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Amade Cinquenta
Beira
2022
Amade Cinquenta
Beira
2022
Índice
CAPÍTULO I INTRODUÇÃO...................................................................................................3
1.1 Contextualização..........................................................................................................3
1.2 Objectivos.....................................................................................................................4
1.3 Metodologia.................................................................................................................4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................17
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CAPÍTULO I INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
O presente trabalho da cadeira de Turismo e Ambiente tem como principal foco o estudo
sobre as orientações, políticas e estratégias para um turismo sustentável, para tal foi
necessário uma análise critica e profunda para selecionar e trazer conteúdos de autores que
sustentam o tema acima citado.
De referirmos ante que existem vários conceitos do que seja Turismo. As Recomendações da
Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas sobre Estatísticas de Turismo, definem-no
como "as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares
distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de
lazer, negócios e outros."
1.2 Objectivos
1.3 Metodologia
O trabalho foi desenvolvido mediante revisão bibliográfica por meio de pesquisa documental, em que
foram utilizados artigos académicos e periódicos que tratam do tema além de uma análise
pormenorizada de alguns dispositivos legais disponibilizados na internet. A revisão bibliográfica
consiste no levantamento e análises de dados já publicados sobre o problema definido no trabalho,
conforme lecciona (Marconi & Lakatos, 2009).
No mesmo sentido, (Marconi & Lakatos, 2009) considera que a “revisão é, sobretudo, um percurso
crítico que deve ter em mira a pergunta que se quer responder”. Assim, a revisão bibliográfica consiste
na revisão de obras escritas anteriormente e que tratam directamente sobre o assunto explorado.
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De acordo com Teixeira (2002, p. 2), políticas públicas “são diretrizes, princípios norteadores
de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e
sociedade, mediações entre atores da sociedade e do Estado”.
Sendo o poder uma relação social que envolve vários atores com projecto e interesses
diferenciados e em algumas vezes contraditórios, há uma maior necessidade de mediações
sociais e institucionais, para que se possa obter um mínimo de consenso e, assim, as políticas
públicas possam ser legitimadas e obterem a eficácia projetada/desejada.
Elaborar uma política pública significa definir quem decide o quê, quando, com que
consequências e para quem. São definições relacionadas com a natureza do regime político em
que se vive, com o grau de organização da sociedade civil e com a cultura política vigente.
Nesse sentido, cabe distinguir “políticas públicas” de “políticas governamentais”. Nem sempre
“políticas governamentais” são públicas, embora sejam estatais. Para serem “públicas”, é
preciso considerar a quem se destinam os resultados ou benefícios, e se o seu processo de
elaboração é submetido ao debate público.
Na perspectiva de Beni (2002, p. 110) citando Edgell (1987), “o êxito futuro da atividade
turística dependerá enormemente das políticas formuladas pelo Estado para administrar seu
desenvolvimento, crescimento e maturidade”, observando-se, desta forma, a relevância das
políticas públicas no desenvolvimento dos territórios turísticos. Teixeira (2002, p. 3), aborda
que as políticas públicas têm os seguintes objetivos:
De forma específica, no sector do turismo, as políticas têm como objetivo “ […] ordenar o
desenvolvimento da atividade turística”, isto é, “ […] alcançar e dar continuidade ao pleno
desenvolvimento da atividade turística num dado território” (MELLO, 2001, p. 40 citado por
ARANA, 2004, p. 3).
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Shuraiki (2002, p. 276) divide os objetivos das políticas de turismo em três grupos: objetivos
económicos, socioculturais e ambientais. Este autor sustenta que: (1) os objetivos económicos
assentam na melhoria da balança de situação de pagamento, no desenvolvimento regional, na
diversificação da economia, nos níveis de aumento da renda e das receitas do Estado e nas
novas oportunidades de emprego; (2) os objetivos socioculturais buscam:
E, por fim, (3) os ambientais que almejam controlar os impactos ambientais do turismo, tais
como a poluição e outros danos ambientais e problemas de uso do solo decorrentes da falta de
planeamento/ordenamento, a criação e engenharia de atrações turísticas e instalações.
Na Tabela a seguir, encontram-se arroladas algumas das políticas públicas do turismo criadas,
direta ou indiretamente, para impulsionar o desenvolvimento da atividade turística desde o
ano da independência.
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Turismo em Moçambique (2004- 2013). Prioritárias para o Investimento em Turismo (APIT) e focalizar os recursos
necessários.
Regulamento de alojamento turístico, Reger as condições e procedimentos para licenciamento e funcionamento das 2005
restauração e bebidas. Decreto n.º 40/2005 de atividades turísticas de alojamento turístico e restauração e bebidas.
30/8.
Regulamento das agências de viagem e Reger o licenciamento e o funcionamento das agências de viagem e turismo bem 2005
turismo e profissionais de informação como a autorização do exercício da atividade profissional de informação turística.
turística. Decreto n.º 41/2007 de 30/8
Regulamento do mergulho amador. Decreto Estabelecer normas relativas ao exercício da atividade de mergulho amador nas 2006
n.º 44/2006 de 29/11 águas jurisdicionais moçambicanas
Regulamento de alojamento turístico, Reger as condições e procedimentos para o licenciamento e funcionamento das 2007
restauração e bebidas e salas de dança. atividades turísticas bem como o sistema de classificação incluindo o órgão
Decreto nº 18/2007 de 07/8 regulador e de gestão, o cadastro e o sistema de informação.
Regulamento de direito de habitação Estabelecer o regime jurídico aplicável a constituição, exercício, transmissão e 2007
periódica. Decreto nº 39/2007 de 24/8 extensão dos direitos de habitação periódica assim como definir as normas e
procedimentos para o licenciamento de empreendimentos turísticos e imobiliários
em regime de habitação periódica
Regulamento de animação turística. Decreto Estabelecer o regime jurídico aplicável ao exercício da atividade de animação 2007
nº 40/2007 de 24/8. turística.
Regulamento de transportes turísticos. Estabelecer o regime jurídico aplicável ao exercício da atividade de transportes 2007
Decreto n.º 41/2007 de 24/8. turísticos.
Regulamento das zonas de interesse turístico. Estabelecer o regime jurídico da declaração das zonas de interesse turístico (ZIT) 2009
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Decreto n.º 77/2009 de 15/12. e fixa os seus efeitos, sem prejuízo das normas específicas estabelecidas na
declaração de cada zona.
Regulamento da lei de jogos de fortuna ou Regulamentar a lei n.º I ∕ 2010, de 10 de fevereiro. 2010
azar. Decreto n.º 64/2010 de 31/12.
Regulamento de alojamento turístico, Reger as condições e procedimentos para o licenciamento e funcionamento das 2014
restauração e bebidas e salas de dança. atividades turísticas bem como o sistema de classificação incluindo o órgão
Decreto nº 18/2007 de 07/8. regulador e de gestão, o cadastro e o sistema de informação.
Diante do exposto, na Tabela, verifica-se que em Moçambique, nas diferentes escalas, existem instrumentos que orientam o desenvolvimento do
sector do turismo. Importa clarificar que quando determinada Lei ou regulamento não existe numa escala territorial mais baixa.
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Mais especificamente, os objectivos são de promover a indústria do turismo a partir dos níveis
que se atingiram até 2013, designadamente:
Várias políticas e práticas poderiam ser consideradas para mitigar potenciais impactos
económicos negativos da explosão de recursos do que o esperado, a ser o mais importante, o
investimento doméstico para a diversificação económica. Vários Países ricos em recursos
naturais no Oriente Médio, em particular Abu Dhabi, Dubai e Qatar, e em outros lugares têm
demonstrado o poder e viabilidade de diversificação das suas economias de re-investir
grandes receitas de recursos no sector do turismo.
Além disso, as concessões mineiras actuais e potenciais poderiam ter, e já tiveram, um grande
impacto nos recursos naturais e os próximos 10 anos serão cruciais para determinar se
Moçambique é capaz de encontrar um equilíbrio entre os benefícios económicos e assegurar
uma alta qualidade, ambiente sustentável e oportunidades para as gerações futuras.
Apesar desses desafios aspectos positivos foram registados na actuação do Governo através
do Ministério responsável pelo turismo, suas unidades orgânicas e tuteladas com a
produção e aprovação de vários regulamentos destinados a ordenar o sector e o desenho e
realização de vários programas de turismo para impulsionar investimentos, tais como o
Programa Âncora de Investimentos Turísticos e o Programa Arco Norte e o Programa das
Áreas de Conservação Transfronteiriças (ACTF) que se pode considerar o que mais
sucessos apresentou com a consolidação das áreas de conservação entre vários países
no que é também designado de Parques da Paz (Peace Parks).
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Este PEDTM II oferece uma oportunidade para se estabelecer, com base no PEDTI
tomando um novo olhar sobre a situação actual do turismo, priorizando as actividades
específicas de crescimento do turismo e garantir a sua implementação e monitoria.
Nos últimos cinco anos,vários planos de turismo aos diferentes níveis foram formulados e
adoptadospor exemplo para os destinos turísticos de Vilankulo, Inhambane, Sussundenga
e Manica. Estes planos são todos compreensivos e de boa qualidade.
Concluímos ainda que o plano de turismo é importante por organizar e definir as estratégias
de desenvolvimento turístico de um destino. Uma forma de se definir os caminhos e
apresentar a política e a estratégia de desenvolvimento turístico de um destino é a construção
de um plano de turismo. As principais etapas de um Plano Municipal de Desenvolvimento
Turístico são: o diagnóstico; o prognóstico; os objetivos e metas; as estratégias; as propostas;
a implantação das ações; e a avaliação continuada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENI, Mário C. Análise estrutural do turismo. 7ª Ed. São Paulo: Editora Senac. São Paulo,
2002.
MONTEJANO, Jordi M. Estrutura do Mercado Turístico. 2ª Edição São Paulo. Roca, 2001.