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Seminário Evangélico Avivamento Bíblico – SEAB

Curso Pastoral
Disciplina: Revitalização e Implantação de Igrejas
Prof.: Pr. José Neto
Aluno: Esequias Sá

RESUMO DO CAPÍTULO
REVITALIZAÇÃO E CRESCIMENTO DA IGREJA
CADERNO DE FORMAÇÃO MINISTERIAL

Ribeirão Pires – SP
Janeiro 2020
A palavra revitalizar significa trazer a vida de volta, trazer vigor, força. Por
isso, esse processo tem como objetivo primordial a vida. Como organismo, a
igreja precisa se manter assim, inundada de vida. Na ausência dessa vida, a
igreja morre se limitando a instituição inócua.
No início desse assunto é importante estabelecer a necessidade de
trabalhar a revitalização da igreja antes de estabelecer qualquer tipo de visão de
crescimento para não comprometer os resultados futuros.

A IGREJA E A AÇÃO REVITALIZADORA


Essa igreja, a exemplo de um organismo, necessita de estímulos para a
sua preservação e revitalização. Tais estímulos podem ser naturais ao corpo,
produzidos por si só, pois é próprio da natureza dar continuidade cíclica ao
processo. Mas também, se faz necessário estímulos externos. Cuidados na
promoção da saúde contribuem. Sendo assim, a igreja precisa se exercitar nas
virtudes de Cristo. A igreja que se exercita no amor, na piedade, na misericórdia
não fingida e nas demais qualidades de nosso salvador, vai estimular vida em si
mesma. Quando os estímulos próprios, por alguma razão, não são suficientes
na preservação da vida, se faz necessário intervir na revitalização externa.
A igreja, que é comparada ao corpo humano, que por sua vez precisa de
vida física, vida espiritual, social e cultural. Assim, sua razão social e cultural de
ser, pode se perder com o tempo devido a mudanças na sociedade. Desse
modo, são necessárias ações externas para criar condições à restauração.
Entende-as melhor dizendo que, a revitalização ocorre pela força que o
próprio organismo tem de dar continuidade a vida, a partir de sua capacidade de
se autor refazer continuamente criando condições favoráveis à preservação.
Caso essas condições favoráveis não aconteçam, vem a necessidade das ações
externas com a finalidade de insuflar vida. Revitalizar a igreja é dar a ela
condições necessárias para que a mesma se auto refaça. Assim, é preciso
observar se há vida nessa igreja e definir quais são as condições favoráveis a
essa vida. Tentar entender a quem cabe a responsabilidade de trabalhar os
fatores de revitalização também é importante.
Jesus apresenta a vontade do Pai e a interpretação correta da fé judaica
pretendendo mostrar-lhes as condições necessárias a vida do judaísmo visando
sua revitalização. Os representantes da fé judaica não enxergam com bons olhos
tais propostas, formando-se assim, um conflito de interpretações. Um desses
embates se originou por causa do sábado. Cristo trouxe luz à verdadeira razão
de ser desse dia, o que contrariava os religiosos, pois vivam em função do
sábado, enquanto Jesus afirma que esse dia foi feito por causa do homem,
podendo ser realizadas curas e ajudas nesse dia. Outra interpretação correta
dentro da fé judaica é sobre a contaminação do ser humano. Os líderes diziam
que comer sem lavar as mãos era ato contaminante. Jesus afirma que o que
contamina o homem é o que sai e não o que entra.
Jesus trouxe outra interpretação da Torah, apareceu como nova
autoridade na lei produzindo uma reorientação da vida religiosa judaica, gerando
assim, revitalização e uma nova vivência da fé em Deus.
No conteúdo da carta aos hebreus também há uma proposta de ação
revitalizadora no culto e sacrifícios judaicos. Essa proposta, ligada a proposta de
Jesus acima citada, oferece novos padrões, novas leituras do que seria a
vontade de Deus, constituindo-se assim, a era messiânica. Na nova aliança, ou
era messiânica, Jesus oferece perdão dos pecados, purificação da mente e do
coração que permite a aproximação dos adoradores e ofertantes a Deus. Numa
argumentação teológica entende-se que na lei dos judeus, Deus estabelecera
uma aliança com seu povo que se constituía em rituais, sacrifícios e oferendas
visando a aproximação dos pecadores a Ele. Ao rejeitar esses caminhos de
aproximação que Ele mesmo havia apresentado, Deus os usara como forma de
encaminhar seu povo ao caminho perfeito. Abriu caminho para uma nova aliança
cuja a eficácia era muito maior que a anterior. Na argumentação cristológica,
vemos que só foi possível o estabelecimento da nova aliança, por causa da auto
oferenda de Cristo que havia encarnado, tornando-se assim, o único mediador
da aliança que surgira. Na argumentação soteriológica, o pecador que não
conseguia se aproximar eficazmente de Deus agora é santificado pelo sacrifício
de Jesus para então, apresentar-se diante do Pai, sendo aceito por Ele única e
exclusivamente por causa de Jesus. Sendo que onde há libertação dos
pecadores por meio de Jesus, não há mais necessidade de outras oferendas
para a aproximação, pois como diz o escritor aos hebreus, um sacrifício foi feito
de uma vez por todas, tendo efeitos permanente.
Já a experiência do apóstolo Paulo com a igreja de Corinto, deixa claro
que em primeiro lugar, o agente da revitalização da igreja é o Espírito Santo, pois
o viver no Espírito é uma decisão do crente e gera consequentemente vida à
igreja. O segundo fator revitalizador é a escolha de amar como ordenado por
Deus. Sendo assim, se cada crente tem a vida no Espírito e a prática do amor,
criarão assim, as condições propícias para que a igreja viva esse ciclo de
vitalidade. Devemos considerar como funciona o corpo humano para então
seguirmos o mesmo princípio onde todos os membros trabalham para o bem do
corpo. O senso de autopreservação e cuidados básicos com a saúde do corpo o
farão crescer naturalmente. A amor em ação é a afirmação prática de que a vida
do corpo é mais importante do que interesses individuais de um de seus
membros. Por tanto, se cada um fizer sua parte, amando e vivendo no Espírito,
a igreja sempre se renovará em todos os seus aspectos. Desse ponto de vista,
os individualistas e partidaristas que existiam na igreja de Corinto, se tornam um
empecilho aos propósitos divinos, pois andam na direção contrária da
autopreservação do corpo de Cristo por colocarem seus interesses pessoais à
frente dos interesses do corpo. Paulo queria ensinar que ainda que sejamos
indivíduos, devemos compreender que fomos mergulhados pelo Espírito Santo
numa coletividade que é a igreja, o corpo de Cristo. Cultivando o amor de uns
para com os outros e desejando o bem do outro, mantemos a o corpo saudável,
podendo assim, crescer de forma natural.
No final do primeiro século a igreja começa a viver o processo que se
constitui um grande desafio à sua vitalidade, é a institucionalização. Esse
processo é lento, mas começa a comprometer as bases dessa igreja caseira,
espalhada dentro das comunidades, retratada no capitulo 2 de Atos dos
Apóstolos. Para Emill Brunner, a igreja é um corpo e não uma instituição, é
simplesmente uma comunhão de pessoas. Para ele, isso ocorreu quando se
retirou a ênfase simples na Palavra e se deu atenção demasiada a questões
periféricas. Regiões eclesiásticas foram constituídas e sobre elas estabelecidos
os bispos que são agora, responsáveis pela administração do instituído
sacramento. Feito assim, a separação entre o sacerdote e os leigos (o povo). O
prejuízo final se deu quando esses bispos-sacerdotes passaram a determinar
quem seriam seus sucessores a quem delegariam função e autoridade.
Esses dois elementos, sacramentalismo e institucionalismo são
responsáveis pela mudança de uma igreja comunidade, onde se vive uma
comunhão espiritual e individual em uma comunhão coletiva e sacramental. A
passagem do bastão espiritual da autoridade episcopal não mais obedecia à
dinâmica do Espírito Santo, mas sim, a critérios estabelecidos dentro da função.
Aquilo que era espiritual cede espaço àquilo que é legal e um aparato
institucional é criado na tentativa de justificá-lo. A transferência de autoridade
episcopal ganha tom apostolar quando se volta ao passado primitivo buscando
respaldo para aumentar a suposta autenticidade. Agora, a sucessão é
apostólica. Dessa forma, coube ao bispo o poder de transferência por meio da
imposição de mãos institucionalizada como ordenação. Desse modo, inverte-se
o processo que acontecia nas antigas comunidades onde a graça do Espírito
Santo justifica a função eclesial, e não ao contrário, onde a função eclesial
justifica a graça do Espirito Santo.

ÁREAS DE REVITALIZAÇÃO DE IGREJAS


A cidade é a primeira área de revitalização da igreja. Dentro do contexto
urbano, a igreja deve considerar como prioridade a pessoa humana, e procurar
atender as necessidades dos mais diversos grupos que a compõem. Deve
também, estabelecer relações com os poderes públicos como auxilio no
processo.
Há de se destacar um primeiro fator determinante para que essa igreja
urbana alcance sucesso, que é a sua unidade. Parece clichê, mas a unidade é
um dos mais fortes princípios neotestamentários. Deus requer isso de nós
porque sabe que sem essa comunhão participativa não conseguimos existir
como igreja. E na cidade os desafios são tão extensos que somente uma
comunidade unida para conseguir gerar frutos para o reino de Deus. Falamos de
unidade e não de uniformidade. Unidade existe mesmo naquilo que é diverso.
A segunda área de revitalização é a liderança catalizadora. Esse é um
setor importante a se revitalizar na igreja. Líderes catalizadores, pessoas chave
que servem como padrão dos salvos, exemplos a serem seguidos pelos demais.
Durante as eras, Deus sempre levantou pessoas modelos para servir como
padrão para seu povo. Não se trata de personalismo, que por sinal é ruim para
a igreja. Nos referimos a pessoas que por seu caráter, humildade, consagração
e sensibilidade espiritual, se colocam como instrumentos nas mãos de Deus para
revitalizar a igreja. Esses são líderes capazes que usam todas a ferramentas
disponíveis aos santos para orientação da igreja. Usam o carisma e talentos para
agrupar pessoas em volta dos propósitos divinos revelados pelo próprio Deus.
São líderes capazes de colocar em prática as atividades do reino de Deus de
forma constante e em sua totalidade.
O líder catalizador possui clareza do proposito para qual foi chamado,
conhecem a missão para qual foram escalados. Por essa clareza, ele consegue
orientar os demais levando-os ao equilíbrio vocacional. Esse líder também
possui disposição para ser usado por Deus, pois de pouco valem as capacidades
se não houver disponibilidade. Com a clara consciência do agir da mão de Deus
nesse ambiente urbano, tal líder se põe à disposição com seus dons e talentos,
permitindo que o Senhor aja segundo seu propósito. Esse líder também deve se
comunicar bem. Dentro de sua responsabilidade de perceber a linguagem
empregada nesse contexto, o líder se dispõe a adaptar sua linguagem para se
fazer compreendido no contexto urbano. Ele precisa ser claro naquilo que de
Deus comunica. Forma direta e simples de esclarecer seus projetos e alvos. Isso
contribuirá na aproximação dos perdidos e no serviço dos voluntários que por
ele são liderados.
Outro fator para esse líder, é a integridade. Ele tem que possui caráter e
reputação desenvolvidos dentro dessas comunidades e expressa na sociedade.
Isso faz com que ele consiga integrar pessoas ao projeto, pois somente dessa
forma verá sua visão se transformar em realidade.
Ter estrutura para suportar críticas e oposições também é necessário
nesse líder, pois, isso ocorrerá sempre. Tal estrutura precisa ser espiritual,
emocional e física, não podendo ele se intimidar com calunias, ameaças e
desprezos. O que também não pode faltar na conduta do líder catalizador é o
modo simples de viver. Ele não é dado a busca de confortos especiais, pois isso
o afastaria de seu público alvo. Não é dado a prática de vida que ostente e
busque privilégios e extravagâncias. Ele aprende a abrir mão de determinadas
coisas e desenvolve o autocontrole, valorizando a modéstia, a renúncia, a vida
simples objetivando a espiritualidade madura e sadia.
Uma terceira área de revitalização na igreja é o ministério de cada cristão.
A consciência do sacerdócio universal dos crentes tem sido muito importante na
dinâmica exercida pela igreja. A ideia bíblica, é que cada crente tem seu papel
na funcionalidade da comunidade. Cada um tem seu valor funcional, mesmo que
diversos, são importantes no processo. A responsabilidade na realização da obra
de Deus não pode se restringir somente aos sacerdotes, pastores e líderes. Pois,
Deus concedeu a cada um, dons ministeriais para que sejam instrumentos no
serviço cristão. Cristian Shuartz chama de “ministério orientado pelos dons”.
Deus deu a cada um para o melhor exercício. O corpo é um, mas os membros
são vários e diversos, sendo cada um necessário para o cumprimento da missão.
A quarta área para ser revitalizada na igreja é a redescoberta da Palavra
de Deus. Sempre que há um despertamento do povo de Deus o interesse na
Palavra cresce. O Espirito Santo sempre vai apontar nessa direção. Ele sempre
haverá de nos conduzir à palavra de Deus. E isso deve fazer com que os crentes
dediquem mais tempo ás escrituras sagradas. Como a Palavra e o Espirito são
as fontes inquestionáveis de vida e poder, não há como revitalizar a igreja sem
o mergulhar profundas e constante nas palavras sagradas. E duas áreas são
relevantes; a pregação e o ensino. A pregação do evangelho de forma profundo
e sequencial é sinal de integralidade, e os trabalhos de ensinos também são
organizados de modo que produzam mais conhecimento à congregação como
um todo. Para que isso ocorra, é necessário fazer investimentos na capacitação
daqueles que ministram e pregam, para a formação de uma geração capacitada
teologicamente.
A quinta área a ser revitalizada gira em torno da redescoberta da igreja
como comunidade terapêutica. Além de anunciar as boas novas, a igreja também
possui um potencial curador dado por Deus. O exercício do amor deve despertar
essa atitude na igreja tornando-a aquilo o que ela existe para ser, uma agente
de cura.
Como sexta área a ser revitalizada temos a redescoberta da adoração.
Essa área é de suma importância, pois ainda hoje, muitos crentes se limitam a
uma adoração litúrgica e cerimonial. O que na verdade a igreja precisa, é alargar
sua compreensão de que a adoração é muito mais um estilo de vida do que um
momento litúrgico. O fato é, que podemos e devemos adorar a Deus por meio
de todas as coisas que fazemos no decorrer do dia. Esse entendimento desperta
em nossa consciência maior devoção diária fazendo com que Deus permeie
nossa vida por completo. Não existe mais a questão do lugar sagrado. O que
somos ensinados por Jesus é que agora, a importância gira em torno das
intenções do adorador. Sua postura é o que tem maior valor, podendo estar o
mesmo em qualquer lugar. Tal adoração precisa ser cristocêntrica,
estabelecendo como o centro do culto e da vida o Senhor Jesus e não desvia
suas atenções. Além de cristocêntrica, a adoração necessita ser bíblica, levando
em consideração que nas escrituras existem orientações na montagem e ordem
do culto cristão. Portanto, está intimamente ligado a princípios cristãos não
satisfazendo assim, a vontade humana, ao contrário, esmagando-a e deixando-
a na cruz de Cristo. O adorador está envolvido de forma integral, se lançando
completamente diante do Senhor. Corpo, alma e espirito estão envolvidos nessa
adoração.
Uma sétima área que também precisa ser revitalizada é o discipulado. O
ensino da palavra de forma aproximada gerando comunhão são bem expressas
por meio do discipulado. A vida da igreja não pode ser saudável sem os
encontros pessoais do discipulado e sem as reuniões dos pequenos grupos. A
igreja que deseja a revitalização precisa dar atenção especial ao discipulado e
aos pequenos grupos ou células que estimulam a vivencia de seus membros.
Somente dessa forma conseguirá desfrutar da rica e doce comunhão dos santos,
a koinonia.
A oitava redescoberta é a do arrependimento e confissão. Para alcançar
a revitalização, a igreja precisa olhar para si mesma e procurar seguir Tiago 5.16.
Arrepender-se de suas culpas enquanto está na missão. Redescobrir as
disciplinas de do arrependimento e da confissão para continuar saudável e poder
ministrar aos perdidos.
Uma nona área a ser revitalizada é a santificação. O termo santificação
ilustra aspectos como: separação, dedicação, purificação e consagração. Essa
é uma sequência proposta no processo onde começa com a separação das
práticas do mundo, na dedicação ao trabalho do Senhor, na disposição de ser
purificado pelo sangue de Jesus e na determinação de manter-se limpo do
pecado. Tendo isso como alvo, o processo se inicia com o propósito de formação
de famílias fortes e submissas a Deus. Não aceitando relacionamento misto,
promovendo uma formação espiritual nos lares para criar base na família,
santificar as relações familiares e estimular que essas pessoas congreguem com
frequência. Além de famílias fortes e submissas a Deus, é necessário o
compromisso como o serviço ministerial da igreja. Envolvimento com os
ministérios para que durante o envolvimento possa se descobrir as vocações
pessoais e o desenvolvimento dos dons e talentos que certamente todos têm.
Outro fator importante é o compromisso com a contribuição. Ser um dizimista e
ofertante em cumprimento às escrituras sagradas. O dizimista dentro dessa
proporção e o ofertante segundo o desejo de seu coração voluntário para que
haja mantimento e condições para essa igreja realizar sua missão e expansão
do reino de Deus.
Na revitalização da igreja, uma décima área a ser trabalhada é o resgate
da missão integral. Para tal, precisamos tratar de mitos e de realidades em torno
da missão integral. O primeiro mito sobre o assunto é a polarização teológica. A
evangelização e a responsabilidade social são verdades bíblicas
inquestionáveis. E a igreja no Brasil parece despertar para isso, pois hoje tem
melhorado nesse aspecto. Mesmo melhorando na área social, a igreja parece
não ter entendido os princípios que giram em torno da missão integral. A
discussão que gira em torno da prioridade continua, e nessa discussão a igreja
faz mal tanto a evangelização quanto a parte social. O que se deve aprender é
que tanto uma quanto outra devem andar juntas como causa e efeito de uma só
verdade. Não devemos confundir e achar que são a mesma coisa, porém,
também não estamos afirmando que são duas coisas diametralmente
separadas. A discussão continua em torno do atributo de cada ação. Segundo
Stott, o ministério de Jesus exerceu as duas coisas sem que uma cancelasse a
outra. Raramente vai ser necessário escolher entre elas, mas há exceções. No
Pacto de Lausane se diz que “os resultados da evangelização incluem a
obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no
mundo”. Afirma também, que se Deus ama a justiça, nós também devemos amá-
la e praticá-la em favor do necessitado, sendo essa uma manifestação do reino
de Deus. Define que o ser humano, seja qual ele for, possui dignidade intrínseca,
por isso deve ser respeitado e servido e m vez de explorado. Por fim, afirma que,
a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever
cristão. Partindo da verdade bíblica de que a fé sem as obras é morta, se diz que
a salvação que recebemos do Senhor, deve nos transformar na nossa totalidade
de nossas responsabilidades pessoais e sociais. Portanto, a evangelização e a
ação social são partes integrantes do Missio Dei e inseparáveis. Em seguida
façamos uma apresentação de dois movimentos grandes que contribuíram
negativamente para o afastamento da igreja de sua missão integral. Nos
referimos ao movimento do ‘evangelho social’ e a ‘teologia da libertação’, que
possuíam forte ênfase social e influência do marxismo. Esses dois movimentos
contribuíram na polarização entre a evangelização e a ação social. Com o intuito
de combater esses dois equívocos dentro da igreja, assume-se uma postura
polarizada. No desejo de se lutar contra as ideias marxistas no seio da igreja
cristã, findou-se abandonando a verdadeira ação social bíblica. Nisso, jogou-se
o bebê com a água. Então, se essas teologias liberais pecaram por
desenvolverem o social sem espiritualidade, do lado oposto, a igreja brasileira
pecou por abandonar tais práticas com o receio que ser confundida com
movimentos ideológicos. De outro prisma, e agora positivo, a igreja foi levada a
refletir seus valores, mudando assim, consideravelmente sua rota. Hoje, boa
parte da igreja trabalha esses dois aspectos sem ser taxada como antes era.
Outro mito a ser tratado é o da dicotomia humana. Um conceito
prevalecente nas igrejas é o tratamento dicotomizado dado as pessoas. Alguns
pregam o evangelho no anseio que o pecador se converta e tenha sua alma
salva, desconsiderando que o ser humano não é composto somente de alma. O
ser humano é um todo, e deve ser visto dessa forma, assim como ensinam as
escrituras. O platonismo, a influência e a teologia sistemática contribuíram
negativamente com essa visão onde a pessoa é dicotomizada. Norman L.
Geisler observa que parte do descuido do “homem total” iniciou-se na ênfase
platônica não cristã sobre a dualidade do ser humano. Os cristãos da idade
média transmitiram e a temos até o presente. Em resumo, o platonismo
argumenta que o ser humano é essencialmente um ser espiritual e que apenas
tem conexão funcional com o corpo que, na melhor das hipóteses, é um
impedimento e, um grande mal. A correção desse erro está nas escrituras
sagradas acerca da unidade essencial do ser humano.
Além da herança platônica, os missionários europeus e norte-americanos
que estiveram no Brasil não conseguiram passar adiante a ideia da missão
integral. O que recebemos deles foi em suma um evangelho mais espiritualista.
Coisa que é possível de se perceber nas mensagens e hinos até os dias de hoje.
Porém, não podemos dizer que não houve envolvimento em ações sociais
nesses períodos. Há exemplos de missionários como Robert e Sara Kalley,
Ashbell Green e outros, que fizeram a diferença desempenhando um belo papel
social muito grande em nosso país. Então, porque não aprendemos com essas
pessoas? Pelo menos por três razoes: Uma delas citada a pouco, é a reação ao
marxismo e ideologias sócio-políticas. Uma segunda razão é que a maioria dos
missionários aqui chegados tendiam para a corrente do evangelho individual. E
por fim, uma terceira razão seria que os missionários europeus e norte-
americanos realizaram um trabalho, ora nobre e sacrificial, ora dominador e
paternalista, mas, com raras exceções transmitiam a ideia de que o alcançado
deveria fazer o mesmo indo de encontro aos necessitados. Dando assim, a
impressão de que missões é uma coisa que o brasileiro só recebe e não oferece.
Mesmo que a teologia sistemática seja uma tentativa interessante de
organizar conceitos e pensamentos religiosos e variados, é preciso tomar
cuidado com a mesma. Alguns consideram a teologia sistemática como um
depósito eterno e inalterável de verdades divinas. A palavra de Deus é inviolável,
porém, novas compreensões teológicas e reformulações surgem a cada
geração. O texto bíblico, de tempos em tempos, precisa ser reinterpretado e
reaplicado ao contexto moderno. Com seus estudos dicotomizados, ou mesmo
tricotomizados, perdeu-se de vista a perspectiva bíblica de que somos um todo.
É certo que isso tem valor negativo na compreensão da igreja em relação a
missão integral.
Dentro dessa intenção de resgatar a compreensão da missão integral na
igreja, é preciso definir dois fatores a serem destacados: Primeiro, a missão da
igreja é holística e diaconal. Embora pareça óbvio, não é. Afinal, colocar na
cabeça do nosso povo que o envolvimento deve ser total não é tão fácil. A igreja
como sal da terra e luz do mundo deve atua em diversas áreas da sociedade. A
injustiça social tem manchado a imagem de Deus nos seres humanos e a igreja
muitas vezes tem se afastado dessas realidades. É fato que a igreja não é uma
instituição político-partidária que deva defender bandeiras partidárias. Ela é mais
que isso. É uma instituição divina que vai além do partidarismo. Por isso, deve
ser mais justa e mais bem-intencionada que qualquer partido ou governo. I igreja
não prega uma forma de governo, mas trabalha por uma consciência
democrática, à luz dos conceitos de liberdade, dignidade humana, respeito ao
próximo e sobre tudo, de amor a Deus e a humanidade. A igreja foi colocada no
mundo para ser a voz que clama no deserto a fim de fazer diferença nesse
mundo. A igreja precisa descer o monte da transfiguração, lugar de
contemplação, e estar com os mais necessitados e ajuda-los em suas faltas
básicas. Isso é, despertar na igreja uma missão diaconal e encarnacional.
A missão da igreja é bíblica. Quando é dito que a missão integral da igreja
é bíblica, queremos dizer que não é uma filosofia cega ou um modismo
passageiro. É uma verdade bíblica que precisa ser resgatada e praticada em sua
totalidade. A prática deve seguir a doutrina. Uma só delas desagrada a Deus.

A MISSÃO INTEGRAL NA BÍBLIA


A missão integral possui respaldo bíblico tanto no antigo quanto no novo
testamento. Com isso, queremos dizer que se deve atender tanto as
necessidades espirituais quanto as necessidades físicas da pessoa. A missão
integral aponta para os pobres deste mundo. Jesus foi o campeão dos pobres
desse mundo, entre os oprimidos ele foi um deles, se pôs em nosso lugar.
No antigo testamento percebe-se uma preferência de Deus pelos pobres
e necessitados. Ele não nos divide em classes sociais, mas, com certeza assiste
de forma especial aqueles que não tem vez. Existem pelo menos vinte e cinco
palavras hebraicas no antigo testamento para falar do oprimido, do humilhado,
do desesperado, do que clama por justiça, do fraco, do desamparado, do
carente, do pobre, do estrangeiro, da viúva e do órfão. Em Isaias 58.3-8, se diz
do jejum onde não há a pratica da ajuda ao podre e o oprimido, como sendo
inútil. Em Ezequiel 16.49, dentre os pecados cometidos por Sodoma, um deles
seria eles serem abastados sem socorrerem os pobres.
No novo testamento, com base em Lucas 4.18,19, Jesus é a revelação
máxima da missão integral de Deus. Jesus foi visto por vezes enfrentando
àqueles que oprimiam os pobres e desfavorecidos. Em seguida os apóstolos
continuam com ações em favor de necessitados. Atos capítulos 5 e 6. Em
Jerusalém, Pedro, Tiago e João recomendaram a Paulo e a Barnabé que não se
esquecessem dos pobres. Em Gálatas 2.10, Paulo diz que se esforçou por fazer
isso. Os mais abastados na igreja em Jerusalém ajudam os mais necessitados.
Os diáconos são instituídos no intuito de distribuir alimentos entre as viúvas.
Outros registros bíblicos dão ênfase a essa prática. Isso era comum entre os
irmãos dessa igreja primitiva.
Na teologia contemporânea, não são poucos os que escrevem sobre o
assunto. Porém dois, Timóteo Carriker e René Padilla, recebem certo destaque
por serem teólogos de renome mundial nesse assunto. Segundo, porque cada
um deles escreveu um livro com o mesmo nome, Missão Integral, com mais de
300 páginas cada. Terceiro, abordagens diversas nas duas obras tornam mais
interessante o tema. Timóteo Carriker destaca as diversas dimensões, na
Palavra de Deus, da identidade e tarefa missionárias do povo de Deus. Segundo
Carriker, Deus age no êxodo, no dilúvio e nos cativeiros e essas são ações
históricas e sociais. A abordagem de René Padilla, é mais teológica e manos
bíblica. Por “mais teológicas” queremos dizer que os argumentos de Padilla
estão mais na área das ideias, o que não diminui o valor da obra dele. Por
“menos bíblica” queremos afirmar que o livro de Padilla não é uma teologia
bíblica nos moldes de Carriker. Porém, seus princípios são eminentemente
bíblicos. Para Padilla o conceito romântico da obra missionária levou
missionários às pequenas tribos e selvas, esquecendo-se das cidades. Para o
mesmo, o grande desafia para a igreja evangelizadora está nas cidades, onde
tem se aglomerado a maior parte das pessoas.

OS DESAFIOS DA MISSÃO INTEGRAL DA IGREJA


Nesse momento, apresentaremos os desafios da igreja dentro do contexto
brasileiro. Dividiremos em duas partes distintas: Os desafios sociais da igreja e
os desafios eclesiais. Dentro dos desafios sociais temos grandes dificuldades,
pois nosso país ainda caminha a passo lentos de um desenvolvimento integral.
Mas, é preciso pensar por onde começar a agir. O que não podemos é nos
esquivar de nossa missão. Em Lausanne declarou-se: “afirmamos que a
evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever
cristão”. A igreja precisa levantar sua voz profética que denuncia os desmandos
dessa sociedade. Não deve jamais agir com truculência ou violência, mas não
deve se calar ante a injustiça. É nesse espirito de confrontação que a igreja deve
pautar sua agenda e oferecer propostas terapêuticas para uma sociedade
adoentada.
Os desafios eclesiais da igreja brasileira são os maiores possíveis. Dentro
de nossos arraiais há pouca consciência da Missio Dei, mas por nossa culpa,
pouco tem sido feito. Seja por culpa dos que lideram ou mesmo culpa dos
liderados. Mas, a verdade é que pouco avançamos. A igreja que queira vencer
seus desafios missionais precisa considerar essas implicações: A revisão das
estruturas não funcionais e a afirmação do compromisso missionário. Em
primeiro lugar, o que tem contribuído para que a missão integral não funcione
em nossas igrejas é a falta de estruturas que funcionem. Estruturas enrijecidas
no tradicionalismo matam a visão da igreja. Para desfazer esse mal, é preciso a
quebra de paradigma. Só assim essa igreja se tornará funcional. Para isso, é
preciso muita coragem em mudar parâmetros que já funcionam a muito tempo.
E tudo começa com a mudança da mente dos acomodados e dos saudosistas.
O que tem matado muitas igrejas é essa não funcionalidade, igreja dentro das
quatro paredes. O processo em que vão ser mudados os paradigmas não deve
acontecer de maneira abrupta. É preciso prudência para trabalhar aqueles que
pensam diferente. E jamais deve-se fazer mudanças por decreto, pois sem
diálogo e conscientização essa mudança não ocorrerá. Em segundo, a
reafirmação do compromisso missionário. As igrejas que passaram por uma
conscientização missionária e não mais foram lembradas de seu compromisso,
rapidamente minguarão. Essa igreja precisa lembrar de que está no mundo para
servir integralmente.

O CRESCIMENTO INTEGRAL DA IGREJA: UMA AVALIAÇÃO BÍBLICO-


TEOLÓGICA
Duas visões teológicas acerca do crescimento da igreja serão
apresentadas. A primeira se encontra na obra de R. Alan Tippet, missionário
metodista e antropólogo. Para o autor há algumas evidencias bíblicas em torno
do tema: a noção é que a igreja deve permanecer sempre em crescimento. Para
isso o autor oferece abundantes provas escriturísticas. Usa principalmente a
igreja primitiva como base de sua argumentação. Acredita que nela está a
comprovação do crescimento quantitativo, qualitativo e orgânico. Afirma
também, que os Salmos, os profetas de Israel e Judá, Jesus e os apóstolos,
todos afirmam a vontade de Deus na expansão da verdade da salvação até os
confins da terra, e a incorporação numa comunidade daqueles que
experimentaram a salvação. Apresenta o crescimento como sendo de fora: físico
e numérico; e de dentro: espiritual ou qualitativo. Ainda que as escrituras afirmem
que é Deus quem dá o crescimento, o autor acredita que compete ao ser humano
cooperar com Deus usando os recursos que Ele proveu sabiamente à medida
em que edificamos sob a direção do Espírito Santo. O grande alvo da missão
humana é a conversão dos homens. O crescimento da igreja só é verdadeiro por
meio da conversão dos perdidos em resposta a proclamação do evangelho de
Cristo. O crescimento é continuo, efetuado ininterruptamente, sem pausa. É
quantitativo, pois adiciona novos convertidos. E é qualitativo com o
aperfeiçoamento deste para que o crescimento não pare. Deus age no contexto
cultural e estrutura social de cada um, cabendo a nós o entendimento de tal
processo. Também, merece atenção, os fatores humanos que impedem o
crescimento da igreja. Deixar o proposito principal, a salvação dos perdidos de
lado, é um fator determinante na sua estagnação. Achar que Deus fará tudo faz
com que a igreja que assim pensa, pare e não faça nada. Outro fator humano
que pode impedir o crescimento da igreja é continuar falando a pessoas que não
querem ouvir e nem receber a salvação.
Para que haja crescimento a igreja deve combater o isolamento do
membro, estimulando-o a viver em comunidade levando-o a cooperar com o seu
crescimento. Trabalha a qualidade dos crentes, pois não há qualidade estéril.
Agora, veremos o crescimento da igreja segundo Orlando E. Costas.
Nascido em lar metodista, se tornou Batista na adolescência. Pensa diferente do
autor anterior e cria certa polêmica. Orlando Costas postula o seguinte: a missão
é fundada na missão do Deus trino, seu objetivo ultimo e definitivo é a plena
manifestação do reino messiânico, entendido como uma nova ordem de vida
caracterizada pelo amor, justiça e paz. A igreja é o primeiro fruto da nova ordem:
ela antecipa o reino messiânico em sua vida e o proclama em sua missão. Sendo
assim, o crescimento da igreja, é provisional e penúltimo da missão de Deus, e
ele deve ser realizado em função do objetivo último: o reino de Deus. Sendo o
objetivo final, Deus e seu governo serem conhecidos. Para o autor, o
crescimento deve ser multidimensional. Sendo ele numérico e orgânico. Ele usa
o exemplo da igreja pentecostal no Chile entre os anos 1930 e 1950, onde o
número de membros dobrou nesse período. Mas, mesmo com características
carismáticas e ajuntamento de multidões, essa igreja perdeu a visão missionária
e cresceu o número de pessoas saindo e se desviando ou criando novas igrejas
das que já existiam. Isso dá a entender que essa igreja acreditou que o indivíduo
poderia ser salvo, mas a sociedade não. Como se a igreja não pudesse encarnar
na sua cena social.
Um crescimento numérico, na igreja brasileira vem acontecendo a anos.
Dados comprovam que em poucos anoso, os evangélicos serão metade da
população brasileira. No entanto, há um fator negativo nisso. O crescimento
acelerado dessa igreja, também arrasta consigo o crescimento de adeptos
nominais. Esse fenômeno é considerado normal. Sendo que se a igreja almeja
crescer numericamente e qualitativamente, um tempo maior será necessário.

DIMENSÕES DO CRESCIMENTO DA IGREJA


O crescimento numérico é essencial a igreja, pois numa analogia, ele
representa a renovação dos tecidos celulares do corpo de Cristo. Mais pessoas
são agregadas a causa do reino de Deus. Isso deve se dá por causa do
desenvolvimento interno da igreja. Por isso, não é um fim em si mesmo, mas no
processo de uma evangelização coerente e integral.
O crescimento orgânico é um termo para se referir ao desenvolvimento
interno da comunidade da fé. Refere-se ao crescimento saudável e qualitativo
de toda a estrutura interna da igreja. Diz respeito também a sua comunhão. Por
isso da necessidade de bons nutrientes da palavra e exercícios das disciplinas
espirituais.
O crescimento conceitual diz respeito à capacidade dessa igreja explicar
a própria fé. Envolve conhecimento das escrituras assim como da história cristã.
Dá a igreja a capacidade intelectual para enfrentar todo tipo de doutrinas
equivocadas e maldosas. Evita o engessamento da igreja garantindo sua
criatividade evangelizadora, orgânica e ética. Envolve ensino, pregação,
discipulado e teologia.
Por fim, temos o crescimento diaconal, que está relacionado ao serviço
que prestamos ao mundo. A igreja, enquanto comunidade diaconal, deve seguir
o exemplo de Jesus e se colocar a atender as necessidades das pessoas.
Anunciar o reino de Deus e multiplicar pão para socorrer os famintos é o nosso
papel. Isso também é ser corpo de Cristo – mãos e pés de Jesus. No universo
capitalista em que vivemos há muita desumanidade, e algumas igrejas se deixam
guiar por esses valores errados. Mas, a ekklesia, não pode comprometer sua
identidade deixando de ser agente do reino de Deus. Portanto, o autor Orlando
Costas, entende que é preciso crescer em todas essas dimensões de forma
orientada pelas escrituras para que a igreja desfrute de um crescimento integral.

PRINCÍPIOS DE DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA?


É natural aquilo que aprendemos com a natureza. Aprender com aquilo
que é orgânico é aprender com o criador. Jesus usou diversos exemplos
agrícolas e orgânicos, chegando a dizer que deveríamos observar os lírios nos
campos para observarmos como eles crescem. Nós precisamos descobrir nosso
potencial de multiplicação e crescimento. Existem modelos naturais e artificiais
de crescimento. Apeguemo-nos aos naturais, pois tem muito que nos ensinar.
Como ramos da videira, todos podemos produzir. Dessa forma, nosso papel não
é dar crescimento a igreja, mas sim cuidar e tratar de sua nutrição e saúde para
que Deus proporcione o crescimento. Isso pode ser representado em Marcos
4.26-29.

PRINCÍPIOS DE CRESCIMENTO DA IGREJAS


O Evangelismo – É o ponto central do crescimento da igreja. Ele deve ser
direcionado de forma a criar acesso às pessoas de seu tempo e lugar. Aproveitar
as amizades para evangelizar de forma mais profunda e aproveitar todas as
ferramentas disponíveis para levar a mensagem de transformação. O
evangelismo de presença seria aquele em que o cristão se aproxima de pessoas
para ajuda-las, fazendo o bem a quem for possível. O evangelismo de
proclamação é aquele em que a mensagem é apresentada em forma de
pregação, e onde o evangelho é explicado, anunciado. O evangelismo de
persuasão é fazer discípulos acompanhando-os por tempo indefinido.
A Liderança capacitadora – É o serviço de investir tempo e dinheiro na
capacitação de outras pessoas para o ministério.
O ministério orientado pelos dons – Deus, por sua vontade soberana, deu
dons aos seus filhos e espera que cada um deles se engaje numa ou mais áreas
específicas. Espera que cada um viva de acordo com seus dons. Assim, não
trabalham só por suas forças, mas pela força do Espírito Santo. Dessa forma,
pessoas normais podem exercer tarefas especiais.
A espiritualidade contagiante – É a ocasião em que cada membro vive
com paixão e entusiasmo a vida cristã. Pois, fazem aquilo para que foram
criadas. A paixão espiritual se opõe ao senso de que tenho que cumprir minhas
obrigações. Quem vive só tendo que cumprir obrigações não tem alegria no
Espírito Santo. Vida de oração e envolvimento com a Palavra são parte de sua
alegria e não um peso a ser carregado.
As Estruturas funcionais – É a estrutura que trabalha a continuidade.
Líderes não só lideram, mas trabalha na formação de novos líderes. Infelizmente
o tradicionalismo é uma das dificuldades para se constituir estruturas que
funcionam, pois no anseio de melhorar é preciso fazer mudanças, às vezes
constantes, até conseguir chegar ao ideal.
Os cultos inspiradores – O culto é a expressão clara da devoção cristã,
por isso precisa inspirar as pessoas que vão a ele. Além de nossos esforços,
isso só é possível por meio do Espírito Santo.
Os relacionamentos marcados pelo amor fraternal – O crescimento
integral de uma igreja está intimamente ligado a sua capacidade de amar. O
amor é o brilho que a igreja precisa. As pessoas estão cansadas de discursos
sobre o amor. Elas querem experimentar.
Os Pequenos grupos – O crescimento da igreja se dá pela multiplicação
dos pequenos grupos. Isso foi comprovado como um dos princípios de
crescimento mais importantes. As relações nesses grupos influenciam a
qualidade de convivência da igreja. Neles, se tem a oportunidade de se colocar
em prática as verdades refletidas nele e pregadas na igreja.
A Plantação de Igrejas – Há muito fundamento bíblico para a plantação
de novas igrejas. É um movimento percebido claramente no livro de Atos dos
Apóstolos. O cristianismo é uma fé relacional, mas não pode se contentar com o
que tem. Deve promover abertura de novas igrejas nos moldes da igreja inicial
em todos os lugares.
A Pregação para o crescimento da igreja. Enquanto se afia o machado
com cuidado, escolhe-se a próxima árvore com exatidão. Enquanto se expõe
com integridade aborda-se a cultura com relevância. O crescimento da igreja
vem pela pregação genuína da Palavra de Deus.

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