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PROJETO DE REVITALIZAÇÃO EM ÁREAS DE

PRESERVAÇÃO PERMANENTE NAS MARGENS


DO RIO PARAÍBA DO SUL
BEIRA RIO – VOLTA REDONDA

Prefeitura Municipal de Volta Redonda - RJ

Outubro 2022
1 - INTRODUÇÃO

O projeto visa a revitalização e o reflorestamento das áreas degradadas e de


Preservação Permanente como estratégia de promover a proteção do solo, aumentar a
capacidade de recarga de aqüíferos facilitando a infiltração e amenizando a velocidade das
águas após chuvas muito intensas, conscientizar a população da importância da recuperação
destas áreas para a melhoria da qualidade de vida, instituir a recomposição paisagística e
ambiental, retirada de espécies arbóreas mortas, infestadas de cupins, com risco de queda
ou inadequadas prejudicando as margens do Rio Paraíba do Sul, bem como o piso de
passeio público, implantação de 03 (três) decks de madeira favorecendo a prática da
atividade pesqueira. E além de delinear uma experiência pioneira na região de recuperação
ambiental do bioma mata atlântica através do plantio heterogêneo de espécies arbóreas
nativas.
Serão revitalizados um trecho de aproximadamente 5km de extensão
contemplando ........... m2 de Área de Preservação Permanente do Rio Paraíba do Sul entre
os bairros Belmonte, Retiro, Vila Mury, Niterói e Aero Clube.
A implantação do Projeto de Reflorestamento contemplará o Programa Municipal
de Recuperação de Área Degradada da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que tem
como objetivo reflorestar as áreas com restrições de uso (áreas de preservação permanentes
e outras) inseridas na zona urbana e Rural do município de Volta Redonda- RJ.

Sublinhado de amarelo – Eduardo


Fonte em vermelho - ? (Vai deixar)

Imagem QGIS

2.0 - JUSTIFICATIVA
As matas ciliares e de recarga são sistemas vegetais essenciais ao equilíbrio
ambiental e, portanto, devem representar uma preocupação central para o desenvolvimento
rural sustentável e a melhoria da qualidade de vida nas áreas de concentração urbana.
São áreas protegidas por lei desde pelo menos o Código das Águas (Decreto n°
24,643, 10 de julho de 1934) e o Código Florestal (Lei nº 4.771, 15 de setembro de 1965),
cobertas ou não por vegetação nativa com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e
flora, protegerem o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Embora sejam enquadradas na legislação ambiental brasileira, como áreas de
preservação permanente, as matas ciliares de nascentes, margens de cursos d’água e topo de
morros costumam liderar o "ranking" das áreas mais degradadas do país, seja para cultivo
de várzeas, pastoreio e dessedentação de gado, extração de areia, garimpo de ouro ou
ocupação urbana.
Os extensos e indiscriminados desmatamentos praticados na bacia do Rio Paraíba
do Sul, que reduziram a cobertura florestal a 13% de sua extensão original, não pouparam
florestas protetoras de nascentes e margens de cursos d’água. Nas regiões mais
desflorestadas, essa ausência de proteção florestal vem se refletindo em escassez de água
para abastecimento e em processos de erosão acelerada e enchentes.
Os prejuízos da ausência dessa vegetação protetora são incalculáveis, destacando-se
como principais impactos ambientais: a erosão das margens e o assoreamento dos rios, as
perdas nas recargas dos aquíferos, a perda de alimento para a fauna e a
poluição/contaminação das águas com os esgotos domésticos e o lixo lançado das
ocupações de margens.
Especificamente quanto à erosão e ao transporte de sedimentos, verifica-se em
praticamente todos os rios da região um significativo grau de turbidez por sedimentos em
suspensão. Mesmo em períodos prolongados de estiagem, os rios apresentam-se turvos,
principalmente nas sub-bacias cujas cabeceiras encontram-se degradadas.
A implantação do projeto deverá beneficiar, a médio e longo prazo, aos usuários dos
recursos hídricos diretamente protegidos pelos plantios (incluindo a fauna autóctone) e da
sub-bacia em questão e das vizinhas.
Beneficiam-se ainda os pesquisadores em ecologia e manejo florestal pela
oportunidade em investimentos concretos em uma área do conhecimento muito comentada,
mas pouco prestigiada pela vontade política e recursos financeiros.
Considerando-se que o principal enfoque deste Projeto diz respeito à melhoria da
qualidade ambiental, seria recomendável a recuperação de todas as áreas degradadas, para
proteção efetiva dos mananciais da bacia. No entanto, conforme a situação da Atividade
Florestal, a eficiência de projetos de reflorestamento no Estado do Rio de Janeiro depende
de diversas condições ainda não devidamente equacionadas e resolvidas de modo a garantir

o sucesso da implantação e manutenção destas áreas de plantios, principalmente com fins


ecológicos (sem retorno econômico direto).

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3.0 - CARACTERIZAÇÃO DO MEIO

3.1 - Meios Físicos

As áreas de preservação permanentes da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul,


pertencem a Prefeitura Municipal de Volta Redonda localizada nos Bairros Belmonte,
Retiro, Vila Mury, Niterói e Aero Clube, localizados no Município de Volta Redonda – RJ.
A região apresenta relevo bastante caracterizado pelo Rio Paraíba do Sul que
atravessa Volta Redonda pelo meio, no sentido sudoeste-leste, e a área urbana do
Município está situada às suas margens, em planície circundada por colinas. A altitude
varia de 350 metros, às margens do Rio, a 707 metros, na ponta nordeste. Do ponto de vista
tipográfico, o território municipal pode ser dividido em duas grandes áreas: a área de
planície aluvial e a área de "mar de morros".
A área da Planície aluvial tem, aproximadamente, 20 Km²: 15 Km² na margem
direita e 5 Km² na margem esquerda do Rio Paraíba do Sul. Encontra-se embutida no
conjunto de elevações circundantes, que formam a área do "mar de morros". Esses morros
têm forma de "meia-laranja" emborcada, com alturas que variam de 50 a 200 metros e
declividades da ordem de 25 a 50%. No "mar de morros," as áreas mais planas
correspondem a pequenos setores descontínuos, situados nos topos achatados dos morros e
no fundo dos pequenos vales intermediários.
  O clima é mesotérmico, com verões quentes e chuvosos e invernos secos. A
umidade relativa do ar é alta (77%), mesmo nos meses de inverno, quando varia entre 71%
e 72%. A temperatura média compensada é de 21º C a média mínima anual de 16,5º C e
média máxima anual de 27,8º C. A precipitação média anual é de 1.377,9 mm, sendo
janeiro e fevereiro os meses com maior incidência de chuvas.
Os solos argilosos profundos, ácidos e com baixa porosidade (latosol), comum nas
áreas de relevo fortemente ondulado, sob o pisoteio do gado nos pastos "vão, aos poucos,
sendo compactado que torna pouco permeável". Assim, as águas das chuvas em vez de
infiltrarem-se no solo, escorrem, levando sedimentos (terra, galhos, pequenas raízes, folhas)
que vão depositar-se no fundo dos rios e nos pequenos vales que circundam as elevações,
causando inundações.     
Já nas áreas de baixada, ás margens dos rios, o solo é fértil (aluvião), pois são
sujeitos a encharcamentos e acumulação de matéria orgânica.

3.2 - Meio Biótico

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3.2.1 - Vegetação

A vegetação original da área do projeto, classificada como Floresta Estacional


Semidecidual na região caracterizada como Mata Atlântica, restam apenas alguns poucos
remanescentes na região, destacando-se Floresta da Cicuta, que transformada em Área de
Interesse Ecológico pelo Decreto Federal nº 90792 e a Fazenda Santa Cecília do Ingá
instituída Parque Natural Municipal pelo Decreto Municipal nº 10.468 local do projeto.
Outros fragmentos florestais remanescentes podem ser observados nas propriedades
particulares, representados principalmente por pequenas manchas de mata secundária.
A paisagem florestal original foi bastante atingida, a remoção da cobertura nativa
está historicamente ligada ao ciclo do café, no século passado e durante mais de 60 anos
esta região viveu ciclo extrativo do carvão, utilizado para abastecer a indústria siderúrgica
que se desenvolvia no Vale do Paraíba (nos municípios de Barra Mansa e Volta Redonda),
atualmente a maior porção da cobertura vegetal da região é formada de pastos de gramíneas
composto na sua maioria de pasto nativo de capim gordura “Melinis minutiflora” e plantio
de braquiaria “Brachiaria decumbens”, além de sapê “Imperata braziliensis”, grama
batatais “Paspalum notatum”, capim rabo-de-burro “Sporobulus poiretti” e de várias
plantas invasoras, tais como: unha-de-gato, erva canudo, assa-peixe, alecrim, etc. Sendo
hoje a principal atividade econômica do uso do solo na área rural a pecuária. Na área
urbana, outras pressões foram responsáveis pela retirada da cobertura vegetal original,
principalmente com a implantação do parque industrial da Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN) na década de 40, nas décadas de 50 e 60, especialmente após a emancipação do
Município de Volta Redonda, conheceram considerável expansão da malha urbana, com a
implantação de numerosos loteamentos e núcleos de posse, que deram origem a novos
bairros e pequenas indústrias, principalmente nas margens do Rio Paraíba do Sul, muitos
deles avançando até a faixa marginal de proteção, removendo a mata ciliar.
A formação florestal da região do projeto encontra-se bastante alterada, apresentado
poucas espécies nativas arbóreas tais como: Aroeira “Schinus terebinthifolius”, Ingá “Inga
uruguensis”, Marianeira “Acnistus arborescens”, Suína “Erithina sp” e Embaúba
“Cecropia sp”, sendo a maior parte levada ao local pela ação de avi-fauna e outros
disseminadores naturais.

3.2.2 - Fauna

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Não existem relatos sobre a ocorrência de espécies raras ou em extinção na área do
projeto. São encontrados pequenos mamíferos roedores (Capivara (Hydrochoerus
hydrochaeris)), pequenos macacos primatas (Sagui-da-serra (Callithrix flaviceps), pequenos
répteis (Calango (Tropidurus itambere)) e algumas aves.

3.2.3 - Meio Sócio-Econômico

A área está inserida na região no Sul do Estado do Rio de Janeiro, no trecho inferior
do médio vale do Rio Paraíba do Sul, cuja situação fundiária vem se alterando bastante ao
longo dos anos, pois as propriedades sofrem pressão das concentrações urbanas e vem
sendo desmembradas em loteamentos, sítios de lazer e núcleos de posse.
As principais atividades desenvolvidas na região são: siderurgia (CSN), prestação
de serviços e comércio na área urbana. E na área rural a bovinocultura de leite e menos
expressivas a bovinocultura de corte, apicultura, horticultura, culturas de subsistência
(banana, milho, feijão, etc) e lazer.

4.0 – REMOÇÃO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS

Nº Nome da Longitude Latitude Motivo da Referência


espécie remoção
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
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5.0 – ÁREAS PARA FUTURO REPLANTIO DAS ESPÉCIES


ARBÓREAS

Nº Nome da Longitude Latitude Referência


espécie
01
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03
04
05
06
07
08
09
10
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6.0 – ÁREAS SUGERIDAS PARA IMPLANTAÇÃO DE DECKS


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Nº Longitude Latitude Referência
01
02
03
04

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7.0 – RECOMPOSIÇÃO VEGETAL DE PRESERVAÇÃO


PERMANENTE PARTICIPATIVA

7.1 – Metodologia

7.1.1 – Mobilização Social e Institucional

A estratégia proposta para o sucesso do projeto deve obrigatoriamente incluir a


participação da comunidade e instituições que atuam nestes eixos de ação, esclarecendo e
envolvendo os moradores, os comerciantes, as empresas, escolas, os Ministérios Públicos,

os Órgãos Ambientais e os demais representantes da sociedade organizada, do entorno das


áreas selecionadas, principalmente os que terão influência direta na implantação do
PROJETO DE REFLORESTAMENTO NAS MARGENS DO RIO PARAÍBA DO SUL.
Esta etapa será desenvolvida pela prefeitura, através da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, promovendo palestras nas escolas e/ou sede da Associação de Moradores
dos bairros envolvidos no projeto e atividades de campo na área de plantio, estas reuniões
públicas terão como objetivo o esclarecimento da comunidade e os outros segmentos da
sociedade, sobre a situação atual da utilização dos recursos naturais, e dos benefícios e a
expectativa de mudanças locais com a implantação do projeto.
Para garantir a sustentabilidade das ações implementadas pelo projeto, as
comunidades serão inseridas nos projetos de educação ambiental desenvolvidos pela
Prefeitura Municipal de Volta Redonda, através da Secretaria Municipal de Meio ambiente.

7.1.2 – Recomposição Florestal

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A metodologia proposta para recompor e ampliar os fragmentos florestais das áreas
selecionadas é a do sistema de sucessão secundária induzida. Neste modelo, a implantação
de um reflorestamento heterogêneo com espécies nativas simula e acelera a dinâmica de
revegetação da floresta. O reflorestamento é realizado a partir do plantio simultâneo de
espécies representantes dos diferentes estágios sucessionais, caracterizado como: pioneiras,
secundárias iniciais, secundárias tardias e climaxes.
O reflorestamento deverá ser em uma proporção proposta de pelo menos de 1/3 de
espécies climaxes e 2/3 das outras, seguindo o modelo de plantio em quincôncio.
A distribuição das mudas no campo no momento do plantio deve ser a mais
heterogênea possível e mantendo sempre as secundárias tardias e climaxes entre as
pioneiras e secundárias iniciais.

Exemplo:

▲ ▲ ● ▲ ● ▲ ▲
Pioneiras x Secundárias Iniciais
2,0metros

▲ ● ▲ ▲ ● ▲ ●
2,0metros Climaxes x Secundárias Tardias

▲ ▲ ● ▲ ● ▲

O espaçamento entre as mudas obedece ao alinhamento de 2,0 x 2,0 metros, ou seja,


2,0 metros entre as linhas de plantio e 2,0 metros entre plantas, resultando em cerca de

2.500 mudas/ha ou 2.750 mudas, considerando-se as perdas. As indicações das espécies


nativas de porte arbóreo, com potencial de participação no plantio, serão selecionadas

mediante: levantamento de campo, revisão bibliográfica, disponibilidade de mudas no


mercado, espécies nativas de ocorrência natural na área e frutíferas para atração de ave-
fauna.
A Relação de espécies em anexo, indica as espécies nativas com potencial de
participação no plantio, com a especificação de classe (estágio sucessional), grupo
ecológico, característica da árvore, desenvolvimento, e a sua utilização.

5.1.3 - Dados do Plantio

A área á ser implantado o projeto de reflorestamento, localiza-se nas áreas de


preservação permanentes das margens do Rio Paraíba do Sul – Bairro 3 Poços, com área de

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área de aproximadamente 100.000 metros quadrado de efetivo plantio, com a utilização de
27.500 mudas de espécies nativas, considerando as perdas.
O plantio deverá ser iniciado na área após o esclarecimento da população,
instituições locais e do entorno, sobre a importância da implantação do projeto.
A área sofreu várias intervenções antrópicas , sendo as principais: o desmatamento,
o pastoreio de animais domésticos, uso indiscriminado do fogo e a construção de
edificações o que dificulta a regeneração natural, com estas características algumas medidas
deverão ser tomadas para o sucesso do reflorestamento, descritas com detalhes no item a
seguir.

5.1.4- Operações Técnicas

5.1.4.1 - Época do Plantio

O plantio deverá ser realizado no período chuvoso que normalmente na região vai se
outubro á março, podendo ser ampliado em virtude das distribuições das chuvas no local e a
possibilidade de irrigação das mudas nos períodos de estiagem mais prolongados.

5.1.4.2 - Cercamento da Área

A área deverá ser isolada para evitar a entrada de animais domésticos, que por
ventura possam pisotear ou arrancar as mudas plantadas.

5.1.4.3- Roçada

A área deverá ser roçada, quando necessário, para eliminar a concorrência com as
mudas plantadas, facilitar a marcação das covas e o combate ás formigas cortadeiras e
cupins.

Esta roçada deverá ser seletiva deixando na área as espécies que ocorreram naturalmente ou
que foram plantadas, e que são de interesse do projeto, entrando na composição do plantio.

5.1.4.4- Combate a Formigas e Cupins

Formigas cortadeiras:
Antes de qualquer ação no local, deve-se percorrer o terreno a ser plantado e seu
entorno, a procura de formigueiros e cupinzeiros. Caso ocorram, deve-se iniciar

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imediatamente o combate, identificando os "trilhos” e "olheiros". A seguir é preciso
identificar as espécies de formigas. A identificação indica os dois gêneros de maior
ocorrência na região: Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns, semelhantes às saúvas,
porém de menor porte). O passo seguinte, é avaliar a melhor forma de combate em relação
ao tempo de ação de cada produto e o momento da programação de atividades do
reflorestamento, só após esta avaliação quantitativa e qualitativa, deverão ser utilizados
produtos e sistemas, partindo para as medidas cabíveis, com controle químico se
necessário.
Iscas granuladas: com princípio ativo de sulfluramida ou fipronil, com tempo de reação
em médio prazo, ideal para a fase de preparo do solo (época seca), distante mais de trinta
dias dos primeiros plantios. Pode-se colocá-las diretamente nos “carreadores” de

alimentação dos “olheiros” em porta-iscas, ou ainda, em sistema MIPIS (sachês),


monitorando a eficiência do sistema até cinco dias antes do plantio;
Formicidas em pó seco: com o princípio ativo de deltamethim, são aplicados com bombas
polvilhadeiras diretamente nos “olheiros” dos formigueiros. Este sistema apresenta ação de
curto prazo (imediato por contato); recomendado para as situações em que as mudas já
estejam para chegar, ou que tenham sido plantadas;
Entre outros, a termonebulização (princípio ativo de ação imediata por contato =
clirpirifós), indicado somente para as saúvas, que misturado com óleo diesel, promove a
queima da mistura que resulta em grande quantidade de fumaça que preencherá todo o
formigueiro.
A aplicação de formicida pode e deve ser repetida diversas vezes, entretanto, em
qualquer momento ou situação, os funcionários ou quem for manipulá-lo, deverão estar
consciente e atento as recomendações de uso e armazenagem:
Armazenar o produto em embalagem própria em lugar seco e ventilado;
Não fumar ou comer enquanto estiver manipulando o produto;
Lavar as mãos com água e sabão após o uso;
Procurar imediatamente um médico, em caso de intoxicação, levando o rótulo do produto.

FORMICIDAS e tratamentos RECOMENDADOS

TIPO DE PRODUTO BASE DOSE PERÍODO


Iscas granuladas Sulfluramida 10 g/m2 Seco
porta-iscas
lacree fogging Clorpirifós 70 ml de para 930 ml de diesel. Chuvoso
termonebulizador
Klap Fenil pirazol 2 ml por bomba de 20 l ou 0,8 ml Chuvoso
Para diluição no pulverizador pequeno (7,6
litros)

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OBS.-A dosagem por metro quadrado, indica a quantidade de produto a ser aplicado em
relação quantitativa da área do formigueiro (comprimento X largura), seguidas as
orientações de um profissional habilitado.

Cupins:
Dois tipos de Cupins podem ser identificados: os Cupins de Montículo e os Cupins
Subterrâneos. Para o controle e/ou combate a erradicação dos Cupins de Montículo, deve-se
adotar um conjunto de ações que levam à destruição do seu habitat, seja com a aplicação do
cupimicida apropriadamente diluído, ou ainda, perfurando o seu montículo com uma
ponteira de ferro, seguindo de aplicação em seu interior (através de um tubo), de um
produto químico específico. O produto recomendado pode ser o tenha os mesmos
princípios ativos para o combate às formigas (a exemplo do Klap), diluindo-o em água e
pulverizado manualmente sobre o “cupinzeiro”.
Tratamento proposto: Termonebulização com lacree fogging na dosagem de 70 ml de
lacree fogging para 930 ml de diesel ou klap em pulverização na dosagem de 2 ml por
bomba de 20 l.

5.1.4.5- Marcação e Abertura das Covas


O espaçamento utilizado será de 2,0 metros entre linhas e de plantio 2,0 metros
entre plantas, distribuídas no modelo em quincôncio. As covas deverão possuir as
dimensões medias de 30 x 30 x 30 centímetros, aproximadamente 30 dias antes do plantio.

5.1.4.6- Coroamento
É uma capina mecânica realizada em torno do local onde será plantada a muda, para
eliminar a vegetação concorrente existente, evitando a competição com a muda, além de
facilitar as operações de plantio. O coroamento será realizado em um raio de
aproximadamente 0,5 metros á partir do centro da cova de plantio.

5.1.4.7- Adubação
A adubação inicial de cova deverá ocorrer antes do plantio das mudas, nas
quantidades definidas conforme a recomendação técnica de 0,1 kg de superfosfato
simples/cova, que deve ser bem misturado na bateção das covas.
A aplicação da adubação de cobertura deverá ser feita 30 dias após o plantio, nas
quantidades definidas conforme a recomendação técnica de 0.1 kg de formulação NPK 20-
00-20/cova. A adubação de cobertura deve ser feita de forma circular distribuída distante
cerca de 15 cm da muda, em dias com solo úmido. O contato direto do adubo com o colo da
muda provoca a morte da mesma.

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5.1.4.8- Bateção das Covas
Consiste na operação de recolocar o material retirado da cova, bem misturado ao
adubo, na etapa de adubação inicial do solo no plantio.

5.1.4.9- Plantio
As mudas deverão ser adquiridas de produtores idôneos, o que irá garantir a
qualidade e um maior percentual de sobrevivência e desenvolvimento satisfatório.

Sendo assim as principais operações técnicas propostas são:

1- Retirar do recipiente no momento em que a muda estiver sendo plantada, com cuidado
para não desfazer o substrato em que as mudas foram produzidas, preservando a formação
radicular formado.
2- Colocar a muda centralizada na cova e com colo no nível do solo, no substrato batido na
cova. Evitar injuriar as raízes.
3- O plantio deve ser realizado no terreno úmido, em dias chuvosos, quando possível, e
com a muda molhada.
4- Compactar levemente ao redor das mudas.
5- O tamanho ideal da muda a ser plantada é de 30 a 40 centímetros, variando de acordo
com a espécie e nos locais suscetíveis a inundações de 40 a 100 centímetros.

5.1.4.10- Confecção de aceiro


Os plantios deverão ser protegidos por aceiros com no mínimo 4,0 metros de
largura, dependendo do risco de queimadas na área.

5.1.4.11- Manutenção

É sem dúvida o item mais importante para o sucesso do projeto, deve ser iniciado
logo depois do plantio e vai até o estabelecimento das espécies plantadas, está dividida nas
seguintes etapas:

A - Combate à Formiga
Após o plantio, o combate com formicidas deve ser intensificado nos primeiros 6
meses, e depois realizado durante todo o período de crescimento das mudas.

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B - Replantio
É o plantio nas covas em locais onde as mudas inicialmente plantadas não vingaram,
deve ser efetuado, de preferência, até 30 dias após o plantio, no período da primeira
adubação de cobertura.

C -Roçada e Coroamento
Estas operações são necessárias para evitar a competição entre as mudas plantadas e
as plantas indesejáveis.
Será realizado o coroamento ao redor da muda, num raio de 0,50 metro, a partir do
centro da cova. No restante da área plantada serão feitas roçadas seletivas, retirando apenas
a vegetação indesejável, mantendo os arbustos e árvores que surjam espontaneamente na
área, os quais formarão o sub-bosque.
Estas intervenções deverão ser programadas no mínimo 3 vezes por ano, ou
conforme o Grau de infestação de espécies invasoras.

D - Adubação de Cobertura
As adubações de cobertura serão realizadas 90 e 120 dias após o plantio utilizando
0,10 kg da formulação NPK 20-00-20/cova.
Nos anos seguintes fazer uma adubação anual no período chuvoso.
A dosagem recomendada a ser aplicada é:
Primeiro ano - 0,20 kg da formulação NPK 20-05-20/cova
Segundo ano - 0,25 kg da formulação NPK 20-05-20/cova

E - Reforma dos aceiros


Os aceiros devem ser reformados sempre que necessário e dependendo do risco de
queimadas na área.

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Ano 01 Ano 02 Ano 03
ATIVIDADE MESES MESES MESES
S
N J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
º
Mobilização
01 Social e X
Institucional
Isolamento da
02 área X
Limpeza do
03 terreno X X X
(roçada)
Combate a
04 Formigas e X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
Cupins
Marcação e
05 Coroamento X X X X
Abertura e
06 bateção das X X X
covas
Adubação de
07 cobertura X X
Plantio
08 X X
Replantio
09 X X

Manutenção do
10 plantio. X X X X
Adubação
11 anual X X X X

6.0 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

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7.0 – EQUIPE ENVOLVIDA

Eduardo dos Santos – Engenheiro Ambiental


Gabriela - Bióloga
Gizely Gomes – Engenheira Ambiental
Gustavo Francisco - Geógrafo
Paola Werneck – Engenheira Ambiental
Thais Neto – Engenheira Ambiental
Thais Ribeiro - Bióloga

8.0 - FONTES CONSULTADAS

1-Lorenzi,Harri,1949
Árvores Brasileiras: Manual de Identificação de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil Harri
Lorenzi Nova Odessa, SP: Editora Plantaron, 1992.
2- Kageyama, P. Y.; Castro, C.F.A. & Carpanezzi, A. A. 1989. Implantação de Matas
Ciliares: Estratégias para Auxiliar a Sucessão Secundária. In: Simpósio sobre mata ciliar.
São Paulo. Anais Campinas, Fundação Cargill. p. 130 - 143.
3- Floresta e Ambiente
Instituto de Florestas, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro -207 p - Seropédica -
Rio de Janeiro, número 3, 1996.
4- OLIVEIRA, D. M. F. de; RIBEIRO JUNIOR, E. S. Técnicas gerais aplicadas à
recuperação de áreas degradadas pela atividade de mineração. Revista Ação Ambiental,
Viçosa, n. 10, p. 16-18, 2000.
5-SILVA, A.R.; PAIVA, H.N. Implantação da cultura do eucalipto. Informe
Agropecuário, Belo Horizonte, v.18, n.185, p.28-31, 1996.
6- Higa, R.C.V.; Mora, A.L.; Higa, A.R. Plantio de eucalipto na pequena propriedade rural.
Colombo: Embrapa Florestas, 2000. 31p. (Embrapa Florestas. Documentos, 54).
7- Sistema de Recuperação, com Essências Nativas, Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral - CATI, 60 p, campinas ,1993.
8- Botelho, Soraya Alvarenga
Implantação de mata ciliar, 28p, Companhia Energética de Minas Gerais,
Belo Horizonte: CEMIG; Lavras: UFLA, 1995.
9- Projeto Radam Brasil nº32
Folhas SF.23/24 Rio de Janeiro / Vitória; Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Vegetação
e Uso Potencial da Terra- 780p- Rio de Janeiro, 1983.
10- Projeto Planágua SEMDS/ GTZ,Edição completa
11- Decreto No 97.632, de 10 de abril de 1989, que dispõe sobre a regulamentação do
artigo 20, inciso VIII, da Lei No 6.938, em seus artigos 20 que conceitua degradação e 30
que estabelece a finalidade do PRAD.
12- Lei No 4.771, de 15 de setembro de 1965 que institui o Novo Código Florestal.
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13- Fundação CIDE

14- Fundação IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia Departamento de cartografia-Carta


Brasil-ESC. 1:50.000, folha SF-23-Z-A-III-3.
15 – Guerra, T; Soares da Silva,A ; Machado Botelho, RG.

Erosão e Conservação dos Solos conceitos, temas e aplicações—Rio de Janeiro :


ed.Betrand Brasil.

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