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Tema: O Grande Reavivamento na Inglaterra no Século XVIII

Pr. Paulo Anglada / Livro Heróis da Fé / Conferências da Fiel (Franklin Ferreira) / Juliano
Heyse / Angêlo Bazzo

Assim como o termo trindade a palavra avivamento não está na bíblia, mas é bíblico.
Encontramos palavras semelhantes como aviva nos, vivifica nos
Um termo tão presente no nosso vocabulário que nós não questionamos seu significado.
Cantamos musica pregamos já fomos em culto.
Bom e aqui nós temos varias cabeças, eu penso algo você pensa em algo, por isso é
importante estabelecer as bases mínimas para então construir algo em cima disso.

A Maior dificuldade em definir avivamento são os falsos conceitos de avivamento.

Principal: Ele não é uma campanha evangelística, nasce com Charles Finney e partir dai
temos frases como “ amanhã teremos avivamento só não no sábado

Nós podemos ansiar aguarda por avivamento, nós não podemos moldar o avivamento.

Avivamento é a obra do espírito santo sobre toda igreja. Em linhas gerais, avivamento
é Deus reanimando seu povo, renovando sua aliança, tratando seu povo de forma
família e presente. Franklin Ferreira

Deus revelando a si mesmo em santidade assombrosa e poder indescritível. Artur


Wallis (Pano de fundo Isaias 64:1 – Livro no dia do seu poder)

A noiva seria uma noiva mal arrumada quando de repente ela decide se arrumar se
enfeitar para o noivo. Moça rejeita na entrevista de emprego do coelho diniz

Jamais encontraremos Deus em avivamentos senão o encontrarmos, antes, no


quebrantamento. Pr Sérgio Lourenço

“Jamais houve avivamento espiritual que não começasse com um profundo senso de
pecado. Nunca estamos preparados para o avanço espiritual até que vejamos a
necessidade de nos livrar daquilo que o tem impedido e que, aos olhos de Deus, é
pecado”. Dr. W. Graham Scroggie

Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de assembléia solene.


Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos,
e os que mamam. Saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os
sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo,
ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio Joel 2:15-17

1. A Inglaterra Antes do Reavivamento do Século XVIII

Introdução: Declínio Espiritual e Moral. Cada avivamento é precedido por um período de


declínio moral e espiritual entre o povo de Deus. Como exemplos que ilustram este problema,
podemos citar Êxodo 32 e 33, onde o declínio incluiu a fabricação do bezerro de ouro para ser
adorado; e no tempo de Davi, que foi precedido por mais de seis décadas em que a Arca da
Aliança de Deus estava fora do lugar certo em Jerusalém.

Arcebispo Secker se referiu em um dos seus comentários: ‘Nisto não podemos estar
enganados, que um aberto e professo desprezo da religião tomou-se, através de uma
variedade de tristes razões. Tal era a devassidão e o desdém de princípios nas camadas mais
elevadas, e tal o desregramento, intemperança e a audácia em cometer crimes nas mais
baixas, que se a torrente de impiedade não viesse a parar, tornar-se-ia absolutamente fatal. O
Cristianismo é ridicularizado e injuriado com pouquíssima reserva, e os que o ensinam, sem
reserva alguma'.

A Inglaterra da primeira metade do século XVIII caracterizava-se pela impiedade, corrupção e


imoralidade. A terra de muitos reformadores e dos puritanos decaiu tanto, que “a corrupção, a
desonestidade e o desgoverno nos altos postos era a regra, e a pureza, a exceção”.

A Igreja da Inglaterra, na sua grande maioria, jazia inerte, sem nenhum vigor. Os sermões,
meros ensaios morais, nada podiam fazer no sentido de despertar, converter e salvar os
pecadores. “As importantes verdades pelas quais Hooper e Latimer tinham ido para a
fogueira, e Baxter e muitos dos puritanos, para a prisão, pareciam ter sido totalmente
esquecidas e colocadas na prateleira.”

Um conhecido advogado cristão da época afirmou que visitou todas as mais importantes
igrejas de Londres, e que não ouviu “um único discurso que apresentasse mais cristianismo
do que os escritos de Cícero, e que lhe seria impossível descobrir, do que ouvira, se o
pregador era um seguidor de Confúcio, de Maomé ou de Cristo !”

( sobre os clérigos da época ) E quando pregavam, seus sermões eram tão indizível e
indescritivelmente ruins, que é reconfortante lembrar que eram geralmente pregados a bancos
vazios. Ryle

Os bispos e arcebispos da época, na sua grande maioria, eram homens mundanos; tão
mundanos que houve casos em que o próprio rei teve de intervir para restringir a impiedade
deles. Para se ter uma idéia da situação, conta-se que, quando a pregação de Whitefield
começou a incomodar o clero, foi sugerido com seriedade pelo próprio clero que a melhor
maneira de dar um fim à sua influência era torná-lo um bispo.

O espírito da sonolência estava sobre esta terra. Do ponto de vista moral e religioso, a
Inglaterra dormia profundamente

Transição: Meu Deus Senhor nós estamos fazendo a mesma coisa outra vez?

2. Os Instrumentos de Transformação da Inglaterra

Introdução: Surgimento de Líder ou Líderes Consagrados ao Senhor.


O que operou essa transformação? A que se deve tamanha mudança? Ryle observa
acertadamente, que “o governo do país não pode reivindicar o crédito pelas mudanças.
Moralidade não pode vir à existência através de decretos-lei e estatutos. Até hoje as pessoas
jamais vieram a ser religiosas por meio de atos parlamentares”. A Igreja da Inglaterra, como
instituição, também não pode reivindicar este crédito. Os bispos, arcebispos e clero que
descrevemos há pouco jamais poderiam ser os instrumentos de tal obra.

Qual, então, foi a fonte e quais os instrumentos de tamanha transformação? Deus foi a fonte;
e uma dúzia de homens simples, a maioria ministros da Igreja da Inglaterra, foram os
instrumentos. Aprouve a Deus escolher alguns de seus servos fiéis; não eram poderosos,
nem pessoas de nobre nascimento. Entretanto, foram estes homens humildes, mas fiéis, que
Deus escolheu para envergonhar os fortes, a fim de que ninguém se vanglorie na presença
dEle.

George Whitefield, John Wesley, William Grimshaw, William Romaine, Daniel Rowlands, John
Berridge, Henry Venn, Samuel Walker, James Harvey, Augustus Toplady e John Fletcher,
Soberanamente escolhidos, habilitados, ungidos e revestidos de especial graça, sacudiram a
Inglaterra de um extremo ao outro com a antiga arma apostólica da pregação. “A espada que
o apóstolo Paulo empunhou com poderoso efeito, quando tomou de assalto as fortalezas do
paganismo dezoito séculos atrás”, escreve Ryle, “foi a mesma espada pela qual eles
obtiveram suas vitórias”.

O que pregavam esses homens? Todo o conselho de Deus, especialmente doutrinas como a
suficiência e a supremacia das Escrituras, a total corrupção da natureza humana, a morte
expiatória de Cristo na cruz, a justificação pela graça mediante a fé, a necessidade universal
de conversão e de uma nova criação pelo Espírito Santo, a união inseparável da verdadeira fé
com a santidade pessoal, o ódio eterno de Deus pelo pecado e o seu amor pelos pecadores.

Eles não hesitavam em proclamar clara e diretamente às pessoas “que elas estavam mortas e
precisavam viver; que se encontravam culpadas, perdidas, desamparadas, desesperadas e
em perigo iminente de destruição eterna”. Afirma Ryle, “o primeiro passo deles no propósito
de tornar bom o homem, foi mostrar que este era completamente mau; e o argumento
primordial deles, no sentido de persuadir as pessoas a fazerem alguma coisa por suas almas,
era convencê-las de que não podiam fazer nada por elas”.

Transição: Durante a reforma a verdade de Deus estava na mente, durante um tempo de


despertamento passou a ser uma verdade no coração

I - John Wesley

John Wesley nasceu no dia 17 de junho de 1703, em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra

"Eu me coloco em chamas, e o povo vem de toda parte para me ver queimar" - John Wesley

"Dai-me cem homens que nada temam senão o pecado, e que nada desejam senão a Deus, e
eu abalarei o mundo." - John Wesley

O Grande Reavivamento dos anos 1739 - 91 é freqüentemente chamado de Reavivamento


Wesleyano. John Wesley pregou em mais lugares, a mais pessoas e durante um maior
número de anos do que os outros.. John Wesley foi claramente o líder escolhido por Deus
para este impressionante despertamento espiritual.

Como tudo começou: Em novembro de 1729, data em que fui residir em Oxford, meu irmão,
outros dois jovens cavalheiros e eu fizemos um acordo de nos reunirmos três ou quatro vezes
por semana. Nos domingos à noite, líamos sobre teologia, e nas outras noites, os clássicos
gregos e latinos” . Livros como A Imitação de Cristo de Tomas de Kempis e O Viver e o
Morrer Santo de Jeremy Taylor desafiaram estes jovens a uma vida de consagração a Deus.
O grupo, além dessas reuniões, visitava frequentemente os presos de Castillo.

Poucos anos depois, John e outros membros do Clube Santo tiveram uma experiência
poderosa de enchimento com o poder do Espírito Santo: No dia do Ano Novo, 1739, John e
Charles Wesley, George Whitefield e mais quatro membros do Clube Santo fizeram uma festa
de amor [santa ceia] em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto estávamos orando, o
poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que muitos gritaram de alegria e
outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de Deus). Tão logo nos recobramos um pouco
dessa reverência e surpresa na presença da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz:
"Nós te louvamos, ó Deus; Te reconhecemos como Senhor"'

A partir deste dia, um grande avivamento começou. Dentro de um mês e meio, George
Whitefield estava pregando para multidões de milhares, com John Wesley fazendo o mesmo
dentro de três meses. Com apenas 22 anos de idade, Whitefield começou a pregar ao ar livre
O ministério de evangelismo do Wesley continuou a crescer, e ele começou a criar
"sociedades de avivamento" nos lugares onde ele ministrava. Este grupos pequenos se
reuniam para oração, encorajamento e estudo bíblico. No início Wesley encorajava os grupos
a permanecer na Igreja na Inglaterra, mas diferenças com a igreja a respeita a seu estilo de
pregação ao ar livre, sua mensagem de salvação pela fé, e sua utilização de leigos como
pregadores e líderes das sociedades, levou ao estabelecimento da igreja Metodista.

John Wesley viajou extensivamente, na Inglaterra e na Ámerica, e o fogo de avivamento se


espalhou rapidamente. Em agosto de 1770 havia 29.406 membros, 121 pregadores e 50
zonas na Inglaterra e 4 pregadores e 100 capelas nos Estados Unidos. Quando Wesley
morreu, no dia 2 de março de 1791, havia mais de 120.000 metodistas nas suas sociedades.

A influência de Whitefield cresceu de tal forma que ele era capaz de manter atentas 20 mil
pessoas, encantadas com seus sermões, por mais de duas horas. Durante 34 anos, a voz de
George Whitefield ressoou na Inglaterra e América do Norte. Era um evangelista agressivo
que cruzou o Oceano Atlântico 13 vezes a fim de proclamar a salvação também na América.
Ele se tornou o pregador favorito dos mineiros de carvão e dos valentões de Londres porque
ia até eles em vez de esperá-los dentro das igrejas.

Entre os jovens que integravam este grupo estava Charles Wesley, irmão de John Wesley, foi
quem de fato iniciou o Clube Santo o conhecido homem do coração dançante que compôs
cerca de 9.000 hínos e poemas, sobre ele é dito que “foi o maior compositor da igreja”

Transição: Um Pastor Um Evangelista Um Compositor

II - Condessa de Huntingdon

Dividiu os territórios em distritos e enviou evangelistas itinerantes a pregar, e ela fazia frente
(custeava) a todos os gastos que isso implicava. Calcula-se que despendeu em todas essas
obras de evangelização cerca de meio milhão de libras esterlinas. Essa soma, sem dúvida
alguma, representa muito mais do que hoje valeria. Chegou até a vender suas jóias com o fito
(intento) de comprar capelas. Despediu a muitos de seus criados, reduziu grandemente suas
despesas domésticas para que lhe sobrasse o suficiente a fim de enfrentar os crescentes
gastos da obra missionária.
Ilustre homem de letras e membro do parlamento, que foi seu contemporâneo, chamou-lhe "a
Rainha do Metodismo", e outro sábio, também do mesmo século, a qualificou como "Estrela
de Primeira Grandeza no Firmamento da Igreja".
Meu labor está concluído. Nada mais tenho a fazer senão ir para a casa de meu Pai
Condessa de Huntingdon
Como você pretende chegar no fim da sua vida?
Quando a Condessa de Huntingdon faleceu contava 84 anos.

Ao longo da história bíblica Deus levanta pessoas com recursos financeiros com
posses para financiar a ida dos escolhidos. Mas as vezes Deus não quer seu dinheiro,
ele quer você

3. A Transformação da Inglaterra na Segunda Metade do Século XVIII

Introdução:
Na segunda metade do século XVIII, a Inglaterra mudou. Foi radicalmente transformada. Isto
porque milhares de pessoas foram transformadas. Trabalhadores e membros das classes
mais elevadas tiveram sua moral e costumes transformados. Como diz Nichols, “forte
entusiasmo apoderou-se da vida religiosa da Inglaterra, afugentando a indiferença e o
desinteresse” que marcou a primeira metade do século XVIII.
“Que uma mudança, para melhor, aconteceu na Inglaterra nos últimos cem anos”, a- firma
Ryle no final do século XIX, “é um fato que, eu suponho, nenhuma pessoa bem informada
jamais tentaria negar... Houve uma grande mudança para melhor. Tanto na religião quanto na
moral, o país passou por uma completa revolução. As pessoas não pensam, não falam, nem
agem como faziam em 1750. Este é um fato, que os filhos deste mundo não podem negar,
por mais que tentem explicá-lo”. Foi nesse período que surgiram as obras sociais de caráter
cristão, as escolas dominicais — “um dos primeiros passos na educação popular da
Inglaterra” —, a abolição do comércio de escravos, as reformas nas prisões, hospitais, bem
como o moderno movimento missionário que alcançou muitos países na Ásia, África e
Américas. A estas transformações também se atribui a ascensão da Inglaterra à posição de
líder entre as nações no século passado.

Transição: Deus quer usar esta igreja

Conclusão

Foram estes os homens e esta, a pregação que Deus usou como instrumentos para reavivar
a Igreja na Inglaterra e, assim, transformar completamente o país. Através desses
instrumentos de Deus, muitos crentes foram levados a renovar sua aliança com o Senhor e
passaram a viver uma vida cristã vigorosa e cheia de frutos; milhares foram profundamente
convencidos de seus pecados, foram levados ao mais sincero arrependimento,
compreenderam a graça de Deus em Cristo Jesus e por ela foram alcançados; e muitos —
que até se opunham — foram secretamente influenciados e estimulados. Foram estes os
homens e estas, as doutrinas, os quais, nas mãos de Deus, “tomaram de assalto as fortalezas
de Satanás”, conclui Ryle, “arrancando milhares como que tições do fogo, e mudaram o
caráter da época”. Foram estes os homens — sinceros e fiéis - e esta, a pregação — viva,
verdadeira e ungida - que aprouve a Deus escolher para reavivar sua Igreja e trans- formar a
Inglaterra na segunda metade do século dezoito.

A condição moral deplorável em que se encontra o nosso país quase dispensa comentário. A
impiedade e perversão dos homens, que cada dia mais têm trocado a verdade de Deus pela
mentira, mudando a glória do Deus incorruptível, adorando e servindo a criatura ao invés do
Criador, têm suscitado a ira de Deus sobre o Brasil. Por isso, Deus tem entregue nosso povo
à imundícia, pela concupiscência de seus próprios corações. E, por haverem desprezado o
conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para
praticarem toda sorte de coisas inconvenientes e aprovarem os que assim procedem (Rm
1.18, 23, 24, 25, 28, 32).

Reconheço que a palavra “avivamento” está desgastada no meio evangélico brasileiro. Sei
que em muitos redutos, o avivamento tornou-se sinônimo de esquisitice. Há aqueles que
confundem avivamento com toda sorte de sincretismo religioso. Há outros que associam
avivamento com as últimas novidades no mercado da fé. Por que devemos esperar ainda um
avivamento?
Em primeiro lugar, porque Deus prometeu

Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito
sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes.Isaías 44:3.

Essa promessa é segura, pois não é feita pelo homem, mas pelo Deus Todo-poderoso, que
fala e cumpre o que diz; faz e ninguém pode impedir sua mão de fazê-lo. Nenhuma força na
terra pode deter o braço de Deus nem impedir a igreja de avançar.

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