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Redação - PH especial

Antes da primeira revolução industrial no século XVIII, os resíduos produzidos eram compostos
basicamente de matéria orgânica, que possui grande facilidade na decomposição. Entretanto, no século XIX
quase tudo que produzimos não é mais orgânico, se tornando um grande problema no Brasil. Nesse sentido, é
possível afirmar que o conteúdo citado está relacionado a uma questão muito relevante a ser discutida: como
é a gestão de resíduos na sociedade brasileira. Dessa maneira, cabe considerar o individualismo da sociedade
e a falta de investimentos no recolhimento de resíduos em determinados locais como fatores colaboradores
para essa problemática.
Primeiramente, interessa lembrar que o individualismo é um problema sério no país, enfrentado por todos
em seu dia a dia. De fato, é preocupante que muitos indivíduos não pensam nos problemas que aquele lixo
que é descartado nas ruas causará no futuro, como o entupimento de bueiros, que causa as enchentes. Com
isso, muitas pessoas entram em contato com essa água contaminada, que pode gerar doenças como a
Leptospirose e Febre tifoide. Aliás, isso é confirmado quando se considera a pesquisa feita pelo site UOL,
que registrou que só em 2016 a quantidade de resíduos varridos das ruas em São Paulo foi de 98,5 mil
toneladas. Ou seja, as pessoas não têm empatia ou a sensibilidade de pensar na saúde de seu semelhante.
Do mesmo modo, vale ressaltar ainda que não há coleta de lixo em determinados locais. Ademais, esse fato
deve ser tratado de forma seria porque além de afetar o ser humano, prejudica o ciclo vital de diversos seres
vivos, incluindo a flora de vários locais. Assim, tal realidade é justificada pois segundo uma matéria de 2016
do jornal O GLOBO, é comum bairros que não tem coleta de lixo, com isso o depósito é feito em locais
impróprios como encostas, rios e lagos. Logo, o dano causado a biodiversidade é muito grande, o lixo
acumulado produz um líquido tóxico chamado de chorume, essas substância atingem águas subterrâneas,
contamina o solo e, por consequência disso, o ser humano.
Por fim, torna-se urgente que ONGs, em parceria com o Governo, utilizem o dinheiro arrecadado dos
impostos para fazer campanhas conscientizadoras por meio da mídia sobre os problemas de se jogar lixo nas
ruas, e que prefeituras invistam na coleta de lixo nos diversos bairros onde isso não ocorre. Além disso, para
se ter um resultado eficiente, escolas devem ensinar sobre o manejo certo dos resíduos, pois como já disse
Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Desse modo, acredita-se ser possível construir, com o
tempo, uma realidade mais consciente e solidária.

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