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Programa de inovaçao e atuação profissional empreendedora

Superitendencia de Infraestrutura

Relatório parcial

GERENCIAMENTO E CONTROLE OPERACIONAL


DAS UNIDADES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA (SAA) DO CAMPUS TAPAJÓS DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
COORDENAÇÃO GERAL

Prof. Mst. José Cláudio Ferreira dos Reis Júnior

Doutorando em Sociedade, Natureza e

Desenvolvimento.

Coordenador do Curso de Bacharelado em

Engenharia Sanitária e Ambiental da UFOPA.

CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
bolsistas

Anna Raisa da Costa Alves


Plano de Trabalho 1: Operação, controle e
monitoramento da qualidade do sistema de
abastecimento de água no Campus Tapajós da
Universidade Federal do Oeste do Pará

Jéssica Nayara Miranda


Plano de Trabalho 2: Diagnóstico e Avaliação da
aplicabilidade de indicadores de consumo de água no
Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do
Pará

CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
voluntários
João Vitor Nascimento Lavandoski
Aluno do curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e
Ambiental/UFOPA.

Louisiane Farias Batista


Aluna do curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e
Ambiental/UFOPA

Luís Otávio Coelho de Sousa


Aluno do curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e
Ambiental/UFOPA

Rafael de Sousa Dourado


Aluno do curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e
Ambiental/UFOPA

CADASTRO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA -
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
OESTE DO PARÁ
2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRA ESTRUTURA 2023
SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA -
SINFRA
A Superintendência de infraestrutura (Sinfra) é um órgão suplementar diretamente ligado
à Reitoria, tem como objetivo subsidiar a Administração Superior da Ufopa nos assuntos
relacionados à infraestrutura física da instituição, assim como propor e gerenciar as ações
relativas à referida área, tendo por competências:
1. planejar, coordenar, organizar, executar e avaliar as atividades de infraestrutura, com base
no Plano de Desenvolvimento Institucional e no Plano de Gestão;
2. promover a integração das atividades e iniciativas relacionadas com a infraestrutura;
3. operacionalizar a política de urbanismo e de gestão ambiental da Ufopa;
4. projetar, executar, fiscalizar e receber obras e serviços de engenharia;
5. acompanhar, supervisionar, controlar e avaliar a qualidade dos serviços, sob sua
responsabilidade, prestados pelas empresas contratadas;
6. monitorar a utilização de espaços físicos e gerenciar os espaços comuns da Ufopa;
7. propor e acompanhar a execução da política de gestão da universidade, no que se
refere à infraestrutura;
8. promover o desenvolvimento de planos estratégicos para a implementação das
políticas de infraestrutura, com o estabelecimento de prioridades e a definição de
mecanismos de implantação, acompanhamento e avaliação;
9. planejar e coordenar o desenvolvimento físico dos Campi da Ufopa;
10. planejar e coordenar as ações executivas relacionadas aos serviços gerais, bem como
manutenção, adaptação, reforma, limpeza e conservação dos bens imóveis da Ufopa.

SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Rede de distribuição
Reservatório

Estação de tratamento de água

Captação Estação elevatória Estação elevatória


de água de água bruta de água tratada

DEFINIÇÕES CADASTRO
Conforme ABNT NBR 12826 de Abril - Conjunto de informações fiéis de uma
Cadastro dos Sistemas de Abastecimento de instalação, apresentado através de textos e
Água. representações gráficas em escala
conveniente.

OBJETIVO
A NBR fixa as condições exigíveis para a
elaboração de cadastro total ou parcial de
sistema de abastecimento de água.

SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
DEFINIÇÕES

Sistema de Abastecimento Captação


de Água

Canalizações, instalações e Conjunto de estruturas e


equipamentos destinados a captar, equipamentos destinado a retirar
transportar, tratar, reservar e água de um manancial para o
distribuir água, compreendendo suprimento de um sistema de
unidades não-lineares e unidades abastecimento.
lineares.
Estação Elevatória (EE)
Unidades Não-Lineares
Conjunto de instalações, equipamentos
Conjunto de instalações, equipamentos e peças especiais, implantado em
e peças especiais, implantado em pontos estratégicos do sistema, com a
pontos estratégicos do sistema, com a finalidade de captar, recalcar, tratar ou
finalidade de captar, recalcar, tratar ou reservar água, compreendendo
reservar água, compreendendo captação, estação elevatória, estação de
captação, estação elevatória, estação de tratamento de água e reservatório.
tratamento de água e reservatório.

Estação de Tratamento de Água


Unidades Lineares ETA
Conjunto de estruturas e equipamentos
Canalizações e peças especiais destinado a alterar as características
destinadas a transportar e/ou distribuir físicas, químicas e/ou biológicas da
água, compreendendo adutora, sub água captada a torná-la adequada à
adutora, anel, rede de distribuição e sua destinação final.
ramal predial.
Reservatório
Para efeito de aplicação dessa norma
consideram-se peças especiais todo Conjunto de estruturas e
componente de uma rede de equipamentos destinado a armazenar
distribuição que tem função de operar, a água, de forma a amortizar as
adaptar, interligar, direcionar ou medir flutuações cíclicas e sazonais de
o fluxo da água, como registros, consumo, acondicionar as pressões
válvulas, curvas, tês, cruzetas, macro- disponíveis ou garantir a regularidade
medidores e outros. de produção e distribuição.

SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
OUTRAS DEFINIÇÕES

Adutora Profundidade
Canalização que transporta água da Distância da geratriz superior da
captação para a estação de rede, adutora ou dispositivos até o
tratamento, desta para o reservatório nível do leito do terreno, em metros,
ou para a rede de distribuição, considerando precisão em
podendo funcionar por gravidade, centímetros.
recalque ou ambos.
Excepcionalmente, a canalização que
transporta água de um reservatório Tipo de Material
ou uma adutora para outro
reservatório ou rede de distribuição Material apresentado pela rede,
pode ser designada de sub-adutora. adutora ou dispositivo, podendo ser:
aço, PVC, ferro galvanizado,
fibrocimento, ferro fundido,
Rede de Distribuição polietileno ou outros.

Canalização destinada a transportar


a água do reservatório ou adutora Tipo de Pavimentação
para os ramais prediais,
compreendendo as linhas principais, Material apresentado pela rede,
que abrangem as linhas-tronco e os adutora ou dispositivo, podendo ser:
anéis, e as linhas secundárias. aço, PVC, ferro galvanizado,
fibrocimento, ferro fundido,
polietileno ou outros.
Ramal Predial

Canalização compreendida entre a


rede de distribuição e o medidor ou
controlador de vazão da instalação
hidráulica do consumidor final.

SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA DE
Modelo atual do sistema de abastecimento de água -
ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA UNIVERSIDADE FEDERAL
Ufopa Campus Tapajós
DO OESTE DO PARÁ - CAMPUS TAPAJÓS

Distribuição
Reservatório

Captação
de água

Reservatório

O sistema de abastecimento da Universidade Federal do Oeste do Pará


(UFOPA) é projetado com base em três componentes essenciais: captação,
reservação e distribuição. Na etapa de captação, a água é captada de
manancial subterrâneo, de acordo com a disponibilidade hídrica da região.

A etapa de reservação envolve o armazenamento da água captada,


através de reservatórios elevados e subterrâneos, escolhendo estruturas que
atendam à demanda crescente da comunidade acadêmica. Essa etapa
assegura um suprimento contínuo, mesmo diante de variações sazonais na
demanda por água.

Na distribuição, a UFOPA implementa uma rede de tubulações que


leva a água captada aos diversos setores do campus. Essa etapa é projetada
para garantir a acessibilidade à água em todos os pontos necessários.
Assim, o sistema de abastecimento da UFOPA busca fornecer água de
forma sustentável, atendendo às necessidades da comunidade acadêmica.
SUPERINTENDÊNCIA DE
INFRAESTRUTURA
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2- OBJETIVOS.............................................................................................................. 9
2.1- Geral ...................................................................................................................... 9
2.2- Específicos ............................................................................................................. 9
3- DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE
ÁGUA DO CAMPUS TAPAJÓS DA UFOPA ............................................................. 11
3.1- MICRO SISTEMA 1: TAPAJÓS ........................................................................ 20
3.2- MICRO SISTEMA 2: TAPAJÓS – NTB e NTL ................................................ 25
3.3- MICRO SISTEMA 3: RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO - RU ................... 27
4- CONCLUSÕES....................................................................................................... 35
5- PROGRAMAS ........................................................................................................ 36
5.1- Programa de redução de perdas de água e energia .............................................. 36
5.2- Programa de redução de vazamentos................................................................... 37
5.3- Programa de conscientização contra o desperdício de água e energia ................ 37
6- PROJETO ................................................................................................................ 38
7- AÇÕES .................................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 39
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Mapa de localização da UFOPA Campus Tapajós. ........................................ 10


Figura 2- Divisão dos polos da Unidade Campus Tapajós da Universidade Federal do
Oeste do Pará. ................................................................................................................. 12
Figura 3- Divisão dos setores prediais da Unidade Campus Tapajós da Universidade
Federal do Oeste do Pará ................................................................................................ 16
Figura 4- Fluxograma do uso da água UFOPA Campus Tapajós. ................................. 17
Figura 5- Copilado de fotos do sistema de abastecimento de água da UFOPA campus
Tapajós. .......................................................................................................................... 20
Figura 6- Copilado de fotos do sistema de abastecimento de água da UFOPA campus
Tapajós. .......................................................................................................................... 21
Figura 7- Sala de comando máquinas do reservatório principal. ................................... 23
Figura 8- Ponto de captação de água da unidade dois, entre os blocos NTL e NTB. .... 25
Figura 9- Copilado de fotos do sistema de abastecimento de água NTB. ...................... 26
Figura 10- Reservatório apoiado, sistema de abastecimento de água Núcleo Tecnológico
de Laboratórios - NTL. ................................................................................................... 26
Figura 11-Reservatório elevado (tipo taça), sistema de abastecimento de água Núcleo
Tecnológico de Laboratórios - NTL. .............................................................................. 27
Figura 12- Reservatório enterrado restaurante universitário (RU). ................................ 27
Figura 13- Reservatório enterrado restaurante universitário (RU). ................................ 28
Figura 14- irregularidades dos reservatórios da Universidade Federal do Oeste do Pará.
........................................................................................................................................ 29
Figura 15- Estrutura interna dos reservatórios do Campus Tapajós da Universidade
Federal do oeste do Pará. ................................................................................................ 30
Figura 16- Fotos sala de comando máquinas, restaurante universitário (RU). .............. 31
Figura 17- Reservatórios apoiados, restaurante universitário (RU). .............................. 33
Figura 18- Reservatórios apoiados, restaurante universitário (RU). .............................. 34
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Divisão setorial dos polos do Campus da Universidade Federal do Oeste do Pará. ... 13
Tabela 2- Setorização do Campus Tapajós ................................................................................. 15
1- INTRODUÇÃO
O acesso ao saneamento e ao abastecimento de água de qualidade é essencial para
a dignidade e sobrevivência da pessoa humana. Isso se reflete na participação ativa dos
indivíduos na atividade econômica e social, que depende, em primeiro lugar, de uma boa
qualidade de vida. Ampliar o acesso aos sistemas de abastecimento de água é importante,
mas igualmente crucial é garantir que a água fornecida atenda aos padrões de qualidade
necessários para os diversos usos a que se destina, sendo está a garantia de qualidade é
essencial para a promoção da saúde e do bem-estar da comunidade (FORTES et al., 2020).

A importância do saneamento básico como um elemento fundamental na gestão


dos fatores físicos que podem afetar negativamente a saúde e o bem-estar físico, mental
e social da população. A inadequação no acesso ao saneamento resulta em impactos
adversos, como o aumento de doenças, mortalidade, pobreza persistente e degradação
ambiental, a falta de estrutura de saneamento afeta a educação, especialmente entre
aqueles que sofrem os impactos negativos dessa deficiência; a complexa interligação
entre saneamento básico, saúde pública, desenvolvimento humano e bem-estar social,
enfatizando a necessidade de abordagens integradas para enfrentar esses desafios
(CARCARÁ et al., 2019).

Compreender as variações no consumo de água, especialmente diante do


crescimento populacional, como um elemento crucial para uma gestão mais eficiente e
econômica dos sistemas de abastecimento. O controle de perdas em sistemas de
abastecimento de água, ressalta sua influência direta nos custos operacionais,
principalmente no que diz respeito à finitude dos recursos hídricos. Assim, monitorar e
controlar as perdas de água é essencial para a sustentabilidade da humanidade, sendo
fundamentais para apoiar o planejamento e o controle operacional desses sistemas,
visando garantir o fornecimento seguro e sustentável de água (LOURENÇO, 2022).

Além disso, a região amazônica é caracterizada por desafios únicos em termos de


fornecimento de água devido à sua complexa geografia e sensibilidade ambiental.
Portanto, um cadastro técnico servirá como uma ferramenta valiosa para lidar com essas
complexidades, permitindo a identificação de áreas críticas, necessidades de atualização
e oportunidades de melhoria no sistema de abastecimento de água.

8
E com base nesse contexto, o Programa de inovação e atuação profissional
empreendedora - PIAPE trabalha em duas linhas de planos a serem concluídos, sendo
elas:

Operação, controle e monitoramento da qualidade do sistema de abastecimento de


água no Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará: Realizar o
levantamento das condições de operação do Sistema de abastecimento de Água – SAA
do Campus Tapajós, assim como controle e monitoramento. Dentre as atividades que
devem ser; elaborar relatório técnico sobre as condições atuais de como está sendo
operado o sistema, medir vazão em pontos estratégicos do sistema, localizar vazamentos;
Propor medidas de monitoramento que melhorem o controle, operação e eficiência
energética na distribuição de água do SAA Estudar a viabilidade de implantação da
solução viável prevista para solução das problemáticas; Realizar capacitação dos alunos
e servidores da UFOPA; Implantar ações propostas neste projeto o projeto; Monitorar e
analisar a eficiência do utilizando indicadores.

Diagnóstico e Avaliação da aplicabilidade de indicadores de consumo de água no


Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará: Diagnosticar o serviço
de abastecimento de água no Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará
, no município de Santarém-Pará, através de levantamento de dados do sistema. Dentre
as atividades que devem ser desenvolvidas o bolsista deverá: Elaborar relatório técnico
das condições do sistema de Abastecimento de Água; Mapear o sistema de distribuição;
identificar os componentes do sistema de abastecimento; Propor medidas de gestão e
gerenciamento para melhoria da rede distribuição de água no Campus; Estudo de
viabilidade técnica e ambiental de implantação do projeto; Monitorar e analisar a
eficiência do projeto.

2- OBJETIVOS
2.1- Geral
Planejar e implantar rotinas de gerenciamento, operação e controle do Sistema de
Abastecimento de Água (SAA) do Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do
Pará.

2.2- Específicos
Realizar cadastro técnico das unidades do SAA;

• Determinar consumo per capita;


9
• Identificar perdas de água e energia (vazamentos e desvio de consumo e outras);

• Propor alternativas de operação do SAA;

• Propor sistema simplificado de tratamento de água;

• Realizar análise hidroenergética (água e energia) do SAA;

• Propor planos de monitoramento, manutenção e programa de gestão de recursos


hídricos.

Área de estudo

A UFOPA foi criada pela Lei nº 12.085, de 5 de novembro de 2009. É a primeira


instituição federal de ensino superior com sede num dos pontos mais estratégicos da
Amazônia, no município de Santarém, a terceira maior cidade paraense, mundialmente
conhecida por suas belezas naturais, com destaque para o encontro das águas dos rios
Tapajós e Amazonas.

Figura 1- Mapa de localização da UFOPA Campus Tapajós.

Fonte: Autores, 2023

10
A criação da Ufopa faz parte do programa de expansão das universidades federais
e é fruto de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Ministério da Educação
(MEC) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), no qual se prevê a ampliação do ensino
superior na região amazônica.

3- DIAGNÓSTICO DAS UNIDADES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE


ÁGUA DO CAMPUS TAPAJÓS DA UFOPA

• SISTEMA PRINCIPAL: TAPAJÓS

Conforme dados e informações coletadas in loco e através de documentos cedidos


por técnicos da Superintendência de infraestrutura, o fornecimento de água do Campus
Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará, é realizado por apenas uma via de
acesso, sendo esta, os sistemas de poços privados. Sendo todo seu território interligado
pela rede de distribuição, suprindo as necessidades de todos os setores do complexo
tapajós.

O território pelo qual o SAA abastece está localizado na Rua Vera Paz, s/n, bairro
Salé, onde fica a reitoria da universidade, e concentra-se grande parte das turmas de
graduação e pós graduação, sua estrutura está dividida em 5 polos, denominado por sigla
TPJ (Tapajós), sua divisão espacial ilustrada na Figura 2 e o setores prediais ilustrados na
Tabela 1.

11
Figura 2- Divisão dos polos da Unidade Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará.

fonte: autores, 2023

12
Cada setor subdivide em pavimentos, sendo:

Tabela 1- Divisão setorial dos polos do Campus da Universidade Federal do Oeste do Pará.

TPJ 01
01 Garita
02 Centro de Tecnologia da informação e comunicação (CTIC)
03 Superintendência de Infra estrutura (SINFRA)
04 Instituto de biodiversidade e floresta (IBEF)
05 Apoio IBEF – SNA bloco A
06 Apoio ICTA – SNA bloco B
07 Apoio SINFRA – SNA bloco C
08 Laboratórios - IBEF
09 Laboratórios – ICTA e IEG
10 Anexo bloco 09
11 Laboratórios - IBEF
12 Laboratórios – ICED e ISCO
13 Casa de apoio e módulos de viveiros
14 Para de ônibus
15 Laboratórios – IEG, ICTA, IBEF e ISCO
16 Laboratórios – ISC
17 Absorvido pelo bloco 16
18 Palafita madeirão
19 Projeto Navegar
20 Laboratórios – IEG
21 Espaço colaborativo – diversos
22 Diretoria central do estudante e centros acadêmicos
23 Laboratórios – IEG

13
24 Espaço Discentes Coletivos
25 Depósito SINFRA
26 Sistema de Abastecimento de água
27 Laboratórios - IBEF
28 Bloco de salas especiais – BSE
29 Cabine de Medição – CM
30 Subestação – se 01
31 Depósitos de Resíduos Químicos
32 Depósito SINFRA
33 Depósito ICTA
34 Depósito SINFRA
35 Depósito SINFRA
36 Bloco modular Tapajós - BMT
37 Núcleos de salas de Aula – NSA B e NSA C
38 Coordenação de transporte - CETRANS
TPJ 02
01 Laboratórios - IBEF
TPJ 03
01 Restaurante Universitário - RU
02 Subestação - SE
TPJ 04
01 Núcleos de Tecnologia e Biodiversidade – NTB
02 Laboratórios - IBEF
03 Laboratórios - IBEF
04 Casa de gases
05 Sistema de Abastecimento de água
06 Núcleos de Tecnologia de Laboratórios - NTL
TPJ 05
01 Laboratórios – ICTA
02 Laboratórios – ICTA
03 Sistema de Abastecimento de água

14
04 Fábrica de Ração
05 Casa de Apoio aos Viveiros e Módulos de Viveiros
06 Rede Nacional de pesquisa e extensão - RNP
Fonte: autores, 2023.
Para melhor compreensão da divisão territorial do campus tapajós (figura 2), a estrutura divide-se em cores, sendo elas expostas na tabela 2
e ilustradas na figura 3:
Tabela 2- Setorização do Campus Tapajós

cores Setores Destinados


Vermelho Administrativo
Azul Escuro Ensino – Pesquisa e Extensão
Amarelo Publico
Azul claro Técnico

Fonte: autores, 2023.

15
Figura 3- Divisão dos setores prediais da Unidade Campus Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará

Fonte: SINFRA,2023.

16
Conforme dados e informações coletadas em campo e com técnicos da
Superintendência de infraestrutura, o fornecimento de água do Campus Tapajós da
Universidade Federal do Oeste do Pará é realizado por apenas uma via de acesso, sendo esta,
os sistemas de poços privados. Sendo todo seu território interligado pela rede de distribuição,
suprindo as necessidades básicas de todos os 5 polos.
De modo geral, o sistema de abastecimento de água da UFOPA é compreendido de
acordo com o fluxograma abaixo (Figura 4).

Figura 4- Fluxograma do uso da água UFOPA Campus Tapajós.

Fonte: autores, 2023.

O SAA é composto por três elementos essenciais: captação, reservatório e


distribuição. A captação, envolve a coleta de água do manancial subterrâneo, onde esta etapa
crucial para qualidade da água fornecida aos usuários finais.

Assim, as etapas que compõe o sistema de abastecimento do Complexo Tapajós,


estão descritas abaixo:

a) CAPTAÇÃO

A etapa de captação em um sistema de abastecimento de água desempenha um papel


crucial na garantia da oferta sustentável desse recurso vital para a vida humana. Conforme
delineado e normatizado pela NBR 12586 de 1992, a captação compreende o processo inicial
de obtenção de água a partir de fontes naturais, visando atender às necessidades da população
de forma eficiente e segura.

A seleção da fonte de água durante a etapa de captação é um aspecto crucial para o


sucesso do sistema de abastecimento. Em áreas com disponibilidade hídrica considerável, a
17
captação de água superficial, como rios ou lagos, pode ser empregada por meio de estações
de tratamento específicas. Em regiões mais áridas ou propensas a períodos de escassez, a
captação de água subterrânea por meio de poços artesianos torna-se uma alternativa viável.
A literatura enfatiza que a avaliação da qualidade e quantidade da água disponível, além de
estudos hidrogeológicos, são fundamentais para a tomada de decisões eficazes durante essa
fase.

Em síntese, a etapa de captação em um sistema de abastecimento de água, conforme


orientações da literatura e normas técnicas como a NBR 12686, representa um elo essencial
na busca pela gestão eficaz e sustentável dos recursos hídricos. A integração de
conhecimentos técnico-científicos e diretrizes normativas contribui para assegurar o acesso
contínuo à água potável, promovendo a saúde pública e o desenvolvimento socioeconômico
das comunidades atendidas.

b) ADUÇÃO

A etapa de adução em um sistema de abastecimento de água é fundamental para o


transporte eficiente e seguro da água captada até os pontos de distribuição. A NBR 12586
de 1992 oferece diretrizes essenciais para o desenvolvimento dessa fase, que compreende o
transporte da água desde os pontos de captação até os locais de tratamento e distribuição.
Essa etapa é crucial para garantir que a água captada atenda aos padrões de qualidade
estabelecidos, promovendo a segurança e a saúde da população.

É de suma importância uma infraestrutura adequada na etapa de adução para evitar


perdas de água e manter a qualidade do recurso. Tubulações, estações elevatórias e outros
componentes do sistema devem ser dimensionados e instalados conforme as características
específicas de cada região. Além disso, é necessário considerar fatores como a topografia do
terreno, as variações sazonais e a demanda de água ao projetar o sistema de adução. Deste
modo, práticas sustentáveis, como a utilização de materiais resistentes e eficientes, são
destacadas para garantir a durabilidade e eficácia do sistema ao longo do tempo.

c) RESERVAÇÃO

A etapa de reservação em um sistema de abastecimento de água é vital para garantir


a regularidade no fornecimento, armazenando água de forma estratégica e assegurando uma
resposta eficaz às demandas da população. Esta etapa, compreende a estocagem temporária

18
da água tratada, permitindo a distribuição contínua, mesmo em períodos de variação na
demanda ou interrupções no processo de captação.

A escolha do tipo de reservatório, deve levar em consideração critérios como


capacidade de armazenamento, localização estratégica, e a necessidade de garantir a
qualidade da água estocada. Reservatórios elevados, que aproveitam a gravidade para a
distribuição, são frequentemente recomendados para otimizar a pressão na rede, enquanto os
subterrâneos proporcionam uma solução eficaz para locais com restrições de espaço. A
literatura enfatiza que a capacidade de armazenamento deve ser projetada de maneira a
atender a demanda máxima do sistema, garantindo a continuidade do abastecimento mesmo
em situações de pico.

Em resumo, a etapa de reservação em um sistema de abastecimento de água,


conforme orientações da literatura técnica e normas como a NBR 12586 de 1992,
desempenha um papel crucial na garantia da continuidade e qualidade do fornecimento de
água. A integração de conhecimentos técnicos e diretrizes normativas contribui para o
desenvolvimento de infraestruturas robustas, capazes de enfrentar desafios variados e
promover o acesso confiável à água potável, elemento essencial para a saúde e o bem-estar
das comunidades atendidas.

d) DISTRIBUIÇÃO

A etapa de distribuição em um sistema de abastecimento de água é crucial para levar


de forma eficiente e segura o recurso tratado aos consumidores finais. Tanto a literatura
especializada quanto a norma técnica NBR 12586 oferecem orientações essenciais para o
planejamento e execução dessa fase, que abrange desde a saída dos reservatórios até os
pontos de consumo, garantindo o atendimento das demandas da população de maneira
contínua e segura.

A eficiência da etapa de distribuição está diretamente ligada ao dimensionamento


adequado das redes e à escolha de materiais que garantam a qualidade da água ao longo do
percurso. O uso de modelagem hidráulica, para otimizar o layout das redes, minimizando
perdas e pressões inadequadas. Além disso, aborda a relevância do monitoramento constante
para identificar potenciais vazamentos e garantir a manutenção da integridade do sistema.

A etapa de distribuição em um sistema de abastecimento de água, de acordo com a


literatura técnica e a norma NBR 12586 de 1992, desempenha um papel crucial na garantia

19
do acesso contínuo à água potável. A integração de conhecimentos técnicos e diretrizes
normativas contribui para o desenvolvimento de redes eficientes, capazes de atender às
demandas das comunidades de forma sustentável e segura. A distribuição adequada da água
não apenas assegura a saúde pública, mas também promove o bem-estar e o desenvolvimento
socioeconômico das regiões atendidas.

3.1- MICRO SISTEMA 1: TAPAJÓS


A coleta de informações foi realizada in loco através de registros fotográficos no
período maio a novembro (Figuras a, b, c e d) para documentar visualmente as condições de
instalações e anotar todos os componentes do sistema, incluindo pontos de captação,
reservatórios, redes de distribuição e pontos de consumo.

Figura 5- Copilado de fotos do sistema de abastecimento de água da UFOPA campus Tapajós.

a)

b) c)

20
Legenda: a) ponto de captação de água; b) reservatório elevado e c) automático de boia
Fonte: Autores, 2023.

A captação de água (a) é feita através do manancial subterrâneo com vazão de


exploração de 62, 50 m³/h, que bombeia a água diretamente para o reservatório elevado (b),
com 16 metros de altura, capacidade de reservação de 80 mil litros, um automático de boia
(c), dispositivo este que consiste em uma boia presa a um interruptor ou mecanismo sensor.
Quando o nível da água atinge um ponto específico, a boia é levantada, acionando o
mecanismo de desligamento da entrada de água. Isso impede que mais água entre no
reservatório, evitando o transbordamento. Da mesma forma, quando o nível da água diminui,
a boia desce, acionando o mecanismo de abertura da entrada de água para permitir que o
reservatório seja reabastecido até atingir o nível desejado. Esse processo automatizado ajuda
a manter um equilíbrio constante no nível de água, assegurando que haja água disponível
quando necessário, sem o risco de vazamentos ou transbordamentos.
Pode-se dizer, que este é o principal reservatório de armazenamento e distribuição
de água para mais outras unidades secundárias do complexo Campus, como Bloco Modular
Tapajós (BMT) I e II, que abrange uma quantidade significativa de alunos, servidores e
laboratórios.
A distribuição para BMT II, é feita através de uma bomba injetora (e), utilizada
antigamente para bombear água do manancial subterrâneo que abastecia o reservatório
semienterrado (d). Atualmente, a mesma encontra-se em condições precárias de
funcionamento, com vazamento que podem a qualquer momento, comprometer o
abastecimento de água dos reservatórios do Bloco Modular Tapajós II.
Figura 6- Copilado de fotos do sistema de abastecimento de água da UFOPA campus Tapajós .

d)

21
e) f)

Legenda: d) reservatório semienterrado (desativado); e) ponto de captação (desativado) e f) ramal de


distribuição de água.
Fonte: Autores, 2023.

O reservatório semienterrado (d), apresenta uma estrutura em concreto armado,


aparentemente bem preservada, com laje de fundo, não possui impermeabilização e
revestimento, com capacidade de reservação de 100 mil litros de água. Encontra-se,
temporariamente desativado pela gestão inadequada do mesmo, acarretando na falta de
manutenção, operação, aproveitamento da estrutura e da sua alta capacidade de reservação.
Uma vez que, a volta do seu funcionamento pleno ou parcial, viabilizaria a distribuição de
água para os demais pontos, em casos de manutenções ou interrupções no fornecimento de
água do reservatório principal (b) as atividades desenvolvidas no complexo não seriam
interrompidas.
Vale salientar, que o ramal de distribuição de água (f) do reservatório principal (a),
possui somente um registro geral. Os registros em um sistema de ramal de distribuição são
utilizados para controlar o fluxo de água e podem ser posicionados estrategicamente ao longo
do sistema para isolar partes específicas da rede. Em sistemas de distribuição, como os de
água, é comum encontrar uma rede de ramais que alimentam diferentes áreas ou unidades.
A razão pela qual não é recomendado ter apenas um registro pode ser relacionada ao
controle e à segurança operacional do sistema, como: manutenções e reparos, se houver a
necessidade de manutenção ou reparo em uma parte específica do sistema, é útil ter registros
adicionais para isolar a área afetada sem afetar todo o sistema. Se houver apenas um registro,

22
todo o sistema pode precisar ser desligado para realizar trabalhos em uma parte específica;
controle de fluxo, permitindo um controle mais refinado do fluxo de água. Se houver apenas
um registro, é mais difícil ajustar o fluxo para atender às demandas específicas de diferentes
partes do sistema; segurança e emergências, em casos de vazamentos, é importante poder
isolar rapidamente a área afetada. Ter registros em locais estratégicos permite fechar seções
do sistema, minimizando danos e facilitando a resposta a emergências.
Ter registros redundantes oferece uma camada adicional de segurança contra falhas.
Se um registro falhar, outros podem ser usados para isolar a área afetada, minimizando o
impacto no sistema como um todo.
Figura 7- Sala de comando máquinas do reservatório principal.

Fonte: Autores, 2023.

A captação de água (a) é feita através do manancial subterrâneo com vazão de


exploração de 62, 50 m³/h, que bombeia a água diretamente para o reservatório elevado (b),
com 16 metros de altura, capacidade de reservação de 80 mil litros, um automático de boia
(c), dispositivo este que consiste em uma boia presa a um interruptor ou mecanismo sensor.
Quando o nível da água atinge um ponto específico, a boia é levantada, acionando o
mecanismo de desligamento da entrada de água. Isso impede que mais água entre no
reservatório, evitando o transbordamento. Da mesma forma, quando o nível da água diminui,
a boia desce, acionando o mecanismo de abertura da entrada de água para permitir que o
reservatório seja reabastecido até atingir o nível desejado. Esse processo automatizado ajuda
a manter um equilíbrio constante no nível de água, assegurando que haja água disponível
quando necessário, sem o risco de vazamentos ou transbordamentos.

23
Pode-se dizer, que este é o principal reservatório de armazenamento e distribuição de
água para mais outras unidades secundárias do complexo Campus, como Bloco Modular
Tapajós (BMT) I e II, que abrange uma quantidade significativa de alunos, servidores e
laboratórios.

A distribuição para BMT II, é feita através de uma bomba injetora (e), utilizada
antigamente para bombear água do manancial subterrâneo que abastecia o reservatório
semienterrado (d). Atualmente, a mesma encontra-se em condições precárias de
funcionamento, com vazamento que podem a qualquer momento, comprometer o
abastecimento de água dos reservatórios do Bloco Modular Tapajós II.

O reservatório semienterrado (d), apresenta uma estrutura em concreto armado,


aparentemente bem preservada, com laje de fundo, não possui impermeabilização e
revestimento, com capacidade de reservação de 100 mil litros de água. Encontra-se,
temporariamente desativado pela gestão inadequada do mesmo, acarretando na falta de
manutenção, operação, aproveitamento da estrutura e da sua alta capacidade de reservação.
Uma vez que, a volta do seu funcionamento pleno ou parcial, viabilizaria a distribuição de
água para os demais pontos, em casos de manutenções ou interrupções no fornecimento de
água do reservatório principal (b) as atividades desenvolvidas no complexo não seriam
interrompidas.

Vale salientar, que o ramal de distribuição de água (f) do reservatório principal (a),
possui somente um registro geral. Os registros em um sistema de ramal de distribuição são
utilizados para controlar o fluxo de água e podem ser posicionados estrategicamente ao longo
do sistema para isolar partes específicas da rede. Em sistemas de distribuição, como os de
água, é comum encontrar uma rede de ramais que alimentam diferentes áreas ou unidades.

A razão pela qual não é recomendado ter apenas um registro pode ser relacionada ao
controle e à segurança operacional do sistema, como: manutenções e reparos, se houver a
necessidade de manutenção ou reparo em uma parte específica do sistema, é útil ter registros
adicionais para isolar a área afetada sem afetar todo o sistema. Se houver apenas um registro,
todo o sistema pode precisar ser desligado para realizar trabalhos em uma parte específica;
controle de fluxo, permitindo um controle mais refinado do fluxo de água. Se houver apenas
um registro, é mais difícil ajustar o fluxo para atender às demandas específicas de diferentes
partes do sistema; segurança e emergências, em casos de vazamentos, é importante poder

24
isolar rapidamente a área afetada. Ter registros em locais estratégicos permite fechar seções
do sistema, minimizando danos e facilitando a resposta a emergências.

Ter registros redundantes oferece uma camada adicional de segurança contra falhas.
Se um registro falhar, outros podem ser usados para isolar a área afetada, minimizando o
impacto no sistema como um todo.

3.2- MICRO SISTEMA 2: TAPAJÓS – NTB e NTL


Durante a visita realizada no ponto de captação de água entre os blocos do Núcleo
Tecnológico de Bioativos (NTL) e Núcleo Tecnológico de Laboratórios (NTB) (Figura x),
observou-se que este local carece de infraestrutura adequada para o abastecimento de água,
com urgência.

Figura 8- Ponto de captação de água da unidade dois, entre os blocos NTL e NTB.

Fonte: Autores, 2023.

Essa constatação é de extrema importância, pois evidencia uma lacuna significativa


na capacidade de captação do mesmo. A ausência de infraestrutura apropriada para o sistema
(Figura x) pode limitar ou até mesmo interromper severamente a quantidade e a qualidade
da água disponível. Isso pode impactar diretamente a capacidade de fornecimento de água
para atender as demandas diárias do NTB e NTL.
Além disso, nota-se a ausência de um abrigo adequado para proteção do sistema,
presença de vegetação sobre a tubulação, resíduos como entulhos, sacolas plásticas, fiação
elétrica indevidamente exposta, ocasionando riscos que podem comprometer a segurança

25
das pessoas e ao próprio sistema, assim como, choque elétrico aos técnicos em, uma eventual
manutenção e/ou inspeção, incêndio, danos aos equipamentos e outros, não esquecendo de
pontuar a desconformidade com as normas de segurança ABNT NBR 5410 - Instalações
elétricas de baixa tensão, que estabelece os requisitos e condições mínimas para o projeto,
execução, operação e manutenção de instalações elétricas de baixa tensão.

Figura 9- Copilado de fotos do sistema de abastecimento de água NTB.

g) h) i)
A
pr
es
e
n
ç
a
d
e
u
m
a
sa
la
d e i) bomba de recalque.
Legenda: g) reservatório elevado (tipo taça); h) tubulação para abastecimento
Fonte: Autores, 2023. e
m
Quanto ao reservatório (g), o mesmo é elevado do tipo átaça, em estrutura metálica
devidamente revertido, com altura entre 16 e 20 metros, guarda q corpo e capacidade de
ui
reservação de 16 mil litros. Além da distribuição para todo o NTB, o reservatório ainda é
n
responsável por fornecer água para os reservatórios do Núcleo Tecnológico as de laboratórios
- NTL. e
q
Figura 10- Reservatório apoiado, sistema de abastecimento de água NúcleouiTecnológico de Laboratórios -
NTL. p
a
d
a
c
o
m
b
o
m
b
26
a
d
e
in
Fonte: Autores, 2023.

Para que reservatório do bloco NTL, seja devidamente abastecido, é necessário que
uma bomba de recalque localizada na parte inferior do reservatório do NTB (i), bombeie a
água até dois reservatórios apoiados (Figura 4) com capacidade de reservação de 20.000 mil
litros cada, que por sua vez, abastecem o reservatório tipo taça (Figura 5), com capacidade
de reservação de 16 mil litros. O sistema ainda conta com um quadro de comando (k)
automatizado e automático de boia.
Figura 11-Reservatório elevado (tipo taça), sistema de abastecimento de água Núcleo Tecnológico de
Laboratórios - NTL.
j) k)
j)
A A
A
pr pr
pr
es es
es
e e
e
n n
n
ç ç
ç
a a
a
d d
d
e e
e
u u
u
m m
m
a a
a
sa sa
sa
la la
la
d d
d
e e
e
m m
m
á á Autores, 2023.
Fonte:
á
q q
q
ui ui
ui
3.3- MICRO SISTEMA n 3: RESTAURANTE n UNIVERSITÁRIO - RU
n
as
as
O restaurante universitário abriga um as reservatório de grande capacidade (Figura 6),
e e
e
subdividido em doisq tanques com capacidade qde 30 mil litros cada. Essa capacidade total de
q
60 mil litros é ui ui
fundamental ui
para atender às demandas de água no RU, especialmente durante
p p
os horários deppicoa de alimentação. A divisão em dois tanques oferece uma redundância
a a
d
operacional, odque pode contribuir para a continuidade
d do fornecimento de água em casos
a
de manutençãoa ou interrupções inesperadas. a
c c
c
o
Figura 12- Reservatório enterrado
o restaurante universitário (RU).
o
m m
m
b b
b
o o
o 27
m m
m
b b
b
a a
a
d
l)

Fonte: Autores, 2023.

Os reservatórios são utilizados para armazenar água, de forma que, em caso de uma
escassez temporária, o usuário possa manter o consumo de água de forma autônoma, ainda
que por tempo limitado. Ao que se refere ao abastecimento público existe uma série de
procedimentos e adequações a serem seguidas, sendo essas informações contidas sobre as
normas da ABNT 12.170/2017 e das diretrizes da portaria do ministério da saúde nº
2914/2011, quais as características de materiais utilizados para a correta impermeabilidade
e revestimento dos reservatórios.
Segundo a NBR 9575, impermeabilização é “o conjunto de operações e técnicas
construtivas (serviços), composto por uma ou mais camadas, que tem por finalidade proteger
as construções contra a ação de fluidos, de vapores e da umidade”.
Figura 13- Reservatório enterrado restaurante universitário (RU).

Fonte: Autores, 2023.

Fonte: Autores, 2023.

28
Durante as visitas in loco nos reservatórios da Universidade Federal do Oeste do Pará
(UFOPA), foi possível constatar irregularidades ao que se refere a aplicabilidade da ABNT
NBR 12.170 de 2017, para sistemas de impermeabilização de reservatórios como ilustra a
figura 14.

Figura 14- irregularidades dos reservatórios da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Fonte: Autores,2023.

Dentre as normas de subsídio à ABNT NBR 12.170/2017, os reservatórios do campus


Tapajós se enquadram na ABNT NBR 7.211/2005 que estabelece a padronização da
construção de reservatórios de concreto, exigido a aplicabilidade da impermeabilização com
o revestimento para amenizar ou extinguir possíveis patologias.
Os reservatórios de água precisam de sistemas de impermeabilização e revestimento
adequados, que garantam a durabilidade das estruturas e a segurança das operações de
saneamento. A agressão provocada pelo conteúdo dos reservatórios leva à degradação do
concreto, manifestando-se na forma de trincas, vazamentos e na redução da vida útil da
estrutura. Sem contar no desperdício e nos custos de manutenção, que são proporcionalmente
mais elevados em estruturas mal impermeabilizadas e revertidas (NAKAMURA, 2013).
Além do pouco tempo de vida útil dos reservatórios feitos de concreto, nota-se que
as patologias que surgem do excesso de umidade estão em grande número presentes nas
construções, segundo Lonzetti (2010), tem sido recorrente a degradação do concreto e
diminuindo a vida útil da estrutura, além de contribuir para o aparecimento de fungos e
bactérias que se proliferam em ambientes úmidos, e podem ser prejudiciais à saúde de

29
maneira que não atende os requisitos de potabilidade previsto pela ABNT NBR 12.170.
Sendo essa problemática constatada de forma significativa nos reservatórios feitos de
concreto armado da Universidade Federal do Oeste do Pará. (Figura 1), possível identificar
ferrugem, fissuras, fungos e mormaços causados pela água, podendo ser facilmente evitados
com a impermeabilização e revestimento de toda a estrutura dos reservatórios.

Figura 15- Estrutura interna dos reservatórios do Campus Tapajós da Universidade Federal do oeste do Pará.

Fonte: Autores, 2023

Mesmo com uma manutenção periódica dos reservatórios, os mesmos possuem


danos em toda sua estrutura, podendo acarretar patologias de grande proporção aos seus
consumidores, gerando fortes penalidades judiciais para a Universidade. Segundo
VÁZQUEZ (2020), são variados e distintos os motivos que desencadeiam os fenômenos
patológicos, como envelhecimento natural, problemas econômicos, escolha indevida dos
materiais a serem utilizados na obra, imprudência dos profissionais da obra, falta de
manutenção correta da estrutura.
Constatando de forma objetiva, a estrutura atual dos reservatórios de abastecimento
de água do campus Tapajós não se enquadra no que está estabelecido nas diretrizes da
portaria do ministério da saúde nº 2914/2011, que dispõe sobre os procedimentos de controle
e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
Em seu Art. 4º. no que diz respeito ao controle da qualidade da água, estabelece que
toda água destinada ao consumo humano proveniente de solução alternativa individual de
abastecimento de água, independentemente da forma de acesso da população, está sujeita à
vigilância da qualidade da água.

30
Em seu artigo Art. 5º. Para os fins desta Portaria, são adotadas as seguintes
definições:
II - Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta
Portaria e que não ofereça riscos à saúde;
VI - Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta
por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as
ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio
de rede de distribuição;
XV - Controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades
exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa coletiva de
abastecimento de água, destinado a verificar se a água fornecida à população é potável, de
forma a assegurar a manutenção desta condição;
XVII - Garantia da qualidade: procedimento de controle da qualidade para monitorar
a validade dos ensaios realizados;
Dentre as definições, a estrutura dos reservatórios do Campus Tapajós não se
enquadra em absolutamente em nenhuma dessas exigências, fazendo assim a obrigatoriedade
da aplicação da norma ABNT NBR 12.170/2017.
A presença de uma sala de máquinas equipada com bomba de incêndio e bomba para
água potável (Figura 8) é de extrema importância para a segurança e o suprimento de água
no RU. As bombas de incêndio garantem a capacidade de resposta eficaz em situações de
emergência, enquanto as bombas para água potável desempenham um papel crucial na
manutenção e distribuição de água.

Figura 16- Fotos sala de comando máquinas, restaurante universitário (RU).

m) n)

31
o)

Legenda: m) sala de máquinas, n) bomba de incêndio e o) bomba de recalque – água de distribuição.


Fonte: Autores, 2023.

Ainda assim, o sistema apresenta diversas falhas e problemas que representam riscos
significativos para a segurança das instalações. A presença de problemas tão sérios em um
sistema de bombeamento para incêndio, especialmente em um ambiente como uma
universidade, onde a segurança dos ocupantes e do patrimônio é uma prioridade crucial.
Algumas das principais questões identificadas incluem: falta de manutenção e inspeção
regular, sendo essencial para garantir o funcionamento adequado de sistemas críticos, como
os de combate a incêndios. A ausência de inspeções regulares pode levar a falhas graves no
sistema quando mais necessário.
Quanto ao vazamento de água, é um problema sério, pois pode comprometer a
eficácia do sistema. Além de evidenciar que a estrutura do reservatório está danificada com
rachaduras, desperdiçando um recurso valioso. Vale salientar, o não funcionamento das
bombas, pois as mesmas são cruciais tanto para o combate a um possível incêndio, quanto o
abastecimento da água utilizada nas atividades do RU. Sem uma bomba operacional, o
sistema perde completamente sua capacidade de resposta a um incêndio, colocando em risco
a vida e a segurança das pessoas no local.
A responsabilidade pela operação e manutenção desses sistemas geralmente recai
sobre a gestão da instituição. A falta de supervisão e atrasos na resolução de problemas
indicam uma possível negligência na administração e na gestão de recursos.
O restaurante universitário é uma área de grande circulação e, portanto, suscetível a
riscos elevados em caso de incêndio. A falta de um sistema funcional de combate a incêndios
aumenta significativamente a gravidade desses riscos, podendo resultar em danos
irreparáveis e, o mais importante, colocar em perigo a vida das pessoas.
A ausência de um sistema de combate a incêndios funcional não apenas coloca em
risco a segurança dos ocupantes, mas também pode resultar em consequências legais e
financeiras significativas para a instituição, além de danos à reputação.

32
Diante dessas questões, é imperativo que a administração da UFOPA tome medidas
imediatas para corrigir esses problemas. Isso inclui investir na manutenção adequada do
sistema, realizar inspeções regulares, reparar vazamentos, substituir componentes
defeituosos e garantir que a bomba de incêndio e abastecimento estejam operacionais.
O sistema de abastecimento do RU também possui quatro caixas d'água adicionais.
Duas delas, são do tipo apoiado (Figura x), localizadas próximas à parede externa, com
capacidade de reservação de 5.000 mil litros de água.
Figura 17- Reservatórios apoiados, restaurante universitário (RU).

Fonte: Autores, 2023.

A ausência de tampa em um dos reservatórios expõe a água a contaminantes e


impurezas, comprometendo a qualidade da água destinada ao consumo humano. Isso
também aumenta o risco de proliferação de insetos e outros organismos indesejados. A
bomba de recalque sem abrigo exposta às intempéries, especialmente em períodos chuvosos,
está sujeita a danos por água, curto-circuito e corrosão. Além disso, a exposição direta ao sol
pode levar a superaquecimento, reduzindo a eficiência e a vida útil da bomba.
A exposição da fiação representa um sério risco de curto-circuito, choques elétricos
e incêndios. A presença de fios desprotegidos é uma violação significativa das normas de
segurança elétrica. Quanto às normas, o sistema deve atender à legislação brasileira
pertinente. A norma técnica específica para sistemas de água é a ABNT NBR 5626:1998,
que trata das instalações prediais de água fria. Já para instalações elétricas, a norma aplicável
é a ABNT NBR 5410:2004, que estabelece as condições a que devem satisfazer as
instalações elétricas de baixa tensão.

33
Para corrigir essas falhas, é essencial que a instituição implemente medidas
corretivas imediatas, como a instalação de tampa no reservatório, a proteção adequada da
bomba e a correção das instalações elétricas, atendendo às normas de segurança aplicáveis.
A segurança e a conformidade com as normas são essenciais para garantir a operação
adequada e a integridade dos sistemas de água em instalações como restaurantes
universitários. Assim como assegurar a qualidade da água que é servida a comunidade
acadêmica, incluindo alunos, servidores e terceirizados.

Figura 18- Reservatórios apoiados, restaurante universitário (RU).

Fonte: Autores, 2023.

Na parte superior do restaurante universitário, mais duas caixas d’águas (Figura x)


com capacidade de 1.500 litros cada. Estes reservatórios adicionais oferecem flexibilidade e
fornecem uma reserva adicional para as necessidades do restaurante, o que é especialmente
importante em áreas com altas demandas ou em situações de manutenção.
Entender a situação atual do sistema de abastecimento de água é fundamental para
etapa de elaboração da ficha de cadastro técnico. Isso inclui a identificação da fonte de
captação, como poços artesianos ou mananciais naturais, as condições de funcionamento,
capacidade de captação e qualidade da água coletada nesse ponto é fundamental para
determinar a qualidade inicial do recurso hídrico, assim como seu potencial de tratamento.
A obtenção de dados sobre os reservatórios e sua capacidade de armazenamento,
estado de conservação e integridade estrutural, desempenha um papel crítico na distribuição
de água e, portanto, sua condição afeta diretamente a disponibilidade e a pressão da água na
rede.

34
4- CONCLUSÕES
• A ausência de uma planta com ramais de distribuição no sistema de abastecimento
de água (SAA) da Universidade Federal do Oeste do Pará apresenta desafios
significativos. A presença de muitas ligações com vazamentos e a perda de carga
agravam ainda mais a situação. Esta condição compromete a eficiência operacional,
a qualidade do serviço prestado e contribui para o desperdício de água. É imperativo
abordar essa lacuna com urgência, implementando medidas corretivas, como a
elaboração de uma planta detalhada, inspeções regulares e investimentos em
tecnologias modernas para monitoramento em tempo real. A falta de uma estrutura
adequada não apenas impacta o funcionamento eficaz do sistema, mas também
representa uma ameaça à sustentabilidade ambiental e financeira a longo prazo;
• A presença de apenas um reservatório de 80 mil litros para atender todos os setores
da UFOPA, juntamente com o abastecimento de outros reservatórios, eleva
significativamente a demanda por água. Esse cenário resulta em múltiplas ativações
diárias da bomba, afetando negativamente a eficiência hidroenergética e aumentando
os custos operacionais.
No entanto, uma abordagem positiva seria a ativação do reservatório semi-enterrado.
Essa medida proporcionaria alívio à demanda de água, distribuindo-a de maneira
mais eficaz entre os setores da UFOPA. Além disso, o reservatório semienterrado
com capacidade de reservação de 100 mil litros de água, poderia servir como uma
fonte estratégica de armazenamento, mitigando a necessidade frequente de ativação
da bomba e otimizando a eficiência energética do sistema. Portanto, ao considerar a
implementação dessa solução, a universidade poderia não apenas melhorar a gestão
da água, mas também promover uma operação mais sustentável e econômica do seu
sistema de abastecimento.
• A condição precária dos reservatórios apresenta sérios riscos para a saúde pública e
implica consequências significativas para a instituição. Reservatórios sem
revestimento e impermeabilização adequados podem favorecer a proliferação de
microorganismos nocivos, comprometendo a qualidade da água para consumo
humano. Isso aumenta o potencial de surtos de doenças transmitidas pela água,
representando uma ameaça direta à saúde da comunidade universitária. Além dos
impactos na saúde, a universidade pode enfrentar penalidades legais, como multas,
35
por não cumprir normas sanitárias e colocar em risco a saúde pública. Urgem
medidas corretivas para garantir a conformidade, preservar a saúde da comunidade e
evitar implicações legais.
• A ausência de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) na Universidade Federal
do Oeste do Pará compromete a qualidade do abastecimento, representando uma
vulnerabilidade significativa. A implementação de uma ETA é crucial para garantir
que a água atenda aos padrões potáveis exigíveis, especialmente considerando a falta
de revestimento e impermeabilização nos reservatórios. Os benefícios de uma ETA
incluem a remoção de impurezas, garantindo uma água segura para o consumo
humano. Dada a considerável população de alunos, servidores e serviços gerais na
universidade, a instalação de uma ETA é imperativa para proteger a saúde pública,
prevenindo riscos à comunidade universitária e fortalecendo a responsabilidade
institucional perante as normativas sanitárias.
• A falta de eficiência hidroenergética no SAA, é uma lacuna que merece atenção
crítica. A ineficiência, representada pelo consumo excessivo de energia na operação
dos sistemas de bombeamento, resulta em altos custos operacionais para a
universidade. A implementação de práticas sustentáveis, como a adoção de
tecnologias mais eficientes e sistemas de gestão de energia, pode reduzir
significativamente esses custos. Os benefícios financeiros não apenas aliviam a
pressão orçamentária da universidade, mas também a posicionam como um modelo
sustentável para outras instituições e para o município. A economia de recursos pode
ser realocada para atender a outras demandas da universidade, promovendo uma
abordagem mais holística e equilibrada no gerenciamento de recursos. Dessa forma,
a eficiência hidroenergética não só beneficia as finanças da instituição, mas também
destaca seu papel como catalisador de práticas sustentáveis na comunidade
acadêmica e local.

5- PROGRAMAS
5.1- Programa de redução de perdas de água e energia
Um programa de redução de perdas de água e energia em sistemas de abastecimento é
vital para a sustentabilidade. Ao minimizar desperdícios, ele promove a eficiência dos
recursos, beneficiando financeiramente a comunidade. Além disso, contribui para a

36
preservação ambiental, reduz custos de tratamento, fomenta a conscientização comunitária
e assegura a disponibilidade de recursos para futuras gerações. Essa abordagem não apenas
conserva água e energia, mas também fortalece a resiliência da comunidade em face de
desafios ambientais, promovendo práticas responsáveis e um ambiente mais sustentável para
todos.

Atualização Tecnológica: Substituição de equipamentos obsoletos, substituição de


equipamentos antigos e ineficientes por modelos mais modernos e eficientes em termos
energéticos.

5.2- Programa de redução de vazamentos


Ao educar a comunidade sobre a detecção e correção de vazamentos em sistemas de
água, a universidade destaca-se positivamente. Essa abordagem promove a conservação da
água, reduzindo desperdícios e contribuindo para a preservação de ecossistemas. A
economia financeira resultante beneficia usuários e a comunidade como um todo. A
eficiência aprimorada do sistema de abastecimento proporciona distribuição mais equitativa.
Além de prevenir desperdícios financeiros, a iniciativa favorece a saúde pública e fortalece
o engajamento comunitário, promovendo uma conscientização individual sobre práticas
sustentáveis. Essa contribuição para a sustentabilidade a longo prazo exemplifica um
compromisso positivo, servindo de inspiração para outras comunidades replicarem práticas
eficazes na gestão de recursos hídricos.

Programa de Manutenção Periódica: Estabelecimento de um programa de manutenção


preventiva para identificar e corrigir vazamentos regularmente.

Treinamento de Equipes: Treinamento de equipes de manutenção para identificar e corrigir


vazamentos de forma eficiente.

5.3- Programa de conscientização contra o desperdício de água e energia


Sendo está uma iniciativa que tem como objetivo educar a comunidade sobre a
importância da preservação desses recursos e incentivar práticas sustentáveis. Um programa
de conscientização contra o desperdício de água e energia traz benefícios tangíveis e
intangíveis para a comunidade acadêmica, promovendo uma abordagem mais sustentável
em relação aos recursos naturais e contribuindo para a construção de um ambiente mais
saudável e equilibrado.

Sendo assim, segue abaixo algumas propostas.

37
Campanhas de Conscientização: Realização de campanhas educativas para sensibilizar
estudantes, professores e funcionários sobre a importância do uso consciente da água.
Promoção de workshops e palestras sobre boas práticas de consumo.

Incentivos à Economia de Água: Implementação de sistemas de premiação para os setores


que conseguirem reduzir significativamente o consumo de água.

6- PROJETO
• Estação de Tratamento Água
• Implantação de unidades de controle e operação das unidades

7- AÇÕES
• Capacitação da equipe técnica responsável pelo gerenciamento dos sistemas
• Desenvolver campanhas de educação e conscientização da comunidade acadêmica
da Ufopa, na sede e nos campi.

38
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.586/1992: Cadastro de


sistema de abastecimento de água. Rio de Janeiro. 1992.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12.170/2017:


impermeabilização: execução de impermeabilização. Rio de Janeiro: 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7.211/2005: estrutura de


concreto: construção de reservatório. Rio de Janeiro: 2005.

UFOPA. Histórico e localização. 2023. Disponível


em:<https://www.ufopa.edu.br/ufopa/institucional/sobre-a-ufopa/historico-e-localizacao/>.
Acesso em: 20 set. 2023.

BARROS, Pedro Henrique Souza; LIMA, Diogo Pedreira. Estudo das perdas de água no
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CARCARÁ, M. do S. M.; SILVA, E. A. da; MOITA, J. M. Saneamento básico como


dignidade humana: entre o mínimo existencial e a reserva do possível. Engenharia
Sanitaria e Ambiental, v. 24, p. 493-500, 2019.

ESTIMA, P. A. de Q. Análise das perdas de água no sistema de abastecimento de água


do município de Flores-PE. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso.

FORTES, A. C. C.; BARROCAS, P. R. G.; KLIGERMAN, D. C.. A vigilância da


qualidade da água e o papel da informação na garantia do acesso. Saúde em Debate, v.
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LOURENÇO, C. A. Desenvolvimento de banco de dados para sistemas de


abastecimento de água visando eficiência hidroenergética utilizando softwares RE
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Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais. 2022.

PEREIRA, Sansara Félix; TINÔCO, Juliana Delgado. Avaliação das perdas de água em
sistema de abastecimento de água: estudo no setor parque das nações, Parnamirim/RN.
Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais, p. 32-45, 2021.

39
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Qualidade da Água para Consumo Humano. Brasília: Ministério da Saúde; 2016.

NAKAMURA, Yoko Rodrigues. Técnicas e práticas construtivas para edificação. 2. ed.


São Paulo: Érica, 2013.

KUSTERKO, S.; ENSSLIN, S. R.; ENSSLIN, L. E.; CHAVES, L. C. Gestão de perdas em


sistemas de abastecimento de água: uma abordagem construtivista. Engenharia
Sanitária e Ambiental, v. 23, p. 615-626, 2018.

VÁZQUEZ, F. Contribuição para identificação dos principais agentes e mecanismos de


degradação em edificações da Vila Belga. 2020. 150f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2020.

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ANEXO I

Durante a elaboração do relatório, o ponto de captação de água que fica entre o


Núcleo Tecnológico de Bioativos (NTB) e o Núcleo Tecnológico de Laboratórios (NTL),
sofreu algumas modificações (Figura 1).

O mesmo encontrava-se sem uma infraestrutura adequada, com alguns resíduos e


entulhos em sua volta, além de fios sem proteção. No dia 11/12/2023, na última visita in
loco, pode-se notar a presença de uma estrutura em alvenaria, assim como um barrilete de
distribuição com dois registros.

Figura 1: Infraestrutura do ponto de captação de água entre NTB e NTL.

Fonte: autores, 2023.

Além disso, o mesmo conta com um hidrômetro que desempenha um papel


fundamental em sistemas de captação de água, sendo um dispositivo de medição que avalia
o volume de água consumido em uma unidade de tempo específica. Sua função principal é
registrar o uso de água, permitindo a medição precisa do consumo.

Figura 1: Hidrômetro do ponto de captação de água entre NTB e NTL.

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Fonte: autores, 2023.

A importância do hidrômetro reside nos seguintes aspectos como: registra a


quantidade exata de água consumida. Isso evita discrepâncias e garante que os usuários
paguem apenas pelo que consomem; controle de consumo, facilitando o controle e a gestão
eficaz do consumo de água. Isso é essencial para identificar padrões de uso, detectar
vazamentos e promover a conscientização sobre a importância da conservação; detecção de
vazamentos, pode servir como uma ferramenta valiosa na detecção de vazamentos, uma vez
que variações anormais no consumo, indicadas pelo hidrômetro, podem apontar para
problemas no sistema; planejamento de recursos, fornecendo dados essenciais para o
planejamento de recursos hídricos, permitindo que as autoridades entendam a demanda e
desenvolvam estratégias para garantir o abastecimento adequado; eficiência operacional,
melhorando a eficiência operacional dos sistemas de captação de água, fornecendo
informações cruciais para a manutenção adequada.

O hidrômetro é uma ferramenta fundamental para o gerenciamento eficiente e


equitativo dos recursos hídricos em sistemas de captação de água, promovendo a justiça na
cobrança, a conservação e o uso sustentável desse recurso essencial.

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ANEXO II
Na visita in loco, realizada em junho 28/06/2023, no sistema de abastecimento de
água do restaurante universitário da Ufopa, constatou-se que o reservatório estava passando
por processo de impermeabilização, o qual poucos dias depois havia sido interrompido,
devido a validade do produto que seria utilizado (Figura 1), está fora do prazo indicado pelo
fabricante para o uso.

Figura 1: Impermeabilizante fora do prazo de validade.

Fonte: autores, 2023.

De acordo com a própria descrição do fabricante, o impermeabilizante é do tipo


flexível, bi-componente, à base de resina termoplástica, cimentos e aditivos minerais inertes.
É indicado para impermeabilização de piscinas e reservatórios de água, elevados ou
enterrados, como é o caso do reservatório do restaurante universitário.

A compra de um impermeabilizante vencido resulta em desperdício de dinheiro


público. Os recursos investidos não atingem seu propósito, representando uma má alocação
de verbas. O vencimento do impermeabilizante pode levar a atrasos consideráveis no projeto
de impermeabilização do reservatório. Isso pode afetar a operacionalidade do restaurante
universitário e causar impactos negativos na comunidade acadêmica. Revela uma lacuna na
fiscalização e no controle de qualidade na aquisição de materiais. A ausência de verificações
sobre a validade do produto demonstra falhas nos procedimentos de gestão de compras.

A atual situação pode exigir a compra novamente do impermeabilizante, gerando


custos adicionais e ampliando o impacto financeiro sobre os recursos públicos. falta de
planejamento e a gestão inadequada refletem negativamente na imagem da instituição

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perante a comunidade acadêmica e a sociedade, minando a confiança na capacidade de
administração.

Figura 2: Dados do fabricante.

Fonte: autores, 2023.

Essa situação destaca a necessidade urgente de melhorar os processos de gestão,


implementar controles de qualidade eficazes e garantir a eficiência na utilização dos recursos
públicos. A falta de planejamento adequado pode ter implicações financeiras e operacionais
substanciais, impactando não apenas o projeto em questão, mas também a reputação e a
responsabilidade da instituição perante a comunidade que serve.

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