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ATUALIDADES PARA O TJ-DFT


PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES

Aula 02 - PANORAMA ECONOMICO

Bem pessoal, na aula demonstrativa abordamos um panorama


mais geral de situações políticas e econômicas mundiais, para
compreender as transformações que vemos hoje à nossa volta. Como foi
dito: para entender a dinâmica do processo é imprescindível que
conheçamos o próprio processo, as suas origens e aí então poderemos
entender suas consequências.
Pois bem, hoje nos determos nas situações econômicas mais
atuais que tanto tem causado rebuliço no Brasil e no mundo todo e, para
entender essas situações precisaremos compreender, por exemplo, o que
é bloco econômico, quais são as principais organizações econômicas no
mundo etc.
Mas, esses conceitos nem são novidades pra vocês que já estão
estudando a muito tempo pra concursos de alto nível como este,ok?
Portanto, nem preciso aprofundar demais em determinadas coisas que,
certamente, já lhes são bem familiares!

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A GLOBALIZAÇÃO E A ECONOMIA

Bem, queridos, agora que já relembramos os principais pontos


sobre globalização na aula demonstrativa precisamos saber o que isso
tem a ver com os fatos econômicos recentes, não é mesmo?
Se eu pedisse pra você me dizer o que lhe vem a cabeça
quando pensa em fato econômico atual o que você diria? Certamente a
crise econômica mundial e suas sérias conseqüências na Europa seria
uma das primeiras lembranças, acertei?
Pois então, como poderemos compreender essa crise sem ter
uma boa compreensão do fenômeno que permite com que um “erro
econômico” ocorrido nos EUA atinja todo o mundo? Ou ainda que uma
crise na economia grega desestabilize toda zona do euro? Aliás, você
sabe como se formou essa zona?

BLOCOS REGIONAIS - Generalidades

Conforme já vimos, a integração econômica e política é uma


consequência da globalização. Após a Segunda Guerra Mundial, os
países se deram conta de que se unissem forças, eles teriam muito maior
voz no cenário internacional do que se agissem isoladamente.
Concomitante a isso, começam a proliferar organizações internacionais,
as quais materializam a idéia de que problemas em comum da
humanidade deveriam ser enfrentados pela cooperação internacional.

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E por que estou falando isso agora? Porque é ai que se encontra
a sementinha que possibilitou o surgimento dos blocos econômicos que
conhecemos hoje.
Se a integração e cooperação entre os países tiveram início por
motivações eminentemente políticas, podemos estar certo de que depois
também se evidenciaram no campo econômico. Deste modo, surgiram os
blocos regionais, que tiveram seu embrião na Europa e depois se
espalharam às outras regiões do planeta. E foi essa expansão que
originou o que hoje conhecemos como acordos preferenciais e blocos
regionais, dentre os quais destacamos a União Europeia, o NAFTA e o
MERCOSUL.
Pessoal, quando falo de blocos regionais, há uma tendência de
vocês pensarem que são todos uma coisa só, não é mesmo? Entretanto,
eles possuem diferentes estágios de integração.
Segundo Bela Balassa, criador da teoria da integração regional,
existem os seguintes estágios de integração econômica:
Área de Livre Comércio: caracteriza-se pela livre circulação de
mercadorias e serviços. Dizer que há livre circulação de mercadorias
significa que o substancial do comércio (a maior parte do fluxo de
mercadorias) circula sem pagar impostos de importação (direitos
aduaneiros) entre os países do bloco.
A livre circulação de serviços, por sua vez, fica caracterizada
quando não há restrições à prestação de serviços dentro do bloco. Nesse
sentido, um médico do país A poderia fazer consultas normalmente no
país B, sem qualquer restrição. Ou então, uma empresa de A poderia
instalar-se e prestar serviços de extração de petróleo no país B. Tudo
isso, é claro, se A e B fossem integrantes da área de livre comércio.

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Na prática, o que se verifica é que a completa liberalização do
comércio de mercadorias e serviços é algo muito difícil de ser alcançado.
Como exemplo de área de livre comércio, citamos o NAFTA.
União Aduaneira: Na união aduaneira, além da livre circulação
de mercadorias e serviços, haveria harmonização da política comercial
em relação a terceiros países. Assim, os países-membros desse bloco
comercial estabeleceriam as mesmas regras alfandegárias em relação aos
não-membros. Em outras palavras, as normas de comércio exterior
seriam essencialmente as mesmas em todos os países, aplicando-se,
inclusive, uma Tarifa Externa Comum (TEC).
A Tarifa Externa Comum (TEC) é uma tabela que estabelece as
alíquotas do imposto de importação para os produtos importados de
terceiros países. Imagine que o país A, B e C forme uma união aduaneira.
Nesse caso, há livre circulação de mercadorias entre eles (no comércio
regional não incide imposto de importação) e, ainda, cobram o mesmo
imposto de importação em relação a terceiros países. Como exemplos de
uniões aduaneiras citamos, o MERCOSUL e a Comunidade Andina.
Mercado Comum: possui, cumulativamente, as características
da união aduaneira somadas à livre circulação dos fatores de produção.
Assim, não há restrições ao movimento de capitais e de pessoas.
Para que seja possível a livre circulação de fatores de produção,
é necessário, todavia, a harmonização das políticas previdenciária,
trabalhista e de capitais entre os integrantes do bloco. Vale ressaltar que,
no mercado comum, existirá, assim como na união aduaneira, uma
harmonização da política comercial intrabloco (comércio livre de barreiras
entre seus integrantes) e extrabloco (regras de comércio exterior
unificadas, incluindo tributação).

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União Econômica: caracteriza-se pela harmonização das
políticas econômicas dos países-membros.
Integração Econômica Total: caracteriza-se pela
equalização das políticas econômicas.
“Mas, professora, qual a diferença entre harmonização e
equalização de políticas econômicas?”
Para ficar bem fácil de visualizar, pensemos num quadro. Nesse
quadro, foi pintada uma imagem cuja simples admiração lhe traz uma
sensação de bem estar. Muito provavelmente, essa tela está repleta de
cores que se harmonizam, ou seja, possui cores que combinam entre si.
Apesar de diferentes, uma vez juntas num mesmo contexto, elas não
interferem uma na outra, resultando numa diversidade que se combina,
que se harmoniza.
Por outro lado, se pretendermos que essa tela
fique equalizada, usaríamos uma cor só e ela estaria preenchida
totalmente por apenas uma cor, ou seja, em qualquer ponto da tela, as
cores utilizadas seriam exatamente iguais, tal como um quadro negro.
Assim, elas também não se agrediriam, pelo simples fato de serem
absolutamente iguais.
No caso das políticas econômicas é a mesma coisa! Elas estarão
em harmonia quando, apesar de diferentes, não ferirem ou influenciarem
negativamente uma na atuação da outra. Em contrapartida, elas estarão
equalizadas quando a política adotada em um país for também adotada
em outra. Pra ficar mais claro fiz um esqueminha que permite vocês
visualizarem bem melhor a diferença entre essas organizações que
confundem tanto a cabecinha de vocês...rs

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1. Área de livre comércio: livre circulação de mercadorias e


serviços;

2. União aduaneira: livre circulação de mercadorias e serviços +


política comum de comércio internacional em relação a terceiros
países com TEC;

3. Mercado comum: livre circulação de mercadorias e serviços +


política comum de comércio internacional em relação a terceiros
países com TEC + livre circulação dos fatores de produção

4. União Econômica: livre circulação de mercadorias e serviços +


política comum de comércio internacional em relação a terceiros
países com TEC + livre circulação dos fatores de produção +
HARMONIZAÇÃO das políticas econômicas entre os países
membros

5. Integração econômica total: livre circulação de mercadorias e


serviços + política comum de comércio internacional em relação a
terceiros países com TEC + livre circulação dos fatores de produção
+ EQUALIZAÇÃO das políticas econômicas entre os países
membros

Agora acho que ficou mais claro, né??Caso contrário voltem ao


fórum ok?
Mas já que falamos em blocos econômicos vamos entender um
pouco mais do bloco econômico mais famoso do momento: a União
européia

União Européia
Bem, para compreender esse bloco que não sai dos telejornais
devido a crise que o acomete precisamos compreender um pouco mais o
que é e como se originou esse bloco, não é mesmo? Para isso, vamos
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fazer uma pequena regressão histórica? Por favor, não se assustem, eu
juro que é pequena mesmo!!!rsrs
Bem, a origem do fenômeno integracionista no continente
europeu remonta ao período pós-guerra e à constituição de uma união
aduaneira formada por Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que ficou
conhecida como BENELUX. Passados alguns anos, surgiu a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (CECA), cujo objetivo era a integração das
indústrias do carvão e do aço dos países europeus ocidentais. Em 1957,
esse bloco evoluiu para a Comunidade Econômica Européia (CEE),
também chamada de Mercado Comum Europeu.
No ano de 1992, as ambições integracionistas européias deram
origem ao Tratado de Maastricht, constitutivo da União Européia. Dentre
todos os blocos regionais, a UE é o que se encontra atualmente no
estágio mais avançado de integração.
Como grande pilares do Tratado de Maastricht podemos citar a
união econômica e monetária dos Estados-membros (moeda única), a
definição e a execução de uma política externa e de segurança comum, a
cooperação em matéria jurídica e a criação de uma cidadania europeia.
A moeda única (euro) é uma das grandes marcas da União
Europeia, concretizando a ideia de uma união monetária. Diante da atual
crise de crédito levanta-se dúvidas sobre a viabilidade de uma moeda
única para economias tão diferentes.
Pois é necessário que haja uma estabilidade de preços – baixo
índice de inflação – sustentabilidade das finanças públicas – inexistência
de déficits fiscais excessivos – flutuações da taxa de câmbio dentro de
margens normais e baixas taxas de juros de longo prazo.
O euro (€) é provavelmente a realização mais tangível da União
Européia, já que a moeda única é partilhada por 16 países (2009), que

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representam mais de dois terços da população da União. E outros ainda
irão adotar o Euro, assim que as suas economias estejam preparadas.
Todas as notas e moedas em euros podem ser usadas nos
países onde o euro é aceite. Enquanto as notas são sempre iguais, as
moedas têm uma face comum e outra que ostenta um símbolo nacional
do país emissor.
Países da União Européia que usam o euro: Alemanha, Áustria,
Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França,
Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.
Atualmente, fazem parte da União Europeia 27 membros,
havendo ainda três outros Estados em processo de adesão: Macedônia,
Turquia e Croácia. O processo de adesão à União Européia consiste em
preparar os países candidatos para cumprirem as obrigações decorrentes
da qualidade de Estado membro. Assim, para a adesão ao bloco, exige-se
o cumprimento dos requisitos conhecidos como critérios de Copenhague,
que consistem em requisitos políticos, econômicos e de aplicação da
legislação européia.
Quando a União Européia foi efetivamente criada pelo Tratado
de Maastricht em 1992, ela era integrada por apenas 12 membros. Hoje
é mais de 27 membros, o que reclama um aperfeiçoamento da estrutura
dessa instituição. Dessa forma, o Tratado de Lisboa foi assinado em
dezembro de 2007 pelos 27 Estados-membros da União Européia com
vistas a dotar a União Européia de uma estrutura institucional e jurídica
que lhe permita fazer frente aos desafios atuais.
Dentre as principais mudanças a serem introduzidas pelo
Tratado de Lisboa podemos citar:
Melhoria do processo de tomada de decisão no âmbito da
União Européia;

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Reforça a democracia através da atribuição de um papel
mais importante ao Parlamento Europeu (maior número de
matérias sujeitas ao processo de co-decisão) e aos parlamentos
nacionais;
Criação da figura de um presidente estável da União, eleito
por um período de dois anos e meio, renovável uma vez;
Criação do cargo de Alto Representante da União para
Relações Exteriores e a Política de Segurança, que será
simultaneamente vice-presidente da Comissão Européia;
Possibilidade de que um grupo de 1 milhão de cidadãos da União
Européia, de um número significativo de Estados dirija-se
diretamente à Comissão Européia para solicitar a apresentação de
uma proposta legislativa (iniciativa popular);
Possibilidade dos Estados de abandonar a União.
Em 1º de dezembro de 2009, o Tratado de Lisboa entrou em
vigor, após a ratificação por todos os 27 membros da União Européia.
Esse processo de ratificação não foi, todavia, realizado de forma
tranqüila.
As maiores dificuldades foram na ratificação pela Irlanda, que
em virtude de especificidades de sua legislação, teve que submeter o
Tratado de Lisboa a referendo popular. Na primeira vez em que ele foi
submetido a esse processo, os irlandeses responderam de forma
negativa. Somente em uma segunda oportunidade o Tratado de Lisboa
foi aceito pela população irlandesa.
A União Européia, apesar de ser um bloco que atingiu elevado
nível de integração, ainda apresenta fortes assimetrias internas. Isso
ficou particularmente evidente com o ingresso em 2004 e 2007 de 12
(doze) novos membros à União. Dentre estes, 10 (dez) são países do

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Leste Europeu, oriundos do antigo bloco socialista, o que evidencia uma
significativa mudança política nos destinos da região.
Recentemente, o fato que mais chama a atenção e que tem
aparecido como objeto de cobrança em provas de
Atualidades/Conhecimentos Gerais é a crise financeira atravessada por
países europeus, pois apesar de fazerem de tudo para ter o melhor
sistema econômico possível, a união européia foi duramente atingida pela
crise e somente na Espanha, 52,9% dos jovens não têm emprego.
Portanto o mercado de trabalho na zona do euro atingiu, em julho, um
recorde negativo. Os dois países que registraram as piores taxas de
desemprego na zona do euro foram Grécia e Espanha, ambos duramente
atingidos pela crise da dívida.
Vejamos a seguir algumas questões sobre a União Européia!
1 - (ESAF/ MI-2012)A formação de blocos de países é uma
característica marcante da ordem global contemporânea. A União
Européia (UE) é, provavelmente, o melhor exemplo de superação
de históricas divergências para o êxito do projeto integracionista.
No que se refere à UE e aos seus mais recentes problemas,
assinale a opção correta
a) Ao liderarem o processo de criação da UE, Alemanha e França
reafirmou os laços da histórica aliança que os une, fato decisivo para
assegurar o isolamento do Reino Unido no contexto continental.
b) A atual crise a envolver a UE é essencialmente financeira, colocando
em sério risco a estabilidade do euro, moeda única adotada por todos os
países integrantes do bloco.
c) Com o objetivo de superar a atual crise e depois de difíceis
negociações, os países da UE decidiram que as respectivas Constituições
nacionais deverão incluir a obrigatoriedade de orçamentos equilibrados.

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d) A exclusão da zona do euro de países com economia em crise, como
Grécia, Itália, Portugal e Espanha, foi uma saída radical entendida como
necessária para salvar o projeto integracionista europeu.
e) Demonstrando absoluta maturidade política e compreensão acerca da
gravidade da situação, a opinião pública dos países em crise econômica,
a exemplo da grega e da portuguesa, apoiou as medidas de austeridade
propostas.
Resposta: Letra C

Comentários: Vejam que essa questão caiu agorinha, a muito pouco


tempo. Bem, amigos, vejamos o que está errada em cada uma das
questões, já que apenas uma está correta, como afirma o enunciado
A letra A está errada, pois o Reino Unido faz parte SIM da União
Européia, mas muita gente confunde isso pelo fato deles não terem
adotado o euro como moeda.
A letra B também está errada, pois como vimos no caso do
Reino Unido (que ainda possui a libra esterlina) nem todos os países do
bloco adotaram o Euro como prática monetária oficial.
A letra C é a alternativa correta, pois no mês de Abril de 2012
os líderes europeus adotaram numa reunião extraordinário da Comissão
Européia, um novo tratado orçamentário para reforçar a disciplina
comum, implementando a "regra de ouro", que impõe o equilíbrio das
contas. Essa regra nada mais é do que os países se comprometendo a ter
orçamentos equilibrados ou com superávit, ou seja, chegar a médio prazo
a um déficit estrutural (fora de elementos excepcionais e do serviço da
dívida) de um máximo de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Os
países que tiverem uma dívida global moderada, abaixo de 60% do PIB,
terão direito a um déficit estrutural tolerado de 1%.

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O tratado orçamentário prevê uma correção automática em caso
de desvio da meta, com a obrigação de adotar medidas corretivas
durante certo tempo. Deste modo, pessoal, um país que violar esta regra
ficará mais facilmente exposto a sanções quase automáticas. Mas o
importante mesmo é saber que a regra de ouro deverá ficar
preferencialmente inscrita na Constituição de cada país, ainda que não
seja uma obrigação. Um texto de lei basta se seu valor jurídico garantir
que não será questionada de forma recorrente.
A letra D está errada, pois não houve nenhuma exclusão de país
da Zona do Euro.
A letra E está errada. Há muitos protestos contra as medidas de
austeridade, principalmente na Grécia.

2 - (CESPE/Câmara dos Deputados/2012) A ampliação dos


mercados é uma das características definidoras do estágio atual
da economia mundial, o que pressupõe a livre circulação de bens
e de capitais. Nesse sentido, medidas protecionistas saíram de
cena, em larga medida, por imposição dos países
economicamente mais poderosos. Marque certo ou errado

Comentários: Cuidado! O primeiro comentário está correto e isso pode


levar ao erro. Realmente a ampliação dos mercados é uma realidade
crescente da economia mundial. Entretanto, isso não significa que as
medidas protecionistas sairão de cena. Vamos explicar como isso
acontece. Os governos têm que tomar medidas para combater a crise,
com dinheiro público, e enfrentam pressões dos diversos agentes
nacionais para privilegiar o produtor nacional que, afinal, é quem dá
empregos aos seus trabalhadores, recolhe impostos e faz girar a
economia interna. Isso já gera um reflexo protecionista imediato, nem
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sempre na forma de barreiras clássicas, de tarifas, quotas, proibições. Ou
seja, há um tipo de protecionismo que sempre irá existir por questões
econômicas óbvias, portanto a assertiva está errada.

3 – (BRDE/-2012) A chamada “crise do Euro” é, na verdade, uma


crise econômica do capitalismo e particularmente européia. São
muitos os motivos e os problemas que afetam os países do Euro.
Assinale a alternativa correta a respeito dessa crise na economia
de países europeus.

a) O Euro unificou as economias dos países que aderiram ao mesmo,


uniformizando os investimentos na produção e no consumo de bens,
havendo consenso entre os países membros sobre o assunto. A zona do
euro substituiu, com vantagens, o antigo pacto da União Européia, que
deixou de existir.
b) Os bancos, com seus financiamentos e taxas de juros, constituem um
elemento importante da crise européia que pode ser entendida, também,
como uma crise do sistema financeiro, visto que cobram dos países aos
quais fizeram empréstimos, juros e/ou dividendos que não condizem com
os lucros da economia desses países devedores. Ocorre que os juros, por
exemplo, estabelecidos pelos credores crescem mais do que os
dividendos ou lucros reais das empresas devedoras.
c) A crise do Euro manifestou-se principalmente em países da Europa
Oriental, como a Grécia. Mas em vista do isolamento dessas nações, vem
afetando pouco os países mais desenvolvidos da Europa Ocidental, como
França e Espanha.
d) A crise do Euro não envolve problemas de liquidez ou de falta de dinheiro
no mercado europeu. Portanto, a inflação não é uma ameaça ao sistema.
Igualmente, o princípio do socorro mútuo e da partilha das dívidas de

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forma igualitária entre todos os países membros, afasta o risco de uma
economia ruir.
e) Apesar de a crise européia estar ameaçada pela recessão e/ou pelo
endividamento de alguns países, como a Itália, a Alemanha e a Grécia,
há um entendimento entre os países do Euro que o bloco deve
permanecer unido e que o setor público é o único que ainda não foi
atingido e não apresentou déficit, constituindo o principal suporte da crise
RESPOSTA: LETRA “B”
Comentários:
Letra A: existem várias construções incorretas, pois está uniformizando
os investimentos na produção e no consumo de bens; “consenso entre os
países membros”; “antigo pacto da União Européia”.
Letra b; CORRETO. Bom amigos, sabemos que a crise do Euro é uma
crise de crédito e do sistema financeiro, assim como a crise de 2008,
portanto os bancos são os pilares dessa crise.
Letra C: INCORRETO: Pois, afirmar que a crise afeta menos a França e a
Espanha, logo que afeta mais os PIGS (Portugal, Itália, Grécia, e
Espanha), e a França teve sua nota de risco rebaixada recentemente;
nota risco rebaixada recentemente.
Letra D: INCORRETO: o erro é que um dos problemas da crise é
exatamente a falta de liquidez dos investimentos; e na alternativa “e”, o
problema é que o setor público fora muito atingido sendo um dos
baluartes da crise.

4 – (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia ) Na Comunidade


Européia, os países que adotaram o euro passam por sérias
dificuldades econômicas, enquanto aqueles que não optaram pela

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moeda única conseguiram resistir aos efeitos da crise, como é o
caso da Espanha. VERDADEIRA OU FALSA?
Resposta: FALSA
Comentários: Bom pessoal, de acordo com os economistas, países da
UE que não adotaram o euro também vêm se beneficiando disso e têm
passado até aqui quase incólumes na onda de perda de confiança entre
os investidores. Temos como exemplo a Suécia, a Grã-Bretanha e a
Dinamarca faz parte do grupo no bloco que optou por manter sua própria
moeda, é vista como uma “ilha de prosperidade” na região, pois esses
países certamente têm uma maior flexibilidade em políticas monetárias
do que os países da zona do euro individualmente. Até aí a resposta está
correta. Mas vejamos: Uma leitura atenta na aula e hoje e veremos que a
Espanha adotou o euro como moeda, e como se sabe, (em 06/12), 100
bilhões de euros (250 bilhões de reais) foram direcionados, a conta-
gotas, ao abalado sistema bancário da Espanha, o quer dizer que o país
em questão não conseguiu resistir aos efeitos da crise. Portanto logo de
esta questão está incorreta por citar a Espanha como exemplo como não
optante pelo euro e resistente à crise. Portanto esta assertiva está
ERRADA. http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/11/111122_euro_gra_bretanha_crise_rw.shtml

Bem, pessoal, agora que já compreendemos bem o que é essa


tal União Européia já podemos entender bem melhor como a crise que
acomete um país da zona do euro acaba afetando praticamente todos os
outros, não é mesmo?
Mas, pra ficar ainda mais claro é preciso, vamos precisar
compreender a origem de toda essa crise, pois, ainda que poucas
pessoas se lembrem em 2008 tivemos uma das piores crises econômicas
já vivenciadas.

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CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

Hoje em dia, sempre quando ligamos a TV só ouvimos falar em


crise financeira, não é mesmo? Portanto, esse é um assunto fatalmente
importante pra nossa disciplina e, por isso, vamos analisar as últimas
que balaram – e ainda abalam – tanto a economia mundial, ok?
A economia mundial atingiu meados de 2009 afundada na pior
crise desde o fim da Segunda Guerra Mundial, afetando de uma só vez os
Estados Unidos, a Europa Ocidental e o Japão. Em outras palavras, a
crise econômica afetou os principais pólos econômicos mundiais, os quais
sofreram redução drástica em suas atividades produtivas.
Nos países da União Européia, onde a moeda utilizada é o euro,
os principais índices econômicos mostraram que a queda nas atividades
econômicas foi acima de 20%, o que resultou em dolorosos meses de
retração econômica. Do mesmo modo, os EUA cruzam a mais extensa
depressão em 64 anos. Ora, num mundo economicamente integrado
como o nosso, a queda das atividades nos países da União Européia
certamente afetará o Brasil, que deixará de exportar laranjas, ou a
Argentina, que perderá a venda de carne, por exemplo.
Tudo bem! Que a crise afetou o mundo inteiro, não é novidade
pra ninguém. Mas afinal, como ela começou?
A grande responsável pelo desencadeamento desta crise
econômica foi a falência do mercado imobiliário dos EUA, que ficou
conhecida como o estouro da “bolha imobiliária”.
Em agosto de 2007, duas grandes companhias de financiamento
de imóveis norte-americanas quebraram e foi ai que tudo começou. Essas
empresas faliram porque a maioria das pessoas que haviam tomado

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empréstimos para comprar casas não estava conseguindo arcar com os
custos das prestações, que encareciam a cada dia devido ao aumento da
taxa de juros. Aproximadamente um ano depois, diversos bancos norte-
americanos, que possuíam boa parte de seu patrimônio composto de
papéis baseados nesses empréstimos que não estavam sendo pagos
foram arruinados também. Atravessando sérias dificuldades financeiras,
esses bancos pararam de contribuir para a execução de atividades em-
presariais, o que atacou diretamente a economia dos EUA. E ai vocês
podem querer saber: como uma forte crise lá pode ter tanta força no
restante do mundo?
Vocês se lembram que eu tinha falado antes da hegemonia
capitalista americana? Pois bem, como os EUA são responsáveis por pelo
menos um quarto da produção mundial, todo o mercado internacional
sofreu as conseqüências de sua crise.
Mas, pessoal, é claro que isso foi só uma descrição sumária de
alguns dos principais elementos da crise mundial em questão que, como
todas as anteriores, possuem muitas peculiaridades. Essa, por exemplo,
pouco tempo depois de seu início, começou a ser comparada à crise de
1929 devido, justamente, ao aspecto global da turbulência financeira.
Pensem agora sobre alguns dados da crise de 1929. É claro que
os detalhes daquela crise possivelmente não nos venha à mente nesse
momento, mas com certeza nos lembramos do choque mundial
proporcionado por ela, não é mesmo?
Naquela ocasião, mais de 9 mil bancos e 85 mil empresas
faliram e a cotação de suas ações despencou. Além disso, os salários se
reduziram e o desemprego atingiu os maiores índices da História. A
situação só começou a melhorar quando o presidente Franklin Roosevelt
assumiu a presidência dos EUA e colocou em prática, como vimos acima,

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um plano de reformas econômicas e sociais que intervieram diretamente
na economia americana.
Só para melhor exemplificar, Roosevelt criou: frentes de
trabalho, mecanismos de controle de crédito, um banco para financiar as
exportações, fixou salários mínimos, limitou a jornada de trabalho e
ampliou o sistema de previdência social. E só a partir da intervenção do
Estado na Economia, ao contrário do que prega o neoliberalismo, é que o
mundo foi gradualmente se recuperando daquela crise mundial.
Se naquela época, quando as economias do mundo nem
estavam ainda tão interligadas como atualmente, já houve caos mundial,
imagina agora, não é? E o Brasil, como fica nossa economia diante desta
crise?
Em outros tempos, certamente o Brasil seria muito mais
castigado do que foi agora, quando esteve relativamente preservado.
Isso se deu porque, atualmente, as exportações brasileiras para o
mercado dos Estados Unidos representam menos de 20% do nosso total
de exportações. Todavia, o que num primeiro momento pode parecer
vantagem não é exatamente uma! Mas, por que não? Vocês poderiam
dizer: “Ora, ainda restam 80% das exportações para serem vendidas
para diferentes países do mundo, então dos males o menor!” Essa lógica
seria perfeita se os outros países do mundo não estivessem fortemente
vinculados à economia norte-americana! Mas vocês sabem que essa não
é a realidade! Dessa forma, pessoal, tal como um dominó enfileirado, a
queda da primeira peça leva à queda seqüencial das outras que se
posicionam atrás dela.
“Ué, mas então eu não entendi! Os EUA em crise, os outros
países exportadores em crise, como o Brasil pode não ter sido afetado
tão fortemente pela recessão?”

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Pra não ficarmos falando de números e nos atermos ao que é
mais importante, precisamos compreender que o nosso sistema
financeiro é bem regulamentado e suas regras de financiamento são
muito mais rígidas do que as existentes em outros países. Pensem em
como é complicado e burocrático financiar uma casa própria no Brasil!
Toda essa burocracia existe para contribuir com as financeiras, que
exigem todo tipo de documentação para comprovar que o cidadão é
capaz de arcar com aquela despesa, para evitar ao máximo o número de
calotes – ao contrário dos EUA onde o crédito imobiliário é extremamente
fácil.
Além disso, o governo brasileiro tomou medidas que
estimulassem o consumo interno, como por exemplo, a redução de IPI
em uma série de produtos. Tenho certeza que todos vocês se cansaram
de ver propagandas na TV sobre vendas de carros e de toda a linha
branca (fogões, geladeiras, etc.) com redução de IPI, não é? Essa foi
justamente uma das estratégias adotadas pelo Brasil para diminuir o
impacto da crise no mercado interno, o que, de certa forma, deu certo!
Infelizmente, essas medidas não foram suficientes para evitar
que a crise mundial chegasse ao Brasil. Elas diminuíram sua força, mas
não conseguiram impedir totalmente que seu impacto fosse sentido por
aqui.
Por possuir como uma das bases da economia nacional a
exportação de mercadorias, principalmente para países ricos, não poderia
ser diferente e também tivemos nossas vendas afetadas. Vamos dar uma
olhada em como esse assunto já foi cobrado em prova.

5 -(CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica


internacional, julgue C ou E.

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I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro
internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de
paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem
autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,
dispensando a intervenção do Estado.
II – Diante da crise, as instituições de Bretton Woods não
conseguiram propor soluções concretas por ocasião da reunião de
Cúpula do G 20 realizada em Londres em 2009.
III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de
se prover a economia mundial com créditos para o
desenvolvimento, incrementar a regulação financeira,
desenvolver políticas anticíclicas e combater os paraísos fiscais.
IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em
realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o
Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em
2009.
Marque a alternativa
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se todos os itens estiverem errados.
c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.
e) se somente o item I estiver correto.
Resposta. Letra A

Pessoal, apesar de essa questão ser de 2010, achei interessante


colocá-la. Observem como ela continua atual! E isso se explica sido
justamente por ter sido o estopim de tudo o que ainda hoje vemos na

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Europa, e acredito que os comentários abaixo irão contribuir mais um
pouco nessa compreensão sobre o assunto.

Comentários: A primeira assertiva está correta. Que a recente


crise econômica envolveu grandes bancos e o sistema financeiro
internacional nós já temos certeza, não é mesmo? Todavia, para
entender o porquê essa crise representou também uma quebra de
paradigmas, é preciso saber qual era a crença econômica dominante.
Desde o Consenso de Washington, as políticas neoliberais são
preponderantes e, com elas, a crença de que o mercado tem capacidade
para autorregular-se. Todavia, diante da crise, economistas e governos
se viram diante de um beco sem saída. Eles perceberam que o Estado
não poderia ficar inerte e deveria intervir para estimular a economia, o
que representou uma quebra dos paradigmas neoliberais.
Dessa forma, o que a crise mostrou empiricamente? Ela
mostrou que, mesmo no capitalismo financeiro, que se baseia no poder
das empresas e capitais privados, a economia ainda precisa da ajuda do
Estado pra não entrar em colapso. Deste modo, a certeza de que os
mercados podiam se autorregular independentemente da intervenção do
Estado se evapora, desembocando sim numa crise do paradigma liberal.
Voltamos, portanto, às ideias keynesianas de intervenção estatal.
Comentários: A segunda assertiva está correta. Para
compreendermos este item, há três informações importantes que
devemos saber:
1 – O que é Bretton Woods?
2 – O que é o G20?
3 – O que foi estabelecido no último encontro do G20 em 2009?

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Bem, amigos, no início de nossa aula, já vimos que Bretton
Woods foi o nome dado a uma conferência realizada quase ao final da
Segunda Guerra com o objetivo de conduzir a política econômica
mundial. Por ter sido o primeiro modelo de uma ordem econômica
totalmente negociada para reger as relações entre Estados ele foi
responsável pela criação de instituições que regulassem seus objetivos:
FMI e BIRD.
Bom, outro ponto importante para que respondêssemos
corretamente essa pergunta era compreender o que é o G20. O G20 foi
criado em 1999 ao término de uma década marcada por agitações
econômicas na Ásia, México e Rússia. Ele foi instituído como forma dos
países ricos reconhecerem a importância dos países emergentes, que se
apresentaram capazes de colocar os mercados em risco com suas
inconstâncias.
Assim, pessoal, a verdade é que não há regras formais para se
adentrar no G20, mas é nítida a intenção de se reunir num mesmo grupo
os países mais desenvolvidos e os que estão em desenvolvimento.
“Ok, professora! Mas esses países se juntam e fazem o quê,
afinal?”
Então, quando se reúnem os representantes da equipe que
compõem o G20, seus dirigentes debatem os mais diversos temas de
interesse comum, como assuntos orçamentários, monetários, comerciais,
energéticos, soluções para o crescimento e formas de combater o
financiamento ao terrorismo.
Por exemplo, na reunião do G20 ocorrida em abril de 2009, em
Londres, o foco principal foi a crise financeira. Durante o encontro,
representantes de vários países solicitaram medidas que respondessem à
depressão econômica global. Isso significou que todos os países do G20

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se dispuseram a se empenhar em estabilizar o sistema financeiro e
difundir os fundamentos de uma economia sustentável. Para isso seria
necessário resguardar o livre comércio e evitar o aumento do
protecionismo, ponto em que todos os países se manifestaram a favor e
se propuseram a tomar medidas concretas. Apesar dessa decisão, não
foram adotadas medidas concretas pelas instituições de Bretton Woods,
ou seja, a assertiva está correta.
Comentários: A terceira assertiva está correta. Como membro
do G20, o Brasil esteve na presidência rotativa da organização e, em
2008, apresentou como pontos de discussão a competição nos
mercados financeiros, desenvolvimento econômico e elementos fiscais de
crescimento e desenvolvimento. Assim, é correto afirmar que o Brasil
insistiu sim na necessidade de prover a economia mundial com créditos
para seu desenvolvimento.
O Brasil também se posicionou a favor do aumento da rigidez na
regulação financeira. Conforme o próprio ministro da fazenda Guido
Mantega afirmou, a falta de regulação no mercado financeiro dos EUA foi
a raiz da crise econômica global.
Comentários: A quarta assertiva está correta. Muito se noticiou
na mídia no ano passado que o Brasil havia, pela primeira vez,
emprestado dinheiro ao FMI, vocês se lembram? Na verdade, o Brasil se
tornou um credor do FMI ao comprar US$10 bilhões em notas dessa
organização internacional. É como se o Brasil tivesse dado dinheiro ao
FMI e em troca recebeu essas notas, que nada mais são do que papéis
que dão direito ao recebimento de valores! Portanto a resposta correta é
a Letra A

CRISE EUROPEIA

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Creio que, justamente por ser a mais atual, essa é a crise que
mais nos interessa por ter maior probabilidade de ser cobrada, já que
quando se fala em Europa vem logo à mente a crise financeira e a
turbulências de mercado pela qual a maioria dos países daquele
continente está passando. Mas, daí vem a pergunta: por que a Europa
passa por uma crise?
Bem, pessoal, o fato é que a crise tem um caráter tão sério que
líderes das maiores economias mundiais deram início em novembro do
ano passado - em Cannes, na França - à tentativa de resolver uma das
crises mais profundas do capitalismo.
A reunião do G20, o grupo dos países mais desenvolvidos
ocorreu num contexto em que União Europeia e Estados Unidos se viram
novamente afetados pelo baixo crescimento, um problema iniciado em
2008 e que ganhou novos contornos.
Se na crise de 2008 os bancos estavam no centro do impasse,
agora o problema é outro... Agora, a capacidade dos Estados pagarem
suas dívidas soberanas é que foi colocada em questão. Deste modo,
podemos dizer que é a origem dos recursos que outrora socorreram as
instituições financeiras e ajudaram a reaquecer a economia que, neste
momento, concentra as maiores preocupações.
Assim, podemos entender que formação da crise na zona do
euro aconteceu, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns
países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar
por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram,
então, a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB
de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de
60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do
euro (veremos isso mais à frente, ok?).

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No caso da economia grega, a razão dívida/PIB é mais que o
dobro deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam
dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores
passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e privados
europeus.
Os principais países que enfrentam a situação de crise são:
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – que formam o chamado
grupo dos PIIGS. Estes países são os que se encontram em posição mais
delicada dentro da zona do euro, exatamente porque foram os que
atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e se
endividaram excessivamente.
Além de possuírem elevada relação dívida/PIB, estes países
possuem pesados déficits orçamentários ante o tamanho de suas
economias. Como não possuem sobras de recursos (chamado superávit),
entraram no radar da desconfiança dos investidores.
Outro dia tive uma pergunta interessante no fórum sobre essa
crise que gostaria de partilhar com vocês. A aluna perguntou por que a
crise na Grécia era a que tinha mais visibilidade na mídia já que não era
o único país que enfrentava dificuldade?
Já pensaram sobre isso?
Acho que vou deixar vocês curiosos e só respondo no fórum de
novo...rsrsrs

Vejamos como esses assuntos aparecem nas provas!

6 - (CESGRANRIO/ Escriturário- BB / 2012 ) Em novembro de


2011, o governo da Grécia desistiu de convocar um referendo
popular, cedendo à pressão dos líderes europeus preocupados

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com o futuro do continente. Esse referendo popular decidiria
sobre a(o)
(A) presença das forças militares da OTAN na Europa
(B) pacote de socorro financeiro do resto da Europa
(C) efeito político da Primavera Árabe na economia grega
(D) aliança estratégica com os países dos Bálcãs
(E) ajuda humanitária oferecida pelas Nações Unidas
Resposta: Letra B

Comentários: Bem, pessoal essa questão aqui é bem recente,


portanto, está bem fresquinha.
No último dia do mês de outubro do ano passado, o primeiro-
ministro da Grécia, George Papandreou, surpreendeu a todos anunciando
que iria convocar um referendo sobre a adoção das medidas anticrise
aprovadas pelos líderes da União Européia.
Papandreou, no entanto, defendia a necessidade do referendo
afirmando que este era um assunto que determinava o futuro do país e,
portanto, o cidadão tem a primeira palavra. O último referendo realizado
na Grécia tinha ocorrido em 1974, quando a monarquia foi abolida,
meses depois do colapso da ditadura militar.
Todavia, após forte pressão da União Européia, o referendo
popular foi cancelado e o pacote de medidas de austeridade fiscal para
combater a crise econômica que afeta o país foi aprovado depois de
intensos debates entre os países da zona do euro. Assertiva correta:
Letra B

7 - (CESGRANRIO/CEF/2012-Técnico Bancário Novo) Em 2011,


um dos países da União Européia (EU) passou a enfrentar um de

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seus momentos econômicos mais difíceis, com redução de
salários, criação de novos tributos – como o imposto da
solidariedade – e muitos assalariados trabalhando sem receber.
Estima-se que, em decorrência desse momento, até 2015, 120 mil
assalariados com mais de 53 anos devem deixar o emprego. Um
programa de ajuda financeira foi, então, colocado em prática pela
EU, liderado pela Alemanha, a fim de recuperar a situação do país
em crise.

O país europeu que, ao longo de 2011 e 2012, vive a crise descrita é a

(A) Suécia

(B) Holanda

(C) Grécia

(D) França

(E) Finlândia

Resposta: Letra C.

Comentários: Esta notícia também foi bastante vinculada na mídia. A


Grécia gastou bem mais do que podia com empréstimos pesados e gastos
no setor público e salários. Em 2010 a Grécia aceitou o primeiro pacote
de ajuda dos países europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Bem, pessoal, depois de falar tanto da Grécia acho que nem
precisaremos esperar o fórum para saber que ela tem maior visibilidade
porque além da crise econômica que se instalou no país, temos ali
também uma grave crise política e social o que torna qualquer medida
“anticrise” mais difícil de ser efetivada, não é mesmo? Por isso ela causa

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maior medo aos órgãos internacionais e repercutem tanto na imprensa,
entenderam?

MERCOSUL

Bem, meus amigos, não podíamos encerrar essa aula sem falar
de um dos maiores rebuliços econômicos deste ano: a entrada da
Venezuela no MERCOSUL, não é mesmo? Ainda que estejamos num
estágio muito diferente da União européia já demos alguns passos
importantes para, quem sabe um dia, atingir o nível de liberalização e
homogeneização econômica que eles possuem.
Portanto, não podemos esquecer que temos, aqui bem pertinho
de nós, um importante mercado do qual fazemos parte e que assume,
cada vez mais, uma enorme importância pra todos nós: o MERCOSUL.
O MERCOSUL é um bloco regional constituído por Brasil,
Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela (desde 31 de julho de 2012)
que tem por objetivo formar um mercado comum. Esse estágio de
integração pressupõe a livre circulação de mercadorias e serviços entre
seus membros, uma política comercial comum em relação a terceiros
países e a livre circulação dos fatores de produção.
As origens do MERCOSUL estão na Declaração de Iguaçu, que
formalizou a cooperação econômica entre Brasil e Argentina no ano de
1985. Posteriormente, Fernando Collor de Melo e Carlos Menem
assinaram em 1990 a Ata de Buenos Aires, visando à integração
econômica entre esses dois países. Em 1991, com a assinatura do
Tratado de Assunção e a entrada de Uruguai e Paraguai no bloco, surge o
MERCOSUL.

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Ainda falta muito para o MERCOSUL atingir objetivo de
constituição de um mercado comum, pois há uma série de dificuldades
políticas e institucionais que impedem o aprofundamento da integração
regional. Em primeiro lugar, os países que integram o MERCOSUL são
economicamente muito heterogêneos. Enquanto o Brasil e Argentina
possuem economias maduras, o Paraguai ainda é uma economia bem
frágil. Em termos políticos, o Brasil goza de maior prestígio no cenário
internacional e sua política externa tem objetivos ambiciosos, como
conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
No que diz respeito às dificuldades institucionais do
MERCOSUL, ressalto que não existe nesse bloco regional um órgão
supranacional com capacidade legislativa. Isso dificulta a produção
normativa no âmbito do MERCOSUL, enfraquecendo, por conseguinte, a
segurança jurídica. Para que uma norma tenha vigor no âmbito do
MERCOSUL, ela deve ser aprovada pelos seus quatro países-membros.
Quanto às práticas protecionistas adotadas entre seus
membros, é incontroverso dizer que elas recrudesceram nos últimos
tempos. Principalmente no comércio entre Brasil e Argentina, o que se
percebe é uma verdadeira “troca de gentilezas” entre esses países.
Todavia, apesar de todas essas dificuldades para a consolidação
da integração entre os seus integrantes, a corrente de comércio do Brasil
com o bloco intensificou-se nos últimos anos.
O Brasil tem dado grande prioridade ao fortalecimento do
MERCOSUL. Isso se deve, conforme já comentei anteriormente, às
ambições da política externa brasileira, cujo objetivo é conseguir um
assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para isso, o
Brasil almeja ser visto pelo mundo como um autêntico líder e promotor
da estabilidade regional.

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A criação do FOCEM (Fundo para Convergência Estrutural) e do
Parlamento do MERCOSUL foram, nesse sentido, iniciativas apoiadas pelo
Brasil. O FOCEM é um fundo destinado a apoiar projetos de infra-
estrutura das economias menores e das regiões menos desenvolvidas do
MERCOSUL, visando, acima de tudo, a redução das assimetrias regionais.
O Parlamento do MERCOSUL, por sua vez, representa um passo no
caminho do aprofundamento do processo de integração. Como principais
funções, o Parlasul busca agilizar o processo de incorporação de normas
do MERCOSUL ao ordenamento jurídico de seus membros bem como
fortalecer a cooperação inter-parlamentar.
Outra iniciativa que pretende aprofundar a integração no âmbito
do MERCOSUL é o Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), que já
permite hoje que Brasil e Argentina utilizem em suas relações comerciais
recíprocas o peso e o real. Existe a possibilidade, ainda não transformada
em realidade, de que esse sistema seja estendido a todas as relações
comerciais entre os países do MERCOSUL.
Vamos ver como esse assunto já foi cobrado em concursos
anteriores.

8 - (Cespe/TRE-RJ/2012) A respeito do Mercado Comum do Sul


(MERCOSUL) e das dificuldades que esse bloco ainda encontra
para se consolidar, julgue os próximos itens. Marque a correta.

A) A dependência do Brasil em relação ao MERCOSUL é crescente, haja


vista que as exportações para esse bloco mais do que dobraram entre
janeiro e junho de 2012, quando comparadas com os mesmos meses de
2011. Resposta: ERRADA

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Comentários: O que ocorreu, na verdade, foi justamente o inverso. No
acumulado janeiro-junho de 2012, as exportações apresentaram um
valor inferior ao igual período de 2011. As exportações registraram
retração de 1,7%, pela média diária. Fiquem atentos! As importações,
sim, tiveram um aumento de 3,7% sobre o mesmo período anterior, pela
média diária. Portanto essa assertiva é ERRADA

B) A aprovação da entrada da Venezuela no MERCOSUL se deu depois de


recente crise política ocorrida no Paraguai. Resposta: VERDADEIRA

Comentários: O Paraguai foi suspenso temporariamente do bloco do


MERCOSUL por causa da maneira pouco democrática pela qual foi
conduzido o impeachment do presidente Fernando Lugo. Como o
Paraguai era contra da participação da Venezuela, a retirada do Paraguai
abriu uma brecha para que os demais países aceitassem o ingresso da
Venezuela a partir de 31 de julho de 2012. Portanto a assertiva é
VERDADEIRA

C) Na mesma reunião em que foi aprovada a entrada da Venezuela no


bloco, foi recusada a admissão dos países da Aliança do Pacífico (Chile,
Colômbia, Peru e México), sob a argumentação de eles serem
considerados neoliberais. Resposta: ERRADA

Comentários: Tenham cuidado com este tipo de questão. Chile,


Colômbia e México são países neoliberais, somente o Peru é de esquerda.
Corre-se, então, o risco de considerar a questão como certa, por conter
um dado verdadeiro. Os países que compõem a Aliança do Pacífico
uniram-se com o objetivo de dar plena liberdade às suas empresas e aos
seus 215 milhões de habitantes para transitar, estudar, trabalhar,
movimentar capitais e fazer negócios sem precisar de licença prévia dos
governos locais. Na prática, A Aliança do Pacífico é um novo bloco político
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e econômico capaz de rivalizar com o MERCOSUL, distanciando-se dele.
Portanto essa assertiva está ERRADA.

Bem, queridos, acho que por hoje ficaremos por aqui, espero que tudo
tenha ficado claro, mas caso fique alguma dúvida não hesitem em
consultar o nosso fórum, ok?
Abraços e bons estudos

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LISTA DE QUESTÕES

1-(ESAF/ MI/2012)A formação de blocos de países é uma


característica marcante da ordem global contemporânea. A União
Européia (UE) é, provavelmente, o melhor exemplo de superação
de históricas divergências para o êxito do projeto integracionista.
No que se refere à UE e aos seus mais recentes problemas,
assinale a opção correta
a) Ao liderarem o processo de criação da UE, Alemanha e França
reafirmou os laços da histórica aliança que os une, fato decisivo para
assegurar o isolamento do Reino Unido no contexto continental
b) A atual crise a envolver a UE é essencialmente financeira,
colocando em sério risco a estabilidade do euro, moeda única adotada
por todos os países integrantes do bloco.
c) Com o objetivo de superar a atual crise e depois de difíceis
negociações, os países da UE decidiram que as respectivas Constituições
nacionais deverão incluir a obrigatoriedade de orçamentos equilibrados.
d) A exclusão da zona do euro de países com economia em crise,
como Grécia, Itália, Portugal e Espanha, foi uma saída radical entendida
como necessária para salvar o projeto integracionista europeu
e) Demonstrando absoluta maturidade política e compreensão acerca
da gravidade da situação, a opinião pública dos países em crise
econômica, a exemplo da grega e da portuguesa, apoiou as medidas de
austeridade propostas.

2(CESPE/Câmara dos Deputados/2012) A ampliação dos


mercados é uma das características definidoras do estágio atual
da economia mundial, o que pressupõe a livre circulação de bens

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e de capitais. Nesse sentido, medidas protecionistas saíram de
cena, em larga medida, por imposição dos países
economicamente mais poderosos.

3–(BRDE/-2012) A chamada “crise do Euro” é, na verdade, uma


crise econômica do capitalismo e particularmente européia. São
muitos os motivos e os problemas que afetam os países do Euro.
Assinale a alternativa correta a respeito dessa crise na economia
de países europeus.

a) O Euro unificou as economias dos países que aderiram ao mesmo,


uniformizando os investimentos na produção e no consumo de bens,
havendo consenso entre os países membros sobre o assunto. A zona do
euro substituiu, com vantagens, o antigo pacto da União Européia, que
deixou de existir.
b) Os bancos, com seus financiamentos e taxas de juros, constituem um
elemento importante da crise européia que pode ser entendida, também,
como uma crise do sistema financeiro, visto que cobram dos países aos
quais fizeram empréstimos, juros e/ou dividendos que não condizem com
os lucros da economia desses países devedores. Ocorre que os juros, por
exemplo, estabelecidos pelos credores crescem mais do que os
dividendos ou lucros reais das empresas devedoras.
c) A crise do Euro manifestou-se principalmente em países da Europa
Oriental, como a Grécia. Mas em vista do isolamento dessas nações, vem
afetando pouco os países mais desenvolvidos da Europa Ocidental, como
França e Espanha.
d) A crise do Euro não envolve problemas de liquidez ou de falta de dinheiro
no mercado europeu. Portanto, a inflação não é uma ameaça ao sistema.
Igualmente, o princípio do socorro mútuo e da partilha das dívidas de

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forma igualitária entre todos os países membros, afasta o risco de uma
economia ruir.
e) Apesar de a crise européia estar ameaçada pela recessão e/ou pelo
endividamento de alguns países, como a Itália, a Alemanha e a Grécia,
há um entendimento entre os países do Euro que o bloco deve
permanecer unido e que o setor público é o único que ainda não foi
atingido e não apresentou déficit, constituindo o principal suporte da crise
4 - (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia ) Na Comunidade
Européia, os países que adotaram o euro passam por sérias
dificuldades econômicas, enquanto aqueles que não optaram pela
moeda única conseguiram resistir aos efeitos da crise, como é o
caso da Espanha. VERDADEIRA OU FALSA?

5 - (CESPE / IRB / 2010) Acerca da atual crise econômica


internacional, julgue C ou E.
I – Além de envolver grandes bancos e o sistema financeiro
internacional, a crise atual tem sido considerada uma crise de
paradigmas, em particular da certeza de que os mercados podem
autorregular-se e recuperar o equilíbrio automaticamente,
dispensando a intervenção do Estado.
(CESPE - 2012 - Banco da Amazônia ) Na Comunidade Européia,
os países que adotaram o euro passam por sérias dificuldades
econômicas, enquanto aqueles que não optaram pela moeda única
conseguiram resistir aos efeitos da crise, como é o caso da
Espanha. VERDADEIRA OU FALSA?

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III – Como membro do G-20, o Brasil insistiu na necessidade de
se prover a economia mundial com créditos para o
desenvolvimento, incrementar a regulação financeira,
desenvolver políticas anticíclicas e combater os paraísos fiscais.
IV – Apesar de discordar da resistência de países ricos em
realizar reformas nos organismos multilaterais, como o FMI e o
Banco Mundial, o Brasil comprou títulos emitidos pelo Fundo em
2009.

Marque a alternativa
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se todos os itens estiverem errados.
c) se somente os itens II, III e IV estiverem corretos.
d) se somente os itens I, II e IV estiverem corretos.
e) se somente o item I estiver correto.

6 (CESGRANRIO/ Escriturário- BB / 2012 ) Em novembro de


2011, o governo da Grécia desistiu de convocar um referendo
popular, cedendo à pressão dos líderes europeus preocupados
com o futuro do continente.
Esse referendo popular decidiria sobre a(o)
(A) presença das forças militares da OTAN na Europa
(B) pacote de socorro financeiro do resto da Europa
(C) efeito político da Primavera Árabe na economia grega
(D) aliança estratégica com os países dos Bálcãs
(E) ajuda humanitária oferecida pelas Nações Unidas
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b) ECCE
c) ECEC
d) CCCC
e) CCEE
7 - (CESGRANRIO/CEF/2012-Técnico Bancário Novo) Em 2011,
um dos países da União Européia (EU) passou a enfrentar um de
seus momentos econômicos mais difíceis, com redução de
salários, criação de novos tributos – como o imposto da
solidariedade – e muitos assalariados trabalhando sem receber.
Estima-se que, em decorrência desse momento, até 2015, 120 mil
assalariados com mais de 53 anos devem deixar o emprego. Um
programa de ajuda financeira foi, então, colocado em prática pela
EU, liderado pela Alemanha, a fim de recuperar a situação do país
em crise. Marque a correta.

O país europeu que, ao longo de 2011 e 2012, vive a crise descrita é a

(A) Suécia

(B) Holanda

(C) Grécia

(D) França

(E) Finlândia

Resposta: Letra C.

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8 - (Cespe/TRE-RJ/2012) A respeito do Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL) e das dificuldades que esse bloco ainda encontra
para se consolidar, julgue os próximos itens.

A) A dependência do Brasil em relação ao MERCOSUL é crescente, haja


vista que as exportações para esse bloco mais do que dobraram entre
janeiro e junho de 2012, quando comparadas com os mesmos meses de
2011.

B) A aprovação da entrada da Venezuela no MERCOSUL se deu depois de


recente crise política ocorrida no Paraguai.

C) Na mesma reunião em que foi aprovada a entrada da Venezuela no


bloco, foi recusada a admissão dos países da Aliança do Pacífico (Chile,
Colômbia, Peru e México), sob a argumentação de eles serem
considerados neoliberais.

Gabarito

1. C 2. ERRADO 3. B 4. FALSA
5. A 6. B 7. C 8. ERRADO

Bibliografia consultada

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GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea. São
Paulo: Atlas, 2009.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para ensino Médio. São Paulo: Atual,
2008.
ROSS, Jurandir Sanches (org). Geografia do Brasil. - 6ª- edição - São
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SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da
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SILVEIRA, Maria Laura (org.). Continente em Chamas. Globalização e
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2005.

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