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SEMINÁRIO EVANGÉLICO AVIVAMENTO BÍBLICO

ESEQUIAS BENÍCIO DE SÁ

MULTIPLICANDO DISCÍPULO

RIBEIRÃO PIRES
2021
ESEQUIAS BENÍCIO DE SÁ

MULTIPLICANDO DISCÍPULOS

Resumo apresentado à Seminário


Evangélico Avivamento Bíblico, como
requisito parcial para aprovação na
disciplina de Evangelismo, lecionada pelo
professor Ronaldo Guedes.

RIBEIRÃO PIRES
2021
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RESUMO DA OBRA
MULTIPLICANDO DISCIPULOS
Waylon B. Moore

Introdução

Waylon Moore é apresentado como um pastor minucioso em seu serviço de


discipulado um a um. Tendo como ponto forte sua base bíblica. Para o autor
''Quando a igreja exala discípulos, inala convertidos." Este livro associa diretamente
a missão de fazer discípulos com a igreja local. O autor acredita que há uma ação
do Espírito excepcional por meio da América do Norte no mundo, pois há um
número grande de pessoas professando a fé cristã. Mas, com precaução, questiona
a qualidade desse crescimento. Como esperança para a igreja, menciona a atenção
que pastores estão dando ao potencial dos pequenos grupos e principalmente do
discipulado um a um como meios mais efetivos no alcance e orientação espiritual.
Este livro trata de como treinar líderes de forma a produzir multiplicadores. Três
princípios estão são essenciais nesse processo: intercessão por outro discípulo,
ajuda para que ele cresça até o seu pleno potencial em Cristo e estar sempre
disponível para ele.

O desafio: alcançar o mundo

Este livro trata da multiplicação espiritual através do processo de fazer discípulos,


com o objetivo final de alcançar o mundo para Cristo. O autor apresenta a proposta
de um processo dinâmico onde qualquer pessoa pode fazer, em qualquer lugar, mas
o melhor lugar para começar é na igreja local. O mesmo menciona o exemplo de
Edward Kimbal, XIX, que gerou frutos até às gerações recentes. E adverte: Cristo
nos chama para sermos discípulos que se multipliquem espiritualmente. Tal
multiplicação deve ser resultado de uma aplicação consciente de princípios bíblicos,
e não apenas coincidência.

O método: multiplicando discípulos

Discípulo significa pessoa “ensinada” ou “treinada” por seu mestre. No Evangelho de


João, Jesus define a palavra discípulo de três maneiras: Primeiro: Discípulo um
crente que está envolvido com a palavra de Deus de maneira continua (Jo 8.31).
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Segundo: Discípulo é alguém que dá a sua vida pelos outros. (Jo 13.34,35).
Terceiro: Discípulo é alguém que permanece diariamente em uma união frutífera
com Cristo (Jo 15.4,5). Para ser discípulo nesses moldes é preciso pagar o preço,
pois requer-se disciplina pessoal e renúncia (Lc 14.33). Fazer uma entrega
irrevogável a Cristo como Senhor é essencial para o discipulado bíblico, mas não é
suficiente. Essa entrega precisa ser renovada todos os dias. Reavalie o seu
caminhar com Cristo, a luz dessas definições bíblicas de discipulado, pois você
mesmo precisa primeiro ser um discípulo, antes de poder discipular outros. De
acordo com o autor há pelo menos três precedentes bíblicos para se edificar
discípulos: Primeiro: O Discipulado do Velho Testamento – O conceito de
compartilhamento é antigo. Mas, Moisés não era acostumado com ele. Deus orienta
Moisés a compartilhar sua vida com Josué. Moisés deveria compartilhar com seu
sucessor tudo o que havia aprendido de Deus. Além de falar às multidões do povo
de Deus, agora falaria individualmente à Josué. O mesmo acontece com Elias, que
falava a turmas de aprendizes de profetas, mas foi acompanhado de perto pelo
jovem Eliseu que o pediu porção dobrada do poder que havia nele. A ênfase no
relacionamento de mestre a discípulo alicerçou o fundamento do discipulado no
Novo Testamento. Segundo: O Ministério Público de Jesus – O ministério de Jesus
abrangeu quatro abordagens básicas: Ele pregou. Jesus pregou com amor e
autoridade novos conceitos, nova revelação da parte de Deus “e a multidão o ouvia
com prazer” (Mc 12.37). Ele ensinou. Foi uma das coisas que Ele mais fez. E usou
vários métodos de ensino. Ele curou. Ninguém saía presença de Jesus sem ser
curado. Diz as Escrituras em certa ocasião: "e toda a multidão procurava tocar-lhe;
porque saía dele poder que curava a todos" (Lc 6.19). Ele realizou milagres.
Realizou muitos milagres. Os seus discípulos ficaram atônitos quando ele acalmou a
tempestade. Terceiro: O Ministério Privado de Jesus – Jesus exerceu um ministério
privado estratégico, mas, simples. Às vezes passava desapercebido. Seu propósito
era de edificar seus discípulos para que se multiplicassem levando a mensagem da
salvação. Ganhar almas é o primeiro passo nesse processo que depois continua
com a formação do novo discípulo.

Discipular e uma das maneiras mais estratégicas para se ter um ministério pessoal
ilimitado. Isso pode ser feito em qualquer tempo, por qualquer pessoa, em qualquer
lugar e entre qualquer grupo etário. Discipulador é flexível, não dependendo da
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estrutura ou agendas da igreja local. Discipular é a maneira mais rápida e segura de


mobilizar a igreja para o evangelismo. Uma das formas mais rápidas de aumentar o
numero de batismos é aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para
Cristo e o discipulado. O discipulado forma líderes maduros centralizados em Cristo
e baseados na Palavra. É um ciclo onde ao evangelizar ganhamos pessoas e logo
as envolvemos no processo. Sendo assim, ganhamos almas e formamos líderes.
Edificar discípulos é o que desenvolve os futuros lideres da igreja. Quando a igreja
exala discípulos, inala convertidos; desta forma, ela cresce. À medida que o
discípulo recebe treinamento individual (por um discípulo mais maduro), ele se torna
capaz de multiplicar-se.

Embora distantes de pessoas como Paulo, Pedro, André, João, Barnabé, Priscila e
Aquila, que exerceram habilmente seus ministérios, devemos seguir o exemplo
deles e de tantos outros. Alguns deles puderam influenciar a multidões, mas todos
influenciaram individualmente a alguém compartilhando o que sabiam sobre Cristo,
gerando assim, uma cadeia de multiplicação.

Um nascimento espiritual sadio é essencial para o crescimento no discipulado. Parte


do retardamento espiritual, nos membros da igreja, pode ser atribuído a problemas
na decisão. Billy Graham afirmou que: “A decisão é cinco por cento; o seguimento a
esta decisão e noventa e cinco por cento”. Por isso o discipulado deve começar
imediatamente após a conversão para um discipulado responsável. Em vários
lugares do mundo é possível constatar que a maioria das pessoas que tomam uma
decisão pública por Cristo nem sequer aparecem na igreja. Há uma brecha de tempo
entre o momento da conversão e o batismo que deve ser evitada. O
aconselhamento imediato e essencial.

No primeiro século d.C. os novos cristãos, cresceram em Cristo e se tornaram


comunidades eclesiásticas, e as novas igrejas se multiplicaram. Mas, veja o que
Paulo ensina em I Tessalonicenses como atitude necessária no tratamento com os
novos crentes: Primeiro, a correspondência Pessoal – Ele escrevia cartas pessoais
para orientar àqueles que que havia ganho para Cristo. Podemos usar o mesmo
conceito hoje em dia. Podemos mandar mensagens pessoais com pequenos
estudos bíblicos simples. Segundo a intercessão pessoal – Paulo dá atenção
especial à intercessão. ''Sempre damos graças a Deus por vos todos, fazendo
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menção de vós em nossas orações" (I Ts 1.2). Veja mais: “Rogando


incessantemente, de noite e de dia, para que possamos ver o vosso rosto e suprir o
que falta a vossa fé" (I Ts 3.10). Terceiro, representantes pessoais – Paulo muitas
vezes ajudou crentes novos, enviando um representante - alguém que ele havia
treinado pessoalmente para ministrar a eles. Quarto, contato pessoal – Essas três
ações que mencionamos são muito importantes, mas, acima delas está a
necessidade do contato pessoal. O contato pessoal é essencial ao novo convertido.
Paulo nunca pregou e saiu correndo. “Assim como vocês sabem, como estivemos
com vocês um a um, como um pai com os seus filhos, exortando, chamando e
testemunhando" (1 Ts 2.11).

O processo: como edificar discípulos multiplicadores

Nesse momento, focalizaremos nas qualidades espirituais que os discípulos


precisam ter antes de poderem se multiplicar. Essas qualidades espirituais são: Em
primeiro lugar, ter uma vida que seja dominada pela graça de Cristo. Paulo ordena a
Timóteo: "Fortifica-te na graça que ha em Cristo Jesus" (II Tm 2.1). Este e o alicerce
para um ministério eficiente. Em segundo lugar, ser dedicado ao ministério de
multiplicação. Em II Tm 2.2 Paulo adverte: “E o que de mim ouviste diante de muitas
testemunhas, transmite-o a homens fieis, que sejam idôneos para tambem ensinem
os outros." Timóteo devia ser um canal para outros, o compartilhar o que Paulo lhe
havia ensinado. A palavra transmite e imperativa. Em terceiro lugar, ser disciplinado
para uma vida que agrade a Deus. Discipular não é uma rotina fácil, e cômoda; é
uma vida de exigências. ''Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum
soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar aquele
que o alistou para a guerra" (II Tm 2.3,4). O multiplicador deve esperar sofrimentos,
e deve suportá-los. Ele não deve queixar-se quando o seu ministério se torna difícil.

Nesse processo é preciso também desenvolver o coração de servo. Sendo servo,


você será um canal nas mãos de Deus. Algumas pessoas podem ser alcançadas
com apenas uma apresentação do evangelho, mas outras só virão a Cristo quando
as servirmos. Ser servo e uma atitude, e não uma posição. Envolve uma disposição
para satisfazer as necessidades de outros. Muitas vezes o servo não será visível,
porem mais cedo ou mais tarde os outros começarão a depender dele e a procura-
lo. Quanto ao modelo de servo, temos que imitar a Jesus. Ele foi o servo sofredor.
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Sobre onde devemos evangelizar dizemos: Somos servos de Cristo onde estamos
agora, e à medida que ele nos dirige, até os confins da terra.

Afirmamos também que a “disponibilidade e mais rara do que capacidade.” A igreja


foi estabelecida em Éfeso num tempo de três anos pelo apóstolo Paulo. Ele edificou
essa igreja usando três princípios multiplicadores espirituais:

Primeiro, o princípio da presença, segundo o princípio do amor e carinho associados


com um coração de pai ou de mãe e o terceiro, o princípio de ritmo.
Desenvolveremos um pouco sobra cada um deles agora.

O princípio da presença – É a necessidade de presença prolongada com o seu


discípulo. Jesus convocou os discípulos “para estarem com ELE”, e depois os enviar
a pregar. Através de Atos e das epístolas, vemos a quantidade extraordinariamente
grande de tempo que Paulo gastava em comunhão e treinamento em pequenos
grupos. Ele estava com os novos crentes "sempre" (At 20.18). Agora nos
perguntamos, o que oferecer a um novo discípulo faminto por Deus? Se você tiver a
chance e condições de ensinar ao novo discípulo veja o que não pode fazer: Não
pode se queixar a respeito da igreja para ele; não pode ficar chorando um no ombro
do outro e não pode transmitir o conteúdo proposto como se fosse um estudo bíblico
de orador e ouvinte. Por outro lado, veja o que fazer: Seja sensível quanto ao tempo
dos encontros. Esse tempo pode variar, conforme o Espirito Santo dirigir; revise o
que foi alcançado no encontro anterior. Discuta os princípios bíblicos com o
discípulo; ensine doutrina e como aplicar a Palavra de Deus a vida diária; mostrar,
através de exemplos próprios, que os princípios bíblicos funcionam; ensine que
tratar questões hoje, pode evitar problemas amanhã e orem juntos com louvor e
intercessão.

O princípio do amor – Desenvolver um coração de pai ou de mãe é extremamente


importante nesse processo. Paulo disse que confiava que Deus iria amadurecer
aqueles que ele salvara (Fl 1.6). Os que desejam multiplicar-se através do mundo
precisam ser amorosamente responsáveis pela vida dos outros, da mesma forma
como um pai, ou mãe, o e para com um filho. É um investimento espiritual e feito em
outra vida, você participa de toda a glória das recompensas espirituais que serão
colhidas através dessa vida (I Ts 2.20). Temos uma quádrupla responsabilidade
como pais ou mães espirituais: de amar, alimentar, proteger e treinar os nossos
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discípulos. 1. Pai espiritual ama – ''Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35). "Eu de muito boa vontade
gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas. Se mais abundantemente vos
amo, serei menos amado?" (II Co 12.15). 2. Pai espiritual alimenta – Você ensina e
na jornada orienta o novo discípulo de como ler e estudar as Escrituras. "Não me
esquivei de vos anunciar todo o conselho de Deus" (At 20.27). A princípio, a criança
é alimentada pelos outros; mais tarde, ela começa a se alimentar, e finalmente,
quando adulta, passa a alimentar outros. 3. Pai espiritual protege seus filhos –
Advirta-os sobre os perigos das três tentações básicas, que satanás usa para nos
levar a pecar, que se encontram em I Jo 2.15,16: " Não ameis o mundo, nem o que
há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o
que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida, não vem do Pai, mas, sim, do mundo". Ajude-os também em
relação a observar a sua conduta para com o sexo oposto. Oriente-os a respeito do
perigo dos olhares. Também a respeito do perigo das riquezas. Sem esquecer do
grande perigo da soberba. Ajude-o a crer que: “Maior e aquele que está em vós do
que aquele que está no mundo" (I Jo 4.4). Ao fim, proteja-o corrigindo seus
discípulos, isso também é uma demonstração de amor e cuidado. Mas, como dito,
faça-o em amor. Prepare-os para a nova vida em Cristo.

Agora falaremos do ritmo no discipulado. Ao correr uma longa distância, o atleta


precisa estabelecer um ritmo apropriado para que consiga terminar a prova em
disputa. Jesus ensinou pelo exemplo e mandou que seus discípulos testificassem
dele, como ele lhes disse: ''Porque estais comigo desde o principio" (Jo 15.27). Mais
tarde, religiosos disseram reconhecer homens como discípulos de Jesus somente
observando eles. Paulo também deu exemplo para seus seguidores dizendo: "O que
também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o
Deus de paz será convosco" (Fl 4.9). Tais exemplos eram os reguladores do ritmo
de cada discípulo. O que deve haver em nossa vida para outras pessoas sigam-nos
como servos de Jesus? O que preciso para ser um exemplo no modelo de Jesus?
Para que possamos multiplicar através de outras pessoas, precisamos exemplificar
qualidades tais como: Entrega – Onde precisa haver tanto uma entrega inicial como
uma renovação diária, à medida que Cristo continuamente vá revelando novas
verdades através da Palavra. Isso significa abrir mão dos seus direitos, entregá-los
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todos a Cristo; Separação – Afastamento das coisas do mundo, de seus padrões e


valores. Basicamente, mundanismo e a exclusão do senhorio de Cristo como centro
da vida. O acróstico TEMPO é um teste bom e positivo da vontade de Deus: Tempo
- É o meu servo ou, meu senhor? Equidade - Com este ato o que estou me
tornando? Isto e algo que me ajudara a crescer espiritualmente? Ministério - Sou
capaz de ministrar as necessidades mais profundas dos outros, através desta ação?
Pregação - Esta escolha me capacita a fazer avançar a Grande comissão? Oração -
Posso fazer isto em oração? Esta ação desfaz a minha comunhão com Deus? A
disciplina sistemática é outra qualidade importante do multiplicador eficiente. Além
do que já citamos é necessário também alguns elementos básicos de liderança:
Motivação – Deve ser única e exclusivamente motivados pela ordem de Jesus sobre
a missão. Bom julgamento – Espere com paciência no Senhor. Reúna todos os
fatos. Busque conselhos de pessoas maduras. Depois, tome uma decisão de todo o
coração. iniciativa – Algumas pessoas tem medo de tomar iniciativas. Mas, com uma
direção você deve ser ousado e realizar. Entusiasmo – "E tudo quanto fizerdes,
fazei-o de coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que do Senhor
recebereis como recompensa a herança" (Cl 3.23,24). Faça de coração e assim
contagiará outras pessoas. Flexibilidade – Aprenda a diferença entre um princípio da
Palavra de Deus e os métodos dos homens. Esteja pronta para mudar caso seja
necessário e não deixe que tradições humanas e engessem. Apreciação – A arte de
encorajar alguém por meio de um elogio verdadeiro é um sinal de sua capacidade
de amar. Manifeste reconhecimento verbal pela energia despendida pelas pessoas
que estão ao seu redor. Paciência – Jesus nunca estava com pressa. A pressa
sempre implica em falta de método definido, confusão e impaciência, por causa de
crescimento vagaroso.

Mas, o processo do discipulado não é fácil, por isso muitos fracassam por várias
razões. A lista é grande e inclui: Falta de iniciativa, falta de ambição, descuido, falta
de espírito de cooperação, preguiça e outras mais. Corremos o risco de esperar
muito de uma pessoa, ou de dar valor demasiado a outra. Fique certo de que
sempre haverá falhas. Para evitar esse perigo, é preciso correr a carreira da vida
focalizados no determinador de ritmo final: ''Fitando os olhos em Jesus, autor e
consumador da nossa fé" (Hb 12.2).

A prática: dê início agora


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Hudson Taylor, missionário na China afirmou que para convocar outros missionários
era preciso duas coisas: Oração - ''Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara'' (Mat. 9:38), e Vidas saturadas com a palavra de
Deus - O Dr. Taylor dizia que, para conseguir trabalha dores, precisa haver um
aprofundamento da palavra de Deus diariamente. Mas, como encontrar discípulos
na igreja local? Comece orando! Jesus passou uma noite inteira em oração antes de
escolher os doze (Lc 6.12). Procure uma pessoa faminta que estejam dispostas a
pagar o preço das circunstâncias. Fique alerta quanto aos que são fieis e capazes
de ensinar. Não deixe de lado o óbvio: professores, diáconos e administradores. Não
ignore os membros de sua família. O treinador precisa deixar claro alguns alvos para
seus discípulos, tais como: desenvolvimento do caráter, um ponto de vista
compreensivo, competência e estabilidade. Comece logo! Não precisamos ter medo
de começar algo em nossa igreja. Pode ser um começo silencioso e em pequena
escala. Deus fará com que cresça. Visto que é necessário um discípulo para formar
um novo discípulo, tudo começa em você. Use também as estruturas já existentes
na igreja local, faça conferências, retiros e encontros para tratar sobre o assunto.
Que as iniciativas partam do pastor da igreja, pois sem isso não será possível.
Depois de muita oração, escolha os multiplicadores em potencial. Eles precisam ser
aptos para ensinar e fiel. Realize reuniões e dê tarefas para eles e avalie-os.
Qualquer pessoa pode ser um discipulador, um multiplicador. A produção de líderes
é uma necessidade crítica não satisfeita nas igrejas locais. O treinamento de um
grupo pode ser o ponto de partida para o desenvolvimento de líderes, mas pode ter
algumas limitações. Agora, deve ser feito o discipulado individual ou o de grupo? Os
dois. O discipulado individual não é um relacionamento restrito. As mesmas pessoas
podem ser envolvidas em outros ministérios. E repetimos, qualquer pessoa na igreja
local pode realizar o discipulado individual. O discipulado consiste em simplesmente
compartilhar com outra pessoa o que o Senhor está fazendo em sua vida, e levá-la
ao degrau que você alcançou.

Bibliografia

MOORE, Waylon B. Multiplicando Discípulos. 4. Ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1995.


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