dos Esgotos
Art. 130 -O afastamento do esgoto cloacal das edificações será feito através de ramal único, derivado de
coletor cloacal.
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§ 1º - Em casos especiais, como o de edifícios ou mesmo outras edificações construídas nas esquinas,
poderá haver mais um ramal predial, desde que autorizado pelo DMAE.
Parágrafo Único - Em casos especiais, a juízo do DMAE o ramal predial poderá ser derivado do coletor
público existente em logradouro com o qual o imóvel confine lateralmente ou pelos fundos ou ainda
através de propriedade lindeira.
Art. 132 - Todo o prédio deverá ter sua instalação de esgoto sanitário totalmente independente de
qualquer outra edificação, ficando cada um com sua canalização primária ligada ao coletor público.
§ 1º - Sempre que houver necessidade de edificar sobre áreas já dotadas de coletor de fundos o
interessado solicitará ao DMAE o deslocamento desse coletor para área não edificada, o que será feito a
custa do proprietário da edificação.
§ 2º - Se o deslocamento do coletor não for viável como determina o parágrafo anterior será ele
substituído por tubos de ferro fundido, ou de outro material determinado pelo DMAE, também a custo do
proprietário. Neste caso, o proprietário assinará termo de responsabilidade, no qual deverá ficar
estabelecido que ele, seus herdeiros e sucessores são responsáveis perante o DMAE pelos danos que o
prédio causar à canalização e por todas as despesas decorrentes de seu próprio prédio, isentando o
DMAE de qualquer responsabilidade por danos, prejuízos ou avarias que o coletor sob o prédio vier de
terminar.
Não se poderá lançar qualquer tipo de material no interior da canalização que venha obstruir
Art. 134 -
ou prejudicar a rede pública.
Art. 135 - Não será permitido edificar sobre caixas de inspeção, poços de visita, caixas de gordura e outros
acessórios da rede.
§ 3º - A autorização referida no parágrafo 2º deverá dizer que tal permissão é dada também por seus
herdeiros e sucessores.
§ 4º - Deverá constar, ainda, na autorização referida no parágrafo 2º que o DMAE poderá ligar a esses
coletores as instalações sanitárias de quaisquer outros prédios de terceiros, cujo escoamento por
gravidade se torne impossível por outro meio; que essa autorização se transmitirá aos seus respectivos
herdeiros e sucessores.
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§ 5º - Nos grupos de casas que formam as chamadas colônias, será lançado um coletor geral na rua
ou corredor da colônia do qual serão deriva dos os coletores prediais de esgoto, sendo um para cada casa.
Art. 136 -Todo o prédio já existente ou a ser construído, que não dispuser de coletor cloacal no
logradouro ou nos fundos, poderá ter seu coletor predial ligado ao coletor cloacal público de outro
logradouro a través de propriedade lindeira a juízo do DAME.
Parágrafo Único - Neste caso, deverá o interessado obter AUTORIZAÇÃO escrita, com firma
reconhecida do proprietário do imóvel por onde passará a canalização, atendendo as determinações dos
parágrafos 3º e 4º, artigo 135º.
Seção III
Das Instalações Sanitárias em Nível Inferior ao da Via Pública
Todo o período cuja instalação sanitária estiver situada abaixo do nível do logradouro público e
Art. 137 -
que não for possível esgotá-lo por gravidade para coletor cloacal de fundos ou através de terrenos
vizinhos para coletor público, de perfil mais baixo, deverá, ter seus despejos elevados mecanicamente por
meio de bombas centrífugas ou ejetoras, para serem descarregados no coletor sanitário do logradouro.
§ 1º - Os despejos dos pavimentos situados acima do nível da via pública serão encaminhados por
gravidade ao coletor cloacal do logradouro.
Art. 138 - O fluente das instalações sanitárias situadas em nível inferior ao do logradouro, referidos no
artigo 141, deverá convergir por gravidade para uma caixa coletora de onde será recalcado por bombas
centrífugas ou ejetoras e lançado em ponto adequado da instalação, se não houver também coletor
cloacal de fundos.
§ 2º - os aparelhos situados em nível inferior ao da via pública poderão ser ventilados nos mesmos
tubos de ventilação das instalações localizadas acima do mesmo logradouro.
Art. 139 - A caixa coletora terá também a função de poço de sucção, devendo ter sua capacidade
calculada de modo a se ter um mínimo de partidas e paradas de bomba.
Art. 140 -A caixa coletora deverá ser convenientemente impermeabilizada, ter o fundo inclinado a fim de
facilitar o esvaziamento completo e ser dotada de tampa, com fechamento hermético de forma a
proporcionar a limpeza quando se fizer necessário.
§ 2º - A caixa coletora deverá ser convenientemente ventilada por tubo ventilador primário cujo
diâmetro não poderá ser inferior ao da tubulação de recalque.
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Art. 141 - A instalação elevatória deverá ter, obrigatoriamente uma unidade de reserva.
Parágrafo Único - Cada bomba será dotada de canalização de sucção independente e com diâmetro
de recalque.
Art. 142 - Os grupos de recalque terão funcionamento automático, comandados por chaves magnéticas
conjugadas com chaves de bóia.
§ 1º - As instalações de recalque deverão contar com dispositivo de alarme que poderá ser
comandado pela própria haste e que indicará sempre que as bombas não funcionarem.
Art. 143 -Os grupos de recalque deverão ser instalados em local adequado, que facilite a conservação e
substituição.
Seção IV
Dos Logradouros de Loteamentos Antigos, Legalizados, Não Dotado de Canalização Sanitária
Art. 144 - A inexistência de coletor cloacal no logradouro ou nos fundos da propriedade, obriga a
edificação a ter suas instalações prediais de esgoto cloacal ligadas diretamente a fossa séptica, para a
depuração biológica e bacteriana das águas residuárias.
As fossas, os sumidouros e as valas de infiltração, deverão ser localizadas dentro dos limites da
Art. 145 -
propriedade.
Art. 146 - O poço absorvente deverá ser dimensionado de acordo com a contribuição de esgoto e com a
permeabilidade do solo, devendo, em qualquer caso, ter capacidade mínima de 1,5m³.
Art. 147 -A fossa séptica será dimensionada de acordo com a população a ser atendida, segundo o
disposto nas normas da ABNT.
Art. 148 - O poço sumidouro deverá ficar de 1,50 m em relação às divisas, no mínimo.
Seção V
Dos Logradouros de Novos Loteamentos
Art. 149 - Os projetos de saneamento básico dos loteamentos, deverão ser apresentados ao setor técnico
do DMAE, para se verificar a possibilidade de aprovação, conforme disposto no artigo 35º.
Art. 150 - Os projetos serão executados, pelo loteador, às custas do mesmo, sob fiscalização do DMAE.
Art. 151 -O DMAE poderá não aprovar o projeto verificado a impossibilidade de esgotamento na rede
existente ou possibilidade de poluição de mananciais de água potável de utilidade pública.
Art. 152 - Poderá ser aprovado projeto de rede de esgoto cloacal que descarregue em fossas coletivas.
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§ 2º - As fossas serão dotadas de tubos de sucção para esgotamento e limpeza periódicas por parte
do loteador.
§ 3º - O projeto não será aprovado, dada a possibilidade de poluição, por parte das valas de infiltração
de manancial de utilidade pública.
Seção VI
Da Ligação Para Edificação Existente
Art. 153 -Nos logradouros em que os coletores cloacais forem liberados por edital, será concedida ligação
às edificações existentes e pedido do interessado, mediante apresentação de:
Seção VII
Dos Coletores Prediais e Subcoletores
Art. 154 - Os coletores e subcoletores deverão ser lançados, sempre que possível, nas partes não
edificadas do terreno; as caixas de inspeção deverão ser localizadas de preferência em áreas livres e com
tampa à vista.
Art. 155 - O traçado das canalizações deverá ser sempre retilíneo tanto em planta como em perfil, sendo
obrigatório e emprego de caixas de inspeção em todas as mudanças de direção, tanto horizontal como
vertical.
§ 1º - Poderão ainda ser empregadas peças de inspeção que permitam a limpeza e desobstrução dos
trechos adjacentes.
§ 2º - Entre dois pontos de inspeção poderá ser permitida uma única curva que será de raio grande,
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com ângulo central não superior a 909 desde que não seja possível a colocação de uma caixa de inspeção.
§ 3º - Nas mudanças de direção horizontal para vertical será permitido o emprego de curvas de raio
longo.
A cabeceira do coletor predial deverá iniciar em uma caixa de inspeção, situada no ponto mais
Art. 156 -
conveniente para reunir os subcoletores que provêm dos locais mais afastados da testada do lote.
Parágrafo Único - Quando for absolutamente impossível o emprego de caixa de inspeção, a ligação
poderá ser feita por função simples de ângulo não superior a 45º, mas sempre provido de peças de
inspeção.
Art. 158 - O coletor, o subcoletor e demais canalização da edificação são obrigados a serem mantidos em
perfeitas condições de funcionamento, sem vazamentos que escoem para as propriedades vizinhas ou
para logradouro capazes de porem em perigo a saúde pública.
§ 2º - Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior sem que a irregularidade tenha sido sanada, o
DMAE intervirá consertando a canalização ou canalizações existentes, emitindo após conta referente aos
serviços executados, acrescida dos gastos de transporte e administração e a respectiva multa.
CAPÍTULO XVI
DOS APARELHOS SANITÁRIOS
Art. 159 - Os aparelhos sanitários devem ter as seguintes áreas mínimas exigidas para assentamento e
utilização:
Os aparelhos sanitários deverão ser feitos de material cerâmico vitrificado, ferro esmaltado ou
Art. 160 -
material equivalente sob todos os aspectos, bem como satisfazer as exigências das especificações
próprias da ABNT.
Art. 161 -Os aparelhos sanitários deverão ser instalados de modo a permitir fácil limpeza e remoção dos
detritos, bem como evitar a possibilidade de contaminação da água potável.
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Art. 162 -Os vasos sanitários, constituindo peças inteiriças de porcelana vitrificada ou ferro esmaltado
deverão ser do tipo "Washdown", de desconectores interno e externo, com 5 cm de altura de ferro
hídrico, no mínimo, providos ou não de orifícios de ventilação no colo alto do desconector, e obedecendo
ainda as seguintes exigências:
Todos lavatórios, bidês, banheiras, tanques de lavagem e pias de despejo deverão ser providos
Art. 164 -
de grelha ou crivos, sobre os orifícios de saída, para impedir a intromissão nas canalizações de corpos
sólidos que as possam obstruir.
a) caixas de descarga;
b) caixas silenciosas;
c) válvulas de fluxo ou pressão.
Art. 166 - A caixa de descarga poderá ser de ferro fundido, cimento, amianto ou PVC e deverá ter
dispositivo sinfônico para intensificação da descarga e obedecer ao seguinte:
a) ser fixada solidamente à parede e de modo que haja espaço mínimo de 50 cm entre a tampa da
caixa e o teto do compartimento;
b) ter uma capacidade de 10 a 12 litros, no mínimo, ser colocada a 2,00m do piso;
c) a altura da caixa de descarga poderá ser reduzida, desde que sua capacidade seja aumentada.
Art. 167 - A caixa silenciosa deverá ser colocada, no mínimo à altura do bordo superior do vaso sanitário e
ter uma capacidade mínima de 15 litros.
Art. 168 -A válvula de fluxo deverá ser de bronze ou de metal não ferroso, de botão ou de alavanca,
instalada de modo que seja alimentada por uma coluna de água que garanta a pressão indispensável ao
seu bom funcionamento.
A juízo do DMAE, poderão ser dotados aparelhos de descarga com dispositivos especiais para
Art. 169 -
lavagem automática para grupos de uso coletivo, em estabelecimentos públicos, escolares, fabris e
demais outros assemelhados.
Art. 170 - Nenhum aparelho poderá descarregar o respectivo conteúdo em tubo de diâmetro inferior a
1,1/4".
A caixa de descarga e a caixa silenciosa deverão ser mantidas fechadas, de modo a impedir a
Art. 171 -
entrada de insetos.
CAPÍTULO XVII
DAS CAIXAS, POÇOS, RALOS E SIFÕES
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Seção I
1 - características construtivas:
2 - A entrada, preferencialmente, e a saída, obrigatoriamente, devem ser por baixo, de modo que nas
condições normais de funcionamento, permaneçam sempre vazias.
3 - O fundo deve ser construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar a formação de
depósitos e para tal se fará canaletas de meia-seção, concordando fluxo de entrada e saída.
5 - Em prédios de mais de 4 (quatro) pavimentos, as caixas de inspeção não deverão ser construídas a
menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para as mesmas.
6 - A distância entre as caixas de inspeção e caixas de inspeção coletor público não deverá ser
superior a 15,00m.
7 - As caixas de inspeção devem ser localizadas nas áreas externas dos edifícios, dentro dos limites da
propriedade, com fácil acesso e somente quando a situação exigir, e à juízo do DMAE, a caixa se localizará
no passeio público e nos recintos das lojas.
Seção II
Poços de Visita
As caixas de inspeção com mais de 1,00 m de profundidade serão chamadas poços de visita,
Art. 173 -
devendo atender as mesmas disposições estabelecidas para as caixas de inspeção, acrescidas das que se
seguem:
a) a parte, que exceder de 1,00 m na profundidade, será alargada para formar a câmara de trabalho,
que deverá ter a dimensão mínima de (1,00 x 1,00) m;
b) ser dotada de escada de marinheiro, com degraus espaçados de 30 cm e construídos de ferro
fundido ou aço com diâmetro mínimo de 3/8".
Seção III
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Caixa de Gordura
As caixas de gordura, cuja finalidade é coletar despejos de gorduras e evitar que os mesmos
Art. 174 -
sejam lançados ao ramal de esgoto, devem obedecer ao que se segue:
1 - Características Construtivas:
Forma: poderá ser quadrada, circular ou retangular;
Dimensões: deverá ter a profundidade máxima de 100cm com as seguintes dimensões:
CGS - Caixa de Gordura Simples - deve ter dimensões internas que permitam a inscrição de círculo de 40
cm de diâmetro e altura de fecho hídrico de 20 cm possuindo capacidade de retenção de 31 litros, saída
com diâmetro mínimo de 3" e coleta de até (2) duas pias de cozinha residencial.
CGD - Caixa de Gordura Dupla - deve ter dimensões internas que permitam inscrição de círculo de 60 cm
de diâmetro e altura de fecho hídrico de 35 cm, possuindo capacidade de retenção de 120 litros, saída
com diâmetro mínimo de 4" e coleta de até 12 pias de cozinha residencial.
CGE - Caixa de Gordura Especial - é usada quando o número de pias for superior a doze (12), ou quando
se tratar de grandes cozinhas (restaurantes, escolas, hospitais, quartéis, etc.), cujo volume de retenção se
rã calculado pela expressão:
V - 20 litros + N X 21 litros, sendo N o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem
para a caixa de gordura.
Seção IV
Caixas Sifonadas
Art. 175 - As caixas sifonadas cuja finalidade é não permitir a passagem de gases do esgoto primário para
o secundário (bidet, lavatório, chuveiro, banheira, tanque), que nelas descarregam, devem obedecer ao
que se segue:
Dimensões - deverá ter profundidade máxima de 100cm com dimensões internas que permitam a
inscrição de um círculo de 40 cm de diâmetro;
Material - parede lateral: alvenaria de um tijolo ou concreto revestidas internamente com argamassa de
cimento e areia 1:3;
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Seção V
Ralos
Art. 176 - Os sifões, como parte integrante das instalações de esgoto secundário não sendo, portanto,
sifonado, serão de ferro fundido ou PVC, de seção circular ou poligonal e deverão possuir grelha.
Art. 177 - Quando circulares, esses ralos deverão ter o diâmetro mínimo de 10 cm, e quando poligonais,
deverão ser circunscritíveis num circulo de diâmetro mínimo 10 cm.
Seção VI
Sifões
Art. 178 - Os sifões, como parte integrante das instalações de esgoto primário, deverão ter diâmetro
mínimo de 2", fecho hídrico com altura mínima de 05 cm, ser munidos de bujões de bronze com rosca na
parte inferior para a necessária limpeza ou de qualquer outro meio de fácil inspeção.
Art. 179 - Os sifões poderão ser do tipo P.Q.S. e U e deverão ser feitos, conforme o fim a que se
destinarem, de chumbo, ferro fundido, cobre ou cerâmica vidrada.
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