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1 Expansão urbana: considerações sobre

o meio ambiente e a saúde

Andréia Marega Luz

Introdução
A urbanização é uma das dimensões mais importantes da mudança global
contemporânea. Atualmente, 54% da população mundial vive em áreas urbanas, e essa
proporção deverá aumentar para 66% até 2050 (ONU, 2014). À medida que as
populações urbanas crescem, as densidades populacionais urbanas estão diminuindo,
sugerindo a expansão do uso da terra de forma mais rápida que o crescimento da
população (SETO; GUNERALP; HUTYRA, 2012).

Esse fenômeno tem como consequência aumento da demanda por áreas urbanizdas
nas próximas décadas, exigindo desmatamento de grandes áreas, que por sua vez é a
segunda maior fonte antropogênica de emissões de dióxido de carbono (DEFRIES et
al., 2010; VAN DER WERF et al., 2009).

No entanto, ainda é incerto o futuro do desenvolvimento das cidades especificamente,


considerando demandas crescentes por abrigo, espaço de trabalho e de lazer,
alimentos, transporte, saneamento, educação e saúde (SETO; GUNERALP; HUTYRA,
2012). Além disso, a urbanização provoca mudanças ambientais acentuadas,
relacionadas à perda, degradação e fragmentação de habitats (BAR-MASSADA et al.,
2014).

Neste contexto, este capítulo pretende proporcionar-lhe a compreensão de como


ocorreu a formação das sociedades, sua organização em cidades e como o crescimento
populacional e a expansão urbana alteram o meio ambiente, a qualidade de vida e a
saúde.

Vamos aos estudos?

Objetivos
Ao final deste capítulo, esperamos que você tenha desenvolvido a capacidade de:

 analisar a evolução do homem ao longo do tempo, desde o seu surgimento até a


atualidade e quais os processos que possibilitaram o seu crescimento populacional;
 analisar o processo de expansão urbana e urbanização;
 definir os termos taxa de mortalidade e de natalidade, e qual a sua relação com a
dinâmica da sociedade;
 avaliar o crescimento demográfico em relação à qualidade de vida da população;
 caracterizar o processo de expansão urbana ao longo do tempo, relacionando com
as doenças emergentes;
 explicar de que forma a expansão urbana afeta de forma positiva ou não a qualidade
de vida da população.
Esquema
1.1 Surgimento do homem e modificações no meio ambiente
1.2 Crescimento populacional e aspectos de caráter social
1.3 Expansão urbana e saúde
1.4 Alterações ambientais decorrentes da expansão urbana
1.5 Crescimento populacional e oferta de alimentos
1.6 Revolução Verde: utopia ou realidade?
1.7 Expansão urbana, perspectivas de crescimento populacional e alterações no meio
ambiente
1.8 Expansão urbana à luz do desenvolvimento sustentável
1.9 Conclusão

1.1 Surgimento do homem e modificações no meio ambiente


Viver em grandes centros urbanos não é algo fácil. Enfrentar o trânsito, a qualidade do
ar, observar lixo jogado nas ruas são alguns fatores que nos incomodam e que,
inclusive, contribuem para uma qualidade de vida ruim, não é mesmo? Porém, não é
apenas em grandes cidades que se observa fatores relacionados à expansão urbana.
Mesmo que você resida em uma cidade pequena, já deve ter observado que a
infraestrutura de saneamento básico não está presente em toda o município, bem como
deve ter notado o crescimento da cidade de forma irregular e inadequada, sem
planejamento, conforme retrata a Figura 1, que mostra a favela da Rocinha no Rio de
Janeiro.

Figura 1: Crescimento irregular de uma cidade.


Fonte: Rocinha Favela.jpg (2007).

Contudo, você já parou para refletir sobre o surgimento das cidades e como a expansão
urbana está relacionada com a saúde da população? Para que você compreenda o
processo de crescimento da população, da expansão das cidades e da pressão que
eles exercem sobre o meio ambiente e a saúde, vamos voltar um pouco no tempo e
compreender a história do homem.
A história do homem é dividia em Pré-História e História. A Pré-história inicia-se com o
surgimento do homem até o desenvolvimento da escrita por volta de 4000 a.C. e, a partir
do desenvolvimento da escrita se inicia a História. Fazem parte da Pré-História os
períodos da Pedra Lascada (Paleolítico), da Pedra Polida (Neolítico) e a Idade dos
Metais.

No período Paleolítico (até 10 mil a.C.) o homem caçava animais para se alimentar, e
fazia da pele dos mesmos suas vestimentas e utilizava os ossos e restos dos animais
para fabricar suas armas e utensílios, conforme mostra a Figura 2. Vale ressaltar que
nessa época os resíduos sólidos gerados eram em sua totalidade, resíduos orgânicos,
ou seja, restos de alimentos e carcaça de animais.

Figura 2: Utensílios do período Paleolítico.


Fonte: 1872, Museo Español de Antigüedades, Armas y utensilios del periodo
Paleolítico, Letre.jpg (1872).

Ao longo do tempo, os seres humanos desenvolveram habilidades e começaram a


fabricar os seus próprios instrumentos, começaram a usar vestimentas, a construir
moradias, a criar animais e a produzir alimentos para estocar, conforme retrata a Figura
3. Este período ficou conhecido como Período Neolítico ou da Pedra Polida (10 a 6 mil
anos a. C.) e, foi a base para a civilização moderna.
Figura 3: Construção de moradias no período Neolítico.
Fonte: Anta São Geraldo.jpg (2005).

Contudo, essa evolução trouxe como consequência o aumento da geração de resíduos,


bem como da diversidade de lixo gerada, dispostas diretamente sobre o solo e a céu
aberto.

Continuando o processo civilizatório, a Idade dos Metais foi marcada pelo início da
fabricação de instrumentos metálicos, quando o ser humano começou a dominar, ainda
que de maneira rudimentar, a técnica da fundição. Foi na idade dos metais que o
crescimento populacional se acentuou. Dessa forma, surgiram as primeiras cidades,
algumas das quais, que dariam origem a grandes civilizações.

A partir deste momento, o desenvolvimento da civilização e o crescimento populacional


aumentaram de forma acentuada, sobretudo com o advento da Revolução Industrial
(séculos XVIII e XIX), marcada pela substituição da produção artesanal para a produção
de bens de consumo em larga escala e com a utilização de máquinas, conforme Figura
4.

Figura 4: Revolução Industrial marcada pelo uso de máquinas.


Fonte: Fabrica brasil 1880.jpg (1880).
Foi nessa época que, a problemática da geração e disposição final de resíduos começou
a gerar consequências para o meio ambiente e para a saúde humana. Porém, mesmo
diante destes problemas, a preocupação maior era o crescimento. O tempo passou, e a
partir da segunda metade do século XX, as questões ambientais começaram a ser
debatidas em nível mundial.

Porém, ainda hoje a problemática dos resíduos sólidos é um dos grandes desafios da
sociedade moderna, sobretudo considerando a heterogeneidade e o volume de
resíduos gerados e, que possuem níveis de periculosidade diferentes. Portanto, a
relação homem-resíduos é indissociável das atividades desenvolvidas pelo homem,
tanto no tempo quanto no espaço (WALDMAN, 2010).

Dentro deste contexto, é possível estabelecermos uma relação entre o


consumo e a geração de resíduos. Conforme aumenta a quantidade e
a variedade de produtos, serviços e tecnologias, aumenta-se também
a pressão provocada sobre o ambiente, devido aos recursos extraídos
e aos resíduos gerados, desde o processo de extração de matérias-
primas, de fabricação e de seu descarte. (LUZ, 2018, p. 1).

A Figura 5 retrata nos dá um pouco da dimensão do problema ambiental relacionado


com a geração de resíduos nos dias atuais.

Figura 5: Geração de resíduos atualmente.


Fonte: Lixao Caminhao 20080220 - Marcello Casal Jr. - Agencia Brasil.jpg (2008).

Um estudo publicado por Hoornweg e Bhada-tata (2012), mostrou que a produção de


resíduos sólidos é mais elevada em países com as maiores taxas de urbanização e nível
de desenvolvimento. Esse fato, conforme discutido anteriormente, está relacionado ao
aumento do nível de consumo. Hoornweg e Bhada-tata (2012) mostram que os valores
de produção per capita de resíduos são inferiores (entre 219-343 kg/hab./ano) em
países com menores rendas, enquanto que nos países com maiores rendas estes
valores são maiores, entre 777-840 kg/hab./ano).
Importante!

De acordo com o Guia de Estratégias Nacionais para o Manejo do Lixo:


Mudando de Desafios para Oportunidades (2013), elaborado pela
Organização das Nações Unidas - ONU, existem atualmente no mundo sete
bilhões de seres humanos, responsáveis pela produção de 1,4 bilhão de
toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) por ano. No entanto, ainda
segundo dados da ONU, praticamente metade do total destes resíduos é
gerada por menos de 30 países, os mais desenvolvidos do mundo.

1.2 Crescimento populacional e aspectos de caráter social


Retomando nosso estudo sobre o crescimento da população, nos últimos 60 anos, a
taxa de urbanização do mundo aumentou 21% e mais de 50% da população mundial
está concentrada nas áreas urbanas (WARREN, 2015). O aumento acentuado da
população, bem como o êxodo rural e a concentração de pessoas em aglomerações
urbanas, ocorridos como consequência da industrialização, no século XVIII, deram início
aos problemas com a saúde.

Isso porque os desafios relacionados ao rápido crescimento das populações urbanas


incluem atender a uma enorme necessidade de infraestrutura urbana e fornecer serviços
municipais e sociais efetivos, além de proteger o ambiente urbano. Ou seja, a grande
maioria das cidades não estava preparada, principalmente nos países menos
desenvolvidos, para oferecer saneamento básico (abastecimento de água potável,
coleta e tratamento de esgoto sanitário, drenagem urbana, limpeza urbana e coleta de
lixo) ao contingente populacional que migrava para as áreas urbanas.

Parada para reflexão

No século XVIII as cidades não estavam preparadas para receber toda a


população que migrava do campo para a cidade, faltava sobretudo
infraestrutura de saneamento básico (abastecimento de água potável, coleta
e tratamento de esgoto sanitário, drenagem urbana e coleta de resíduos
sólidos). E hoje, você acredita que as cidades estão preparadas para a
expansão urbana? A infraestrutura existe é capaz de atender a toda a
população?

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU, 2013) no relatório


“Perspectivas Mundiais de Urbanização”, o ritmo da urbanização nas últimas décadas
foi rápido, muitas vezes dobrando de tamanho a cada década. Esse aumento sem
precedentes da população urbana pode não apenas representar desafios ao
fornecimento de emprego, moradia e infraestrutura, mas também exercer mais pressão
sobre a gestão da terra urbana, a equidade espacial e o desenvolvimento sustentável
em geral (WARREN, 2015).
Pesquisando na Web

Para que você compreenda melhor o processo de urbanização assista ao


documentário Entre Rios que mostra o processo de urbanização da cidade
de São Paulo, disponível no link a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=Fwh-cZfWNIc

A rápida urbanização falha em sustentar populações saudáveis, uma vez que o


abastecimento de água de boa qualidade e serviço de esgotos, coleta de lixo, moradias
em lugares adequados do ponto de vista sanitário e demais serviços públicos de
infraestrutura pré-existentes, tornam-se insuficientes diante da crescente urbanização,
juntamente com a degradação ambiental, a exposição ao ar, ruído e outras formas de
poluição (HOTEZ, 2017).

Nesse sentido, a urbanização das cidades brasileiras, além de apresentar


características excludentes do ponto de vista espacial, também apresentam
características predatórias do ponto de vista ambiental. Pessoas de baixa renda tendem
a ocupar áreas que geralmente não são de interesse do mercado imobiliário, por serem
áreas mais vulneráveis aos impactos ambientais. Isso ocorre devido ao fato de não
terem recursos financeiros para acessar áreas da cidade que são reguladas pela lei.

Além disso, a urbanização desordenada favoreceu aglomerações, e ainda favorecem,


que contribuem para a proliferação de vetores e hospedeiros intermediários de
determinadas doenças (CARVALHO, 2005). Em 1970, o aumento da urbanização e,
consequentemente dos potenciais criadouros, permitiram a entrada do mosquito Aedes
aegypti na América do Sul (COHNSTAEDT; ALFONSO-PARRA, 2012). Desde então, o
controle de epidemias de dengue é um dos principais desafios do Brasil.

1.3 Expansão urbana e saúde

A dengue, assim como outras doenças transmitidas pelos Aedes aegypti (zika e
Chikungunya) está relacionada com diversos fatores, tais como ambientais (condições
climáticas), socioeconômicos (condições de saneamento) e aumento da probabilidade
de contato entre vetor e hospedeiro devido à proximidade das habitações e fluxo
populacional (MENDONCA; SOUZA; DUTRA, 2009).

Além disso, vale ressaltar que a falta de saneamento básico é o principal fator
relacionado à urbanização e que reflete na saúde da população, não só de forma
individual, mas também sobrecarrega o Sistema Único de Saúde e aumento os gastos
públicos com o tratamento de doenças (SIQUEIRA; SIQUEIRA FILHO; LAND, 2017).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), doenças como a


filariose, a esquistossomose, a hepatite infecciosa, a poliomielite, a febre amarela e
dengue, são algumas doenças relacionadas com o saneamento ambiental inadequado.
Isso pode ser comprovado ao analisar a distribuição espacial dessas doenças, que
mostra que as regiões brasileiras onde há maiores taxas de internação o acesso aos
serviços de saneamento é menor em relação a regiões com maior acesso a esses
serviços (IBGE, 2010).

Por isso, em 2010, a OMS escolheu urbanização como tema para o Dia Mundial da
Saúde. A rápida urbanização global tem e terá implicações importantes para a
proliferação de doenças não transmissíveis, de alta prevalência e incidência,
emergentes em áreas urbanas ambientes, tais como dengue, chikungunya, zika vírus,
raiva, leptospirose, cólera, febre tifoide, esquistossomose e outros helmintos, chagas,
leishmaniose, infecções intestinais.

Saiba mais

A dengue é a doença que mostra a relação entre a saúde pública e a


urbanização. O seu controle é um dos principais desafios da saúde pública
brasileira, uma vez que está relacionado ao modo como as pessoas vivem e
se relacionam com o meio ambiente. Por isso, vários cientistas tem estudado
essa problemática no Brasil, analisando questões climáticas, de urbanização
e de políticas públicas. Para ler mais sobre o assunto e conhecer a linguagem
utilizada nessas reflexões, acesse o artigo “Saúde pública, urbanização e
dengue no Brasil” através do link:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-
45132009000300003

1.4 Alterações ambientais decorrentes da expansão urbana


Além dos problemas ambientais já mencionados, é importante ressaltar que o
desmatamento para introdução de agricultura, pastoreio ou até mesmo para o
crescimento da cidade, influência também no clima da região, dificulta a drenagem de
água da chuva, aumentando assim o risco de enchentes, conforme mostra a Figura 6.
As enchentes por sua vez, são disseminadoras de inúmeras doenças como a
leptospirose, a leishmaniose, entre outras.

Figura 6: Enchentes devido à ausência de áreas de infiltração da água da chuva,


decorrente da impermeabilização do solo no desenvolvimento das cidades.
Fonte: Pixabay (2011).
Como podemos perceber são inúmeras as consequências do crescimento acelerado da
população e da expansão das cidades que afetam não só o ambiente, mas a saúde.

Atualmente a grande maioria dos habitantes mundiais moram na zona urbana e isso
não é diferente no Brasil. A população rural foi transferindo-se e ocupando as cidades
desenfreadamente e diversos problemas acumularam-se junto com elas, como a
desconstrução da paisagem natural, a urbanização desorganizada e a ocupação de
áreas ambientalmente frágeis, entre outros.

Parada para reflexão

No entanto, o que você entende sobre expansão urbana? Qual a relação da


expansão urbana com a qualidade ambiental e com a saúde?

Como você pode perceber conciliar expansão urbana com conservação é algo bem
difícil, porque a população continua a demandar mais recursos para aumentar seu
padrão de vida. Isso pode ser exemplificado pelo número de residências e o número de
pessoas que as habitam.

Você já deve ter notado que, com o passar do tempo, as residências passaram a conter
menos pessoas, o que significa que existem mais residências menores, resultando na
necessidade de mais terra para habitação e de um ambiente natural mais fragmentado
em unidades também menores. Essa fragmentação pode ser um dos maiores
problemas a serem enfrentados no futuro, pois quanto mais casas maior a complexidade
de infraestrutura para comunicações. Além disso, as ruas que interligam as habitações
representam barreiras aos deslocamentos de plantas e animais. Como resultado, a
mistura genética entre as populações fica reduzida, o que pode ser perigoso para a
espécie (LUZ, 2018).

Essa fragmentação de habitats (Figura 7) em decorrência das atividades antrópicas


(desenvolvimento agrícola, urbano ou das rodovias) ameaça a biodiversidade, visto que
a migração em abundância dos biomas só pode ser alcançada se as espécies forem
livres para se dispersar de uma área para outra.

Figura 7: Fragmentação de habitats.


Fonte: Pixabay (2016).
1.5 Crescimento populacional e oferta de alimentos
Nessa perspectiva, muitos cientistas e economistas se dedicaram, desde o século XVII
a estudar o crescimento da população. Porém, os modelos iniciais de crescimento
populacional eram muito simples e frequentemente baseados em observações
cotidianas. John Graunt é creditado como o primeiro demógrafo a descrever o
crescimento populacional no século XVII como uma taxa de duplicação. Isso mais tarde
se tornou a base de Malthus em 1888.

O modelo do economista Thomas Robert Malthus recebeu muitas críticas ao longo dos
anos. Para ele a população cresce geometricamente, com recursos adequados,
enquanto a produção de alimentos cresce aritmeticamente, o que implica que a
população inevitavelmente diminuirá quando o número de indivíduos ultrapassar o
suprimento de comida disponível, como consequência de doença, fome ou guerra
(HENDERSON; LOREAU, 2018).

Ele também propôs soluções para que a população não enfrentasse a escassez de
recursos. Entre elas, destacam-se: a sujeição moral de retardar o casamento, a prática
da castidade antes do casamento e ter somente o número de filhos que se pudesse
sustentar. Essa teoria, no entanto, foi amplamente criticada por não levar em conta os
benefícios da industrialização, do progresso tecnológico, da inteligência humana em
buscar soluções frente a vários obstáculos.

A teoria de Malthus foi atualizada, dando origem à teoria neomalthusiana, que atribuía
à superpopulação dos países como a causa da pobreza. Isso porque uma população
numerosa provoca a elevação dos gastos governamentais com os serviços de educação
e saúde, comprometendo a realização de investimentos nos setores produtivos,
dificultando, assim, o desenvolvimento econômico.

Além disso, essa teoria afirma que uma população numerosa levaria ao esgotamento
dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Entre as soluções propostas por
essa teoria, estão a melhoria da produtividade através do uso da tecnologia e através
do planejamento familiar.

Cabe ressaltar que a agricultura foi a principal responsável por maiores taxas de
nascimentos e menores taxas de mortalidade até os anos 1900, mostrando que a
dinâmica populacional e a mudança na cobertura da terra estavam intrinsecamente
ligadas durante essa era (HIRSCHMAN, 1958 apud LIMA; SIMÕES, 2010).

No entanto, a população humana conseguiu escapar da armadilha malthusiana várias


vezes (HIRSCHMAN, 1958 apud LIMA; SIMÕES, 2010). Por exemplo, de acordo com
Malthus, a população deveria ter entrado em colapso nos anos 1900, quando as taxas
de crescimento explodiram e a expansão agrícola estagnou, presumindo que a
agricultura não seria capaz de sustentar a população.

Porém, isso não ocorreu, muito pelo contrário. Na realidade, os Estados Unidos
experimentaram o maior crescimento durante a partir dos anos 1900, quando a
produção por hectare de culturas essenciais aumentou exponencialmente, sobretudo a
partir da década de 1970, como resultado da Revolução Verde.
1.6 Revolução Verde: utopia ou realidade?
A expressão Revolução Verde foi criada em 1966, em uma Conferência em Washington,
sob o forte argumento de exterminar a fonte no mundo. Neste contexto:

O problema da fome tornava-se cada vez mais sério em várias partes


do mundo, e o governo americano e os grandes capitalistas temiam
que se tornasse elemento decisivo nas tensões sociais existentes em
muitos países, o que poderia ampliar o número de nações sob o regime
comunista, particularmente na Ásia e na América Central, tradicionais
zonas de influência norte-americana. (ROSA, 1998, p. 19).

Esse boom foi possível devido ao desenvolvimento da tecnologia, como por exemplo,
fertilizantes, máquinas e modificação genética (tecnologia da Revolução Verde),
responsável pelo crescimento da população humana. No Brasil, a Revolução Verde
chegou em meados dos anos 60, com a alegação de industrialização da agricultura.

Contudo, a modernização do setor trouxe consigo a incidência de monoculturas com


plantas híbridas, energias não renováveis, uso de agrotóxicos e adubos sintéticos,
intensa mecanização, alteração genética dos alimentos, entre outras. Ou seja,
priorizava-se a produção em larga em escala, sem se preocupar com os possíveis
impactos sobre o meio ambiente (BROMHAM et al., 2015).

Para Zamberlam e Froncheti (2001) dentre os principais impactos ambientais estão o


desmatamento e a proliferação de pragas que se alimentam desses cultivos, devido à
extinção de espécies vegetais e animais, predadores naturais. Como consequência da
eliminação de predadores naturais dessas pragas, estes passaram a destruir as
lavouras de monocultura, levando os produtores a fazerem uso intensivo de agrotóxicos.

Cabe ressaltar, que com o tempo essas pragas tornam-se mais resistentes, sendo
necessário utilizar mais agrotóxicos. Ademais, esses agrotóxicos contaminam as águas
superficiais e subterrâneas, que depois são retiradas para abastecimento público.
Nesse contexto, fica evidente que não basta somente produzir alimentos.

Indicação de leitura

O ecologista Carlos Vicente, da revista Biodiversidad, concedeu uma


entrevista à revista IHU On-Line, onde expôs as principais consequências da
Revolução Verde para o meio ambiente. Leia a íntegra da entrevista no link:

http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/23851-revolucao-verde-uma-
promessa-fracassada-entrevista-especial-com-carlos-vicente.

Como você pode perceber, críticas severas sobre a Revolução Verde começaram a
surgir na segunda metade do século XX, quando o aumento significativo na produção
de alimentos teve um efeito contrário, o crescimento geométrico da fome. Esse efeito
adverso pode ser explicado pelo “desvio” da produção. Ou seja, alimentos produzidos
por países subdesenvolvidos, geralmente, não atendem o mercado interno e, sim, o
mercado externo.
É preciso, ao mesmo tempo, estabilizar a população mundial e reduzir as consequências
ambientais decorrentes da produção de alimentos. Isso porque, a sociedade também
sofre as consequências desses impactos, por ser consumidor direto dos alimentos
contaminados por agrotóxicos, podendo desenvolver doenças graves, como por
exemplo o câncer, além do envenenamento agudo dos produtores rurais que
manuseiam essas substâncias (OPAS/OMS, 1996).

Indicação de leitura

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da


Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, cerca de 193 mil pessoas no mundo perdem
a vida todos os anos por exposição a substâncias químicas nocivas. Para
saber mais sobre isso, leia a reportagem completa em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5
756:opas-oms-destaca-importancia-da-atuacao-conjunta-dos-setores-da-
saude-agricultura-e-meio-ambiente-na-regulamentacao-de-
agrotoxicos&Itemid=839

Não obstante, permanecem componentes fundamentais que são necessários para


sustentar a população humana independente de qualquer época - por exemplo, comida,
abrigo, água, interações pessoais e remoção de resíduos. Nesse contexto, alguns
cientistas acreditam que o mundo precisa de uma segunda revolução verde.

Parada para reflexão

As civilizações primitivas eram altamente dependentes da disponibilidade de


recursos, isso vale para as sociedades contemporâneas? Haverá avanços
em tecnologia e inovação nos próximos anos que nos permitirão continuar
crescendo indefinidamente? Dadas as limitações que se apresenta à
humanidade, quantas pessoas a Terra pode sustentar? A humanidade já
excedeu a capacidade de sustento da nossa espécie, ou ainda temos
possibilidade de expansão?

1.7 Expansão urbana, perspectivas de crescimento populacional e


alterações no meio ambiente

A expansão urbana pode interferir na saúde por meio de mudanças sociais, alterando
os comportamentos de risco, como o aparecimento de novos agentes tóxicos e
infecciosos, o que resulta em desequilíbrio nos variados ecossistemas mundiais.
Segundo Hoyt (2008), a devastação ambiental, incluindo a perda de cobertura de
árvores e de habitats de vida selvagem, assim como também a poluição da água
potável, é comumente atribuída à expansão urbana.
Essa poluição é causada por um aumento das superfícies rígidas, como o asfalto, que
não conseguem absorver ou escoar a água da chuva da mesma forma que o solo. Isso
faz com que os poluentes sejam desviados para as fontes de água, em vez de serem
absorvidos pelo solo. A expansão urbana resulta em custos mais altos para as agências
do governo responsáveis pela construção de ruas, escolas, utilitários e outros serviços
necessários para suportar os novos residentes e, esses gastos resultam em mais
impostos (BALBIM; KRAUSE; CUNHA, 2016).

Por isso, é fundamental estudar de que forma a população cresce e, isso é possível a
partir da teoria das transições demográficas. Para entender a dinâmica das populações
é necessário conhecer alguns conceitos básicos, como, por exemplo, definir taxa de
natalidade como sendo o número de nascidos vivos em um ano dividido pela população
e, a taxa de mortalidade é calculada da mesma forma-número de óbitos em um ano pelo
número de habitantes naquele mesmo ano (HOYT, 2008).

A teoria da transição demográfica foi formulada à luz da relação entre


o crescimento populacional e o desenvolvimento socioeconômico.
Segundo essa teoria, o desenvolvimento econômico e o processo de
modernização das sociedades estariam na origem das mudanças nas
taxas de natalidade e de mortalidade verificadas em países europeus,
com consequentes mudanças nos ritmos de crescimento populacional
(VASCONCELOS; GOMES, 2012, p.540).

Para se calcular o crescimento de uma população, considera-se o número de


nascimentos, somado ao número de imigrantes, subtraindo-se o número de óbitos e de
emigrantes. Desta forma, é possível observar o tamanho da população em um dado
momento e o número de nascimentos, óbitos, imigrantes e emigrantes, ocorridos nesta
época.

Essa teoria afirma que os países percorrem estágios ao longo de sua história, que
compreende períodos das “altas taxas de nascimento (natalidade) e altas taxas de
mortalidade” para o período das “baixas taxas de nascimento (natalidade) e baixas taxas
de mortalidade”.

As taxas de natalidade e mortalidade variam de acordo com cada país, principalmente


comparando-se países desenvolvidos, como os Estados Unidos com países em
desenvolvimento, como o Brasil. Em países desenvolvidos, a taxa de natalidade é baixa
em relação ao observado para os países em desenvolvimento (WALTER, 2010).

A pirâmide etária, Figura 8, mostra o envelhecimento populacional ocorrido na


população brasileira de 2012 a 2018. Observa-se que a base da pirâmide há uma menor
porcentagem, em 2018, nos grupos etários mais jovens, como também houve um
aumento nas porcentagens dos grupos de idade que ficam no topo da pirâmide.
Figura 8: Pirâmide etária da população brasileira entre 2012 e 2108.
Fonte: IBGE (2018).

Além disso, observa-se um aumento da população acima de 65 anos. Cabe ressaltar


que, segundo dados do IBGE, em 1940, a expectativa de vida ao nascer no Brasil era
de 45,5 anos. Esta expectativa vem subindo desde então, e chegou a 76,2 anos em
2018.

Isso porque, no passado, doenças, fome, guerras e epidemias eram as principais


causas do aumento das taxas de mortalidade. Atualmente, os avanços tecnológicos na
medicina e melhoria dos programas sociais contra a fome reduziram essas taxas,
fazendo com que as pessoas vivam mais. Ou seja, as populações, de uma forma geral,
estão compostas por pessoas idosas, como consequência do aumento da expectativa
de vida.

1.8 Expansão urbana à luz do desenvolvimento sustentável


É fundamental que a expansão urbana seja pensada de forma sustentável, com
planejamento ambiental urbano, respeitando a capacidade de suporte do meio ambiente
e considerando que muitos recursos naturais não são renováveis. Nessa perspectiva,
deve-se refletir sobre o desenvolvimento sustentável.
Parada para reflexão

Você com certeza já deve ter ouvido falar sobre Desenvolvimento


Sustentável? No entanto, o que esse termo quer dizer? É possível ter um
desenvolvimento econômico sustentável? Para se alcançar esse
desenvolvimento, são necessárias apenas ações governamentais?

Inúmeras são as definições para o termo Desenvolvimento Sustentável. Porém, a mais


aceita diz que é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual,
sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro (DAMASCENO, 2011).

Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,


criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos:
o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental (WWF, 2011).

Conforme foi estudado ao longo deste capítulo, os problemas ambientais também são
causados pelo crescimento exagerado e caótico da população, e não somente pelas
indústrias. Tudo isso afeta o meio ambiente, e a oferta de alimentos e a saúde da
população estão diretamente ligadas ao meio ambiente.

Deparamo-nos diariamente com notícias sobre desastres ambientais, como chuvas


torrenciais, enchentes, deslizamentos de terra, seca severa em certas regiões. Essas e
outras catástrofes afetam a oferta de alimentos. Da mesma forma que a seca castiga a
produção de alimentos, as chuvas intensas também destroem plantações inteiras.

Diante desta e de outras constatações, surgiu o termo Desenvolvimento Sustentável,


buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. A
Figura 9 representa os três componentes do desenvolvimento sustentável.

Figura 9: Desenvolvimento sustentável.


Fonte: Desenvolvimento sustentável.svg (2009).
No contexto econômico, o lucro não é somente medido na sua vertente financeira, mas
igualmente na vertente ambiental e social, potencializando uma gestão mais eficiente
dos recursos naturais. A esfera ecológica está relacionada com a manutenção das
funções e componentes do ecossistema, de modo que o ambiente natural mantenha as
condições de vida para as pessoas e para outras espécies, no que diz respeito à beleza
do ambiente e, principalmente, na sua função como fonte de energias renováveis. Por
último, o desenvolvimento sustentável trata o contexto social como veículo de
humanização da economia, com a finalidade de desenvolver o tecido social, na sua
componente humana e cultural (BENEVIDES; SOUZA, 2005).

O que possibilitou o crescimento da população ao longo dos anos foram, principalmente,


as melhorias ocorridas na infraestrutura das cidades. No entanto, a expansão urbana
não traz apenas benefícios. O rápido crescimento impacto o meio ambiente, uma vez
que usufruímos dos recursos naturais demasiadamente. Além disso, os impactos sobre
o meio ambiente afetam direta e indiretamente a saúde da população.

Para se alcançar o desenvolvimento sustentável, é preciso planejamento em todas as


esferas. Planejamento familiar, para o controle da natalidade; planejamento urbano,
para expansão das cidades; planejamento econômico, para o crescimento de país por
meio da utilização de recursos naturais, entre outros. Parece uma medida simples, mas
não é. A dificuldade de se montar uma equipe interdisciplinar para gerir esses
planejamentos é muito grande. Além disso, impasses políticos e financeiros dificultam
essas ações.

1.9 Conclusão
Você estudou ao longo deste capítulo, que o surgimento e expansão das cidades, ao
longo do processo civilizatório, ocasionaram modificações no meio ambiente, que
consequentemente afetam a qualidade de vida e a saúde das pessoas. Todos os anos
enfrentamos epidemias de doenças relacionadas à ausência de serviços e infraestrutura
de saneamento básico. Dessa forma, o crescimento exagerado e caótico da população
e das cidades podem ameaçar a oferta de alimentos, cobertura de serviços de
transporte, saúde, saneamento, lazer, entre outros. Neste contexto, é imprescindível
que o olhar sobre a saúde da população, bem como os seus determinantes sociais e
ambientais, seja compreendido de forma holística por diferentes áreas do
conhecimento, tais como Saúde Pública, Saúde Coletiva, Biologia, entre outras. Dessa
forma, a urbanização poderá ocorrer de forma sustentável, garantindo qualidade de vida
à população e protegendo o meio ambiente.

Resumo
Neste capítulo estudamos que, desde o surgimento do homem, o meio ambiente vem
sofrendo alterações que impactam diretamente na qualidade de vida e na saúde da
população. Nos primórdios da civilização o homem era apenas caçador, porém, ao longo
do tempo, os seres humanos desenvolveram habilidades e começaram a fabricar os
seus próprios instrumentos, começaram a usar vestimentas, a construir moradias, a criar
animais e a produzir alimentos.

A partir deste momento, o desenvolvimento da civilização e o crescimento populacional


aumentaram de forma acentuada. Vimos que o aumento acentuado da população, bem
como o êxodo rural e a concentração de pessoas em aglomerações urbanas, ocorridos
como consequência da industrialização, no século XVIII, provocaram danos ao meio
ambiente e ocasionaram problemas de saúde, decorrentes de uma precária
infraestrutura de saneamento básico.

Neste contexto, fica evidente que a rápida urbanização falha em sustentar populações
saudáveis e, por isso, em 2010, a OMS escolheu urbanização como tema para o Dia
Mundial da Saúde. É preciso, ao mesmo tempo, estabilizar a população mundial e
reduzir as consequências ambientais decorrentes da produção de alimentos e da
expansão das cidades. É fundamental que a expansão urbana seja pensada de forma
sustentável, com planejamento ambiental urbano, respeitando a capacidade de suporte
do meio ambiente e considerando que muitos recursos naturais não são renováveis.
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