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Curso Pastoral SEAB

Atividade: História da Igreja, Pr. Aloisio

Denilson de Sousa
Paulo César de Brito

Esequias Sá

Luciano Maciel

Maximiano

Gutenberg

*Vida e Obra de John Wesley

Introdução

No decorrer dos séculos, muitos homens foram usados por Deus para causar uma
mudança no curso da história no sentido religioso, e movimento do cristianismo. Dentre
eles: Por volta do século XVIII temos a figura de John Wesley, o qual com suas ações de
fé mudou completamente a forma de como vemos o cristianismo atualmente.
Neste trabalho veremos um pouco sobre a sua biografia, assim também como as suas
principais doutrinas defendidas, sendo elas: o Deus do amor santo, a humanidade, Jesus,
o Espirito Santo, Justificação e o novo nascimento.

Biografia de John Wesley (Pastor metodista britânico)

John Wesley (1703-1791) foi um reverendo anglicano e teólogo britânico. Foi o líder e
precursor do Movimento Metodista ocorrido na Inglaterra no século XVIII.
John Wesley (1703-1791) nasceu em Epworth, na Inglaterra, no dia 17 de junho de 1703.
Filho de um sacerdote anglicano foi o décimo quinto filho de uma família de dezenove
irmãos. Estudou durante seis anos na escola de Charterhouse, em Londres. Em 1720 foi
para a Christ Church College, em Oxford. Em 1726 foi eleito membro da Lincoln College.
Foi ordenado diácono para o Ministério Anglicano, e passou a acompanhar seu pai na
direção da Igreja Anglicana.
Em Oxford, Wesley se reunia com um grupo de estudantes, entre eles, seu irmão Charles
Wesley e o pastor Jorge Whitefield, com a finalidade de estudar as Escrituras e praticar a
religião com fidelidade. Fizeram votos para levar uma vida santa, comungar uma vez por
semana, orar diariamente e visitar os enfermos encarcerados com certa regularidade.
Também reservou três horas diárias para estudar a Bíblia. O grupo passou a ser chamado
pelos colegas universitários de “Santo Clube”.
Nessa época, a Inglaterra vivia uma Revolução Industrial, e o número de desempregados
e mendigos era enorme, levando John Wesley a se interessar pela questão social e pela
miséria. Passou a fazer pregações, onde reunia um grande número de pessoas na Inglaterra
e na Irlanda. Fez campanhas para diversas questões sociais, entre elas, a reforma do
sistema educacional e prisional.
Após a morte de seu pai, Wesley estava cheio de dúvidas e aceitou o convite para pregar
o Evangelho em uma colônia da Geórgia. A bordo de um navio, seguiu em viagem para
os Estados Unidos, onde permaneceu entre 1736 a 1738. Na Geórgia, Wesley atraia uma
multidão para ouvir suas pregações.
Apesar de Wesley ter a intenção de permanecer como membro da Igreja Anglicana, em
1740, quando os seus seguidores foram excluídos da comunhão, ele passou a administrar
a comunhão durante as suas reuniões. Como os púlpitos da Igreja Anglicana estavam
fechados para os irmãos Wesley e para Whitefield, este decidiu fazer as pregações ao ar
livre, o que fez um enorme sucesso, e logo os irmãos Wesley seguiram o mesmo exemplo.
John e Charles organizaram pequenas sociedades e classe dentro da Igreja da Inglaterra,
com o objetivo de estudar a Bíblia, orar e pregar. Seus trabalhos logo foram difundidos
em vários países, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra, reunindo milhares
de integrantes, deixando um legado de 300 pregadores itinerantes e mil pregadores locais.
Só após a morte de Wesley, a Igreja Metodista se organizou como Igreja propriamente
formada. Primeiro nos Estados Unidos e depois na Inglaterra.

I - O Deus do amor

1.Onisciência
John Wesley como um líder pastoral, ele entendia que a onisciência de Deus está somente
relacionada a sua soberania. Ele definia também “Quem de vocês é afetado pela
onisciência e a onipresença de Deus? Os homens, por natureza, teriam antes, um ídolo
cego do que um Deus que vê tudo e por isso eles, como Adão, faz o que pode para se
esconder da presença do Senhor”
Wesley então ensinava assim como Adão se escondeu da presença de Deus, achando que
Deus não poderia vê-lo, mas Ele sempre esteve lá, assim como está nos dias de hoje
também. (Sl. 139:1)

2.Onipresença
John Wesley entendia que o Deus todo poderoso, Ele é imanente mas também
transcendente, onde jamais apresenta afirmação de um sem a presença de outro.
“Wesley questiona de uma forma ainda mais pessoal e familiar’ se você acredita que Deus
está próximo de sua cama e de seu caminho e observa todos os seus caminhos, então tome
cuidado para não fazer um mínimo ato, não pronunciar a menor palavra, não permitir o
menor pensamento que você tem motivos para achar que ofenderia a Ele”
Contudo ele entendia que não importasse onde você estivesse, Deus estaria próximo de
você. (Sl.139:8-9)

3. Onipotência
“O nome de Deus é o próprio Deus, portanto isso quer dizer que juntos com a sua
existência, todos os seus atributos e perfeições, sua eternidade, sua onipotência, na
verdade Ele é o único agente do mundo material, já que toda a matéria em essência, é
inerte e inativa e é movida apenas pelo dedo de Deus. E Ele é a origem da ação em toda
a criatura, 0visível e invisível, que não poderia agir e nem existir sem o continuo influxo
e ação do seu poder supremo”
Contudo ele entendia que todos os acontecimentos no céus na terra, estão no controle de
Deus. (Ap. 19:6)

II - A humanidade: criado em amor santo, caída em natureza

1.A imagem de Deus


John Wesley tinha um entendimento que ao Deus criar o homem, a sua imagem e
semelhança, estaria ligada intrinsicamente na humanidade, não como forma humana, mas
em relação ao caráter moral. (Gn. 1:26)

2.O pecado original é transferido


John Wesley trata a questão do pecado original da seguinte forma:
Mal satânico, como tentação para si mesmo, orgulho, obstinação, tendência e sentimentos
malignos, já em relação a humanidade:
Mal humano, como tentação exterior, descrença, orgulho, obstinação, tendências e
sentimentos malignos.
Segundo Wesley, o mal maior da transferência do pecado, foi a descrença em relação ao
que Deus orientou a eles. (Gn.3:6)
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III – Jesus Cristo: O Deus do amor santo e revelado

1. A natureza divina e humana


John Wesley ensina em relação a natureza divina de Jesus é a mesma que do Pai.
Também ele nos mostra que mesmo Jesus tendo toda a essência do Pai, Ele não usurpou
seu poder.
Assim como todas as coisas estão sujeitas ao Pai, também estão sujeitas ao filho, dentro
dos atributos incomunicáveis, Jesus podia prever até mesmo o que estava nos corações
daqueles que procuravam prejudica-lo.
A sua natureza humana se dá a partir do seu nascimento, de uma mulher.
Como humano, Jesus foi se desenvolvendo nas leis judaicas e romanas, tanto é que aos
12 anos Ele se encontra no templo ensinando os mestres e doutores da lei.
Em sua humanidade, teve fome (Mat.4:2), sede, sono, medo (Heb. 2:14-15 NVI)

2. Os Ofícios de Cristo
Segundo John Wesley na perspectiva profética segundo a tensão entre a lei e a graça, não
denuncia a distinção entre antiga e a nova aliança, contudo a nova aliança é complemento
da antiga aliança. (Heb.10:1-4)
Como sacerdote, Cristo se coloca como o cordeiro perfeito, oferecendo a si mesmo em
sacrifício por todos (I Cor. 5:7)
Como Rei, Cristo foi rejeitado pelos judeus, que aguardavam a restauração de um reino
terreno, porém Jesus se apresenta como um restaurador de um reino que vai além das
expectativas judaicas, o reino espiritual. (I Tim. 6:15)

3.A obra de Cristo


John Wesley ao tratar da cristologia fala sobre alguns atributos de Deus, como por
exemplo, amor, misericórdia, bondade. No seu entendimento estes princípios, Jesus
ensina na maioria de suas falas (Mat. 5:1-12)

IV – Espirito Santo: A presença de Deus do amor santo


- Fruto do Espirito e Dons
Wesley associa firmemente o fruto do Espirito a um privilégio incontestável de todo
verdadeiro cristão, sugerindo que essas graças, em especial, justiça, amor, alegria e paz,
que deveria ser comum a todos os cristãos.
Wesley adverte que a verdadeira religião não consiste de observâncias exteriores, mas de
ter em justiça a imagem de Deus, gravada em seu coração. (Mat.6:33)
John Wesley valorizava demais os dons espirituais, sendo eles, cura, operação de milagres
e profetizar. Ele entendia que através desses dons, foi com o que houve grande
crescimento na igreja primitiva, assim como nos dias dele.

V - Justificação
John Wesley para explicar sobre a justificação ele parte de 3 pontos importantes:
“a parte de Deus, sua grande misericórdia e graça, a parte de Cristo, a satisfação da justiça
de Deus como oferta de seu corpo e o derramamento do seu sangue, e o da nossa parte,
fé verdadeira e viva nos méritos de Jesus Cristo”.
Segundo ele a justificação acarreta na remissão ou perdão dos pecados que resultam na
libertação do poder da culpa, que no seu entendimento é a primeira liberdade do
evangelho. (II Cor. 5:21)

VI – Novo Nascimento
Wesley argumenta:

“vá a igreja 2 vezes por dia, compareça à mesa do Senhor todas as semanas, faca sempre
muitas orações em particular, ouça sempre muitos sermões, bons sermões, excelentes
sermões, o melhor já pregado, leia sempre muitos bons livros, mesmo assim você ainda
precisa nascer de novo. Nenhuma dessas coisas substituem o novo nascimento. Não, nem
nada sobre o céu. Portanto, se ainda não vivenciou essa obra interior de Deus, deixe com
que esta seja sua oração constante: Senhor, acrescente esta a todas as suas benções, deixe-
me nascer denovo”. Ou seja, Wesley não despreza todo o conhecimento que possamos
adquirir, toda a oração que possamos fazer, todos os sermões que possamos ouvir, porém
sem o novo nascimento, tudo isso torna-se irrelevante com relação a fé. (Jo 3:3)

Conclusão:
Apesar de se passar dois séculos, observamos que os ensinamentos de John Wesley está
vivo até hoje, ele deixou uma grande contribuição literária, seus métodos e seus princípios
foram tão levados a serio após a sua morte que até uma faculdade foi iniciada em relação
a todas as obras que ele deixou.

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