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Podemos aqui mediante a ótica Marxistas de David Harvey em sua obra “17 contradições e o

fim do capitalismo” onde o autor divide a obra em três partes, as contradições fundamentais;
as contradições mutáveis; e as contradições perigosas. Destaca-se na terceira parte, os
seguintes processos do capitalismo e do capital que ao olhar do autor são as contradições
perigosas: crescimento exponencial infinito; relação do capital com a natureza; a revolta d
natureza: alienação universal. Em ênfase, destaque para o processo da “ relação do capital com
a natureza”

Anotações

Reportagem sobre despoluição de baias

Caso de despoluição conhecido, Rio Tâmisa na Inglaterra

Anotações:

Nathalia Bianco, revista época

A limpeza de um rio, lago ou baía de uma grande metrópole requer tempo e


dinheiro. Mas não só isso. Atitudes simples como boa vontade e criatividade são
necessárias nos projetos de despoluição. Não é apenas por falta de
investimentos ou recursos tecnológicos que alguns dos cartões-postais
brasileiros estão completamente poluídos. Em comparação com outros países, é
possível perceber diferenças de gestão que vão muito além da verba. Um caso de
despoluição conhecido é o Rio Tâmisa, na Inglaterra. Depois que a cidade
enfrentou uma epidemia de cólera em 1850, o governo decidiu tomar
providências. Hoje, já despoluído, o Tâmisa passa por uma limpeza diária. Em
São Paulo, o Projeto Tietê cuida da despoluição do rio, que corta o Estado, mas
cada município lida com o projeto de sua própria maneira. Alguns investem
em limpeza, outros seguem sujando. A divisão de poderes entre municípios
atrapalha.

No Peru, onde as leis também não ajudam, um cientista tomou para si a


responsabilidade de trazer a vida de volta a um lago. Usando nanotecnologia,
Marino Morikawa despoluiu o Lago El Cascajo em quatro anos. O exemplo
talvez pudesse ser repetido na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, onde a
limpeza esbarra em excesso de burocracia e lentidão. Há outros exemplo úteis no
exterior. A Baía de Sydney, despoluída para os Jogos de 2000, é um exemplo de
sucesso ambiental que não será repetido na Olimpíada brasileira. A Baía de
Guanabara não estará limpa para os Jogos de 2016. Os cientistas da
Universidade Federal do Rio de Janeiro fizeram a denúncia e o governo do Rio
admitiu que ela está correta. Resta aprender com os acertos de fora para não
perder mais tempo e dinheiro.
LONGA JORNADA
No auge de sua poluição, o Tâmisa foi apelidado de “grande fedor”. Demorou
quase 150 anos para que ele fosse limpo. Todos os dias duas balsas retiram dele
quase 30 toneladas de lixo.

Em tupi-guarani, Tietê significa “rio verdadeiro”. Tristemente, desde 1972 o rio é


considerado morto. Há 20 anos, o Projeto Tietê segue com medidas de
despoluição. O projeto encerra sua terceira etapa com uma pequena vitória: agora
são apenas 70 quilômetros de rio morto.
BOAS ATITUDES

O cientista peruano Marino Morikawa desafiou os pessimistas e com um sistema


que atrai metais e bactérias no processo de decomposição depoluiu o Lago El
Cascajo.

A Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, enfrenta problemas burocráticos.


Com o crescimento populacional, parte de Contagem e Belo Horizonte despeja
seus esgotos em bacias que alimentam a lagoa. A despoluição segue em ritmo
lento.
LEGADO OLÍMPICO

O maior esgoto da Austrália. Assim a Baía de Sydney era conhecida antes da


Olimpíada de 2000. Foram investidos US$ 137 milhões, e, hoje, limpa, é um dos
maiores legados deixados pelos Jogos.

Quando o Rio de Janeiro se tornou a sede da Olimpíada de 2016, o


prefeito Eduardo Paes prometeu que a Baía de Guanabara teria 80% do esgoto
tratado. Alcançou 50%. A baía não
estará limpa de verdade até os Jogos

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