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Superitendencia de Infraestrutura
Relatório parcial
CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
COORDENAÇÃO GERAL
Desenvolvimento.
CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
bolsistas
CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
voluntários
João Vitor Nascimento Lavandoski
Aluno do curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e
Ambiental/UFOPA.
CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA -
SINFRA
A Superintendência de infraestrutura (Sinfra) é um órgão suplementar diretamente ligado
à Reitoria, tem como objetivo subsidiar a Administração Superior da Ufopa nos assuntos
relacionados à infraestrutura física da instituição, assim como propor e gerenciar as ações
relativas à referida área, tendo por competências:
1. planejar, coordenar, organizar, executar e avaliar as atividades de infraestrutura, com base
no Plano de Desenvolvimento Institucional e no Plano de Gestão;
2. promover a integração das atividades e iniciativas relacionadas com a infraestrutura;
3. operacionalizar a política de urbanismo e de gestão ambiental da Ufopa;
4. projetar, executar, fiscalizar e receber obras e serviços de engenharia;
5. acompanhar, supervisionar, controlar e avaliar a qualidade dos serviços, sob sua
responsabilidade, prestados pelas empresas contratadas;
6. monitorar a utilização de espaços físicos e gerenciar os espaços comuns da Ufopa;
7. propor e acompanhar a execução da política de gestão da universidade, no que se
refere à infraestrutura;
8. promover o desenvolvimento de planos estratégicos para a implementação das
políticas de infraestrutura, com o estabelecimento de prioridades e a definição de
mecanismos de implantação, acompanhamento e avaliação;
9. planejar e coordenar o desenvolvimento físico dos Campi da Ufopa;
10. planejar e coordenar as ações executivas relacionadas aos serviços gerais, bem como
manutenção, adaptação, reforma, limpeza e conservação dos bens imóveis da Ufopa.
SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Rede de distribuição
Reservatório
DEFINIÇÕES CADASTRO
Conforme ABNT NBR 12826 de Abril - Conjunto de informações fiéis de uma
Cadastro dos Sistemas de Abastecimento de instalação, apresentado através de textos e
Água. representações gráficas em escala
conveniente.
OBJETIVO
A NBR fixa as condições exigíveis para a
elaboração de cadastro total ou parcial de
sistema de abastecimento de água.
SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
DEFINIÇÕES
SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
OUTRAS DEFINIÇÕES
Adutora Profundidade
Canalização que transporta água da Distância da geratriz superior da
captação para a estação de rede, adutora ou dispositivos até o
tratamento, desta para o reservatório nível do leito do terreno, em metros,
ou para a rede de distribuição, considerando precisão em
podendo funcionar por gravidade, centímetros.
recalque ou ambos.
Excepcionalmente, a canalização que
transporta água de um reservatório Tipo de Material
ou uma adutora para outro
reservatório ou rede de distribuição Material apresentado pela rede,
pode ser designada de sub-adutora. adutora ou dispositivo, podendo ser:
aço, PVC, ferro galvanizado,
fibrocimento, ferro fundido,
Rede de Distribuição polietileno ou outros.
SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA DE
Modelo atual do sistema de abastecimento de água -
ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
Ufopa Campus Tapajós
DO OESTE DO PARÁ - CAMPUS TAPAJÓS
Distribuição
Reservatório
Captação
de água
Reservatório
Tabela 1- Divisão setorial dos polos do Campus da Universidade Federal do Oeste do Pará. ... 13
Tabela 2- Setorização do Campus Tapajós ................................................................................. 15
1- INTRODUÇÃO
O acesso ao saneamento e ao abastecimento de água de qualidade é essencial para
a dignidade e sobrevivência da pessoa humana. Isso se reflete na participação ativa dos
indivíduos na atividade econômica e social, que depende, em primeiro lugar, de uma boa
qualidade de vida. Ampliar o acesso aos sistemas de abastecimento de água é importante,
mas igualmente crucial é garantir que a água fornecida atenda aos padrões de qualidade
necessários para os diversos usos a que se destina, sendo está a garantia de qualidade é
essencial para a promoção da saúde e do bem-estar da comunidade (FORTES et al., 2020).
8
E com base nesse contexto, o Programa de inovação e atuação profissional
empreendedora - PIAPE trabalha em duas linhas de planos a serem concluídos, sendo
elas:
2- OBJETIVOS
2.1- Geral
Planejar e implantar rotinas de gerenciamento, operação e controle do Sistema de
Abastecimento de Água (SAA) do Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do
Pará.
2.2- Específicos
Realizar cadastro técnico das unidades do SAA;
Área de estudo
10
A criação da Ufopa faz parte do programa de expansão das universidades federais
e é fruto de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Ministério da Educação
(MEC) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), no qual se prevê a ampliação do ensino
superior na região amazônica.
O território pelo qual o SAA abastece está localizado na Rua Vera Paz, s/n, bairro
Salé, onde fica a reitoria da universidade, e concentra-se grande parte das turmas de
graduação e pós graduação, sua estrutura está dividida em 5 polos, denominado por sigla
TPJ (Tapajós), sua divisão espacial ilustrada na Figura 2 e o setores prediais ilustrados na
Tabela 1.
11
Figura 2- Divisão dos polos da Unidade Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará.
12
Cada setor subdivide em pavimentos, sendo:
Tabela 1- Divisão setorial dos polos do Campus da Universidade Federal do Oeste do Pará.
TPJ 01
01 Garita
02 Centro de Tecnologia da informação e comunicação (CTIC)
03 Superintendência de Infra estrutura (SINFRA)
04 Instituto de biodiversidade e floresta (IBEF)
05 Apoio IBEF – SNA bloco A
06 Apoio ICTA – SNA bloco B
07 Apoio SINFRA – SNA bloco C
08 Laboratórios - IBEF
09 Laboratórios – ICTA e IEG
10 Anexo bloco 09
11 Laboratórios - IBEF
12 Laboratórios – ICED e ISCO
13 Casa de apoio e módulos de viveiros
14 Para de ônibus
15 Laboratórios – IEG, ICTA, IBEF e ISCO
16 Laboratórios – ISC
17 Absorvido pelo bloco 16
18 Palafita madeirão
19 Projeto Navegar
20 Laboratórios – IEG
21 Espaço colaborativo – diversos
22 Diretoria central do estudante e centros acadêmicos
23 Laboratórios – IEG
13
24 Espaço Discentes Coletivos
25 Depósito SINFRA
26 Sistema de Abastecimento de água
27 Laboratórios - IBEF
28 Bloco de salas especiais – BSE
29 Cabine de Medição – CM
30 Subestação – se 01
31 Depósitos de Resíduos Químicos
32 Depósito SINFRA
33 Depósito ICTA
34 Depósito SINFRA
35 Depósito SINFRA
36 Bloco modular Tapajós - BMT
37 Núcleos de salas de Aula – NSA B e NSA C
38 Coordenação de transporte - CETRANS
TPJ 02
01 Laboratórios - IBEF
TPJ 03
01 Restaurante Universitário - RU
02 Subestação - SE
TPJ 04
01 Núcleos de Tecnologia e Biodiversidade – NTB
02 Laboratórios - IBEF
03 Laboratórios - IBEF
04 Casa de gases
05 Sistema de Abastecimento de água
06 Núcleos de Tecnologia de Laboratórios - NTL
TPJ 05
01 Laboratórios – ICTA
02 Laboratórios – ICTA
03 Sistema de Abastecimento de água
14
04 Fábrica de Ração
05 Casa de Apoio aos Viveiros e Módulos de Viveiros
06 Rede Nacional de pesquisa e extensão - RNP
Fonte: autores, 2023.
Para melhor compreensão da divisão territorial do campus tapajós (figura 2), a estrutura divide-se em cores, sendo elas expostas na tabela 2
e ilustradas na figura 3:
Tabela 2- Setorização do Campus Tapajós
15
Figura 3- Divisão dos setores prediais da Unidade Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará
Fonte: SINFRA,2023.
16
Conforme dados e informações coletadas em campo e com técnicos da
Superintendência de infraestrutura, o fornecimento de água do Campus Tapajós da
Universidade Federal do Oeste do Pará é realizado por apenas uma via de acesso, sendo esta,
os sistemas de poços privados. Sendo todo seu território interligado pela rede de distribuição,
suprindo as necessidades básicas de todos os 5 polos.
De modo geral, o sistema de abastecimento de água da UFOPA é compreendido de
acordo com o fluxograma abaixo (Figura 4).
a) CAPTAÇÃO
b) ADUÇÃO
c) RESERVAÇÃO
18
da água tratada, permitindo a distribuição contínua, mesmo em períodos de variação na
demanda ou interrupções no processo de captação.
d) DISTRIBUIÇÃO
19
do acesso contínuo à água potável. A integração de conhecimentos técnicos e diretrizes
normativas contribui para o desenvolvimento de redes eficientes, capazes de atender às
demandas das comunidades de forma sustentável e segura. A distribuição adequada da água
não apenas assegura a saúde pública, mas também promove o bem-estar e o desenvolvimento
socioeconômico das regiões atendidas.
a)
b) c)
20
Legenda: a) ponto de captação de água; b) reservatório elevado e c) automático de boia
Fonte: Autores, 2023.
d)
21
e) f)
22
todo o sistema pode precisar ser desligado para realizar trabalhos em uma parte específica;
controle de fluxo, permitindo um controle mais refinado do fluxo de água. Se houver apenas
um registro, é mais difícil ajustar o fluxo para atender às demandas específicas de diferentes
partes do sistema; segurança e emergências, em casos de vazamentos, é importante poder
isolar rapidamente a área afetada. Ter registros em locais estratégicos permite fechar seções
do sistema, minimizando danos e facilitando a resposta a emergências.
Ter registros redundantes oferece uma camada adicional de segurança contra falhas.
Se um registro falhar, outros podem ser usados para isolar a área afetada, minimizando o
impacto no sistema como um todo.
Figura 7- Sala de comando máquinas do reservatório principal.
23
Pode-se dizer, que este é o principal reservatório de armazenamento e distribuição de
água para mais outras unidades secundárias do complexo Campus, como Bloco Modular
Tapajós (BMT) I e II, que abrange uma quantidade significativa de alunos, servidores e
laboratórios.
A distribuição para BMT II, é feita através de uma bomba injetora (e), utilizada
antigamente para bombear água do manancial subterrâneo que abastecia o reservatório
semienterrado (d). Atualmente, a mesma encontra-se em condições precárias de
funcionamento, com vazamento que podem a qualquer momento, comprometer o
abastecimento de água dos reservatórios do Bloco Modular Tapajós II.
Vale salientar, que o ramal de distribuição de água (f) do reservatório principal (a),
possui somente um registro geral. Os registros em um sistema de ramal de distribuição são
utilizados para controlar o fluxo de água e podem ser posicionados estrategicamente ao longo
do sistema para isolar partes específicas da rede. Em sistemas de distribuição, como os de
água, é comum encontrar uma rede de ramais que alimentam diferentes áreas ou unidades.
A razão pela qual não é recomendado ter apenas um registro pode ser relacionada ao
controle e à segurança operacional do sistema, como: manutenções e reparos, se houver a
necessidade de manutenção ou reparo em uma parte específica do sistema, é útil ter registros
adicionais para isolar a área afetada sem afetar todo o sistema. Se houver apenas um registro,
todo o sistema pode precisar ser desligado para realizar trabalhos em uma parte específica;
controle de fluxo, permitindo um controle mais refinado do fluxo de água. Se houver apenas
um registro, é mais difícil ajustar o fluxo para atender às demandas específicas de diferentes
partes do sistema; segurança e emergências, em casos de vazamentos, é importante poder
24
isolar rapidamente a área afetada. Ter registros em locais estratégicos permite fechar seções
do sistema, minimizando danos e facilitando a resposta a emergências.
Ter registros redundantes oferece uma camada adicional de segurança contra falhas.
Se um registro falhar, outros podem ser usados para isolar a área afetada, minimizando o
impacto no sistema como um todo.
Figura 8- Ponto de captação de água da unidade dois, entre os blocos NTL e NTB.
25
das pessoas e ao próprio sistema, assim como, choque elétrico aos técnicos em, uma eventual
manutenção e/ou inspeção, incêndio, danos aos equipamentos e outros, não esquecendo de
pontuar a desconformidade com as normas de segurança ABNT NBR 5410 - Instalações
elétricas de baixa tensão, que estabelece os requisitos e condições mínimas para o projeto,
execução, operação e manutenção de instalações elétricas de baixa tensão.
g) h) i)
A
pr
es
e
n
ç
a
d
e
u
m
a
sa
la
d e i) bomba de recalque.
Legenda: g) reservatório elevado (tipo taça); h) tubulação para abastecimento
Fonte: Autores, 2023. e
m
Quanto ao reservatório (g), o mesmo é elevado do tipo átaça, em estrutura metálica
devidamente revertido, com altura entre 16 e 20 metros, guarda q corpo e capacidade de
ui
reservação de 16 mil litros. Além da distribuição para todo o NTB, o reservatório ainda é
n
responsável por fornecer água para os reservatórios do Núcleo Tecnológico as de laboratórios
- NTL. e
q
Figura 10- Reservatório apoiado, sistema de abastecimento de água NúcleouiTecnológico de Laboratórios -
NTL. p
a
d
a
c
o
m
b
o
m
b
26
a
d
e
in
Fonte: Autores, 2023.
Para que reservatório do bloco NTL, seja devidamente abastecido, é necessário que
uma bomba de recalque localizada na parte inferior do reservatório do NTB (i), bombeie a
água até dois reservatórios apoiados (Figura 4) com capacidade de reservação de 20.000 mil
litros cada, que por sua vez, abastecem o reservatório tipo taça (Figura 5), com capacidade
de reservação de 16 mil litros. O sistema ainda conta com um quadro de comando (k)
automatizado e automático de boia.
Figura 11-Reservatório elevado (tipo taça), sistema de abastecimento de água Núcleo Tecnológico de
Laboratórios - NTL.
j) k)
j)
A A
A
pr pr
pr
es es
es
e e
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n n
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ç ç
ç
a a
a
d d
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u u
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m
a a
a
sa sa
sa
la la
la
d d
d
e e
e
m m
m
á á Autores, 2023.
Fonte:
á
q q
q
ui ui
ui
3.3- MICRO SISTEMA n 3: RESTAURANTE n UNIVERSITÁRIO - RU
n
as
as
O restaurante universitário abriga um as reservatório de grande capacidade (Figura 6),
e e
e
subdividido em doisq tanques com capacidade qde 30 mil litros cada. Essa capacidade total de
q
60 mil litros é ui ui
fundamental ui
para atender às demandas de água no RU, especialmente durante
p p
os horários deppicoa de alimentação. A divisão em dois tanques oferece uma redundância
a a
d
operacional, odque pode contribuir para a continuidade
d do fornecimento de água em casos
a
de manutençãoa ou interrupções inesperadas. a
c c
c
o
Figura 12- Reservatório enterrado
o restaurante universitário (RU).
o
m m
m
b b
b
o o
o 27
m m
m
b b
b
a a
a
d
l)
Os reservatórios são utilizados para armazenar água, de forma que, em caso de uma
escassez temporária, o usuário possa manter o consumo de água de forma autônoma, ainda
que por tempo limitado. Ao que se refere ao abastecimento público existe uma série de
procedimentos e adequações a serem seguidas, sendo essas informações contidas sobre as
normas da ABNT 12.170/2017 e das diretrizes da portaria do ministério da saúde nº
2914/2011, quais as características de materiais utilizados para a correta impermeabilidade
e revestimento dos reservatórios.
Segundo a NBR 9575, impermeabilização é “o conjunto de operações e técnicas
construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger
as construções contra a ação de fluidos, de vapores e da umidade”.
Figura 13- Reservatório enterrado restaurante universitário (RU).
28
Durante as visitas in loco nos reservatórios da Universidade Federal do Oeste do Pará
(UFOPA), foi possível constatar irregularidades ao que se refere a aplicabilidade da ABNT
NBR 12.170 de 2017, para sistemas de impermeabilização de reservatórios como ilustra a
figura 14.
Fonte: Autores,2023.
29
maneira que não atende os requisitos de potabilidade previsto pela ABNT NBR 12.170.
Sendo essa problemática constatada de forma significativa nos reservatórios feitos de
concreto armado da Universidade Federal do Oeste do Pará. (Figura 1), possível identificar
ferrugem, fissuras, fungos e mormaços causados pela água, podendo ser facilmente evitados
com a impermeabilização e revestimento de toda a estrutura dos reservatórios.
Figura 15- Estrutura interna dos reservatórios do Campus Tapajós da Universidade Federal do oeste do Pará.
30
Em seu artigo Art. 5º. Para os fins desta Portaria, são adotadas as seguintes
definições:
II - Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta
Portaria e que não ofereça riscos à saúde;
VI - Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta
por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as
ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio
de rede de distribuição;
XV - Controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades
exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa coletiva de
abastecimento de água, destinado a verificar se a água fornecida à população é potável, de
forma a assegurar a manutenção desta condição;
XVII - Garantia da qualidade: procedimento de controle da qualidade para monitorar
a validade dos ensaios realizados;
Dentre as definições, a estrutura dos reservatórios do Campus Tapajós não se
enquadra em absolutamente em nenhuma dessas exigências, fazendo assim a obrigatoriedade
da aplicação da norma ABNT NBR 12.170/2017.
A presença de uma sala de máquinas equipada com bomba de incêndio e bomba para
água potável (Figura 8) é de extrema importância para a segurança e o suprimento de água
no RU. As bombas de incêndio garantem a capacidade de resposta eficaz em situações de
emergência, enquanto as bombas para água potável desempenham um papel crucial na
manutenção e distribuição de água.
m) n)
31
o)
Ainda assim, o sistema apresenta diversas falhas e problemas que representam riscos
significativos para a segurança das instalações. A presença de problemas tão sérios em um
sistema de bombeamento para incêndio, especialmente em um ambiente como uma
universidade, onde a segurança dos ocupantes e do patrimônio é uma prioridade crucial.
Algumas das principais questões identificadas incluem: falta de manutenção e inspeção
regular, sendo essencial para garantir o funcionamento adequado de sistemas críticos, como
os de combate a incêndios. A ausência de inspeções regulares pode levar a falhas graves no
sistema quando mais necessário.
Quanto ao vazamento de água, é um problema sério, pois pode comprometer a
eficácia do sistema. Além de evidenciar que a estrutura do reservatório está danificada com
rachaduras, desperdiçando um recurso valioso. Vale salientar, o não funcionamento das
bombas, pois as mesmas são cruciais tanto para o combate a um possível incêndio, quanto o
abastecimento da água utilizada nas atividades do RU. Sem uma bomba operacional, o
sistema perde completamente sua capacidade de resposta a um incêndio, colocando em risco
a vida e a segurança das pessoas no local.
A responsabilidade pela operação e manutenção desses sistemas geralmente recai
sobre a gestão da instituição. A falta de supervisão e atrasos na resolução de problemas
indicam uma possível negligência na administração e na gestão de recursos.
O restaurante universitário é uma área de grande circulação e, portanto, suscetível a
riscos elevados em caso de incêndio. A falta de um sistema funcional de combate a incêndios
aumenta significativamente a gravidade desses riscos, podendo resultar em danos
irreparáveis e, o mais importante, colocar em perigo a vida das pessoas.
A ausência de um sistema de combate a incêndios funcional não apenas coloca em
risco a segurança dos ocupantes, mas também pode resultar em consequências legais e
financeiras significativas para a instituição, além de danos à reputação.
32
Diante dessas questões, é imperativo que a administração da UFOPA tome medidas
imediatas para corrigir esses problemas. Isso inclui investir na manutenção adequada do
sistema, realizar inspeções regulares, reparar vazamentos, substituir componentes
defeituosos e garantir que a bomba de incêndio e abastecimento estejam operacionais.
O sistema de abastecimento do RU também possui quatro caixas d'água adicionais.
Duas delas, são do tipo apoiado (Figura x), localizadas próximas à parede externa, com
capacidade de reservação de 5.000 mil litros de água.
Figura 17- Reservatórios apoiados, restaurante universitário (RU).
33
Para corrigir essas falhas, é essencial que a instituição implemente medidas
corretivas imediatas, como a instalação de tampa no reservatório, a proteção adequada da
bomba e a correção das instalações elétricas, atendendo às normas de segurança aplicáveis.
A segurança e a conformidade com as normas são essenciais para garantir a operação
adequada e a integridade dos sistemas de água em instalações como restaurantes
universitários. Assim como assegurar a qualidade da água que é servida a comunidade
acadêmica, incluindo alunos, servidores e terceirizados.
34
4- CONCLUSÕES
• A ausência de uma planta com ramais de distribuição no sistema de abastecimento
de água (SAA) da Universidade Federal do Oeste do Pará apresenta desafios
significativos. A presença de muitas ligações com vazamentos e a perda de carga
agravam ainda mais a situação. Esta condição compromete a eficiência operacional,
a qualidade do serviço prestado e contribui para o desperdício de água. É imperativo
abordar essa lacuna com urgência, implementando medidas corretivas, como a
elaboração de uma planta detalhada, inspeções regulares e investimentos em
tecnologias modernas para monitoramento em tempo real. A falta de uma estrutura
adequada não apenas impacta o funcionamento eficaz do sistema, mas também
representa uma ameaça à sustentabilidade ambiental e financeira a longo prazo;
• A presença de apenas um reservatório de 80 mil litros para atender todos os setores
da UFOPA, juntamente com o abastecimento de outros reservatórios, eleva
significativamente a demanda por água. Esse cenário resulta em múltiplas ativações
diárias da bomba, afetando negativamente a eficiência hidroenergética e aumentando
os custos operacionais.
No entanto, uma abordagem positiva seria a ativação do reservatório semi-enterrado.
Essa medida proporcionaria alívio à demanda de água, distribuindo-a de maneira
mais eficaz entre os setores da UFOPA. Além disso, o reservatório semienterrado
com capacidade de reservação de 100 mil litros de água, poderia servir como uma
fonte estratégica de armazenamento, mitigando a necessidade frequente de ativação
da bomba e otimizando a eficiência energética do sistema. Portanto, ao considerar a
implementação dessa solução, a universidade poderia não apenas melhorar a gestão
da água, mas também promover uma operação mais sustentável e econômica do seu
sistema de abastecimento.
• A condição precária dos reservatórios apresenta sérios riscos para a saúde pública e
implica consequências significativas para a instituição. Reservatórios sem
revestimento e impermeabilização adequados podem favorecer a proliferação de
microorganismos nocivos, comprometendo a qualidade da água para consumo
humano. Isso aumenta o potencial de surtos de doenças transmitidas pela água,
representando uma ameaça direta à saúde da comunidade universitária. Além dos
impactos na saúde, a universidade pode enfrentar penalidades legais, como multas,
35
por não cumprir normas sanitárias e colocar em risco a saúde pública. Urgem
medidas corretivas para garantir a conformidade, preservar a saúde da comunidade e
evitar implicações legais.
• A ausência de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) na Universidade Federal
do Oeste do Pará compromete a qualidade do abastecimento, representando uma
vulnerabilidade significativa. A implementação de uma ETA é crucial para garantir
que a água atenda aos padrões potáveis exigíveis, especialmente considerando a falta
de revestimento e impermeabilização nos reservatórios. Os benefícios de uma ETA
incluem a remoção de impurezas, garantindo uma água segura para o consumo
humano. Dada a considerável população de alunos, servidores e serviços gerais na
universidade, a instalação de uma ETA é imperativa para proteger a saúde pública,
prevenindo riscos à comunidade universitária e fortalecendo a responsabilidade
institucional perante as normativas sanitárias.
• A falta de eficiência hidroenergética no SAA, é uma lacuna que merece atenção
crítica. A ineficiência, representada pelo consumo excessivo de energia na operação
dos sistemas de bombeamento, resulta em altos custos operacionais para a
universidade. A implementação de práticas sustentáveis, como a adoção de
tecnologias mais eficientes e sistemas de gestão de energia, pode reduzir
significativamente esses custos. Os benefícios financeiros não apenas aliviam a
pressão orçamentária da universidade, mas também a posicionam como um modelo
sustentável para outras instituições e para o município. A economia de recursos pode
ser realocada para atender a outras demandas da universidade, promovendo uma
abordagem mais holística e equilibrada no gerenciamento de recursos. Dessa forma,
a eficiência hidroenergética não só beneficia as finanças da instituição, mas também
destaca seu papel como catalisador de práticas sustentáveis na comunidade
acadêmica e local.
5- PROGRAMAS
5.1- Programa de redução de perdas de água e energia
Um programa de redução de perdas de água e energia em sistemas de abastecimento é
vital para a sustentabilidade. Ao minimizar desperdícios, ele promove a eficiência dos
recursos, beneficiando financeiramente a comunidade. Além disso, contribui para a
36
preservação ambiental, reduz custos de tratamento, fomenta a conscientização comunitária
e assegura a disponibilidade de recursos para futuras gerações. Essa abordagem não apenas
conserva água e energia, mas também fortalece a resiliência da comunidade em face de
desafios ambientais, promovendo práticas responsáveis e um ambiente mais sustentável para
todos.
37
Campanhas de Conscientização: Realização de campanhas educativas para sensibilizar
estudantes, professores e funcionários sobre a importância do uso consciente da água.
Promoção de workshops e palestras sobre boas práticas de consumo.
6- PROJETO
• Estação de Tratamento Água
• Implantação de unidades de controle e operação das unidades
7- AÇÕES
• Capacitação da equipe técnica responsável pelo gerenciamento dos sistemas
• Desenvolver campanhas de educação e conscientização da comunidade acadêmica
da Ufopa, na sede e nos campi.
38
REFERÊNCIAS
BARROS, Pedro Henrique Souza; LIMA, Diogo Pedreira. Estudo das perdas de água no
sistema de abastecimento da cidade de Porto Nacional/TO. Natural Resources, v. 10, n.
3, p. 103-112, 2020.
PEREIRA, Sansara Félix; TINÔCO, Juliana Delgado. Avaliação das perdas de água em
sistema de abastecimento de água: estudo no setor parque das nações, Parnamirim/RN.
Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais, p. 32-45, 2021.
39
Ministério da Saúde (BR). Diretriz Nacional do Plano de Amostragem da Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano. Brasília: Ministério da Saúde; 2016.
40
ANEXO I
41
Fonte: autores, 2023.
42
ANEXO II
Na visita in loco, realizada em junho 28/06/2023, no sistema de abastecimento de
água do restaurante universitário da Ufopa, constatou-se que o reservatório estava passando
por processo de impermeabilização, o qual poucos dias depois havia sido interrompido,
devido a validade do produto que seria utilizado (Figura 1), está fora do prazo indicado pelo
fabricante para o uso.
43
perante a comunidade acadêmica e a sociedade, minando a confiança na capacidade de
administração.
44