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ATUALIDADES PARA O TJ-DFT


PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES

Aula 04 – Meio ambiente , Ciência e Tecnologia

Olá, amigos, tudo bem? Passaram bem a semana e


estudaram bastante? Espero que sim, e que estejam cheios de
vontade e energia ara continuar os estudos!!! ☺
Na aula de hoje vou tratar de algumas questões
relacionadas com energia, meio ambiente e tecnologia, pois estes são
assuntos que estão sempre correlacionados, não é mesmo?
Espero que estejam todos preparados e animados! Então,
let’s go ?! ;-)

1 - Recursos naturais: aproveitamento, desperdício e políticas


de conservação
Bem, amigos, é praticamente impossível falar de
aproveitamento, desperdício e, sobretudo, de políticas de
conservação dos recursos naturais, sem darmos uma “pincelada” nas
principais convenções e protocolos, somente para termos uma idéia
de como e quando a preocupação com meio ambiente e
desenvolvimento sustentável tornou-se pauta de discussão em quase
todo o planeta.
Inegavelmente a data de 1972 marcou, sem dúvida alguma,
a comunidade internacional, com a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, o que para muitos é
considerado o surgimento do Direito Ambiental Internacional.
Mas vejamos: Após esse evento, em 1987 foi assinado o
Tratado de Montreal que teve como objetivo erradicar gradualmente
substâncias nocivas à camada de ozônio. Mas O grande impulso do

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debate sobre meio ambiente e sustentabilidade aconteceu em 1992,


no Rio de Janeiro com o evento Eco92 onde se estabelece duas
convenções: uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças
climáticas, e em 2012 ocorreu a Rio+20.
Como deu para perceber, com o intuito de normatizar a exploração
dos recursos naturais, foram surgindo um conjunto de preceitos
instituindo direitos e deveres para os diversos atores internacionais
no que se refere à perspectiva ambiental tendo como objetivo a
melhoria e a qualidade de vida para as gerações presentes e futuras.
Em outras palavras, é a noção de que o crescimento econômico deve
levar em consideração a inclusão social e a proteção ambiental.
Importante salientar que o número de tratados
internacionais firmados em proteção do meio ambiente é
impressionante, tanto que de 1960 até os dias atuais mais de 30.000
dispositivos jurídicos sobre o meio ambiente foram criados. Contudo,
o importante disso é percebermos que há uma forte preocupação
internacional com esse tema e, por isso, as negociações
internacionais em matéria ambiental têm se tornado um ponto
prioritário na agenda e nas políticas estatais.
Entretanto, pessoal, quando vemos tantos tratados e tantas
leis sobre a mesma coisa uma certeza podemos ter: algo não está
funcionando!!!
A grande dificuldade para que tais negociações se
convertam em compromissos rigorosos é o impacto no
desenvolvimento econômico dos países que a contenção dos recursos
naturais gera. É justamente nesse ponto que há um forte conflito de
interesses entre o Direito Internacional Ambiental e o Direito
Internacional Econômico.
Sem sombra de dúvidas, os Estados têm o direito de buscar
o seu desenvolvimento econômico, entretanto esse crescimento não

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pode ocorrer à custa da degradação ambiental, e ai surge um novo


princípio conhecido como Desenvolvimento Sustentável, conforme
explicitei anteriormente.
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável, é
a melhor maneira de se extrair e utilizar os recursos visando o
crescimento e desenvolvimento humano a melhoria da qualidade de
vida sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das
futuras gerações, ou seja, é o desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro. Resumindo: "crescer sem destruir”. Em outras
palavras, é a noção de que o crescimento econômico deve levar em
consideração a inclusão social e a proteção ambiental
Apesar disso, desenvolvimento sustentável depende de planejamento
e do reconhecimento de que os recursos naturais são esgotáveis,
representando uma nova forma de se ver o desenvolvimento
econômico, a partir de uma perspectiva que leva em conta o meio
ambiente.
Dentro deste contexto, vamos dar uma “espiadela” no que
está acontecendo Brasil “afora” perceber que é possível existir
desenvolvimento e sustentabilidade! Vamos para a Amazônia! (rsrs)
A principal fonte de renda da comunidade Ribeirinha e de
agricultores da Amazônia é o extrativismo: o uso sustentável dos
recursos da floresta. Baseadas num conhecimento tradicional, as
famílias exploram três produtos diferentes. O primeiro é a castanha,
fruto de uma das árvores mais altas da Amazônia, a castanheira. O
produto se desenvolve no topo, dentro de ouriços redondos. Os
ribeirinhos também coletam o látex, usado na produção de borracha.
A resina é extraída com a sangria das seringueiras nativas. A
atividade que vem mais crescendo nos últimos anos é extração do
óleo de copaíba. A coleta ocorre o ano todo em lugares distantes, na

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mata. Estudos indicam que uma copaibeira chega a viver mais de 300
anos na floresta.
O uso caseiro dos óleos da floresta é uma tradição que
atravessou os séculos na Amazônia. Uma riqueza cultural, que
permanece viva em toda a região. De uns anos pra cá, muitos desses
produtos começaram a conquistar também compradores maiores: são
indústrias que utilizam os óleos como ingredientes para fabricação de
perfumes, xampus, sabonetes, hidratantes. Formado por muitas
substâncias, o produto é eficiente no combate a germes e tem
qualidades aromáticas. Por isso, entra na fabricação sabonetes,
xampus, cremes, perfumes. Apesar de ser tradicional, essa atividade
só começou a ganhar fôlego nos últimos anos. Foi quando os
ribeirinhos fundaram uma cooperativa e firmaram contrato com uma
indústria de cosméticos – que passou a comprar o óleo de maneira
regular. Nessa fase, os produtores receberam assistência técnica e
apoio de entidades como a Agência de Desenvolvimento Sustentável
do Amazonas, do governo estadual e estão aproveitando as riquezas
da floresta de maneira sustentável. São árvores sementes, frutos e
folhas que se transformam em perfumes, produtos de beleza. Além
de melhorar a renda das famílias, a atividade ajuda a preservar a
floresta. Atualmente, toda produção de óleo é levada para o galpão
da cooperativa, em Manicoré.
A partir dessa experiência, podemos perceber a necessidade
e a possibilidade de um olhar empreendedor no que diz respeito ao
desenvolvimento econômico e a conservação da natureza.
Beleza! Alguns de vocês devem estar se perguntando: E o
Brasil? O que tem sido feito para preservação de nossos recursos
naturais? Quando falamos de recursos naturais, logo nos remetemos
a floresta amazônica brasileira. Bom meus amigos, ao longo de nossa

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história foi possível perceber a degradação ocorrida na floresta


amazônica brasileira.
O Brasil está empenhado na conservação da sua
biodiversidade. Governo e sociedade se articulam para enfrentarem
juntos um dos maiores desafios da humanidade neste século:
garantir o meio ambiente saudável para as futuras gerações dentro
de uma lógica de desenvolvimento sustentável.
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece o papel
do Brasil como líder mundial na criação de áreas protegidas. Dos 700
mil km² de áreas destinadas à conservação e uso sustentável da
biodiversidade criadas em todo o mundo desde 2003, o Brasil
participa com cerca de 75% desse total. A criação de áreas
protegidas é considerada pela ONU como uma das principais
ferramentas de conservação da biodiversidade do planeta.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao término
da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20, realizada de 13 a 22 de junho de 2012,
reafirmou os compromissos do governo federal com o meio ambiente
e o desenvolvimento sustentável.
Nada melhor que dados oficiais, não é mesmo?

As recentes quedas no desmatamento da Amazônia são


resultado de uma série de políticas governamentais para proteger a
floresta e oferecer alternativas sustentáveis às 25 milhões de pessoas
que vivem na região. A estratégia é baseada em ações rígidas de
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fiscalização aliadas a um dos sistemas mais eficientes do planeta para


o monitoramento por satélite de florestas tropicais, que permite a
detecção do desmatamento em quase tempo real. O sistema, que já
se tornou referência internacional, agora será ampliado para outros
biomas.
A regulamentação brasileira de acesso e repartição dos
benefícios do uso dos recursos genéticos aliados a incentivos para o
uso sustentável da biodiversidade também são ações estratégicas do
País para a conservação de seu patrimônio natural. A formulação da
Política Nacional da Biodiversidade contou com a anuência de
organizações não governamentais (ONGs), universidades,
comunidades, povos tradicionais e empresários. Uma legislação
ambiental avançada complementa o arcabouço que o Brasil criou para
proteger o meio ambiente.

Observem como a questão dos recursos naturais, principalmente a


água, apareceu em prova !

1 - (FUNIVERSA/PC-DF-Perito/2012) A questão ambiental


entrou na agenda política do mundo contemporâneo.
Governantes, cientistas e organizações sociais,
independentemente das posições assumidas, buscam meios de
aprofundar o conhecimento acerca do tema, como forma de
subsidiar tomada de decisões no enfrentamento do problema.
Da Conferência de Estocolmo (1972), passando pela Rio-92 e
chegando à Rio+20, um princípio ecológico é abraçado por
ambientalistas e, sendo emblemático da luta pela preservação
da vida, pode ser assim sintetizado:

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A) Aliar desenvolvimento econômico aos limites do planeta é desafio


que diz respeito aos governos de países emergentes, fugindo da
alçada dos demais Estados e atores sociais.

B) A preservação de todas as formas de vida no planeta requer o


imediato retorno às condições de produção existentes no mundo
antes do advento da Revolução Industrial.

C) A volta à agricultura de subsistência, com o abandono das práticas


econômicas ditadas pelos mercados, é condição essencial para o fim
das emissões de CO2 na atmosfera.

D) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o


mundo contemporâneo, a exemplo de terremotos e maremotos,
estão diretamente ligados às atuais mudanças climáticas.

E) A necessária adequação do sistema produtivo à capacidade de


regeneração do planeta implica não consumir nem descartar mais
produtos que a Terra é capaz de suportar.

Comentários

A alternativa A exige um rápido comentário sobre a Rio+20 antes


de respondermos a questão. A Conferência das Nações Unidas sobre
o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, foi realizada no Rio de
Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012, com o objetivo de
avaliar os avanços desde as conferências de meio ambiente já
realizada e propor novas metas para o desenvolvimento sustentável.
Foram discutidos dois temas principais durante a conferência: a
economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da
erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o
desenvolvimento sustentável. A Rio+20 contou com a participação de
190 chefes de estado.

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Bem, agora que já relembramos sobre a Rio+ 20, vamos voltar para
a alternativa A. Na Rio+20 foram discutidos assuntos ambientais,
mas também se falou sobre erradicação da pobreza, falta de moradia,
entre outros. Durante esta conferência aconteceu um evento paralelo
chamado de Cúpula dos Povos, que teve a participação da sociedade
civil na discussão das propostas. Portanto, os temas discutidos
envolveram vários países e a sociedade como um todo, motivo pela
qual esta alternativa está errada.

A alternativa B fala em um retrocesso no tempo que não há como


imaginar. Não existe a mínima possibilidade do mundo hoje voltar a
ser o que era antes da Revolução Industrial. Então, muito facilmente
podemos classificar essa alternativa como errada.

A alternativa C está errada por dois motivos: primeiro porque é


impossível voltar à agricultura de subsistência e segundo porque o
excesso da emissão de CO² está relacionado à queima de
combustíveis nas indústrias, nos veículos, entre outros.

A alternativa D também pode ser classificada como errada logo “de


cara”. Dizer que terremotos e maremotos não existiram no passado,
é um grande erro. Só para citar um exemplo, em 1755 aconteceu em
Lisboa um terremoto seguido de maremoto, que quase destruiu toda
cidade e matou milhares de pessoas.

A alternativa E está correta e seria marcada como tal, por


eliminação das anteriores, que, de tão lógicas pareciam até
brincadeira, vocês não acham? De qualquer forma, todos já ouviram
falar em sustentabilidade. Sem aprofundarmos muito em conceitos,
basta sabermos que a sustentabilidade está diretamente relacionada
ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio
ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que

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eles se mantenham no futuro. Ou seja, é adequar o progresso à


preservação ambiental.

2 - O texto remete à economia sustentável, ou seja, à


preocupação de investir no conhecimento de modo a promover
o desenvolvimento sem degradar irreparavelmente o meio
ambiente. Esta assertiva esta certa ou errada.

Comentários

Se fizermos uma leitura tranqüila do enunciado e dessa


questão, acharemos facilmente a resposta. Economia sustentável é
justamente a tentativa de conciliação entre o meio ambiente e o
desenvolvimento, ou seja, não é parar o desenvolvimento, mas
alcançá-lo de maneira sustentável. A assertiva está certa.

RIO + 20

A Conferência das Nações Unidas sobre


Desenvolvimento Sustentável, conhecida Rio+20, aconteceu na
cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.
Mas, antes de entrarmos no assunto em si, será que algum de vocês
saberia me responder por que a Conferência ficou conhecida por este
nome?
O batismo de Rio+20 foi feito em comemoração dos 20 anos
da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Portanto, pessoal, não
titubeiem quando virem alguma referência que faça ligação de uma
conferência com a outra, ok?
A realização dessa Conferência aqui no Brasil estava
aprovada desde 2009, pela Assembléia Geral das Nações Unidas. O
objetivo central era a renovação do compromisso político com o
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desenvolvimento sustentável, avaliando o progresso e as lacunas das


decisões tomadas nas principais cúpulas mundiais sobre este tema.
Algo importante de se constatar é que a Rio+20, assim
como outras conferências espalhadas pelo mundo, não criou muito
otimismo de sair com grandes resoluções e que trouxessem
mudanças significativas para o Desenvolvimento Sustentável. Mas,
apesar das inúmeras críticas que a conferencia recebeu a boa notícia
é que a Rio+20 deixou um legado positivo - que vai além do
documento técnico da conferência:

A Rio+20 abriu o caminho para novas discussões e


para a popularização dos debates sobre
sustentabilidade para um público maior que o de
ambientalistas. Como exemplo de novas discussões
que estão em aberto e caminhando, podemos citar a
definição de metas ESPECÍFICAS para os países em
termos de desenvolvimento sustentável.

Nesse sentido, pessoal, a Rio+20 deu o pontapé inicial em


um processo que deve ser concluído até 2015 que é a definição dos
objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Além disso, criou-
se espaço para a discussão e construção de um novo tratado sobre o
clima e uma nova regulamentação de proteção aos oceanos.
A então ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
destacou que os principais pontos de progresso da Rio+20 foram:
A discussão para criar um novo indicador para substituir o
Produto Interno Bruto (PIB);
O fortalecimento do órgão da ONU para o Meio Ambiente, o
PNUMA;
O debate sobre consumo sustentável;

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A criação do Rio+, que seria um centro de excelência de


debates que ficaria no Rio de Janeiro para analisar o
desenvolvimento sustentável e com ligações com a ONU.
Como podemos observar , ao contrário do que muita gente
esperava a conferencia teve uma conotação abstrata muito grande,
desagradando a muitos que esperavam a efetivação de determinadas
políticas ambientais. Portanto, pessoal, as avaliações sobre a Rio+20
nem sempre são vistas com os olhos otimistas da nossa ministra, não
é mesmo?
As críticas já estavam por toda a parte desde antes da
realização da conferência e continuaram sendo veiculadas nas mídias
como forma de despertar o interesse crítico do público geral.
Assim, uma das principais questões levantadas diz respeito
à formulação de muitos documentos que falam sobre a criação de
fundos bilionários para o desenvolvimento sustentável, mas que não
dialogam, por exemplo, com a exploração de petróleo nos países
africanos - que em muito colaborou para a retirada de milhares de
pessoas da situação da miséria.
Além disso, muitos dizem que a Rio+20 apresentou
resultados tímidos, colocando a economia verde apenas como um dos
muitos caminhos rumo ao desenvolvimento sustentável. Outros
afirmam que os avanços não foram grandes e houve, mais uma vez,
promessas adiadas, ou seja, o documento não mostrou quase
nenhum avanço.
Pois é, meus amigos, a Rio+20 acabou entre elogios e
críticas e mais uma vez mostrou como o tema meio ambiente e
desenvolvimento sustentável é complexo e aparentemente infinito.
Assim, ao mesmo tempo que podemos observar coisas boas, também
podemos concluir que é necessário avançar na resolução de políticas
efetivas que definam regras para o Desenvolvimento Sustentável.

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3 -(Questão inédita) "O Brasil ficou responsável por construir


um consenso possível. O consenso possível é um ponto de
partida e não de chegada. Isso não significa que a partir daí os
países não possam ter suas próprias políticas”, afirmou a
presidente Dilma Rousseff a respeito da Rio+20 que aconteceu
no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/dilma-diz-que-
documento- final-da-rio20-e-ponto-de-partida.html (com adaptações)
Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, podemos afirmar que:
a) A escolha do Brasil como sede do evento deveu-se ao fato de o
país ainda não ter sediado um evento de tal magnitude que tratasse
sobre meio ambiente.
b) O documento final da Rio+20 gerou grande contentamento entre o
público especializado e geral, pois definiu grandes avanços sobre o
desenvolvimento sustentável.
c) A realização da conferência no Rio de Janeiro deu maior
visibilidade para a cidade e para o Brasil. Mas, dentre os pontos
negativos do encontro, as comissões estrangeiras reclamaram dos
altos preços e do trânsito.
d) O nome Rio+20 foi escolhido por causa dos 20 pontos que seriam
discutidos no encontro.
COMENTÁRIOS
Fácil, fácil, heim pessoal? Uma pequena lida na aula e a
resposta salta aos olhos!
Bom, vamos discutir ponto a ponto para que não fique
nenhuma dúvida.
A letra A está errada. Lá no início, quando eu comecei a
falar da Rio+20, eu disse que esse nome era devido ao fato de estar-

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se completando 20 anos da Rio-92, certo? Então, só essa explicação


já basta pra desmentir a assertiva A.
A letra B está errada. Passando os olhos pelos noticiários
sobre a conferência vemos que a afirmativa mente. Há controversas
sobre os resultados da Rio+20. Uns afirmam que houve avanços,
outros defendem que as promessas não geraram avanços. O próprio
documento apresentou uma série de questões que ainda devem ser
discutidas para depois gerar resultados. Portanto, a assertiva está
errada.
A letra C está certa. A realização desse vento no Rio e
também os próximos eventos que estão programados para
acontecerem no Brasil dão grande visibilidade internacional para o
país. A conferência que aconteceu no Rio em Junho não foi diferente
e mostrou para o mundo um pouco do que o país tem a oferecer.
De um modo geral, os visitantes afirmaram que voltariam
ao país e elogiaram a beleza da cidade. Mas, em contrapartida, as
comissões internacionais reclamaram dos altos preços de
hospedagem, alimentação, etc. Por fim, o que não poderia ser
diferente tendo em vista o cenário conturbado do trânsito em nossas
grandes metrópoles, houve muita reclamação a respeito da lentidão e
desorganização do trânsito no Rio.
A letra D está errada. Como eu já afirmei nos comentários e
no próprio texto da aula, o nome Rio+20 foi devido aos 20 anos do
Rio-92.
Gabarito: C

4 - (ESAF/MIT -2012) A questão ambiental entrou na agenda


do mundo contemporâneo, notadamente a partir do fim da
Segunda Guerra Mundial. A Organização das Nações Unidas
(ONU) organiza ou chancela encontros globais para a

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discussão mais aprofundada do tema, a exemplo da Eco- 92,


ocasião em que se elaborou a Agenda 21. Em 2012, o Brasil
sediará mais um desses fóruns mundiais, dedicado ao
desenvolvimento sustentável e ao combate à pobreza,
conhecido como:
A- Vida e Natureza
B- Planeta Sustentável
C- Amazônia Verde
D- SP 2012
E- Rio +20
Resposta: Letra E
COMENTÁRIOS
Bem, amigos, essa aqui a banca deu de lambuja no concurso,
né? Tinha que estar muiiiiito desatualizado pra errar uma questão
como essa – o que não será o problema de nenhum de vocês, ok? ;)

5 - (CESPE/TJ-RR/2012) Vinte anos antes da realização da


Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável — a Rio+20 —, a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada
informalmente de Rio-92, tornou conhecido o termo
sustentabilidade, até então empregado em meios restritos por
ambientalistas e cientistas que freqüentavam simpósios
internacionais e realizavam estudos específicos sobre temas
como a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, a
destruição das florestas e as mudanças climáticas.
Os desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade.
In: O Globo, 29/6/2012, p. 2 (com adaptações).

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Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os


diferentes aspectos que ele suscita, julgue os itens que se
seguem.

(CESPE/TJ-RR/2012) Antes da Rio+20, conferência que


marcou os vinte anos da Rio-92, outras conferências mundiais
para a discussão da questão ambiental foram promovidas pela
Organização das Nações Unidas em diversos continentes,
como a chamada Rio+10, em Johanesburgo, na África do Sul,
dedicada, entre outros assuntos, à avaliação do cumprimento
dos compromissos firmados em 1992, no Rio de Janeiro.

Bem, pessoal, esta questão é relativamente fácil devido a


grande divulgação na mídia sobre o tema. Mas, como não podemos
perder a oportunidade, vamos falar um pouquinho sobre as
conferências mundiais promovidas pela ONU para tratar de assuntos
ambientais. O primeiro grande evento foi realizado em Estocolmo, na
Suécia, em 1972. Em 1982 ocorreu um novo encontro, em Nairóbi,
no Quênia. O Brasil sediou uma conferência, organizada na cidade do
Rio de Janeiro, em 1992, cujo evento ficou conhecido como Eco-92.
Após 10 anos, foi realizada em Johanesburgo, na África do Sul, a
Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, conhecida
como Rio+10, que além de reforçar aspectos relacionados à
preservação ambiental, que foram discutidos na Eco-92 ou Rio-92,
também tratou de assuntos sociais. Portanto, a assertiva está
correta.

6 - (CESPE/TJ-RR/2012) Constatações como a de que os


países desenvolvidos têm responsabilidade na poluição do
planeta e a de que os países pobres necessitam receber dos

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países mais ricos apoio financeiro, tecnológico e humanitário


para superarem a miséria e iniciarem um processo seguro de
desenvolvimento econômico, incluídas nos documentos
produzidos durante a Rio-92, estão na origem das discussões
promovidas na Rio+20 sobre os temas economia verde no
contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da
pobreza.

Vamos recordar um pouco sobre a Rio-92? A ECO-92 ou


Rio-92 aconteceu no Rio de Janeiro de 03 a 14 de junho de 1992, que
contou com a presença de líderes mundiais para discutir medidas que
promovam o progresso aliado à preservação do meio ambiente nas
próximas décadas. Entre os principais temas consta: economia verde
e cooperação global, sendo que o primeiro trata de um modelo de
crescimento econômico baseado na baixa emissão de carbono e no
uso inteligente dos recursos naturais., o que depende, por sua vez,
de uma organização entre os países para garantir que os protocolos
sejam seguidos por todos os governos. Fizeram um balanço tanto dos
problemas existentes quanto dos progressos realizados e também
elaborou documentos importantes sobre questões ambientais. Entre
esses documentos, temos a Agenda 21 que é um acordo estabelecido
entre 179 países para a elaboração de estratégias para o alcance do
desenvolvimento sustentável e para melhoria de condições sociais e
econômicas. O aprofundamento dessas discussões resultou na
elaboração do Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a redução
da emissão de gases causadores do efeito de estufa. Porém, muitos
países desenvolvidos e em desenvolvimento, em virtude do modelo
de produção e consumo estabelecido, não colocaram em prática as
políticas ambientais elaboradas durante esses eventos, intensificando
o aquecimento global. Bem, essas informações estão indiretamente

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ligadas a esta questão e falar sobre elas é também uma forma de


estudo e aprendizagem. Bem, agora que as informações foram
dadas, vamos falar sobre a questão propriamente dita. Todas as
afirmativas citadas na questão estão corretas, inclusive o que diz
respeito à erradicação da pobreza, que não está ligada à questão
ambiental, mas que também é um dos objetivos dessas conferências.
Sendo assim, a assertiva está correta.

7 - Um dos principais dilemas a serem enfrentados por muitos


países nos dias de hoje é o de conciliar metas de longo prazo,
como a redução das emissões de gases poluentes e do
consumo, com a necessidade de estimular a economia no
curto prazo para a geração de emprego e renda às populações.

Bem, amigos, esta questão é também muito tranqüila e por


ser tão lógica já mostra que está correta. Um dos assuntos tratados
pelo Protocolo de Kyoto é justamente sobre a emissão de gases
poluentes pelos países desenvolvidos e sobre a necessidade de
controle entre produção e preservação do meio ambiente. Portanto, a
assertiva está correta.

O novo código florestal

Bem, amigos, em meio a todo o debate internacional sobre


meio ambiente aqui no Brasil ressurgiu (e finalmente conseguiu ser
votado) um dos assuntos nacionais mais importantes no que diz
respeito a esse tema: o novo código Florestal.
Esse código é o conjunto de regras que regulamenta todas
as práticas que se referem à utilização do meio ambiente no Brasil. É
ele que determina o que se pode desmatar e o que,

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obrigatoriamente, deve ser preservado e protegido pelos produtores,


ou seja, ele define as formas e proporções da preservação do meio
ambiente mesmo dentro das propriedades rurais.
E por que essa discussão agora?
Não é segredo para nenhum de nós que atualmente existe,
inclusive, uma auto-cobrança no sentido de adotarmos praticas
diárias que contribuam para a o meio ambiente ou que o degradem o
mínimo possível, não é mesmo? Pois bem, pensando em termos
“macro” essa cobrança chegou às esferas públicas brasileiras e, na
noite de 24 de maio, foi aprovado, na Câmara dos Deputados, o texto
do novo Código Florestal Brasileiro.
Na verdade, essa não é uma discussão tão recente quanto
se imagina, pois há mais de dez anos e depois de três tentativas mal
sucedidas foi que esse novo texto foi aprovado pelos deputados.
Com essa “onda verde”, em que todos os países do mundo
voltam suas atenções para a preservação ambiental, a discussão
sobre a nossa legislação florestal não pôde mais ser adiada, como
vinha sendo feito.
O ponto chave do governo na discussão sobre o novo texto
do Código Florestal girava justamente em torno de incluir punições
mais rigorosas para quem reincidisse em crimes ambientais.
Todavia, outros pontos também geraram muitas discussões como as
áreas de preservação permanentes (APPs) e isenção aos
pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor reserva
legal.
Enfim, as mudanças que estavam em discussão sobre a
atualização do Código foram votadas mesmo sem que houvesse um
consenso entre as partes diretamente envolvidas, ou seja, os
ruralistas, os ambientalistas e pequenos produtores.

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Como já era de se esperar, cada setor tinha suas próprias


reivindicações, que são, na grande maioria das vezes, dissonantes.
Tal divergência de interesses é o grande entrave de todo o processo
de aprovação da norma.
O texto aprovado pelos deputados acabou
agradando bastante a bancada ruralista, já que
anistiou todos os produtores rurais que
desmataram até 2008, diminuiu as áreas de
vegetação nativa em encostas e retirou a proteção a
áreas mais sensíveis, como os mangues.
O texto do Novo Código foi votado em 2011 na Câmara dos
Deputados e também no Senado Federal, onde sofreu modificações,
voltou a ser analisado na Câmara em 2012 e teve inicialmente 12
vetos pela presidente Dilma.
Esta vai regulamentar a exploração de terras no país,
estabelecendo onde a vegetação nativa tem de ser mantida e onde
pode haver diferentes tipos de produção rural. Vocês sabiam que o
atual código em vigor ainda era o de 1965 e contava apenas com
algumas modificações? Pois eh, queridos, ele estava mesmo
precisando de uma atualizada, né?
Só pra vocês lembrarem, editada em maio pela presidente
Dilma Rousseff, a MP continha 12 vetos e 32 modificações ao projeto
que tramitou pelo Congresso. Ao passar novamente pela Câmara, a
MP sofreu novas alterações e foram votadas pelos senadores – última
etapa antes da presidente sancionar ou vetar a MP.
Finalmente, em 18/10/12, a presidente Dilma converteu a
MP 571/12 na Lei 12.727/12 contendo nove vetos.
O principal veto retira do texto a flexibilização que os
parlamentares queriam para a recuperação de áreas de preservação

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permanente (APPs) nas margens de rios. Veremos isso nas figuras


abaixo!
Apesar de eu acreditar ser improvável que cobrem pontos
específicos desse código podemos reforçar aqui alguns tópicos de
maior relevância do Novo Código Florestal, que agora é uma lei
meeeesmo e que há uma segurança jurídica sobre todos os pontos
que foram revistos. Dentre eles podemos destacar:
A recomposição mínima exigida pela legislação para
recomposição da Área de Preservação–

Fonte: Imprensa Coasul - 22/10/2012

O módulo fiscal varia entre cinco e 100


hectares, de acordo com o município. Na
Amazônia, por exemplo, ele ocupa, em média, 76
hectares. Na capital paulista, um módulo equivale
a cinco hectares.

- Cadastro Ambiental Rural (CAR) - O cadastramento de


propriedades familiares será facilitado, ficando a cargo do órgão
ambiental a realização de procedimentos mais dispendiosos, como a
captação das coordenadas geográficas para, por exemplo, a
delimitação de reserva legal.
Reserva Legal: As propriedades com até quatro módulos
fiscais que não tiverem o montante de reserva legal exigido por lei
não serão obrigadas a fazer a recomposição, mas deverão averbar
como reserva a parcela de mata nativa existente em julho de 2008.
Encostas e topo de morros: A redação aprovada consolida
plantações em encostas e topos de morros, definidas como APP,

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entre elas café, maçã, uva e fumo. A medida não permite, nas Áreas
Urbanas e Rurais: entanto, novos desmatamentos nessas áreas. As
várzeas são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP),
em zonas rurais ou urbanas. E todas as propriedades terão de
respeitar o afastamento exigido pela Lei, conforme o tamanho da
propriedade. Plantio de espécies frutíferas e exóticas: Não é
permitido o plantio de espécies frutíferas ou exóticas livremente. Para
que sejam plantadas estas espécies, até o limite de 50% da área a
ser reflorestada, será necessária autorização prévia dos órgãos
ambientais estaduais ou municipais.
A redação aprovada consolida plantações em encostas e topos de
morros, definidas como APP, entre elas café, maçã, uva e fumo. A
medida não permite, no entanto, novos desmatamentos nessas
áreas. Bom pessoal! Confiram nos quadros abaixo, o que foi
proposto na MP 571/12, e o consolidado na Lei 12.727/12 com os
vetos presidenciais. Fonte: Mônica Breda – Consultora/ Advogada -STCP Engenharia de Projetos Ltda.

http://www.stcp.com.br/upload/fck/M%C3%B4nica_Breda_Mudancas_Novo_Codigo_Florestal.

Como pudemos ver, o país conta agora com um marco regulatório


para o setor produtivo e ambiental, que abre caminho para o
enfrentamento de novos desafios. “Sabemos que este texto que

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regula as florestas no Brasil, quando colocado em prática,


seguramente exigirá adequações em aspectos que somente serão
evidenciados no dia a dia da sua implantação”.

Vejam a cobrança desse assunto em prova!

8 – (Questão inédita/2013) Com relação à Lei 12.727/12 é


correto afirmar que:
A - Foi editada em maio pela presidente Dilma, e continha 12 vetos.
B - A Presidente Dilma e impôs 09 vetos na MP 571/12.
C - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 12 vetos feitos pela
Presidente.
D - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 09 vetos feitos pela
Presidente.
Resposta. LETRA D.
Comentários:
Uma lida bem atenta na aula e essa foi de graça né mesmo?. Um
pouco maliciosa pois, foram tantas idas e vindas de um lado para o
até ser convertida em Lei que dá para confundir se estamos falando
da MP que teve 12 vetos e da Lei 12.727/12 que teve 09 vetos pela
presidente. A correta é a letra D

O pré-sal e o novo marco regulatório


Bem, pessoal, esse é outro assunto muito importante mas
que não tem sido muito cobrado nas provas dos últimos concursos.
De todo modo, não poderíamos deixar de falar aqui da descoberta
que já varia de alegrias a inúmeros protestos: o pré-sal.
Pré-sal é o nome que foi dado às reservas de
hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de
camadas de sal. E o que é isso exatamente? Resumindo, é petróleo

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descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo


do nível do mar. É uma camada de aproximadamente 800
quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do
litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo, ou seja, é grande até
perder de vista!
A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na
camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da
Petrobrás acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia
suficiente para a realização de pesquisas mais avançadas, fato que
com todo esse avanço tecnológico não foi difícil constatar. Para
podermos visualizar o quão profundo se localiza o petróleo e como
será difícil explorar essa área, vejamos a figura a seguir:

Localização da camada Pré-sal

Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal, será


necessário ultrapassar a água de mais de 2.000m, uma camada de
1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal,
ou seja, demanda tempo e dinheiro, muito dinheiro!.
A descoberta de reservas de petróleo e gás natural pela
Petrobrás na camada pré-sal é um assunto bastante relevante para o
Brasil do ponto de vista estratégico. Todos nós sabemos que o
petróleo é uma fonte de energia não-renovável e que no futuro a sua
escassez poderá ser responsável por grave crise energética. Não há
consenso entre os cientistas sobre quanto tempo ainda temos de
utilização de petróleo, mas há os que afirmam que dentro de mais 30
anos não haverá mais reservas desse hidrocarboneto.

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Nesse sentido, ter reservas de petróleo em larga escala é


uma grande vantagem geopolítica para um país. Conforme o governo
brasileiro já se posicionou, o petróleo na camada pré-sal irá aumentar
a importância econômica e política do país no cenário internacional.
Além disso, será importante para proporcionar saldos positivos à
balança comercial brasileira e gerar empregos.
Em relação aos volumes das reservas de petróleo e gás
natural na camada pré-sal, ainda não existe uma estimativa segura.
Todavia, é possível que existam reservas de 50 a 100 bilhões de
barris, quantidade que colocaria o Brasil na condição de um dos
maiores produtores e exportadores de petróleo e derivados do
mundo.
Algumas idéias importantes que precisamos ter sobre o pré-
sal:
A extração de petróleo deve ser feita de forma sustentável e
economicamente viável.
Se a extração for feita de forma muito acelerada, há o risco de que
as reservas de petróleo e gás natural se esgotem rapidamente.
Além disso, caso haja exportação em demasia desse petróleo,
poderá haver uma sobrevalorização do real, o que prejudicará as
exportações e facilitará as importações. Esse fenômeno é
conhecido como “doença holandesa”.
Para a extração do pré-sal, haverá necessidade de volumosos
recursos destinados à pesquisa e desenvolvimento para viabilizar a
exploração em águas ultraprofundas.
Vocês já ouviram falar da “maldição do petróleo”? Segundo alguns
estudiosos, quando um país possui grande disponibilidade de
recursos advindos do petróleo, há um desestímulo ao
desenvolvimento econômico e político. Isso porque com recursos
em abundância, não há incentivos para que o governo invista em

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desenvolvimento de tecnologia e formação de recursos humanos.


Além disso, a sobrevalorização do câmbio dificulta o
desenvolvimento de outros setores e a economia do país torna-se
refém da volatilidade do preço do petróleo no mercado
internacional.
E o que o Brasil está fazendo para evitar a temida “maldição
do petróleo”?
Tendo em vista a destinação dos recursos do pré-sal ao
desenvolvimento econômico e social do Brasil, o governo está
trabalhando na formulação de um novo marco regulatório para sua
exploração. O modelo utilizado atualmente para a exploração de
petróleo é o de concessão. Por meio desse modelo, todo petróleo e o
gás natural produzido é de propriedade da empresa concessionária
(que pode ser a Petrobrás ou outra!), sendo a remuneração do
governo feita essencialmente sob a forma de royalties e participação
especial. O modelo proposto pelo governo (que ainda não foi
aprovado!) é o de partilha. Por meio desse modelo, parte do petróleo
produzido é da empresa e parte é do governo. Dessa forma, a
remuneração do ente público dar-se-á por intermédio de participação
na receita gerada pela venda.
O modelo de concessão era justificado por um cenário em
que o risco exploratório era elevado, o qual era compensado por meio
de vantagens econômicas (maiores lucros) ofertadas às empresas. O
modelo de partilha, por sua vez, surge em um cenário em que o risco
exploratório é, a princípio, baixo. Logo, a remuneração das empresas
será menor! Além disso, o modelo de partilha proporcionará ao
governo maior controle dos recursos oriundos do pré-sal.
Recentemente foi aprovada pelo Senado Federal a criação
da Pré-Sal Petróleo S/A, estatal que será responsável por controlar e
fiscalizar a exploração do petróleo do pré-sal. O novo marco

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regulatório do pré-sal estabelece, ainda, que será constituído um


Fundo Social para onde será destinada a receita decorrente da
comercialização do petróleo, do gás natural e de outros
hidrocarbonetos da União. A maior controvérsia existente é em
relação a qual será a destinação desses recursos.
Outra controvérsia existente no novo marco regulatório do
pré-sal é acerca do pagamento de royalties.
Vamos entender porque a lei dos royalties é tão polêmica, e
o que vem sendo discutido acerca desse assunto.
Da forma como saiu aprovada do Senado, a lei dos royalties
irritou municípios e Estados não-produtores. Isso porque a lei prevê
redividir não só recursos de contratos futuros, como alteram também
os de antigos. Só para facilitar o entendimento, vamos definir o que
vem a ser um royalty. Royalty são tributos pagos mensalmente ao
governo federal pelas empresas que extraem petróleo, como
compensação por danos ambientais causados pela atividade. No caso
do setor de petróleo, trata-se de um valor cobrado da concessionária
que explora os campos, baseado em sua produção. O montante é
pago à União, que repassa parte dos recursos a Estados e municípios
segundo proporções estabelecidas na legislação. Até a aprovação da
nova divisão dos royalties pelo Congresso, em novembro de 2012, os
municípios e Estados produtores recebiam a maior parcela dos
royalties e participações especiais (tributo pago pelas empresas pela
exploração de grandes campos de petróleo). A presidente Dilma, no
entanto, decidiu vetar alguns artigos da nova lei, entre os quais, a
redivisão dos royalties para contratos já vigentes. Ela também
determinou aos beneficiários desses recursos que invistam 100% da
renda obtida a partir deles em educação. A intenção é tratar os dois
assuntos, PNE e royalties, de forma casada para assegurar novos
recursos para a educação.

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O que prevê a nova lei dos royalties? O texto-base do


projeto, oriundo do Senado, redistribuiu os recursos provenientes da
exploração do petróleo entre União, Estados e municípios de forma
escalonada até 2020, diminuindo a parcela direcionada aos
produtores e, em contrapartida, aumentando o repasse aos não-
produtores.
Por que há tanto interesse na lei dos royalties? O
interesse está no montante arrecadado com os recursos provenientes
da matéria-prima, que tendem a se multiplicar nos próximos anos,
sobretudo com a exploração do pré-sal, considerado a nova fronteira
energética do Brasil.
De onde que surgiu a vontade de mudar essa lei? A
partir de 2007, quando o Brasil anunciou a descoberta de grandes
reservas do chamado "pré-sal", o governo Lula passou a defender
novas regras para a exploração de petróleo no país. Em agosto de
2009, o presidente Lula apresentou quatro projetos para mudanças
no setor, sendo um deles na redistribuição dos royalties. Na ocasião,
o então presidente também propôs a mudança do modelo de
exploração do pré-sal, de concessão (quando o governo faz um leilão
e ganha o consórcio que der o maior lance) para o de partilha (por
meio do qual a Petrobras é operadora única e possui uma fatia de
30% de todos os blocos).
Com referencia a destinação dos royalties, a presidenta Dilma
Rousseff publicou em edição extra do Diário Oficial da União,
(03/12/12) nova medida provisória destinando 100% dos royalties do
petróleo para a Educação. A determinação vale para futuros
contratos em regime de concessão. A medida ainda aguarda
votação e deverá ser analisada pelos parlamentares até 10 de março
de 2013, quando perderá a validade.

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No sistema de partilha, em que a exploração das reservas é dividia


entre empresas e União, a Educação ficará com 50% dos
rendimentos do Fundo Social do Pré-sal.
Com os vetos da presidenta, os Estados e municípios produtores
continuarão recebendo os mesmos percentuais dos contratos no
regime de concessão já firmados
Vejam como ficará a distribuição dos royalties em novos contratos:
- Estados produtores, que recebem 26,25% de concessão no mar,
receberão 20% a partir de 2013.
- Municípios produtores, que atualmente recebem 26,25%, receberão
15% a partir de 2013. Percentual que deverá ser reduzido
gradativamente até 4% em 2020. Municípios afetados pelas
operações de embarque e desembarque de hidrocarbonetos
receberão 3% entre 2013 e 2016, e a partir daí 2%.
- O Fundo Especial, a ser distribuído entre Estados e o Distrito
Federal, passa a ter 21% em 2013, sendo elevado gradativamente
até chegar a fatia de 27%.
- O Fundo Especial, a ser distribuído entre municípios, também passa
a ser 21% a partir de 2013.
Os percentuais defendidos pelos congressistas para a distribuição dos
recursos foram mantidos, mas a nova divisão só vale para contratos
firmados a partir do dia 03/12/2012. Com a nova divisão, estados e
municípios não produtores também passam a receber recursos de
royalties do pré-sal.
Pudemos perceber que a “coisa” está andando. Mais um
exemplo desses avanços, é que o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu, em
meados de Setembro de 2012, aquela que deverá ser a sua mais
importante licença ambiental deste ano: a Licença Prévia requerida

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pela Petrobras para iniciar a produção e o escoamento de petróleo e


gás natural de campos do polo pré-sal da Bacia de Santos (Etapa 1).
Com a emissão dessa licença, o órgão ambiental deu sinal
claro sobre a viabilidade de exploração, a qual deverá se iniciar em
breve, uma vez que a licença de instalação já foi emitida.
Bom salientar que, a exploração do pré-sal só começou em
blocos já licitados (27% do total) - onde também há exploração de
pós-sal e sob o regime antigo, de concessão. Segundo a Petrobras, o
pré-sal já equivale à 10% da produção nacional, ou,
aproximadamente, 200 mil barris diários. A companhia diz que entre
janeiro de 2011 e novembro deste ano, a produção nesses dois locais
cresceu 148%. "No entanto, aquele pré-sal anunciado com pompa
por Lula - que levaria o Brasil a um novo patamar energético e
estruturado sob um novo modelo de produção, o da partilha - ainda
não deslanchou. ;-)

Controvérsias sobre a Usina de Belo Monte


Apesar de ser um assunto meio “passado” essa é uma
questão que continua muito atual, já que Belo Monte envolve
divergências de opiniões que ainda não foram homogeneizadas. No
final de semana do dia 22 de abril ainda pudemos assistir a diversas
manifestações contra a usina – que já tem sua obra em andamento!
O projeto era visto como prioritário pelo governo Lula no
setor de energia, sendo o 2º mais custoso do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC), ficando atrás somente do trem-bala entre São
Paulo e Rio de Janeiro.
A construção da usina de Belo Monte é considerada
essencial para suprir a demanda por energia no Brasil nos próximos
anos, com previsão para entrar em funcionamento em 2015.
Segundo estimativas, a obra irá beneficiar 26 milhões de brasileiros.

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Todavia, pessoal, os ambientalistas alegam que a


construção da hidrelétrica irá causar um enorme impacto ambiental e
social em relação aos moradores daquela área. Isso porque, com a
construção da usina, haverá desvio do curso do rio e alagamento de
áreas, o que afetará a fauna e flora. Por outro lado, a população da
região, que inclui comunidades indígenas, receia ser afetada pela
construção da usina.
Segundo críticos, o impacto ambiental e social da instalação
da usina hidrelétrica de Belo Monte foi subestimado. Além disso,
argumentam que o projeto não possui viabilidade econômica, em
razão da perda de vazão do Rio Xingu em época de seca, o que
resultaria em geração de energia bem abaixo da capacidade
instalada.
Devido a todas essas controvérsias, há inúmeras
contestações em relação à usina de Belo Monte, as quais são
provenientes de moradores locais, organizações não-governamentais
e ambientalistas. Há, inclusive, inúmeras ações judiciais ajuizadas
pelo Ministério Público em relação à construção da usina, as quais
apontam possíveis irregularidades no projeto.
Todas essas controvérsias, que incluíram questões judiciais,
fizeram com que o pregão para definir quem seria responsável pela
construção de Belo Monte fosse suspenso por duas vezes. O pregão
foi finalmente realizado, com a obtenção da vitória pelo Consórcio
Norte-Energia, que ofereceu o menor preço do Megawatt / hora: R$
78,00 e a construção da usina já está em andamento. Apesar disso,
as discussões e os protestos que rondam essa construção continuam
a todo vapor entre indígenas e até mesmo artistas que agora
lançaram mão, inclusive, de redes sociais como o Facebook, na
divulgação de seus protestos.

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A divergência é tão grande que vem tomando proporções


internacionais, o que levou a Organização dos Estados Americanos
(OEA), nesse mês de abril, a voltar a pedir ao Brasil explicações
sobre comunidades que habitam a Bacia do Rio Xingu, onde será
construída a usina Hidrelétrica de Belo monte.
Sobre o andamento da construção, o dado mais recente é
que em 21/12/2012, foi concluído uma das partes mais polêmicas da
obra: uma barragem provisória (ensecadeira), que desvia o rio Xingu
permitindo assim a construção da casa de força complementar da
usina.
Essa barragem foi alvo de protestos por impedir a passagem
pelo rio. Por isso foi construído um sistema de transposição das
pequenas embarcações. Um guincho está sendo usado para
atravessar estas embarcações por cima da barragem.
Vamos acompanhando pra ver como será esse desfecho
mas, enquanto ele não vem, que tal resolver mais algumas questões?

9 –(Questão inédita/2013) O Ministério Público Federal


ajuizou uma ação civil pública buscando a anulação do edital
de licitação da usina hidrelétrica de Belo Monte e a licença
prévia emitida pelo Ibama para o projeto. Para o MPF, a usina
será instalada em terras indígenas e deve ser suspensa
enquanto não for publicada a regulamentação do artigo 176,
parágrafo 1º, da Constituição Federal sendo que a Justiça
Federal no Pará julgou improcedente esta ação. Por Elton Bezerra

http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/justica-federal-belo-monte-nao-area-indigena De
acordo com texto julgue se é verdadeira ou falsa a notícia
Resposta : CERTA

Comentarios: Bom pessoal, vamos antes verificar a base legal do


MP Federal: Artigo 176, § 1º - A pesquisa e a lavra de recursos

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minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput"


deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou
concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecerá as
condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em
faixa de fronteira ou terras indígenas.

Portanto de um lado o MP entende que a usina será instalada em


terras indígenas e deve ser suspensa enquanto não for publicada a
regulamentação do artigo 176. Mas, para o juiz Arthur Pinheiro
Chaves, da 9ª Vara Federal, há “entendimento assentado de que o
empreendimento não está localizado em terras indígenas e que a
Constituição não concedeu “imunidade absoluta” às terras indígenas e
afirmou que o Estado pode utilizar os recursos hídricos e minerais
localizados nessas áreas. "Resta evidenciado, portanto, que a
orientação contida na Constituição prima por garantir, em benefício
da população brasileira de forma geral e integral, o uso dos recursos
hídricos e minerais, ainda que estejam localizados em terras
indígenas, o que, aliás, não poderia ser diferente, uma vez que tais
recursos pertencem, por razões estratégicas, à própria União
Federal", julgando assim ação civil pública improcedente. Dessa
forma a assertiva esta VERDADEIRA.

___X___

Questões Tecnológicas

Pessoal, para finalizar nossa aula quero falar de um último


assunto que também é muito importante no contexto internacional
contemporâneo: as inovações tecnológicas!
Quando pensamos em tecnologia acho que os
computadores, Ipads, Ipods e Iphones são alguns dos produtos que
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logo nos vem a mente, né? Todavia, amigos, há muito tempo o


homem utiliza tecnologia, que não necessariamente é algo que
dependa de energia para funcionar.
Assim, tecnologia está ligada, diretamente, a descoberta de
novas formas de nos organizarmos e nos “movimentarmos” no
mundo, ou seja, formas que acabam alterando nosso modo de viver e
nos relacionarmos com os outros. Nesse sentido, uma das principais
tecnologias já encontradas, acreditem ou não, foi a milhões de anos
atrás! Sim, pessoal, a descoberta de que o simples bater de duas
pedras secas sobre a palha produzia calor e fogo, o qual poderia ser
mantido por quanto tempo se desejasse, desde que fosse alimentado
com madeira seca ou outros combustíveis fósseis promoveu uma
grande mudança na vida do homem.
Mas quando falamos de tecnologia no mundo atual o cenário
muda, não é mesmo? Logo nossa mente sofre uma enxurrada de
imagens permeadas por eletroeletrônico, metais leves e pesados,
objetos concretos e até ferramentas meio “abstratas” como a
internet.
Assim, sempre que vamos à coluna de tecnologia nos
jornais e revistas, nos deparamos com avanços diários em termos de
informática ou inovações eletrônicas. Ouvimos falar hoje do
lançamento de um super computador, que amanhã já estará
superado por outro novo lançamento! A nossa sociedade é marcada
pela Era da Informação e da Inovação Tecnológica, mas também,
pelos crimes ligados à internet.
Diante de tudo isso, devemos sempre estar antenados ao
que se passa no mundo do desenvolvimento tecnológico e lembrar
que todas as inovações (na informática, nos transportes, nos meios
de comunicação, nas mídias) afetam diretamente a vida em
sociedade!

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E ai entra a importância de uma aula que tivemos logo no


inicio do nosso curso, sobre a globalização – que funciona tanto como
principal propulsora das inovações tecnológicas, quanto como
conseqüência delas!
Mas vamos ver algumas questões atuais que abordam
justamente as últimas descobertas tecnológicas que vem,
gradativamente, fazendo parte do nosso cotidiano.

10 - (Inédita / 2013) Tecnologia e Ciência:


Os estudiosos debatem há tempos as fronteiras entre ciência e
tecnologia, sendo que para estes a tecnologia e a aplicação
pratica do conhecimento cientifico em produtos e processos
utilizados para a solução de problemas do dia a dia. De acordo
com essa assertiva podemos afirmar que:

1) Um dos principais avanços tecnológicos no decorrer dos séculos são


os computadores.
2) A combinação de ciência e tecnologia mostrou ser capaz de render
muito mais no enriquecimento e desenvolvimento das nações.
3) A ciência e movida pela curiosidade humana, a tecnologia avança
impulsionada pelas necessidades da sociedade.
4) Ciência e tecnologia não estão entrelaçadas, visto não se
alimentarem uma da outra. Marque a alternativa correta.
A) Apenas 1 e 3 estão corretas
B) Somente a 2 esta correta
C) Todas estão incorretas
D) Todas estão corretas
E) Somente a 4 esta incorreta
Resposta: LETRA E

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Comentários: Bom amigos, um pouco de malicia e será fácil


descobrir que somente a E esta incorreta.

Questão 1: O fato e que o computador foi o grande avanço


tecnológico, visto que sua esta na busca histórica do homem para
fazer cálculos e sofisticar os cálculos matemáticos. Portanto essa esta
correta.

Questão 2: A afirmativa da questão 3 de que a ciência e movida


pela curiosidade humana, e de que a tecnologia avança impulsionada
pelas necessidades da sociedade responde a questão 2. Sem essa
combinação as duas andariam isoladas e sem avanços para satisfazer
as necessidades humanas, sociais econômicas. Desta forma a 2 e 3
estão corretas.
Portanto a questão 4 esta incorreta ao afirmar que ciência e
tecnologia NÃO estão entrelaçadas. Esta e a incorreta.

___X___
Bem, meus queridos, ficamos por aqui! Uma ótima semana a todos e
até a nossa próxima aula! ☺
Abraços

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LISTA DE QUESTÕES

1) (FUNIVERSA/PC-DF-Perito/2012) A questão ambiental


entrou na agenda política do mundo contemporâneo.
Governantes, cientistas e organizações sociais,
independentemente das posições assumidas, buscam meios de
aprofundar o conhecimento acerca do tema, como forma de
subsidiar tomada de decisões no enfrentamento do problema.
Da Conferência de Estocolmo (1972), passando pela Rio-92 e
chegando à Rio+20, um princípio ecológico é abraçado por
ambientalistas e, sendo emblemático da luta pela preservação
da vida, pode ser assim sintetizado:

A) Aliar desenvolvimento econômico aos limites do planeta é desafio


que diz respeito aos governos de países emergentes, fugindo da
alçada dos demais Estados e atores sociais.

B) A preservação de todas as formas de vida no planeta requer o


imediato retorno às condições de produção existentes no mundo
antes do advento da Revolução Industrial.

C) A volta à agricultura de subsistência, com o abandono das práticas


econômicas ditadas pelos mercados, é condição essencial para o fim
das emissões de CO2 na atmosfera.

D) Inexistentes no passado, os desastres naturais que atemorizam o


mundo contemporâneo, a exemplo de terremotos e maremotos,
estão diretamente ligados às atuais mudanças climáticas.

E) A necessária adequação do sistema produtivo à capacidade de


regeneração do planeta implica não consumir nem descartar mais
produtos que a Terra é capaz de suportar.

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2 - O texto remete à economia sustentável, ou seja, à


preocupação de investir no conhecimento de modo a promover
o desenvolvimento sem degradar irreparavelmente o meio
ambiente. Esta assertiva esta certa ou errada.

3(Questão inédita) "O Brasil ficou responsável por construir


um consenso possível. O consenso possível é um ponto de
partida e não de chegada. Isso não significa que a partir daí os
países não possam ter suas próprias políticas”, afirmou a
presidente Dilma Rousseff a respeito da Rio+20 que aconteceu
no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de junho de 2012.
http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/dilma-diz-que-
documento- final-da-rio20-e-ponto-de-partida.html (com adaptações)
Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, podemos afirmar que:
a) A escolha do Brasil como sede do evento deveu-se ao fato de o
país ainda não ter sediado um evento de tal magnitude que tratasse
sobre meio ambiente.
b) O documento final da Rio+20 gerou grande contentamento entre o
público especializado e geral, pois definiu grandes avanços sobre o
desenvolvimento sustentável.
c) A realização da conferência no Rio de Janeiro deu maior
visibilidade para a cidade e para o Brasil. Mas, dentre os pontos
negativos do encontro, as comissões estrangeiras reclamaram dos
altos preços e do trânsito.
d) O nome Rio+20 foi escolhido por causa dos 20 pontos que seriam
discutidos no encontro.

4(ESAF/MIT -2012) A questão ambiental entrou na agenda do


mundo contemporâneo, notadamente a partir do fim da
Segunda Guerra Mundial. A Organização das Nações Unidas

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(ONU) organiza ou chancela encontros globais para a


discussão mais aprofundada do tema, a exemplo da Eco- 92,
ocasião em que se elaborou a Agenda 21. Em 2012, o Brasil
sediará mais um desses fóruns mundiais, dedicado ao
desenvolvimento sustentável e ao combate à pobreza,
conhecido como:
A- Vida e Natureza
B- Planeta Sustentável
C- Amazônia Verde
D- SP 2012
E- Rio +20

5 - (CESPE/TJ-RR/2012) Vinte anos antes da realização da


Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável — a Rio+20 —, a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, batizada
informalmente de Rio-92, tornou conhecido o termo
sustentabilidade, até então empregado em meios restritos
por ambientalistas e cientistas que freqüentavam simpósios
internacionais e realizavam estudos específicos sobre temas
como a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, a
destruição das florestas e as mudanças climáticas.Os
desafios do desenvolvimento e da sustentabilidade.
In: O Globo, 29/6/2012, p. 2 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os


diferentes aspectos que ele suscita, julgue os itens que se
seguem.
B - (CESPE/TJ-RR/2012) Antes da Rio+20, conferência que
marcou os vinte anos da Rio-92, outras conferências mundiais

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para a discussão da questão ambiental foram promovidas pela


Organização das Nações Unidas em diversos continentes,
como a chamada Rio+10, em Johanesburgo, na África do Sul,
dedicada, entre outros assuntos, à avaliação do cumprimento
dos compromissos firmados em 1992, no Rio de Janeiro.

6 - (CESPE/TJ-RR/2012) Constatações como a de que os


países desenvolvidos têm responsabilidade na poluição do
planeta e a de que os países pobres necessitam receber dos
países mais ricos apoio financeiro, tecnológico e humanitário
para superarem a miséria e iniciarem um processo seguro de
desenvolvimento econômico, incluídas nos documentos
produzidos durante a Rio-92, estão na origem das discussões
promovidas na Rio+20 sobre os temas economia verde no
contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da
pobreza.

7 - Um dos principais dilemas a serem enfrentados por muitos


países nos dias de hoje é o de conciliar metas de longo prazo,
como a redução das emissões de gases poluentes e do
consumo, com a necessidade de estimular a economia no
curto prazo para a geração de emprego e renda às populações

8 – (Questão inédita/2013) Com relação à Lei 12.727/12 é


correto afirmar que:
A - Foi editada em maio pela presidente Dilma, e continha 12 vetos.
B - A Presidente Dilma e impôs 09 vetos na MP 571/12.
C - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 12 vetos feitos pela
Presidente.

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D - A MP/ foi convertida na Lei 12.727/12 com 09 vetos feitos pela


Presidente.

9 –(Questão inédita/2013) O Ministério Público Federal


ajuizou uma ação civil pública buscando a anulação do edital
de licitação da usina hidrelétrica de Belo Monte e a licença
prévia emitida pelo Ibama para o projeto. Para o MPF, a usina
será instalada em terras indígenas e deve ser suspensa
enquanto não for publicada a regulamentação do artigo 176,
parágrafo 1º, da Constituição Federal sendo que a Justiça
Federal no Pará julgou improcedente esta ação. Por Elton
Bezerra http://www.conjur.com.br/2013-jan-25/justica-
federal-belo-monte-nao-area-indigena De acordo com texto
julgue se é verdadeira ou falsa a notícia

10 - (Inédita / 2013) Tecnologia e Ciência:


Os estudiosos debatem há tempos as fronteiras entre ciência e
tecnologia, sendo que para estes a tecnologia e a aplicação
pratica do conhecimento cientifico em produtos e processos
utilizados para a solução de problemas do dia a dia. De acordo
com essa assertiva podemos afirmar que:

1) Um dos principais avanços tecnológicos no decorrer dos séculos


são os computadores.
2) A combinação de ciência e tecnologia mostrou ser capaz de render
muito mais no enriquecimento e desenvolvimento das nações.
3) A ciência e movida pela curiosidade humana, a tecnologia avança
impulsionada pelas necessidades da sociedade.
4) Ciência e tecnologia não estão entrelaçadas, visto não se
alimentarem uma da outra. Marque a alternativa correta.

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A) Apenas 1 e 3 estão corretas


B) Somente a 2 esta correta
C) Todas estão incorretas
D) Todas estão corretas
E) Somente a 4 esta incorreta

GABARITO
1 E

2 VERDADEIRA

3 C

4 E

5 VERDADEIRA

6 VERDADEIRA

7 VERDADEIRA

8 D

9 VERDADEIRA
10 E

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BIBLIOGRAFIA
ROSS, Jurandir Sanches (org). GEOGRAFIA DO BRASIL. - 6ª- edição
- São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e
Ciência Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea.
São Paulo: Atlas, 2009.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2008.
_____________. O Espaço dividido: os dois circuitos da
Economia urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas.
Globalização e território na América Latina. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2005.
Disponível em:<http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/02/ribeirinhos-
transformam-riquezas-da-amazonia-de-maneira-sustentavel.html>Acesso
em 17/02/2013.

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